Informe Epidemiológico Mensal



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Transcrição:

Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas Superintendência de Vigilância a Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Informe Epidemiológico Mensal Ano VII Nº 10 Outubro de 2014 Nesta Edição EDITORIAL 01 Os Sistemas de Informação em Saúde - SIS da Vigilância Epidemiológica 01 Regularidade dos SIS de racionalidade epidemiológica 02 Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos SINASC 03 Sistema de Informação de Agravos de Notificação SINAN 04 Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM 05 EDITORIAL Este informe tem como objetivo fornecer informações mensais sobre a ocorrência de doenças de notificação compulsória, óbitos, nascidos vivos e dos programas de controle de endemias no estado de Alagoas. É de circulação geral e tem como populaçãoalvo qualquer profissional ou cidadão que necessita ter acesso as estas informações, sendo disponibilizado por meio eletrônico na página da Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas (www.saude.al.gov.br). As informações aqui disponibilizadas têm como fonte de dados os três sistemas de informação em saúde (SIS) de racionalidade epidemiológica (SINAN, SIM e SINASC) e dos sistemas dos programas de controle de endemias (SISFAD, SISPCP e SISPCE), todos desenvolvidos e regulamentados pelo Ministério da Saúde A alimentação e consolidação desses Sistemas é realizada por intermédio de dados provenientes das Secretarias Municipais de Saúde. Os Sistemas de Informação em Saúde - SIS e a Vigilância Epidemiológica O cumprimento das funções de vigilância epidemiológica depende de dados que sirvam para subsidiar ao processo de INFORMAÇÃO PARA A AÇÃO. O SINASC, SINAN e SIM são os sistemas oficiais norteadores das ações, por conter os dados dos eventos vitais (nascimentos e óbitos) e principais morbidades do ponto de vista da intervenção da vigilância (agravos de notificação compulsória). O estado de Alagoas tem 100% dos seus municípios implantados e informatizados com os sistemas de informação de vigilância epidemiológica. O desafio colocado para todos os municípios e o estado é a melhoria da cobertura dos sistemas, da qualidade dos dados e, a transformação desses dados em informação para subsidiar as intervenções em tempo oportuno e ao planejamento das ações. Para isso se faz necessário que os profissionais da vigilância realizem sistematicamente entre outras atividades: Revisão do preenchimento dos instrumentos de coleta e recuperação de dados ignorados ou em branco junto as unidades e profissionais de saúde. Busca ativa em prontuários, comparando os dados informados com os existentes nas unidades de saúde. Cruzamento e resgate de dados junto aos outros sistemas de informação, principalmente com o Sistema de Informação da Atenção Básica- SIAB e Sistema de Informação Hospitalar SIH. Utilização e análise dos Sistemas operacionais complementares das ações de vigilância, principalmente o Sistema de Avaliação d Programa de Imunização - API-PNI, Sistema de Febre Amarela e Dengue -SISFAD e Sistema do Programa de Controle da Esquistossomose SISPCE Supervisão e busca ativa dos dados em cartórios e cemitérios. Produção, Divulgação e Retroalimentação das informações para gestores, profissionais e população. 1

Ano VII Nº 10 Edição Mensal Outubro de 2014 REGULARIDADE DOS SIS DE RACIONALIDADE EPIDEMIOLÓGICA A regularidade e oportunidade na alimentação dos SIS é outro aspecto importante que visa garantir a produção de dados em tempo hábil à intervenção em todos os níveis. A Portaria SVS/MS nº 201/2011 estabelece os parâmetros para o monitoramento dessa regularidade e cabe ao nível estadual o acompanhamento dos seus municípios. Para os sistemas SINASC e SIM a regularidade é mensurada a partir do envio dos dados mensal na data estabelecida e, para o Sinan é medida pelo envio semanal dos dados até a sexta-feira da semana subsequente. Para que a informação tenha melhor oportunidade é fundamental que os municípios encaminhem os dados no máximo até a quarta-feira da semana subsequente. No período de outubro de 2014, o sistema que proporcionalmente apresentou maior regularidade de envio pelos municípios foi o SINAN 84 (82%), enquanto que o SINASC 58 (56%) e o SIM 57 (56%), ficaram abaixo do parâmetro estabelecido para o monitoramento da regularidade. Analisando a regularidade cumulativa (outubro) dos municípios nos 3 sistemas, e tendo como parâmetro a meta pactuada de 90% para o SIM, 80% para o SINAN e 90% para o SINASC, Observa-se que apenas 54 (52%) municípios obtiveram a regularidade em 1 sistema, 06 ( 0,5%) municípios em 2 sistemas, 25 (24%) municípios em 1 sistema, e 17 (16%) municípios irregulares nos 3 sistemas. Regular nos 3 Regular em 2 Regular em 1 Irregular nos 3 Figura 2 Regularidade dos 3 Sistemas de Informação de Saúde ( SINASC/SIM e SINAN) segundo município. Figura 3 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos segundo município. Figura 4 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação sobre Mortalidade segundo município, Dados tabulados em 13/11/2014 sujeitos a revisão. Figura 1 Proporção de Regularidade nos Sistemas de Informação em Saúde (SINASC,SINAN e SIM) dos municípios do estado Figura 5 Percentual de Regularidade do Sistema de Informação de Agravos de Notificação segundo município, 2

Ano VII Nº 10 Edição Mensal Outubro de 2014 SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS - SINASC O Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos Sinasc foi implantado em 1990 pelo Ministério da Saúde com o objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes aos nascimentos informados em todo território nacional. Um dos indicadores de acesso aos serviços de atenção à saúde materno-infantil, amplamente utilizado na análise dos riscos de morte materna e de morte fetal e infantil que pode ser analisado pelo Sinasc é o número de consultas no pré-natal. Comparando as informações referentes ao período de outubro dos anos 2013 e 2014 no estado de Alagoas, observa-se que houve aumento no percentual no número de gestantes com 7 consultas ou mais, em comparação ao mesmo período do ano anterior. (Figura 6). FONTE: SES/AL/SINASC *Dados tabulados em 14/11/2014/2014, sujeitos a revisão. Figura 6 Percentual de consultas pré-natal segundo informação do Sinasc. Alagoas, outubro de 2013 e 2014. Nos nascidos vivos de outubro de 2014, 01 município alcançou 79% percentual de mães com 7 consultas ou mais de pré-natal, 01 alcançou o percentual de 74%, e 01 apresentou percentual de 72%, enquanto que os outros municípios, ficaram abaixo de 70% (Figura 7). FONTE: SES/AL/SINASC *Dados tabulados em 14/11/2014, sujeitos a revisão. Figura 7 Distribuição dos municípios (de residência) segundo a proporção de gestantes com 7 consultas ou mais no pré-natal. Tabela 1 Número de casos suspeitos e/ou confirmados de Agravos/Doenças de Notificação Compulsória segundo o ano de notificação e variação (%), Alagoas, outubro de 2013 e 2014. Not.Compulsoria 2013 2014 Variação 2013/14 Acid. Trab. c/expos. A material biológico 647 692 7 Acid. Trab. Grave 251 199-20 Acidente por animais peçonhentos 6759 6909 2 Acidente por animal pot. Trans. da raiva 10797 9356-13 AIDS 425 418 13 Botulismo 0 0 0 Carbúnculo ou Antraz 0 0 0 Cólera 0 1 0 Coqueluche 222 381 71 Criança Exposta ao HIV 111 105-5,4 Dengue 14018 14753 5,2 Difiteria 0 4-0 Doença de Chagas Aguda 45 26-42 Doença de Creutzfeldt-jacob 2 1-50 Doença Exantemáticas 32 44 37 Esquistossomose 24 15-37 Eventos Adversos Grave ou óbitos pós vacinação 31 26-16 Febre Amarela 0 0 0 Febre de Chikungunya 0 9 0 Febre hemorrágica Arenavirus 0 0 0 Febre Hemorrágica Ebola 0 0 0 Febre Hemorragica Lassa 0 0 0 Febre Hemorrágica Marburg 0 0 0 Febre do Nilo Ocidental 0 2 0 Febre Mucosa 0 8 0 Febre Purpúrica Brasileira 0 0 0 Febre Tifóide 7 8 14 Gestante HIV 100 97-3 Hanseníase 346 346-0 Hantaviroses 0 0 0 Hepatites Virais 606 646 6,6 Intoxicação Exógenas 3535 2850-19 Leishmaniose Tegumentar Americana 55 18-67 Leishmaniose Visceral 32 54 68 Leptospirose 72 107 48 Malária 8 3-62 Meningite 223 135-39 Paralisia Flácida Aguda/Poliomielite 4 5 25 Peste 0 0 0 Raiva Humana 1 0-100 Sífilis Adquirida 45 57 26 Sífilis Congênita 386 336-12 Sífilis Em Gestante 189 243 28 Sífilis da Rubéola Congênita 0 1 0 Síndrome Respiratória Aguda 1 0-100 Tétano Acidental 2 7 250 Tétano Neonatal* 0 0 Tuberculose 1205 1170 2,9 Tularemia 0 0 0 Varicela 330 303-8,1 Violência Domestica, Sexual e outras Violências 2837 2733-3,6 Total 43348 42123-2,8 *Dados tabulados em 14/11/2014 sujeitos a revisão. 3

Ano V II Nº 10 Edição Mensal Outubro de 2014 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO - SINAN O Sinan tem como objetivo a coleta de informação e o processamento dos dados sobre agravos de notificação em todo o território nacional, fornecendo informações para a análise do perfil da morbidade e contribuindo para a tomada de decisões nas três esferas de governo. A lista de notificação compulsória atual é a que consta na portaria GM/MS Nº 1 de 25/01/2011 e aqueles em que o estado ou município, determinou como compulsório. Comparativamente em 2014, no período analisado o volume de notificação é menor que o mesmo período do ano de 2013, no entanto, considerando o possível atraso de notificação ou inclusão dos dados no sistema, esses dados ainda podem sofrer alterações (Tabela 1). Ressalta-se que esse atraso de notificação causa prejuízos no conhecimento do perfil e na oportunidade de intervenção. O maiores volumes de notificações, foram de Dengue (5%), seguido de Acidente por Animal potenc. Transmissor da raiva(-13%), Acidente por animais peçonhentos (2% ), Intoxicação Exógenas (- 19), e por último Violência Doméstica, sexual e/ou outras violências (-2%). Nas meningites, é importante observar que dos casos notificados no período, 55 (15%), estão sob investigação, 259 (72%), tiveram sua etiologia especificada e 44 (27%), não especificada. Entre os agravos que tiveram incremento na notificação, está a Coqueluche (71%), Leishmaniose Visceral (68%), Leptospirose (48%), Doenças Exantemáticas (37%), e Sífilis em Gestantes (28%), em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo que o maior número de casos confirmados, são residentes na zona da mata e litoral norte do estado. *Dados tabulados em 17/11/2014 sujeitos a revisão. Figura 8 Casos confirmados de coqueluche segundo o ano de notificação e município de residência, Alagoas, outubro de 2014. Segundo a portaria 1271/2014, tentativa de suicídio e violência sexual passam a ser de notificação imediata no âmbito municipal. Observa-se decremento na notificação de (-3,59%), no mês de outubro 2014, em relação ao mesmo período do ano anterior. No município de Maceió, houve decremento de (-1,5%), outubro: 2013 1144 e 2014 1126 casos. Em relação aos casos de violência, houve diminuição na notificação no município de Arapiraca (município com maior frequência de notificação em 2013), que comparativamente apresentou os seguintes dados outubro: 2013 908 casos e 2014 776 (decremento de -14%). Dos casos notificados em Alagoas, observa-se a predominância do sexo feminino ( 2013 58% e 2014 57%). *Dados tabulados em 17/11/2014 sujeitos a revisão. Figura 9 Frequência de casos de violência segundo faixa etária. Alagoas, outubro de 2013 e 2014. Na análise do total de casos por faixa etária observa-se um aumento em quase todas as faixas. Porém, os aumentos mais significante estão em 10 a 19 anos, de 20 a 39 anos e de 40 a 59 anos. Em relação a faixa etária de 60 anos e mais, continua apresentado aumento de casos, em comparação ao período do ano anterior (Figura 9). Com relação ao tipo de violência, observa-se aumento no percentual de notificação dos números de casos com relato de violência física, em relação ao ano anterior ( 2013 64% e 2014 63%). O alto grau de incompletitude (>29% ign/branco) inviabiliza análise dos outros tipos de violência (sexual, psicologia/moral, sexual e tortura), assim como o campo ocupação (85% ign/branco), que poderiam contribuir bastante no perfil dos casos de violência e alerta para o melhor preenchimento desses campos por parte dos profissionais. 4

Ano V II Nº 10 Edição Mensal Outubro 2014 Quanto a evolução dos casos, observa-se que apenas 76 casos tem como evolução - óbito por violência, entretanto no SIM, o número de óbitos por tipo de violência nesse período em 2014 corresponde a 2652 óbitos (Figura 10). os campos: "acidente relacionado ao trabalho" e "se a exposição foi decorrente da ocupação/ trabalho" respectivamente, precisam estar preenchidos. Esses campos vem apresentando melhoria no seu preenchimento, mas ainda apresenta considerável percentual de incompletitude ( 2014: 89% e 82% respectivamente). Figura 10 Distribuição dos óbitos por violência segundo município de ocorrência e referencia circular nos municípios com notificação de violência com evolução para óbito. *Dados tabulados em 19/11/2014 sujeitos a revisão. Figura 12 Frequência dos agravos compulsórios relacionados ao trabalho segundo ano de notificação. Alagoas, outubro de 2013 e 2014. De acordo com a tabela 2, o tipo de acidente mais frequente relacionado ao trabalho é por picada de escorpião em ambos os anos avaliados. FONTE: SES/AL/SIM/SINAN *Dados tabulados em 18/11/2014 sujeitos a revisão. Figura 11 Frequência (absoluta e relativa) dos óbitos por tipo de causas externas Os agravos diretamente relacionados ao trabalho acidentes de trabalho fatais, graves, com crianças e adolescentes, e acidente com exposição a material biológico passaram a ser de notificação compulsória universal, de acordo com a Portaria 1.271/2014, enquanto que os demais agravos câncer relacionado ao trabalho, dermatoses ocupacionais, Perda Auditiva Induzida por Ruído relacionada ao trabalho, lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT), pneumoconioses relacionadas ao trabalho, transtornos mentais relacionados ao trabalho foram incluídos na Portaria 1.984 de 12/09/2014, que define a lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória, na forma do Anexo, a serem monitorados por meio da estratégia de vigilância em unidades sentinelas e suas diretrizes. Dentre os agravos, a maior frequencia de notificação foi de Acidente de Trabalho c/exposição a Material Biológico (Figura 12). Todos os casos de acidentes por animais peçonhentos e intoxicações exógenas devem ser notificadas, entretanto para identificar se decorrente de exposição ocupacional,. Tabela 2 Frequência de acidentes por animais peçonhentos relacionados ao trabalho, segundo. Alagoas, outubro de 2013 e 2014. Tipo de 2013 2014 Acidente Nº % Nº % Ign/Branco 1 0,7 2 1,2 Serpente 22 17 19 11 Aranha 5 3,8 4 2,4 Escorpião 94 72 118 72 Lagarta 1 0,7 2 1,2 Abelha 4 3,1 12 7,3 Outros 2 1,5 7 4,2 Total 129 100 164 100 *Dados tabulados em 19/11/2014 sujeitos a revisão. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE - SIM O SIM é o mais antigo dos sistemas de informação em saúde de abrangência nacional em funcionamento no Brasil. Sua instituição pelo Ministério da Saúde data de 1975. 5

Ano VII Nº 10 Edição Mensal Setembro de 2014 Analisando as causas de óbitos segundo os capítulos da CID-10, a mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório ocupou o 1º lugar no período analisado nos dois anos, observado também a diminuição no nº de óbitos por essas causas. Em 2º lugar estão as causas externas de morbidade e mortalidade, e em 3º as Neoplasias. O nº total de óbitos teve um decremento de (-7%) em relação ao mesmo período do ano anterior (Tabela 3). Nos óbitos por causas externas, o maior percentual correspondeu as Agressões (59%), seguido dos acidentes (35%) (Figura 11). Entre as neoplasias o maior número de óbitos foi de neoplasias malignas de brônquios e dos pulmões (136 óbitos), Neoplasia Maligna da próstata (127), seguido da neoplasia maligna da mama (117 óbitos) e Neoplasia maligna do fígado e vias biliares intra-hepaticas (87). Tabela 3 Número de óbitos e variação (%) segundo capítulos da CID 10. Alagoas, outubro de 2013 e 2014. Variação % (2013- Causa CID10 2013 2014 2014) Alg. doenças infec. e parasitárias 824 694-15 Neoplasias (tumores) 1650 1534-7 D. endócrinas. nut. e metabólicas 1428 1359-4 Doenças do sistema nervoso 240 199-17 Doenças do aparelho circulatório 4499 4138-8 Doenças do aparelho respiratório 1373 1284-6 Doenças do aparelho digestivo 985 919-6 Doenças do aparelho geniturinário 235 228-2 Gravidez parto e puerpério 26 34 30 Alg. afec origin.no período perinatal 428 381-10 Malf cong e anom.cromossômicas 149 132-11 Causas Mal definidas 958 913-4 Causas externas de mortalidade 2908 2713-6 Outros capitulos 352 330-6 Total 16055 14858-7 Fonte dos dados: SES/AL/SIM *Dados tabulados em 19/11/2014 sujeitos a revisão. Os óbitos por doenças infecto-parasitárias que são de notificação compulsória apresentou diminuição nos óbitos por Violência domestica, sexual e/ou outras (-6%), AIDS (- 11%), e Hepatites Virais (-54%). Enquanto que, em Esquistossomose houve aumento de (2%), Tétano Acidental com (500%), em relação a comparação aos óbitos do ano anterior. As causas mal definidas corresponderam proporcionalmente a 6% dos óbitos, tendo apenas 69 (67%) dos municípios atingido a meta (>92% dos óbitos com causas básicas bem definidas) sendo classificados como excelente (Figura 13). Figura 13 Classificação dos municípios segundo a proporção de óbitos por causas bem definidas. Alagoas, outubro de 2014. Expediente O Informe Mensal é uma publicação oficial do Núcleo do Sistema de Informação da Diretoria de Vigilância Epidemiológica ligado a Superintendência de Vigilância a Saúde da Secretária de Estado da Saúde de Alagoas. Governador do Estado: Teotônio Vilela Filho Secretário de Estado da Saúde: Jorge Villas Bôas. Superintendente de Vigilância à Saúde: Sandra Tenório de Accioly Canuto. Diretora de Vigilância Epidemiológica: Cleide Maria da Silva Moreira. Diagramação : Denise Leão Ciríaco Granja. Fonte dos dados: SES/AL/SIM *Dados tabulados em 19/11//2014 sujeitos a revisão. e Laiza Tabulação e análise: Diana do Couto Rebêlo. Endereço para correspondência: sinandados@saude.al.gov Disponibilizado na pagina: www.saude.al.gov.br 6