Lesão intraepitelial de baixo grau: como seguir? Fábio Russomano IFF/Fiocruz Paranacolpo 25 a 27 de julho de 2013
Qual o objetivo de seguir uma lesão de baixo grau? a. Verificar se regrediu? b. Verificar se persiste? c. Detectar uma improvável progressão? d. Descartar lesão pré-invasiva (NIC 2-3)?
Melnikow 1998. Natural history of cervical squamous intraepithelial lesions: a meta-analysis.
Frequencia de NIC2-3 após diagnóstico de LSIL TOMBOLA Group 2009. Cytological surveillance compared with immediate referral for colposcopy in management of women with low grade cervical abnormalities: multicentre randomised controlled trial.
Uma parcela significativa de mulheres com cito LSIL tem NIC 2-3. Mais diagnósticos de NIC 2-3 nas referidas para colposcopia. O seguimento evita sobretratamento, pp em jovens com NIC II TOMBOLA Group 2009. Cytological surveillance compared with immediate referral for colposcopy in management of women with low grade cervical abnormalities: multicentre randomised controlled trial.
Elit 2010. Expectant management versus immediate treatment for low-grade cervical intraepithelial neoplasia : a randomized trial in Canada and Brazil.
ASCUS-LSIL Triage Study (ALTS) Group 2003. A randomized trial on the management of low-grade squamous intraepithelial lesion cytology interpretations. ALTS: mais diagnósticos de NIC2 no grupo encaminhado para colposcopia e diagnósticos mais tardios no grupo de seguimento citológico
Outras evidências asseguram o seguimento citológico: 87% citologias LSIL voltaram ao normal em 4 anos de seguimento 11% mostraram HSIL e foram tratadas Nenhum caso de Ca. Ahmed 2008. Outcome analysis of 4 years' follow-up of patients referred for colposcopy with one smear showing mild dyskaryosis.
Que fatores podem sinalizar para a necessidade de um seguimento mais rigoroso? LSIL de alto risco (persistente, com HPV oncogênico por mais de 2 anos e mais de 40 anos, colposcopia insatisfatória, raspado endocervical positivo): NIC 2-3: 22% (12,7-31,2) Sem doença 10,4% (3,6-17,2) NIC 1 67,6% (57,1-78) Alonso 2007. High-risk cervical epithelial neoplasia grade 1 treated by loop electrosurgical excision: follow-up and value of HPV testing.
Que fatores podem sinalizar para a necessidade de um seguimento mais rigoroso? Castle 2011. The clinical meaning of a cervical intraepithelial neoplasia grade 1 biopsy. Limitações: média de idade de 23-24 anos; não inclui mulheres com cito de referência=hsil, poucos casos de NIC 3, tempo curto de seguimento.
Colposcopia traz pouco benefício adicional no seguimento de mulheres tratadas para NIC1 11 casos de lesão persistente em 250 tratadas 1 caso de NIC1 detectada pela colposcopia com citologia normal Jones 2004. Is there a role for colposcopy in the follow-up of treated low grade squamous intraepithelial lesions?
Adicionar testes não muda de forma significativa a predição de doença ou sua ausência Kitchener H, et al, 2008. HPV testing as an adjunct to cytology in the follow up of women treated for cervical intraepithelial neoplasia.
Luesley D & Leeson S (ed) 2010. Colposcopy and programme management - Guidelines for the NHS Cervical Screening Programme. Bentley 2012. Colposcopic Management of Abnormal Cervical Cytology and Histology. Massad 2012. 2012 Updated Consensus Guidelines for the Management of Abnormal Cervical Cancer Screening Tests and Cancer Precursors. MS/INCA 2011. Diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer do colo do útero.
Síntese das recomendações Seguir Citologia (semestral ou anual) Co-teste (DNA-HPV oncogênico) se disponível (12 meses) Voltar ao rastreio habitual Se citologia inicial LSIL/ASC-US: após 2 citologias negativas (ou coteste negativo em 12 meses) Se citologia inicial > LSIL/ASC-US: após 4 citologias negativas (ou coteste negativo em 12 e 24 meses) Cogitar tratar ou manter seguimento Se citologia >LSIL persistente com achados menores, colposcopia negativa ou insatisfatória ou biópsia = NIC 1 Na persistência de LSIL (em 2 anos)
Grato pela atenção! fabio@iff.fiocruz.br