Fatores relacionados com a gravidez e a maternidade em menores de 15 anos na América Latina e o Caribe Gomez P.I., Molina R, Zamberlin N Formulário com as variáveis a estudar, o qual foi enviado a pessoas chave em cada um dos países da região pertencentes a FLASOG ou Ministérios de Saúde, com a instrução de consultar as fontes de país que considerarem necessárias (referente de adolescência dos Ministérios de Saúde, OPAS, UNFPA, UNICEF, Departamentos de Estatística, censos, dados do Ministérios de Saúde)
Revisão na sistemática da literatura nas bases de dados: Bireme, Ebsco, Imbiomed, Lilacs, MedLine, Ovid y ProQuest. Pesquisa no Google acadêmico, páginas Web de Unesco, Unicef, OPAS/OMS, Engender Health, Ipas, FHI, População, Concílio, monografias online e demais documentos que puderem contribuir com o tema de estudo. Foram utilizados Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), em espanhol, inglês e português para a pesquisa em bases de dados. Análises da documentação recopilada
Quando a gravidez acontece antes dos 15 anos merece uma análise particular não somente pela complexidade das causas que o originam como também pelos maiores riscos biomédicos que implica.
Fecundidade Adolescente
Taxa de fecundidade 15 a 19, por 1000 mulheres na respectiva idade. Países selecionados segundo Informação disponível no momento do estudo México Panamá Brasil Uruguay Colombia Argentina R. Dominic. Chile
Razão de Fecundidade em <de 15 anos por 1000 mulheres na respectiva idade. Países selecionados segundo informação disponível no momento do estudo. Panamá Brasil Colombia México Argentina Uruguay Chile
Mortalidade Materna
Mortalidade materna de 15 a 19 anos na Região. 2000-2008.Taxas por 100.000 NV
Mortalidade materna de 10 a 14 anos e mães de 15 a 19 anos na Região. 2000-2008.comparação das Taxas por 10.000 NV 9 8,7 10-14 años 8,6 15-19 años 8 7 6 5 4 3 2 1 0 7 6,8 3,7 3,7 3,9 5 6,2 7 4 3,9 4 4,1 5,5 4,5 7,2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 4,2
Causas de mortalidade materna registradas nas certidões de óbito em quatro Países da Região com informação entre 2000 e 2008. Argentina, Brasil, Colômbia e Costa Rica. Consolidado a partir da Informação de anuários oficiais dos Países obtidas na Internet. 15-19 años < 14 años 4,6 1,2 3,5 3,3 2,2 3,9 9,5 12,9 13,8 12,2 16 16,6 19,8 23,2 OTRAS PAT. PAT NO OBST PAT PUERPERIO T. DE PARTO FETO yparto PAT. EMBARAZO HIPERTENSION ABORTO 28,4 28 2 3 1 2 1 3 0 5 10 15 20 25 30
Mortalidade Infantil
Taxas de Mortalidade Infantil Mães entre 15 a 19 anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2008 Taxa por 1000 NV 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 BRASIL COLOMBIA CHILE 0 1 2 3 4 5 6 7
Taxas de Mortalidade Infantil. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2007 Taxas por 1000 NV CHILE COLOMBIA 8,4 10,7 18,9 15,3 13,8 17,1 TODA EDAD 15 a19años <15 AÑOS BRASIL 15,7 14,3 23,9 0 5 10 15 20 25 30
Taxas de Mortalidade Infantil < 15 anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2007. Taxas por 1000 NV. 30 25 20 15 10 5 0 BRASIL COLOMBIA CHILE 0 1 2 3 4 5 6 7
Mortalidade Perinatal
Taxas de Mortalidade Neonatal (0 a 27 dias), em Mães de 15 a 19 anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2008 Taxas por 1000 NV 14 12 10 8 6 4 2 0 BRASIL COLOMBIA CHILE 0 1 2 3 4 5 6 7
Taxas de Mortalidade Neonatal (0 a 27 dias), de Mães < de 15 anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2008 Taxa por 1000 NV 25 20 15 10 5 0 BRASIL COLOMBIA CHILE 0 1 2 3 4 5 6 7
Taxas de Mortalidade Neonatal (0 a 27 dias), por idade da Mãe 14 e < y 15 a 19 anos e toda idade. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2007. Taxas por 1000 NV 20 18,6 <14 AÑOS 18 15 A 19 16 TODA EDAD 14 12 10 8 6 4 2 0 10,5 10,6 12,7 9,3 9,5 13,6 6,5 5,6 BRASIL COLOMBIA CHILE
Mortalidade Neonatal <15 anos em três países. 2007 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 18,6 12,7 13,6 10,7 9,6 Mortalidad Neonatal< 14 años 5,6 Mortalidad Neonatal del País Brasil Colombia Chile
Mortalidade Fetal Tardia por idade da Mãe. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2007 CHILE 9 10,1 10,5 TODA EDAD 15-19 AÑOS < 15 AÑOS COLOMBIA 36,2 41,4 51,1 BRASIL 11,1 8,6 12,5 0 10 20 30 40 50 60
Taxas de Mortalidade Fetal Tardia em Mães > de 15 anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2008 Taxas por 1000 NV 40 35 30 25 20 15 10 5 0 BRASIL COLOMBIA CHILE 0 1 2 3 4 5 6 7
Taxas de Mortalidade Fetal Tardia de Mães < 15 e menos anos. Países da Região com informação disponível em relatórios oficiais na Internet. 2000-2008 Taxas por 1000 NV 60 50 40 BRASIL COLOMBIA CHILE 30 20 10 0 0 1 2 3 4 5 '6 7
ALGUNS COMENTARIOS, CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÃOS
Existe uma estreita relação entre a... o abuso e a violência sexual em menores de 15 anos e a ocorrência de gravidez. É por isso que a gravidez em meninas de 14 anos e menos constitui um fato grave tanto por seu impacto biológico como pelos fatores sociais e familiares envolvidos
Existem barreiras institucionais, legais, econômicas e culturais que operam obstaculizando o acesso das adolescentes aos serviços de saúde sexual e reprodutiva e aos recursos anticonceptivos.
O aborto em adolescentes é geralmente mais tardio e inseguro que nas mulheres adultas, já que geralmente tardar a identificar a gravidez e recorrem a métodos inseguros, a prestadores não qualificados em ambientes inapropriados ou demoram a procurar atenção médica quando apresentam complicações.
É habitual que se negue a atenção ou a entrega de métodos anticonceptivos a menores de idade que não vão acompanhadas por um adulto, mesmo quando a normativa garanta o acesso a todas as pessoas sem discriminação
CONCLUSÕES Os aspectos clínicos de gravidez em <15 anos correspondem a uma situação extremamente complexa. Em um mundo onde a fecundidade (teve um declínio acentuado) ha tenido un franco descenso e em qual sua existência se apresenta com as características de desigualdade. Não só é uma situação grave de saúde, mas é um fenômeno social de tal gravidade que é inaceitável. É por isso que as organizações nacionais e Internacionais deram a importância máxima por ser um problema emergente de Saúded Pública.
CONCLUSÕES A informação é deficiente, e não está disponível ou é muito difícil de obter. Para muitas situações a existência de gravidez nesta idade tem um conteúdo político negativo. Em outras ocasiões a informação obtida por pesquisas ou estudos parciais não são mais de que um relato de casos raros ou pouco frequentes que os tomadores de decisões não a consideram como prioridade por causa da baixa frequência e a falta de impacto massivo em saúde e permanecem como isolados que não são prioritários para a Saúde Pública. Pelo menos são situações sentinelas que avisam de forma direta que existe problemas mais graves não resolvidos e que quando ocorrem, muitas das barreiras de controle, de promoção da saúde, prevenção, detecção precoce e diagnóstico oportuno fracassaram.
CONCLUSÕES A prevalência do fenômeno mantém e em alguns países tem clara tendência de aumentar. Constituem um grupo de Alto Risco Obstétrico e Perinatal por definição. Não é necessário buscar patologias agregadas ou outras condições. Uma gravidez <15 anos é uma situação de alta gravidade que deve ser enfrentada com todas as ferramentas da medicina e das medidas sanitárias para um grupo preferencial de atenção em Saúde.
CONCLUSÕES O impacto que existe nos filhos (as) destas mães e a sorte que seguem depois de sobreviver à gravidez e parto é muito imprevisível e incerto. Todo o conjunto da reprodução humana que exige a maior maturidade e equilíbrio dos pais não se dá quando ocorre em uma mãe - menina de <15 anos. Os impactos no afetivo, social e psicológico, levam a repetir o processo como parte da cultura da comunidade que precede, contorna e segue depois do nascimento desse(a) filho (a)
CONCLUSÕES As evidências são muito sólidas para ignorar o problema e portanto o que se deve fazer é aplicar todas as medidas para prevenir estas situações como parte das Políticas Públicas e Sociais de um Estado. Estas serão basicamente na área da Educação, Saúde e Bem estar Social incluindo o relacionado com a Mulher e a la Juventude. Os programas de Educação Sexual são indispensáveis e muito relacionados com Saúde, especialmente nas regiões com alta prevalência de gravidez em <15 anos
RECOMENDAÇÕES É indispensável que os registros da informação Bio- Demográfica relacionada com a fecundidade e morbidez, mortalidade materna e perinatal, morbidez e mortalidade infantil e de escolar como seu desenvolvimento nas mães < 15 anos seja considerada como um problema de alta vulnerabilidade no controle e seguimento. É recomendável que gerem indicadores sentinelas derivados da fecundidade e maternidade de mulheres <15, pois sua existência é una medida de controle de funcionamento de outros programas e dos resultados de êxito em programas em Saúde.
RECOMENDAÇÕES É indispensável ter serviços especializados para Atenção de Adolescentes que facilitem a prevenção de gravidez nas <15 anos e em geral nas e nos adolescentes. Estes serviços especializados devem contar com pessoal qualificado na Atenção Primária onde se previnem as gravidezes inesperadas nesta idade. Detectam e resolvem os acontecimentos mais importantes relacionados com a gravidez, puerpério e cuidados do Recém Nascido. O parto nas mulheres <15 anos deve ser institucionalizado e atendido por profissionais. Os programas de Saúde infantil para os(as) filhos (as) das mães-meninas devem ser prioritários e preferenciais.
RECOMENDAÇÕES Devemos continuar trabalhando para intensificar na região a educação sexual participativa que envolva a população jovem, família e estabelecimentos educativos. Realizar programas de intervenção em sexualidade centrados na família e também nos centros educativos, estabelecimentos de saúde e organizações comunitárias, que permitam motivar aos jóvens a participar na solução de problemas de saúde sexual e reprodutiva e fomentar a comunicação afetiva na família.
RECOMENDAÇÕES Procurar acesso livre e informado a anticoncepção moderna (incluindo anticoncepção de emergência), derrubar as barreiras que impedem o acesso da população adolescente a exercer livre e responsavelmente seus direitos sexuais e reprodutivos.
RECOMENDAÇÕES Elaborar estratégias cognitivocomportamentais que permitam agilizar e assegurar as mudanças de comportamentos sexuais e resolvam as dissonâncias entre o que se pensa e o que se faz.
RECOMENDAÇÕES Comprometer e sensibilizar aos meios de comunicação massiva, especialmente para a TV, radio e jornais para fomentar aspectos educativos que permitam: sensibilização social, fortalecer seus recursos pessoais (habilidades sociais, autoestima), fomentar o desenvolvimento de atitudes favoráveis à Igualdade de gênero.
A alta proporção de gravidezes em adolescentes não são intencionais (entre 35% e 52% na América Latina), e certamente essa proporção é maior nas menores de 15 anos.
OBRIGADO