NOTA TÉCNICA Nº 05/2018

Documentos relacionados
ANEXO I Partilha do Simples Nacional Comércio Abrange: IRPJ - CSLL - COFINS - PIS - CPP - ICMS Efeitos a partir de 01/01/2018

Segue explicação cálculo Simples Nacional com alguns exemplos para facilitar esse entendimento 2017/2018.

SIMPLES NACIONAL PARA 2018 ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO

SIMPLES NACIONAL PARA 2018 ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO

Tabelas dos anexos do Simples Nacional a partir de 2018

GRUPO ORGPENHA CONTABILIDADE E SERVIÇOS

SIMPLES NACIONAL ALÍQUOTA NOMINAL X ALÍQUOTA EFETIVA VALÉRIA NETTO FERREIRA COSTA AUDITORA-FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE

Anexo I Partilha do Simples Nacional Comércio Efeitos a partir de 01/01/2015

ASSUNTO: Simples Nacional e a Lei Complementar 155/2016 O que passa a valer em 2017 e 2018

ANEXO I Partilha do Simples Nacional Comércio Abrange: IRPJ - CSLL - COFINS - PIS - CPP - ICMS Efeitos a partir de 01/01/2018

DIREITO TRIBUTÁRIO. Simples Nacional Parte IV. Prof. Marcello Leal

Simples Nacional: noções básicas e alterações trazidas pela LC 155/2016 Silas Santiago

APOSTILA Simples Nacional Alterações da Lei Complementar 155. Para 2018

POSSIBILIDADE DE OPÇÃO. Micro e pequenas cervejarias, vinícolas, destilarias e produtores de licores. INVESTIDOR ANJO

SIMPLES NACIONAL PARA 2018 ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO

ESCRITÓRIO TIRADENTES

Descomplicando o SIMPLES LC nº 123/2006 com alterações introduzidas pela LC nº 155/2017

NOTA TÉCNICA CNM Nº 17/2017

Confira 5 alterações que vão impactar sua empresa

Simples Nacional Principais Alterações com efeitos a partir de 1º

ALTERAÇÕES DO SIMPLES NACIONAL

Descomplicando Simples Nacional. Reforma da LC 123/ advento da LC 155/2016

Simples Nacional: noções básicas e alterações trazidas pela LC 155/2016 Silas Santiago

SIMPLES NACIONAL, Lucro Presumido Cenário Atual e Mudanças para 2016

Alterações do Simples Nacional Lei Complementar 155/2016

Formado pelo Liceu de Artes e Ofícios em Eletrônica e Processamento de Dados;

SIMPLES NACIONAL Novas Regras

Altera a LC 123/2006 para reorganizar e simplificar a metodologia de apuração do imposto.

Simples Nacional Novas Regras para 2018

Importância do fator "R" e seus efeitos no Enquadramento e Tributação para as empresas Prestadoras de Serviços, optantes pelo Simples

Novo simples nacional

Principais pontos. Estatuto da MPE. Simples Nacional

LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 27 DE OUTUBRO DE 2016

O QUE MUDA NO SIMPLES NACIONAL PARA 2018 Com base na Lei Complementar nº 155/16. Ana Paula Haskel & Filipe Rocha Batista Gomes

CIRCULAR INFORMATIVA Nº 09 Data: 25/01/2017 Assunto: Legislação Federal

SIMPLES NACIONAL - ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO LEI COMPLEMENTAR 155/2016

PATRICIA BIANCHI MACHADO Uruguaiana Março/2018

SIMPLES NACIONAL NOVAS REGRAS PARA 2018 Daniel Augusto Hoffmann

Mudanças no Simples Nacional (Lei Complementar 155/2016)

SIMPLES NACIONAL ATUALIZAÇÃO PARA 2018 LC 155/2016

PLANEJAMENTO TRIBUTARIO

Tabela Completa Lei Complementar 123 Anexo I - Atividades de Comércio Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQUOTA TOTAL CSLL COFINS PIS/PASEP INSS ICMS

Simples Nacional: noções básicas e alterações trazidas pela LC 155/2016 Silas Santiago

2015, SEBRAE/RS. Atualização: Outubro 2017

A informação por completo EBOOK: ALTERAÇÕES DO SIMPLES NACIONAL

/COP

IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES

Simples Nacional: noções básicas e alterações trazidas pela LC 155/2016

1.LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 27 DE OUTUBRO DE 2016

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Retenções de Impostos na Fonte Lucro Presumido

Departamento de Desenvolvimento Profissional

Simples Nacional LC 155/2016 MAPA ETÉCNICO FISCAL 1

ATUALIZAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL LC 155/2016

SIMPLES NACIONAL 2018

Sublimite para o ICMS e ISS e suas consequências

ANO XXVII ª SEMANA DE ABRIL DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 16/2016

Simples nacional / lucro presumido

Tributação sobre a Renda no Brasil

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SOCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS UnUCSEH MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL MEI

PALESTRANTE: MAGNA DE JESUS

Unidade I PLANEJAMENTO CONTÁBIL TRIBUTÁRIO. Profa. Ma. Divane A. Silva

Palestra. Planejamento Tributário com foco para Serviços Lojistas. Fevereiro/2017. Elaborado por: JANEIRO/

O NOVO SUPERSIMPLES LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 2016

O NOVO SUPERSIMPLES LEI COMPLEMENTAR Nº 155, DE 2016

Quadro Comparativo Lei Complementar n 155, de 28/11/16 vs. Lei Complementar n 123, de 14/12/06

Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio

Universidade Estadual do Centro-Oeste

RESOLUÇÃO CGSN Nº 135, DE 22 DE AGOSTO DE 2017 Multivigente Vigente Original Relacional

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

FIA. Doações Título para o Fundo da Infância e Adolescência. Renato Moreira Pinheiro / Yuiti Shimada

SIMPLES NACIONAL. Lucro Real. Outras Formas de Tributação. Lucro Presumido 18/10/2017. Lucro Arbitrado

ANO XXVII ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 45/2016

Tema: Simples Nacional Aspectos Fiscais e Contábeis. PALESTRANTE: Contadora Angela Andrade Dantas Mendonça DEBATEDOR:Contador CíceroTorquato

Palestra. expert PDF. Trial. As mudanças no Simples Nacional. Novembro Elaborado por:

Substituição Tributária, Tributação Monofásica

CIRCULAR SINDICOMIS Nº SI/248/17

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

SIMPLES NACIONAL OU LUCRO PRESUMIDO: UMA ANÁSILE TRIBUTÁRIA DE ATIVIDADES INCORPORADAS NO SIMPLES NACIONAL POR MEIO DA LEI COMPLEMENTAR 147/2014 1

Estrutura detalhada da CNAE-Subclasses 2.3 COMPATÍVEIS COM A ATIVIDADE MÉDICA Códigos (seções, divisões, grupos, classes e subclasses) e denominações

Simples Nacional 2018 Alterações fiscais. Claudia Marchetti da Silva

TABELAS DE ALÍQUOTAS A PARTIR DE 2015 ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR 123, DE Até ,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

Simples Nacional para a Representação Comercial a partir de 2018.

4º O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento:

Simples Nacional. Aplicação do Regime Tributário. Outubro Elaborado por: José Sérgio Fernandes de Mattos

Simples Nacional. Atualização e Alterações 2018

As principais mudanças no Simples Nacional para 2018

Jd Soft Informática Ltda F o n e : ( )

RELAÇÃO DAS PONTUAÇÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS, POR CURSO, DA 1ª EDIÇÃO DO SISU/UFMG

Cursos mais concorridos

Declaração Eletrônica das Sociedades Uniprofissionais (D-SUP)

Além disso, o novo Portal do Empreendedor, já disponível, traz facilidades para a vida dos empreendedores.

Palestra do Projeto Saber Contábil PIS e COFINS e o Sistema Monofásico de Tributação

MAISON GESTÃO E CONTABILIDADE

Coordenação-Geral de Tributação

CRESCER SEM MEDO LC 155/2016

Simples Nacional. Principais Alterações 2018

Transcrição:

NOTA TÉCNICA Nº 05/2018 Brasília, 15 de Janeiro de 2018. ÁREA: Finanças Municipais TÍTULO: Orientações aos Municípios sobre o Simples Nacional e as mudanças que vigoram em 2018 REFERÊNCIAS: Lei Complementar 123/2006, Lei Complementar 155/2016 PALAVRAS-CHAVE: Simples Nacional; alíquotas; tabelas progressivas; faturamento; Considerando a Lei do Simples Nacional (Lei Complementar 155/2016) publicada em 27 de outubro de 2016 que instituiu as tabelas progressivas e os novos limites de faturamento que começaram a viger agora em 2018; Considerando a importância da gestão dos Municípios nas questões que envolvem o Simples Nacional, com destaque para 3 pontos: Dos 8 impostos abrangidos pelo Simples Nacional 4 deles impactam direta ou indiretamente nas receitas municipais, são eles o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) que juntos compõe a base de cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), bem como o Imposto sobre circulação de mercadorias e serviço (ICMS) e o Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) este último de competência exclusiva dos Municípios. Do total de empresas ativas no Brasil que conforme dados da Receita Federal do Brasil (RFB) de Dezembro/2017 são mais de 20 Milhões de empresas e dessas 60% são optantes pelo Simples Nacional, sendo do total de optantes pelo regime diferenciado mais de 54% são prestadoras de serviço, contribuintes portanto do ISS. Todas as empresas optantes pelo Simples Nacional são obrigadas a partir da Lei Complementar 123/2006 e alterações a possuírem inscrição municipal, independentemente de serem contribuintes ou não do ISS. Considerando os impactos da nova Lei nas ações municipais e o papel que cabe à Confederação Nacional de Municípios (CNM), além da defesa constante dos interesses dos Municípios, orientar os gestores municipais acerca dos novos normativos que

impactam diretamente em atuações dos Municípios. Bem como orientar na realização de ações que proporcionem a sustentabilidade de gestão municipais, em especial, àquelas voltadas à arrecadação, à tributação. Esclarecemos: ALTERAÇÕES DA LEI EM VIGOR EM 2018 1. Alterações com vigência para 2018: a. Novos Limites: O faturamento no Simples Nacional passa de R$ 3,6 milhões/ano para R$ 4,8 milhões/ano. i. Quanto aos limites máximos permitidos no Simples para fins do ICMS e do ISS permanecem em R$ 3,6 milhões/ano. Nesses casos o ISS deve ser recolhido em guia própria e pela alíquota determinada em legislação do Ente. ii. Estados com até 1% do PIB Nacional poderão adotar sublimite de R$ 1,8 milhão/ano. iii. O limite de faturamento do MEI passa de R$ 60 mil/ano para R$ 81 mil/ano. b. Novas Tabelas Redução de 20 para 06 faixas de faturamento, e de 06 para 05 tabelas de tributação (Anexos I a V); A alíquota efetiva é obtida pela seguinte fórmula: [(RBT12 x Alíquota nominal) parcela a deduzir]/rbt12 Em que RBT12 é a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao período de apuração. c. Novas Atividades que poderão optar pelo Simples Nacional a partir de 2018: i. Micro e pequenas cervejarias; ii. Micro e pequenas vinícolas; iii. Produtores de licores; iv. Micro e pequenas destilarias. d. Fator Emprego

A tributação de algumas atividades de serviços dependerá do nível de utilização de mão-de-obra remunerada de pessoas físicas (folha de salários) nos últimos 12 meses, considerados salários, pró-labore, contribuição patronal previdenciária e FGTS: i. Quando o fator emprego for igual ou superior a 28%, a tributação será na forma do Anexo III da LC 123/2006; ii. Quando o fator emprego for inferior a 28%, a tributação será na forma do Anexo V da LC 123/2006. Estarão submetidas ao fator e : do Anexo III (vão para o Anexo V quando o fator e for inferior a 28%): fisioterapia, arquitetura e urbanismo; medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem; odontologia e prótese dentária; psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite; administração e locação de imóveis de terceiros; academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas; empresas montadoras de estandes para feiras; laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; Estarão submetidas ao fator e : do Anexo V: (vão para o Anexo III quando o fator e for igual ou superior a 28%): engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; medicina veterinária; serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; perícia, leilão e avaliação; auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; jornalismo e publicidade; agenciamento, exceto de mão de obra; outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não.

EXEMPLO - CÁLCULO DA ALÍQUOTA EFETIVA E REGRA DO FATOR E Em nosso exemplo vamos utilizar o anexo III. Os cálculos e observações se aplicam a todos os demais anexos de serviço. Observem que apenas em relação ao Anexo III e V deve ser levado em consideração o fator e. Uma consultório odontológico obteve como Receita Bruta dos 12 anteriores (RBT12) um total de R$ 300.000,00 e com folha de salário R$ 84.000,00. O serviço de Odontologia conforme já explicado neste material poderá ser tributado pelo anexo V se a relação entre a Folha de salário (FS) e a RBT12 for inferior a 28%. Vejamos esse cálculo em relação ao cenário posto acima: FS = 84.000,00 = 28% RBT12 300.000,00 Pelo cálculo o fator emprego ficou igual a 28%, situação em que tributação será na forma do Anexo III da LC 123/2006; Cálculo da alíquota efetiva:

Fórmula a ser utilizada em todos os caso, exceto as faixas que não possuem valor a deduzir. No caso descrito o contribuinte está na 2º faixa de faturamento tendo como alíquota 11,20% e valor a deduzir de R$ 9.360,00. [(RBT12 x Alíquota nominal) parcela a deduzir] RBT12 (300.000,00 x 11,20%) - 9.360,00 33.600 9.360 300.000 300.000,00 24.240 = 0,0808 = 8,08% 300.000 Então 8,08% é a alíquota efetiva de todos os impostos juntos. Para o cálculo do ISS é necessário utilizar o percentual de repartição dos tributos (tabela logo abaixo do Anexo III) no caso do ISS, na segunda faixa o percentual é de 32%. O cálculo pode ser feito da seguinte maneira: = 8,08% x 32% = 2,59% A alíquota do ISS seria nesse faturamento 2,59%. Finanças Municipais financas@cnm.org.br (61) 2101-6021/6009