BIREME/OPAS/OMS Comitê Assessor Nacional do Convênio de Manutenção da BIREME I Reunião do ano 2004, BIREME, São Paulo, 06 de agosto de 2004

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1 BIREME/OPAS/OMS Comitê Assessor Nacional do Convênio de Manutenção da BIREME I Reunião do ano 2004, BIREME, São Paulo, 06 de agosto de 2004 Anexo 2 Biblioteca Virtual em Saúde e o controle bibliográfico da produção científica da América Latina e Caribe: o sistema de bases de dados LILACS O sistema de bases de dados LILACS visa o controle bibliográfico da literatura científico técnica em saúde produzida na América Latina e Caribe. Este controle é realizado no contexto da Biblioteca Virtual em Saúde, de modo descentralizado e progressivamente alinhando-se com o paradigma da comunicação científica da Internet. Até junho de 2004 tivemos a colaboração de 584 Centros Cooperantes do Sistema Latino-americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde, dos quais 90 Centros do Brasil. Esta colaboração permitiu que a base de dados LILACS Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde continuasse em expansão. Atualmente, a base de dados conta com registros. De janeiro de 1999 a junho de 2004, a contribuição média anual para a base de dados LILACS tem sido de registros; o Brasil tem contribuído com uma média anual de registros, o que representa 47,8% da contribuição total. Em 2004 a contribuição do Brasil foi de 62,3% (figura 1) BR Outros países AL&C Fig.1 - Contribuição do Brasil e demais países da América Latina e Caribe de 1993 a 2004

2 O Brasil é o país que mais colabora com a base de dados LILACS, seguido do Chile, Argentina, México, Colômbia, Estados Unidos (OPAS/Sede), Venezuela, Cuba e Peru, que representam em conjunto 92% da contribuição total; os demais 18 países contribuem com 8% do total (figura 2). É importante salientar, no gráfico abaixo, que a contribuição do Brasil corresponde a 52% do total, pois de 1982 a 1985 todo o processamento era centralizado na BIREME. México 6% USA (PAHO) 4% Colômbia 4% Venezuela 4% Cuba 3% Peru 3% Outros 8% Argentina 7% Chile 9% Brasil 52% Total de registros até jun. 2004: Fig. 2 - Contribuição total da base de dados LILACS por país, de 1982 a 2004 São indexados na LILACS artigos de 664 títulos de revistas produzidas em 18 países da América Latina e Caribe, além dos livros, teses, trabalhos apresentados em eventos científicos, projetos, relatórios técnico-científicos e outros documentos nãoconvencionais. O Brasil é o país que mais publica revistas científicas na área da saúde, contando com 264 títulos indexados na LILACS, dos quais 25 são também indexados na base de dados MEDLINE. (figura 3) - 2 -

3 Brasil Argentina Chile Colômbia Venezuela México Cuba Equador Peru Costa Rica Fig. 3 - Revistas indexadas por país jul Bolívia Outros Anualmente, são selecionadas novas revistas para a base de dados LILACS, segundo critérios de seleção pré-definidos para todo o Sistema Latino-americano e do Caribe. O Comitê Nacional de Seleção de LILACS do Brasil é formado por consultores ad-hoc selecionados a cada ano para o processo de avaliação e seleção de revistas. Em fevereiro de 2004, o Comitê Nacional de Seleção de Revistas LILACS se reuniu para analisar o conteúdo de 14 títulos, sendo que 6 títulos ficaram pendentes para reavaliação (obtiveram parecer favorável com restrição) e 8 não foram selecionadas. Está em andamento um novo processo de seleção com 10 revistas inscritas, com data prevista para conclusão em outubro de Uruguai Guatemala Paraguai Estados Unidos Jamaica Honduras Porto Rico O número de revistas indexadas na LILACS disponíveis em texto eletrônico seja na SciELO ou em sites próprios é de aproximadamente 242 títulos, representando 36,45% do total de títulos, perfazendo um total de documentos com link para o texto completo. Em janeiro de 2003 teve início a inclusão de registros na LILACS imediatamente após a publicação desses textos eletrônicos na SciELO, e efetuando-se o contato com os editores de revistas indexadas na base de dados LILACS. O LILACS- Express busca assim, o contato com os editores científicos diminuindo o intervalo entre a publicação e a chegada e disponibilização do artigo científico na base de dados. Este processo atualmente conta com 79 títulos LILACS que estão na SciELO e são referentes a artigos. Fazem parte da LILACS-Express as revistas SciELO de 4 países: Brasil (63), Chile (13), Estados Unidos (1), México (1) e Colômbia (1). Com a disponibilização imediata desses registros preliminares, que permitem pesquisa por autor, revista, palavras do título e do resumo, etc., a disseminação da produção científica está sendo acelerada e a contribuição para a base de dados LILACS conta com novos atores, como os editores científicos

4 De acordo com os tipos de documentos indexados, observamos que 76% dos registros corresponde a artigos de revistas, e livros 17% (figura 4). Estão sendo intensificados os mecanismos de coleta de documentos não convencionais, manuais, guias e documentos normativos principalmente os produzidos pelo Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde, como um dos projetos da BVS Saúde Pública Brasil. Revistas 76% Não convencionais 2% Monografias 17% Teses 5% Fig. 4 - Distribuição dos registros por tipo de documento de 1982 a 2004 Em relação ao idioma de publicação, há atualmente maior porcentagem de registros em espanhol (54%), 38% em português e 8% em inglês. (figura 5) Português 38% Inglês 8% Espanhol 54% Fig. 5 - Distribuição dos registros por idioma de 1982 a 2004 A Metodologia LILACS continua em desenvolvimento pela BIREME e é adotada por outros Centros da Rede Brasileira para a construção de bases de dados especializadas. Foram realizados treinamentos sobre a Metodologia LILACS para instituições interessadas ou para instituições participantes de BVS, num total de 03 capacitações

5 Foram realizadas, também, 6 apresentações sobre a Metodologia LILACS a visitas externas e colaboradores internos. O desenvolvimento contínuo da LILACS é fundamental para assegurar o controle bibliográfico e visibilidade da produção da AL&C em ciências da saúde. A base de dados LILACS constitui o índice bibliográfico principal da Biblioteca Virtual em saúde e a partir dela é possível estabelecer links para o serviço de pedido de fotocópias, para textos completos na SciELO e outras coleções eletrônicas e com os currículos Lattes. A BIREME colabora também com a alimentação da base de dados MEDLINE da National Library of Medicine. Até junho de 2004 foram indexados 1132 artigos de periódicos para essa base, perfazendo uma média mensal de 189 artigos. Indicadores de produção científica brasileira em saúde, a partir das bases de dados LILACS e MEDLINE, começaram a ser trabalhados pela BIREME a partir de 2003 e deverão ser incluídos até final de 2004 na BVS. A BIREME participou da preparação de um capítulo sobre indicadores de ciência, tecnologia e inovação em saúde, que deverá ser publicado pela Fapesp na edição de 2004 dos Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo. Além deste projeto, os indicadores da LILACS foram enviados à RICyT Red Iberoamericana de Indicadores de Ciencia y Tecnologia e passarão a ser incluídos sistematicamente a partir deste ano na publicação El Estado de la Ciencia, editada por aquela instituição. Pela primeira vez, foram utilizados os dados da LILACS para a elaboração de indicadores bibliométricos da produção científica brasileira em saúde. Apesar de ainda incipientes, esses indicadores já refletem tendências e comportamentos da produção científica brasileira em saúde, que não estão visíveis pela consulta às bases de dados internacionais. Das 264 revistas brasileiras indexadas na LILACS em 2003, 24 são indexadas também na base MEDLINE. O levantamento de indicadores para o capítulo da publicação editada pela Fapesp abrangeu o período A extração de indicadores bibliométricos da base de dados LILACS nesse período foi limitada, em comparação com a base de dados MEDLINE, pois o campo de instituição de afiliação dos autores passou a ser registrado nessa base em Apesar de não ter sido possível aprofundar análises sobre instituições de origem e estados da federação com os dados da LILACS, foi possível identificar como está distribuída a produção científica brasileira nessa base de dados por subtemas da área da saúde: Medicina básica, Medicina clínica, Medicina social e Áreas relacionadas à saúde, conforme mostra a figura ao lado

6 Ao contrário da produção científica brasileira em saúde representada na base MEDLINE, que mostrou crescimento no período , a produção representada na LILACS não mostrou tendência de crescimento no mesmo período em todas as áreas (Tabelas 1 e 2). Nota-se na LILACS tendência de crescimento de artigos publicados em revistas científicas da área de Medicina básica, que em 1998 representavam 12% e em 2002, 17,5% da produção nacional. Por outro lado, houve decréscimo no total de artigos publicados em revistas de Medicina clínica, que em 1998 representavam 72% e em 2002, 62% da produção nacional indexada na LILACS. Tabela 1 Artigos de revistas indexadas na base LILACS, por subcampos da saúde e ano de publicação - Brasil e outros países da América Latina e Caribe, Subcampos da saúde País Ano de publicação Total Nº Medicina básica Total Brasil Outros Medicina clínica Total Brasil Outros Medicina social Total Brasil Outros Áreas relacionadas à saúde Total Brasil Outros Total geral Brasil Outros Nota: País corresponde ao país de publicação das revistas indexadas na base. Não foi possível identificar país de afiliação de autores nesta base em todo o período. Fonte: Base de dados LILACS, atualização de novembro de

7 Tabela 2 Artigos de revistas indexadas na base MEDLINE, por subcampos da saúde e ano de publicação São Paulo, Brasil e total geral, Subcampos da saúde Ano de publicação Total geral Medicina básica Total Brasil São Paulo Outros estados UF não Id.(*) Outros países Não Id.(**) Medicina clínica Total Brasil São Paulo Outros estados UF não Id.(*) Outros países Não Id.(**) Medicina social Total Brasil São Paulo Outros estados UF não Id.(*) Outros países Não Id.(*) Áreas relacionadas à saúde Total Brasil São Paulo Outros estados UF não Id.(*) Outros países Não Id.(**) Total geral Total Brasil São Paulo Outros estados UF não Id.(*) Outros países Não Id.(**) (*) Não identificado corresponde a registros com campo de afiliação incompleto ou sem identificação da UF (**) Não identificado corresponde a registros com campo de afiliação incompleto ou sem identificação de país. Nota: País corresponde a país da instituição de origem do primeiro autor. Fonte: Base de dados MEDLINE, atualização de novembro de

8 Os indicadores de afiliação de autor, compilados a partir da LILACS de 2000 a 2002, mostram que a produção de autores brasileiros corresponde a 60% da produção total da LILACS, considerando apenas o total de autores com afiliação identificada (Tabela 3). Tabela 3 Produção científica indexada na LILACS por país de afiliação dos autores, Pais TOTAL BRASIL ARGENTINA MEXICO CHILE VENEZUELA COLOMBIA CUBA ESTADOS UNIDOS COSTA RICA ESPANHA PORTO RICO PERU JAMAICA BOLIVIA REINO UNIDO URUGUAI Outros países total de registros total de afiliações Fonte: Base de dados LILACS, maio de