TÍTULO: AUTORES: - INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA: 1.

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Transcrição:

TÍTULO: UM MODELO DE DESCENTRALIZAÇÃO DIAGNÓSTICO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1/ RJ AUTORES: Fabiane dos Santos Teixeira fabianelindner@hotmail.com Ariane Fontes dos Santos - arianefontes@msn.com.br Juliana Paulo e Silva - julianapauloesilva@hotmail.com INSTITUIÇÃO:UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO ÁREA TEMÁTICA: SAÚDE 1. INTRODUÇÃO O Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro, através da Coordenação de Residência, vêm estabelecendo parcerias com diversas Unidades e Serviços de saúde visando a capacitação de seus alunos para atuarem de forma efetiva nestes serviços e tornarem-se aptos para a gestão do sistema de saúde e habilitados para a utilização de todo o instrumental teórico e prático da Saúde Coletiva. Os residentes designados para atuarem na Coordenação de Área de Planejamento 3.1 do município do Rio de Janeiro têm como uma de suas principais atribuições, desenvolver, de forma eficiente, a avaliação e o monitoramento dos sistemas de informações a partir da análise dos dados obtidos, dando subsídios à Coordenação de área para a utilização das informações, como instrumentos gerenciais de planejamento de suas atividades. Para o desenvolvimento das atividades propostas, tornou-se necessária a identificação das fontes geradoras de informações, os instrumentos utilizados, a periodicidade de apuração, bem como os fluxos percorridos. A partir desse trabalho preliminar, tornar-se-á possível reestruturar e estabelecer metodologia de apuração, monitoramento e avaliação das informações, logrando, desta forma, a produção de informações mais fidedignas. Tem-se ainda o objetivo de manter a CAP 3.1 informada acerca dos principais indicadores de saúde relativos a produção e desempenho das Unidades de Saúde de sua área

de abrangência, como: número de atendimentos prestados, capacidade instalada e operacional, número de óbitos, taxa de mortalidade, tempos médios de permanência, taxas de ocupação dos leitos e diversos outros dados e indicadores que possam ser necessários para o acompanhamento da performance do sistema de saúde local. 2. OBJETIVO GERAL Subsidiar a Coordenação da AP 3.1 na definição do perfil assistencial das Unidades de Saúde que a compõem, visando a qualificação dos subsistemas da Ilha do Governador, Leopoldina Norte e Leopoldina Sul e a conformação de uma rede articulada que contemple os diversos níveis de complexidade, facilitando o acesso da população aos serviços de saúde. 3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Avaliar a oferta de serviços por subsistema. Programar a assistência em saúde pelas consultas em especialidades por subsistemas. Analisar o desempenho das Unidades por subsistema Elaborar cesta de indicadores de saúde Analisar e monitorar as informações relativas às Unidades de Saúde recebidas pela CAP 3.1 4. A LÓGICA DA DESCENTRALIZAÇÃO. A nova política gerencial adotada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS-RJ) visa uma descentralização gerencial a partir da lógica de criação de subsistemas de saúde, com base na organização dos níveis de complexidade e otimização crescente dos serviços existentes. Cada subsistema deverá estar constituído de pelo menos, um hospital (geral, maternidade ou de emergência), uma policlínica e centros de saúde, conformando uma unidade gestora colegiada com participação dos respectivos coordenadores de área. Essa nova proposta busca a reorganização do perfil assistencial das Unidades de Saúde e a definição de redes de referência e contra-referência.

A Coordenação de Área Programática (CAP 3.1), situada na zona da Leopoldina da cidade do Rio de Janeiro, tem como missão propiciar condições de funcionamento adequado à Rede Assistencial, visando atender às necessidades da população de acordo com as políticas estabelecidas pela SMS/RJ. Desta forma, a CAP 3.1 pretende reorganizar o sistema de saúde local segundo a lógica de subsistemas. Foram realizadas diversas reuniões da equipe de Coordenação e oficinas de trabalho com as gerências das Unidades de Saúde visando a discussão das propostas de regionalização, estabelecimento de estratégias e tomada de decisões para operacionalização das mesmas. Os subsistemas definidos nas oficinas foram: Subsistema Ilha do Governador: Hospital Municipal Paulino Werneck; Hospital Municipal Nossa Senhora do Loretto; Hospital Universitário Clementino Fraga Filho; Instituto de Pediatria e Puericultura Martagão Gestera (IPPMG); CMS Necker Pinto; PAM Newton Alves Cardoso; PS Madre Teresa de Calcutá; CAPS Ernesto Nazareth¹. Subsistema Leopoldina Sul: CMS Américo Veloso; Hospital Evandro Chagas; Centro de Saúde Escola Germano Sinval Farias; Hospital Geral de Bonsucesso; PAM Maria Cristina Roma Paugartten; PS Vigário Geral¹; PS 14 de Julho¹; PS Gustavo Capanema¹; PS Operário Mariano¹; PS Nova Holanda¹; PS Elis Regina¹; PS Vila do João¹; PS Hélio Smidt¹; PS Samora Machel¹. Subsistema Leopoldina Norte: Hospital Mário Kroeff; Hospital Estadual Getúlio Vargas; PAM Penha; Policlínica José Paranhos Fontenelle; PS Doutor Nagib Jorge Farah; ¹ Essas unidades não fizeram parte do estudo devido a indisponibilidade de dados de produção das mesmas: UMAMP José Breves Santos; PACS (Programa de Agente Comunitário de Saúde) Caricó¹; PSF (Programa de Saúde da Família) Parque Royal¹. 5. METODOLOGIA Para que possa ser implantado o modelo de regionalização da assistência de saúde na CAP 3.1, é necessário inicialmente um diagnóstico situacional da área, a partir da avaliação da produção de serviços, dos recursos humanos existentes e da capacidade instalada por subsistema proposto.

Para tanto deverão ser realizados: Levantamento da produção do ano de 2001 3, por procedimento, discriminados por Unidade de Saúde, a partir do SIA/SUS/TABNET. Foi realizada tabulação de dados de produção das unidades de saúde da área referente ao estudo, sendo utilizadas as variáveis procedimentos realizados e quantidade apresentada Agrupamento de procedimentos realizados por nível de complexidade - Básica, Média (M¹, M², M³) e Alta Complexidade, segundo o modelo preconizado pela NOAS/01/2002. Planilha para identificação dos recursos humanos e capacidade instalada em cada US da área A CAP 3.1 ficou responsável pela consolidação destas planilhas, agregando-as por subsistemas, a partir das informações coletadas pelas Unidades de Saúde. É importante destacar que os dados de Recursos Humanos existentes são referentes ao ano de 2002, o que pode gerar alguma distorção ao serem analisados frente a produção do ano de 2001. 5.1 - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL O município do Rio de Janeiro, no ano de 2001, apresentou 0,83 consultas básicas (CB) e 0,71 consultas especializadas (CE) por habitante/ano, enquanto a média dos Municípios em Gestão Plena do Sistema Municipal (GPSM) é de 1,4 CB hab./ano, sendo a meta estabelecida através do pacto de atenção básica de 1,5 CB hab./ano. A CAP 3.1 apresentou 0,56 CB, 0,78 CE e 0,96 consultas de emergência por hab./ano. A análise dos procedimentos de atenção ambulatorial da AP 3.1 demonstrou a concentração de exames de patologia clínica por consulta médica foi de 141,7; Apresentou 24,4% de consultas básicas do total de consultas médicas produzidas; não apresentou consulta no Programa de Saúde da Família; 66,03% e 19,35 das ações de atenção básica e média complexidade, respectivamente, foram produzidas por unidades sob gestão municipal. 3 Período definido para o estudo

A AP 3.1 foi responsável por 13,2% do total de internações no município do Rio de Janeiro, sendo que 10,3% ocorridas em hospital municipal e a maioria devido à doenças do aparelho circulatório e gravidez/parto e puerpério. A taxa de mortalidade infantil, segundo fonte do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e do SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos), na AP 3.1 foi de 14,7% e a média do Rio de Janeiro foi de 14,9%. No presente estudo, o primeiro passo foi buscar no SIA/SUS os dados de produção do ano de 2001 por US. A partir destes, foram realizados cálculos para a obtenção do potencial de produção das mesmas em cada subsistema, desagregados por procedimento. Essa análise se restringiu, inicialmente, as consultas médicas em Atenção Básica ( vocês estão se referindo a consultas especializadas?), referentes às seguintes Unidades de Saúde: Subsistema Ilha: Hospital Municipal Nossa Senhora do Loretto, Hospital Municipal Paulino Werneck, PAM Newton Alves Cardoso, PS Madre Teresa de Calcutá, C.M.S. Necker Pinto. Subsistema Leopoldina Norte: Policlínica José Paranhos Fontenelle, UMAMP José Breves Santos, P.S. Nagib Jorge Farah. Subsistema Leopoldina Sul: PAM Maria Teresa Cristina Roma Paugartten, C.M.S. Américo Veloso. A partir dessas informações foi possível proceder uma análise comparativa entre o potencial esperado e a produção realizada. Essa análise se deu a partir do cálculo da média de produção mensal esperada e da média de produção mensal realizada: PME= nº de profissionais x carga horária x 4 (parâmetro de cobertura assistencial por hora trabalhada em clínicas básicas) x 4 (número de semanas no mês), ou: PME= nº de profissionais x carga horária x 3 (parâmetro de cobertura assistencial por hora trabalhada em clínicas especializadas) x 4 (número de semanas no mês). PMR= total de produção realizada no ano/ 11 (número de meses no ano excluído um mês de férias). Para todos os cálculos, optou-se pela redução de quatro horas na carga horária dos profissionais para que o dado esteja o mais próximo do real, visto que os mesmos não cumprem sua carga horária de forma plena.

Verificou-se que a maior parte das Unidades de Saúde apresentou uma produção total inferior ao esperado. Chama a atenção porém, algumas especialidades (ou procedimentos?) que apresentaram produção maior que a esperada: Hospital Municipal Paulino Werneck ortopedia PAM Newton Alves Cardoso cardiologia, gastroenterologia e urologia. UMAMP José Breves Santos clínica médica e patologia clínica É importante destacar que este é um estudo preliminar, portanto os resultados apresentados são parciais. 5.2 ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS De acordo com os dados apresentados, verificamos que a rede municipal consegue suprir em 80% a assistência hospitalar da área, e 73,8% da Atenção Básica (principalmente imunização e consultas médicas), o que demonstra um ótimo indicador municipal. Em relação a cobertura de consultas básicas e especializadas na AP 3.1 encontramse, respectivamente, inferior e superior à média municipal. Vale ressaltar que a inexistência de dados de produção do Programa de Saúde da família se deve ao fato que o mesmo ainda se encontra em período de implantação na área. Quanto aos dados de mortalidade infantil, não houve diferença à média do município. A diminuição da produção assistencial referente à Atenção Básica (consultas médicas) das Unidades de Saúde analisadas pode estar sendo ocasionada por diversos fatores, entre eles: - Inconfiabilidade nos dados fornecidos pelo SIA/SUS? - Carga horária contratual não executada de forma plena? - Existem profissionais lotados nas especialidades que não apresentaram produção no SIA/SUS? - Os parâmetros de cobertura assistencial do SUS (portaria. nº 1101/GM, 12/06/02) não estão sendo cumpridos?

Responder a estas indagações é um desafio. O planejamento e a reestruturação do sistema de saúde local não depende unicamente da avaliação dos dados de produção gerencial, devendo-se levar em consideração as especificidade de cada Unidade de Saúde. 6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: Brasília, DF - Norma Operacional de Assistência à Saúde 01/01 Portaria MS/GM 95/01, Brasília D.F, 2001, - Norma Operacional de Assistência à Saúde 01/2002 Portaria MS/ GM 373/02, Brasília D.F, 2002, - Indicadores, Brasília - DF, 1997., - Relatório de Acompanhamento das Ações e Metas Prioritárias do Ministério da Saúde Brasília, D.F, 1998., - Parâmetros de Cobertura Assistencial no âmbito do Sistema Único de Saúde Portaria MS/GM 1101/02, Brasília D.F, 2002, - SUS: Entraves à Descentralização e Propostas de Mudança In: AFFONSO, R. B. A. e SILVA, P. L. B. (Orgs) Descentralização e Políticas Sociais, São Paulo, FUNDAP, p. 269-295, 1996. BRASIL/ MS/ SAS, 1999. Manual para a Organização da Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde. BRASIL/ MS/ SAS, 1999. Manual para a Organização da Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde.