Ofício Circular S/SUBPAV/SAP/CPNASF n.º 05/2016
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- Fernando Marques Coimbra
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1 Ofício Circular S/SUBPAV/SAP/CPNASF n.º 05/2016 Rio de Janeiro, 07 de dezembro de Às Coordenadorias Gerais de Atenção Primária, com vistas às Organizações Sociais de Saúde Assunto: Diretrizes de atuação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Prezados Coordenadores, Considerando a Portaria GM nº 2.488, que aprova a Política Nacional de Atenção Básica estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia de Saúde da Família e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde. Considerando a Portaria GM nº 3.124/2012, que redefine os parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Modalidades 1 e 2 às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações específicas, cria a Modalidade NASF 3, e dá outras providências. Considerando o caderno de atenção básica nº 27 e 39, que dispõe sobre as diretrizes do NASF e ferramentas para a gestão e para o trabalho cotidiano, respectivamente. Considerando as orientações técnicas da Coordenação de Policlínicas e Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Tendo em vista a necessidade de estabelecer parâmetros e critérios técnicos da implantação ao monitoramento das ações executadas pelas equipes NASF. Esta Coordenação informa as diretrizes de atuação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família no município do Rio de Janeiro: Implantação de equipes NASF Definição dos territórios: Deve estar baseado no diagnóstico situacional da área de acordo com os itens previstos no Caderno de Atenção Básica 39, considerando a vulnerabilidade social de cada território; Devem ser priorizados os territórios que tenham equipes de Consultório na Rua;
2 O planejamento das equipes deve respeitar a relação 1 equipe NASF para 5 a 9 equipes de Saúde da Família (esf), de acordo com a portaria GM 3.124/2012; Recomenda-se que o NASF apoie no máximo 3 unidades por território, mas preferencialmente 2 unidades. No planejamento das equipes nos territórios, minimizar, ao máximo, a fragmentação do processo de trabalho das equipes NASF no apoio a equipes situadas em diversas unidades. Cada Coordenadoria Geral de Atenção Primária (CAP) deve identificar um profissional para atuar como ponto focal da CAP para o NASF na área. Definição das categorias: Deve basear-se no diagnóstico situacional da área e indicadores estratégicos da SMS. Processo seletivo: O processo seletivo deverá ficar a cargo da Organização Social de Saúde (OSS) com apoio da Coordenadoria Geral de Atenção Primária; Independentemente da forma de seleção utilizada pela OSS, análise de currículo ou seleção pública, a etapa entrevista deve ser garantida em conjunto com a Coordenadoria Geral de Atenção Primária; A OSS que optar por realização de prova para seleção pública deverá contemplar, como referência para elaboração das questões, os conteúdos mínimos: lei 8.080, lei 8.142, Portaria 2.488, Caderno de Atenção Básica 39, Caderno de Atenção Básica 27. A S/SUBPAV/SAP/CPNASF está à disposição para auxiliar a Coordenadoria em qualquer uma das etapas do processo seletivo; Orienta-se o pagamento por titularidade para residência em Saúde da Família, Saúde Pública ou Saúde Coletiva, mestrado e doutorado em Saúde da Família, Saúde Pública ou Saúde Coletiva, conforme descrito nos subitens 3.3 e 3.4 do Ofício Circular nº 23/2015/S/SUBPAV/SAP. Para as Coordenadorias que optarem por compor as equipes NASF com profissionais estatutários, deve-se atentar para o perfil do profissional. Recomenda-se que seja realizada análise curricular e entrevista para estes também. Cadastro: As equipes NASF devem ser cadastradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), preferencialmente, em unidade tipo A, ou seja, somente com equipes de Saúde da Família.
3 As ocupações devem ser cadastradas no CNES e no Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) a partir da listagem de ocupações definida pela CPNASF, conforme anexo 1. O CNES NASF deve ser atualizado mensalmente, assim como ocorre na Estratégia Saúde da Família. Acolhimento e Introdutório: Todo profissional NASF deve participar do curso introdutório em Saúde da Família. Recomenda-se que seja incluído na primeira turma que ocorrer após sua contratação ou remanejamento, no caso dos profissionais estatutários; A Coordenadoria Geral de Atenção Primária deverá organizar a agenda padrão e apresentar as diretrizes de atuação do NASF no território para os profissionais. Registro eletrônico: Todo profissional NASF deverá registrar as atividades no PEP; A OSS deverá garantir que o profissional NASF possa logar, registrar, visualizar e retirar relatórios do PEP em / de todas as equipes matriciadas por ele; Deve ser providenciado login e senha no PEP em até 3 dias úteis a partir da contratação/remanejamento do profissional NASF; Deve ser ofertado treinamento no PEP ao profissional em até 10 dias após o recebimento do login. Produção Ambulatorial As unidades com equipes NASF cadastradas devem ter o CNES ativado para a realização de procedimentos de média complexidade; A responsabilidade da ativação do campo mencionado no item anterior é da Divisão de Informação, Controle e Avaliação (DICA) da Coordenadoria Geral de Atenção Primária; A produção ambulatorial deverá ser organizada de duas formas: i. Geração do Boletim de Produção Ambulatorial (BPA): a produção ambulatorial do profissional NASF na(s) unidade(s) filial(s) deverá ser agregada pela OSS/empresas de PEP ou DICA e vinculada à unidade de origem do NASF, no CNES. Este deverá ser o arquivo enviado à Coordenadoria Geral de Contratualização, Controle e Auditoria para fins de visualização da produção no SIA-SUS;
4 ii. Geração de relatórios gerenciais: a produção gerada nas unidades não vinculadas à equipe NASF no CNES deverá ser transformada em relatório gerencial para as equipes. É da responsabilidade da OSS/empresas de PEP e DICA a garantia do item anterior; A DICA deverá estar atenta à produção das equipes NASF e o monitoramento/correção das glosas. Organização do processo de trabalho Agenda padrão: i. Os gestores da agenda da equipe NASF são os gerentes das equipes de Saúde da Família apoiadas; ii. iii. As discussões de caso e pactuações devem ocorrer nos turnos de reunião, previstos em agenda; Os profissionais devem apoiar todas as equipes de Saúde da Família vinculadas à equipe NASF, inclusive as equipes de Consultório na Rua; É vedada a divisão das esf entre profissionais da equipe NASF. Ex: 2 profissionais 20 horas da mesma categoria profissional matriciam 5 esf. Neste caso, um profissional deve ficar como referência para 3 equipes e o outro para 2 equipes. iv. A organização da agenda padrão deve garantir que todos os turnos da semana estejam cobertos por profissionais NASF. v. Nas unidades com horário estendido é possibilitada a ampliação do horário pelos profissionais NASF, desde que seja garantido o item anterior. Atenciosamente, Rafaella Peixoto da S. Oliveira Coordenadora S/SUBPAV/SAP/CPNASF 60/
5 ANEXO 1 Listagem de ocupações que podem compor os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Categoria Profissional Código Brasileiro de Ocupações (CBO) Assistente Social Farmacêutico Fisioterapeuta Fonoaudiólogo Nutricionista Profissional de Educação Física na Saúde 2241E1 Psicólogo Sanitarista 1312-C1 Terapeuta Ocupacional Médico acupunturista Médico geriatra Médico ginecologista/obstetra Médico homeopata Médico pediatra Médico psiquiatra
6 ANEXO 2 Agenda padrão do NASF¹ Profissional Nº de turnos/ seman a (A) Nº de ações de saúde por turno (B) Nº de ações de saúde por semana (C) = (A*B) Meta mínima de acompanhament o (D) = (C*4) 4 Atendimento individual Visita domiciliar Médico 2 Atividade coletiva Reunião de equipe Nasf/Esf 1 4 0,5 Reunião de equipe Nasf 2 - Não se 2 3 Não se 1,5 Análise e planejamento 6 Demais especialidades (Nutricionista; Fonoaudiólogo ; Terapeuta Ocupacional; Fisioterapeuta; Psicólogo; Assistente Social; Sanitarista) 4 Atendimento individual Visita domiciliar Atividade coletiva Reunião de equipe Nasf/Esf 1 4 0,5 Reunião de equipe Nasf 1,5 Análise e planejamento Não se Não se 2 6 1,5 Atendimento individual - 3 4, Visita Domiciliar Educador Físico/ Programa Academia Carioca 1 5 0,5 Atividade Coletiva (Educativa) - 1 Atividade Física Regular em Grupo(*) - 2,5 Reunião de Equipe NASF/ESF ,5 50 0,5 2 0,5 Reunião de Equipe NASF - 1 0,5 2 0,5 Análise e Planejamento - 1 0,5 2 (*) Atividade Física Regular em Grupo: Ação de saúde específica do Educador Físico realizada em grupo no âmbito das Unidades de Atenção Primária. Por isso, deve ter seu espaço delimitado para não haver conflito com as demais ações multiprofissionais. O Grupo de Atividade Física permite uma maior participação regular de pessoas ao cotidiano do serviço de saúde e constituise como espaço de ação e educação em saúde para os demais integrantes do NASF/ESF
7 1 Foi considerada carga horária semanal de 40 horas para os profissionais do Nasf. 2 A reunião de equipe Nasf deve ocorrer quinzenalmente, representando um saldo de 2 reuniões de equipe Nasf no mês. 3 O turno de análise e planejamento deve ser utilizado para fazer a gestão e coordenação das listas de espera da regulação ambulatorial (SISREG), no que tange ao núcleo de cada categoria profissional; gestão e coordenação das listas das condições e agravos prioritários; estudo e elaboração de indicadores referente à área de abrangência das equipes de saúde da família.
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