URTICÁRIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Documentos relacionados
URTICÁRIA: ASPECTOS ESSENCIAIS

PROTOCOLO MÉDICO URTICÁRIA E ANGIOEDEMA HISTAMINÉRGICO

Abordagem algorítmica para um diagnóstico dermatológico

Ambulatório de Homeopatia - IHB. Dra Carla Palmieri Zarur

Urticária aguda em crianças e adolescentes

VIII - Doenças alérgicas

12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS ALERGISTA. Com relação à corticoterapia sistêmica na dermatite atópica grave, assinale a resposta CORRETA:

Anafilaxia. Pérsio Roxo Júnior. Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

Urticaria na infância. Dra Naiza Dorneles Colleti Dias Pediatra pela SBP Alergista pela ASBAI

Imunoterapia na Asma - Anafilaxia por ferroada de inseto: sobreposição com síndromes de ativação mastocitária -

A estigmatização de um paciente pediátrico como alérgico à penicilina implica em consequências importantes, como:

PROTOCOLO MÉDICO ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO (AEH) E OUTROS ANGIOEDEMAS BRADICINÉRGICOS. Área: Médica Versão: 1ª

Imagem da Semana: Fotografia

MATRIZ DE COMPETÊNCIAS ALERGIA E IMUNOLOGIA

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doenças Respiratórias Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Mediadores pré-formados. Mediadores pré-formados. Condição alérgica. Número estimado de afetados (milhões) Rinite alérgica Sinusite crônica 32.

Estudo das origens diatésicas do Prurido. Dr. Semy Kirillos Saúda

Índice. Você sabe o que é urticária crônica? Quem tem urticária crônica, sente o quê?... 5

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Alergia à Proteína do Leite de Vaca

Saúde e Desenvolvimento Humano

Diagnóstico e Tratamento da Urticária

Doenças Exantemáticas Agudas (DEAS)

Outubro de 2016 URTICÁRIA

PROJETO LAAI: LUPUS ELABORAÇAO DE UM FOLDER

Imagem da Semana: Fotografia

Investigação clínica, epidemiológica, laboratorial e terapêutica

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO. Cada mililitro de solução cutânea contém 1 mg de Desonida (Acetonido de Prednacinolona).

URTICÁRIA e ANGIOEDEMA. Patogenia

APLV - O que é a Alergia à Proteína do Leite de Vaca: características, sinais e sintomas. Dra. Juliana Praça Valente Gastropediatra

Verutex Creme 5 g, 10 g e 15 g

RESOLUÇÃO Nº 12, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Alergia à proteína do leite de vaca (APLV)

Urticaria. Importância 18/05/2019. Participação em processos alérgicos. Reações locais. Sistêmicas choque anafilático

Asma: Manejo do Período Intercrise. Pérsio Roxo Júnior Divisão de Imunologia e Alergia Departamento de Puericultura e Pediatria

HIPERSENSIBILIDADE. Acadêmicos: Emanuelle de Moura Santos Érica Silva de Oliveira Mércio Rocha

DOENÇAS PULMONARES PULMONARE OBSTRUTIVAS ASMA

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 01/2016

Remissão de dermatopatia atópica em cão adotado

ALERGIA x INTOLERÂNCIA. Mariele Morandin Lopes Ana Paula Moschione Castro

Diclofenaco Sódico EMS S/A. Gel. 10 mg/ g

REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE. Prof. Dr. Helio José Montassier

URTICÁRIA GIGANTE EM PRÉ-ESCOLAR ASSOCIADO À ASCARIDÍASE

Imunologia Clínica e Esofagite Eosinofílica

11º FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM RELATO DE CASO: FARMACODERMIA A HIDROXICLOROQUINA

APROVADO EM INFARMED

Perfil e evolução clínica de pacientes com urticária crônica. Re s u m o. Ab s t r a c t. HU rev, Juiz de Fora, v.33, n.4, p , abr./jun.

Doença de Crohn. Grupo: Bruno Melo Eduarda Melo Jéssica Roberta Juliana Jordão Luan França Luiz Bonner Pedro Henrique

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a suspensão das Autorizações de Introdução no Mercado

Unifacisa Questões de Imunologia Clínica Profª Socorro Viana º Módulo

Página 1 de 5 GABARITO - PRÁTICA QUESTÃO 1 ITEM A

A importância do diagnóstico correto

URTICÁRIA E PARASITAS: UM ESTUDO TRANSVERSAL EM UM BAIRRO DE CAMPINA GRANDE.

TRATAMENTO AMBULATORIAL DA ASMA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Andréa da Silva Munhoz

Especificidade das lesões dos membros inferiores

URTICÁRIA E ANGIOEDEMA

Urticária crônica espontânea refratária aos anti-histamínicos: opção por ciclosporina

SOCIEDADE RELATÓRIO PARA MICOFENOLATO DE MOFETILA E MICOFENOLATO DE SÓDIO PARA TRATAMENTO DA NEFRITE LÚPICA

TESTES ALÉRGICOS INTRADÉRMICOS COMO AUXÍLIO DO DIAGNÓSTICO DA DERMATITE ATÓPICA CANINA (DAC) Introdução

DESORDENS ALIMENTARES: PANORÂMA GERAL

ANAFILAXIA. ANAFILAXIA/etiologia, ANAFILAXIA/diagnóstico, ANAFILAXIA/terapia, EPINEFRINA, REVISÃO.

PERFIL DOS PACIENTES REGISTRADOS NO AMBULATÓRIO DE ALERGIA E IMUNOLOGIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES - MACEIÓ/AL

APRESENTAÇÃO E COMPOSIÇÃO: Creme : Bisnaga com 25 g. Solução Capilar : Frasco com 25 ml.

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Hipersensibilidades e Alergias e doenças autoimunes

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE

ASMA. FACIMED Curso de Medicina. Disciplina Medicina de Família e Comunidade. Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

O que não está lá é o que mais importa

FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO Solução oral. Embalagem contendo um frasco com 120 ml. Acompanhado do copo de medida.

FOLHETO INFORMATIVO FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR. Pandermil 10 mg/g Creme. Hidrocortisona

ASMA BRÔNQUICA CONDUTA NA EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA

Alergia. Risco de desenvolvimento de alergia em pacientes com parentes com antecedentes alérgicos. Nenhum membro da família com alergia 5 a 15 %

Hoxidrin (cloridrato de hidroxizina) Laboratório Globo Ltda. Solução oral 2mg/mL

PROGRAMAÇÃO DA VIII JORNADA ITINERANTE DE ALERGIA E IMUNOLOGIA CLÍNICA HOTEL SERRA DA ESTRELA, 18 A 20/11/ CAMPOS DO JORDÃO SP.

APROVADO EM INFARMED

Reações de Hipersensibilidade. Profa.Alessandra Barone Prof. Archangelo P. Fernandes


PAXORAL. (lisado bacteriano)

RACECADOTRILA. Biosintética Farmacêutica Ltda. Cápsula Dura 100 mg

NOTA INFORMATIVA FEBRE PELO VÍRUS ZIKA NO ESTADO DE SÃO PAULO, MAIO 2015

AVIDE. Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A. Cápsula Dura 100 mg

DERMATOSES OCUPACIONAIS

ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 004/2012 DATA: 15/11/2012

DROTIZIN. Geolab Indústria Farmacêutica S/A Solução oral 2mg/mL

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Urticária: Diagnóstico e Tratamento Urticaria: Diagnosis and Treatment

Classificação dos fenótipos na asma da criança. Cassio Ibiapina Pneumologista Pediatrico Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG,

Farmacovigilância: notificar é preciso

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

17º Imagem da Semana: Fotografia

CLASSIFICAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS PERIODONTAIS

ÁCIDO FUSÍDICO. Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. Creme Dermatológico 20mg/g

EFICÁCIA DO TRATAMENTO COM OMALIZUMAB NA URTICÁRIA CRÓNICA ESPONTÂNEA RESISTENTE À TERAPÊUTICA HABITUAL COMBINADA

HISTAMINA E ANTI-HISTAMÍNICOS

ALERGIA A INSETOS PICADORES (CHOQUE ANAFILÁTICO)

Capítulo 17b (Ex-CAPÍTULO 9) EFEITOS TARDIOS

Rev Pat Tocantins V. 3, n. 04, 2016 SOCIEDADE DE PATOLOGIA DO TOCANTINS REAÇÃO CUTÂNEA DESENCADEADA POR DROGA

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia

ENFERMAGEM DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. ZIKA VIRUS Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Transcrição:

URTICÁRIA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Luciana Maria Berardi Cioffi Francisca Sperb Indrusiak Sergio Antonio Curcio Celia UNITERMOS URTICÁRIA; HISTAMINA; MASTÓCITOS; ANTI-HISTAMÍNICOS; ANGIOEDEMA. KEYWORDS URTICARIA; HISTAMINE; MAST CELL; ANTIHISTAMINES; ANGIOEDEMA. SUMÁRIO A urticária apresenta-se com diversas formas clínicas e causas distintas. Constitui uma das dermatoses mais frequentes: 15% a 20% da população têm pelo menos um episódio agudo da doença em sua vida. A urticária é classificada do ponto de vista de duração da evolução temporal em aguda (inferior a seis semanas) ou crônica (superior a seis semanas). O tratamento da urticária pode compreender medidas não farmacológicas e intervenções medicamentosas, as quais são agrupadas em tratamentos de primeira (anti-histamínicos), segunda (corticosteróides e antileucotrienos) e terceira linha (medicamentos imunomoduladores). Essa entidade clínica acarreta importante perda na qualidade de vida e deve ser prontamente tratada pelo profissional de saúde. SUMMARY The urticaria presents itself with diverse clinical forms and distinct causes. It is one of the most common dermatosis: 15% to 20% of the population has at least one acute episode of illness in their life. Urticaria is classified based on its temporal evolution as acute (less than 6 weeks) or chronic (more than 6 weeks). Management strategies may involve nonpharmacological measures and drug interventions, which are grouped into first-(antihistamines), second (corticosteroids and antileukotrienes) and third-line therapies (immunomodulators). This clinical entity has a major loss in quality of life and should be promptly treated by a health professional.

INTRODUÇÃO A urticária é uma dermatose comum que ocorre como manifestação clínica de vários mecanismos imunológicos e inflamatórios, ou pode ser idiopática. É caracterizada pelo aparecimento de pápulas eritematosas, edematosas, superficiais e bem definidas, chamadas de urticas, efêmeras e acompanhadas de prurido. É comum a lesão urticariforme aparecer associada ao angioedema. O angioedema apresenta maior área edemaciada e envolve a derme e o tecido subcutâneo, sendo profundo e mal definido. 1,2 EPIDEMIOLOGIA É muito comum, aproximadamente um quinto da população tem ou teve urticária. A mulher é mais afetada do que o homem (2:1). Aparece em qualquer idade, porém sua maior frequencia ocorre entre os 20-50 anos. 3 ETIOLOGIA Alimentos: frutas, frutos do mar, castanhas, condimentos, chá, chocolate produtos laticínicos. Drogas: antibióticos (penicilinas e sulfonamidas), inibidores da ECA, ácido acetilsalicílico, antiinflamatórios não hormonais, morfina e codeína. Idiopática Hemoderivados Radiocontrastes Infecções virais e doenças febris Picada de abelha e vespa *Adaptado de Criado. Patogenia A principal célula envolvida na patogenia da urticária é o mastócito, que, ao degranular-se, libera diversos mediadores, sendo o principal a histamina, responsável pela urtica. Esses mediadores são pré-formados e acumulam-se em grânulos no citoplasma dos mastócitos, e são liberados em resposta a estímulos diversos. Após a liberação de mediadores, o eritema inicial ocorre pela dilatação de capilares na derme superficial, o edema, por extravasamento de fluidos para o interstício e o eritema secundário, por dilatação arteriolar mediada por reflexos axonais. 4

Quadro 1 - Classificação Das Urticárias Espontâneas Físicas Tipos especiais -Aguda (< 6 semanas) -Crônica (> 6 semanas) - Dermografismo - De pressão tardia - Pelo frio - Pelo calor - Colinérgica - Adrenérgica - De contato - Aquagênica - Solar - Vibratória Adaptado de Burns. Manifestação Cutânea Lesões cutâneas urticariformes bem definidas, pequenas (<1cm) e grandes (>8cm), eritematosas ou brancas, com um halo eritematoso, redondo, oval, acriforme, anular ou serpinginoso, devido à confluência e resolução em uma área e progressão em outra. As lesões são pruriginosas e transitórias. A distribuição é regional ou generalizada. 2 Diagnóstico O diagnóstico clínico das urticárias não apresenta dificuldades. A história detalhada do doente e o exame físico completo são fundamentais para o diagnóstico etiológico das urticárias. Exames laboratoriais e testes de provocação orientados pela anamnese e exame físico complementam a investigação. A suspeita de que tal quadro clínico seja a apresentação inicial de uma crise anafilática deve ser levado em consideração na avaliação inicial. 4 A biópsia de pele está indicada na investigação de alguns casos de urticária crônica, principalmente, quando houver suspeita de urticária vasculite, ou seja, lesões com duração maior que 24 horas e doloridas, que não desaparecem à digitopressão. 3 Diagnóstico Diferencial Na maioria das vezes não há dificuldade para o diagnóstico sindrômico das urticárias. Entretanto, quando está associada com outras lesões cutâneas, ou quando sua duração é mais persistente, sem prurido ou com edema mais profundo, o diagnóstico pode se tornar mais difícil. O diagnóstico diferencial deve ser feito com as seguintes enfermidades: eritema multiforme, exantema maculopapular, eritema marginatum, eritema anular, tinea corporis, penfigoide bolhoso, pênfigo, dermatite herpetiforme, sífilis secundária, prurigo estrófulo, mastocitose, vasculites, poliartrite, lúpus eritematoso, erupções morbiliformes a droga, entre outros. 5

Urticária na Infância As formas agudas costumam ser idiopáticas, físicas, desencadeadas por infecções ou por ingestão de alérgenos, sejam alimentares ou medicamentos. Casos crônicos na infância são excessivamente investigados- muitas vezes, sem embasamento clínico. A urticária autoimune também ocorre na faixa etária pediátrica. Autoanticorpos tireoideanos podem ser positivos mesmo em estado eutireoideo. O curso natural dos casos crônicos é a remissão após alguns anos. 6 Tratamento Aproximadamente dois terços dos casos de urticária apresentam-se como quadros autolimitados e de resolução espontânea. Portanto, o manejo inicial da urticária objetiva o alívio do prurido. 7 Primeira Linha: Anti-histamínicos de Segunda geração Segunda Linha: Corticóides orais Antileucotrienos Terceira Linha: Imunomoduladores Adaptado de Zuberbier. Quadro 2 - Tratamento Medicamentoso Quadro agudo Exacerbações importantes Resposta incompleta Casos refratários Os anti-histamínicos de primeira geração podem ser usados caso a resposta ao tratamento inicial não seja satisfatória. Devido a suas propriedades sedativas são administrados à noite. As medidas terapêuticas de segunda e terceira linha apresentam maiores efeitos adversos, devendo ser reservadas aos doentes que não apresentaram controle da doença com os de primeira linha, ou àqueles a respeito dos quais não é possível estabelecer uma etiologia, tal como nas urticárias auto-imunes. 3 Quadro 3 - Orientações Gerais ao Paciente - Remover a causa identificada. - Explicação sobre a doença. - Reduzir o estresse emocional, o sobreaquecimento do corpo e a ingestão alcoólica. - Evitar o uso de ácido acetilsalicílico, antiinflamatórios não hormonais, codeína e morfina. - Pacientes com angioedema devem evitar inibidores da ECA. - Dietas de exclusão, se a anamnese sugerir nexo causal. Adaptado de Criado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A qualidade de vida em pacientes com urticária é gravemente afetada, logo, o manejo dessa afecção deve ser prontamente iniciado e envolve a cooperação entre médico e paciente. O tratamento visa a resolução total dos sintomas e a prevenção da recorrência dos mesmos. 8 REFERÊNCIAS 1. Grattan CEH, Kbza Black A. Urticaria and mastocytosis. In: Burns T, Breathnach S, Cox N, et al. Rook s Textbook of Dermatology. 8 nd. New Jersey: Wiley-Blackwell; 2010. p. 949-84. 2. Soter NA. Urticária e angioedema. In: Freedberg IM et al. Fitzpatrick: tratado de dermatologia. 5 nd ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2005. p. 1409-19. 3. Fraça AT, et al. Urticária e angioedema: diagnóstico e tratamento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Revinter; 2006. 4. Criado PR, Criado RFJ, Maruta CW et al. Urticária. An Bras Dermatol. 2005;80:613-30. 5. Brodell LA, et al. Differential diagnosis of chronic urticaria. Ann Allergy Asthma Immunol. 2008; 100:181-8. 6. Oranje AP. Management of urticarial and angioedema in children: new trends. G Ital Dermatol Venereol. 2010;145:771-4. 7. Breno SM, Nadel FM, Alessandrini EA. A survey of emergency department management of acute urticaria in children. Pedriatr Emerg Care. 2007;23:862. 8. Zuberbier T, Asero R, Bindslev-Jense C, et al. EAACI/GA2LEN/EDF/WAO Guideline: management of urticarial. Allergy. 2009; 64:1417-26.