(1) A importância do pequeno médio viticultor português com a mudança de paradigma

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Transcrição:

(1) A importância do pequeno médio viticultor português com a mudança de paradigma

(2) A EU é o mais importante produtor de vinho com 175m hl/ano. Em valores representa: 45% do superficie viticola, 65% da produção, 57% de consumo e 70% da exportação.

(3) Curta fase de equilibrio (1971 1975 ): cresceu a produção, o consumo decresceu. Depois 1975 exesso de produção estructural. A partir de 1978 intervenções drasticas: limitação da superficie viticola e a destilação Inicio das anos 80 aranque das vinhas. A reforma da CMO 1999 politica de mercado (melhorar qualidade). Nova reforma PAC 2008 : melhorar competividade.

(4) Evolução produção vinho Verde= novo mundo vitivinícola Roxo= velho mundo vitivinícola Ranking Pais Prod. mlh.hl.1990 Prod. m. hl 2011 Variação mlh hl 1 França 65,5 49.633-16 (30%) 2 Itália 54,8 41.580-13 (23%) 3 Espanha 38,6 34.300-4 (11%) 11 Portugal 11,3 5.925-4 (70%) 5 Argentina 14 15.473 + 1,5 (13%) 6 China 2,7 13.200 + 10,5 (390%) 7 Australia 4,4 11.100 + 7 (160%) 8 Chile 4,0 10.572 + 6,5 (160%) 16 Nova Zelândia reducida import. 2.350 + 1,5 (?)

(5) O grande perigo politico de sempre: regulamentação do mercado por intervenção. A JNV foi criada para estabilizar a variação da produção, mas resultou num excesso de produção sem mercado.

(6) Evolução da capacidade de armazenagem da JNV Ano N.º de Armazéns Intervenção(1000 hl) 1935 5 128 1945 17 218 1965 37 1.800 1975 35 2.560 1983 34 3.480 Final dos anos 80 o Parlamento Europeia decidiu de acabar com a intervenção no mercado do vinho por destilação

(7) O Papel do Estado: Ensino profissional e cientifico Promoção da inovação cientifica Controlo de fraude Definição de normas e regras desejadas do sector Defesa internacional contra obstáculos de países importadores Coordenação de actividades no caso da alterações dos parâmetros gerais No ambito da economia: menos estado e melhor estado a favor de instituições interprofissionais

(9) Tese Cluster Porter vinho (1980) o grau de concorrência depende de cinco forças competitivas Agravamento da situação concorrêncial por entrada no mercado de novas empresas Dependência Posição concorrencial Dependência do poder da empresa do poder de empresas vitivinícola de negociação fornecedores no mercado de grandes clientes Perigo de serem substituídos por produtos alternativos

(10) Estratégia no mercado self service do Cluster do vinho Porter

(12) Oportunidades Aumento do consumo em mercados não tradicionais; Articulação com o agro-turismo; Disponibilidade de fundos comunitários para investimentos; Maior ligação entre as actividades de ensino / investigação e o meio empresarial. Ameaças Política comunitária de limitação à área de vinha; Pressão da concorrência nos mercados internacionais; Diminuição no consumo interno de vinho; Baixa nos preços ao produtor e dificuldades nos pagamentos.

(13) Inovação por estudos sistemáticos (investigação) Conhecer e aproveitar a interacção Casta versus Terroir por analise da qualidade do vinho. Optimizar as técnicas da transformação. Novos caminho na distinção das técnicas consideradas contra saúde e ambiente. Optimização económica da relação de input versus output e das actividades de Marketing

(14) A) SEGMENTO SELF SERVICE (SUPER/ HIPER MERCADOS) : PARA MAIORIA CONSUMIDORES O PREÇO É AINDA O FACTOR DETERMINANTE DO PROCESSO DE COMPRA; SEGUINDO-SE A COR DO VINHO, A REGIÃO DE PRODUÇÃO E O RÓTULO (YON,2003). B) SEGMENTO VENDA ACOMPANHADA (LOJAS ESPECIALIZADAS, GASTRONOMIA, DIRECT SALES): ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE DO PRODUTO; QUALIDADE OBJECTIVA (PREMIAÇÃO INTERNACIONAL ETC.) A APRESENTAÇÃO ELITAR (TRADICIONAL/ INOVATIVA) DO PRODUTO Estes dois caminhos de distribuição exigem resposta estratégica completamente diferente. Os seguintes tipos de produtores correspondem: A) Adegas Cooperativas; Grandes grupos generalistas. B) Pequenas empresas vinícolas, Quintas engarrafadoras, Grandes grupos especializados a direct mail..

(15) Suposições a gestão da Quinta Engarrafadora Profissionalismo no sector vitícola em nível académico: (know how e estudo in situ, casta versus terroir) Higiene e know how enológico. (Pode ser aperfeiçoando por apoio externo) Presença e empenho pessoal desde Enoturismo até visita das clientes fora do pais. Ações de venda directa (internet, ou grupos de amigos de vinho)

(16) Jantares com prova de vinho para grupos seleccionados de consumidores

(17) Prova colectiva em feiras de lojas especializadas

(18) Prova barricas com clientes individuais

(19) A prova de vinho com visita estruturada da adega imagem de Johann Peter Hasenclever

(20) Enoturismo estratégico para venda do vinho

(21) Criar ambiente sofisticado com colecções

National Awards (22) Participação em concursos internacionais. 2003 2 6 não partiz. n.p. 2004 1 2 n.p. n.p. * 2005 2 6 n.p. n.p. 2006 1 4 n.p. n.p. 2007 0 1 n.p. n.p. ** 2008 1 2 n.p. n.p. 2009 1 1 1 silv. 1 bronce n.p. 2010 4 0 1 silv. 1 bronce 1 silver * 2011 4 3 1 silv. 1 bronce 1 silver ***

(24) A chance da pequena média Quinta familiar com a mudança de paradigma na economia Portugal, tal como outros das países do mundo velho da vitivinicultura, ultrapassou o vale das lagrimas. O vinho da Quinta é a grande chance da jovem família com educação em marketing, tecnologia e ciência, para um futuro. Condição previa é empenho total, capital próprio, perseverança, educação teórica e pratica, e falar a língua dos países alvos na venda.