Crescimento e produção de biomassa de clone de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla em condições de deficiência de macronutrientes, B e Zn

Documentos relacionados
Crescimento e estado nutricional de brotações de Eucalyptus citriodora sob doses de boro em solução nutritiva

Efeito do Orthene 750 BR em Tratamento de Sementes no Controle da Lagarta Elasmopalpus lignosellus no Feijoeiro e Algodoeiro

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

CLOROFILA FOLIAR, CARBOIDRATOS E PROTEÍNAS COMO INDICADORES DE RUSTICIDADE E SEUS EFEITOS NO CRESCIMENTO INICIAL DO POVOAMENTO

Quantidade de oxigênio no sistema

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE AVEIA SOB DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA. Palavras chave: Produção de biomassa, bovinos de leite, plantas daninhas

07 AVALIAÇÃO DO EFEITO DO TRATAMENTO DE

MEDIDAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR COM CULTIVOS INTERCALARES, SOB IRRIGAÇÃO NO NORTE DE MINAS GERAIS

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Fertilização de Soja com Nitrogênio, Cobalto e Molibdênio.

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MACRONUTRIENTES E DE BORO EM CLONES HÍBRIDOS DE Eucalyptus grandis COM Eucalyptus urophylla

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

COMPORTAMENTO DE ALGUMAS CULTIVARES DE FIGUEIRA NA REGIÃO DE BEJA (2003)

CURVAS DE RETENÇÃO DE AGUA E CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA DO SOLO EM SISTEMAS DE MANEJO DO FEIJOEIRO(1)

ACÚMULO DE FÓSFORO EM UM LATOSSOLO CULTIVADO COM GRAMA- MISSIONEIRA-GIGANTE EM RESPOSTA A DOSES DE DEJETO LÍQUIDO DE SUÍNO

Produção de Cebola em Função da Aplicação de Enxofre no Solo.

Estudo das variações de ph no lodo caleado em função de diferentes dosagens de óxido de cálcio e teores de umidade

ATRIBUTOS QUÍMICOS DA FORRAGEIRA PANICUM MAXIMUM CV. MOMBAÇA ADUBADA COM PRODUTOS ORGÂNICOS ORIUNDOS DA SIDERURGIA E CRIAÇÃO AVÍCOLA

Revista Raízes e Amidos Tropicais, v. 12, nº 1, p ,

DESENVOLVIMENTO INICIAL DE SORGO FORRAGEIRO SOB DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DO SOLO INITIAL DEVELOPMENT OF SORGHUM IN DIFFERENT SOIL COVERAGE

RESUMO SUMMARY INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Anacardium occidentale, resistência varietal, praga, Anthistarcha binocularis.

Perspectivas do uso das Plantações mistas de Eucalyptus sp. e Acacia mangium no Brasil

Produção de mudas clonais de eucalipto em espuma fenólica: crescimento inicial e mortalidade

DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS DE MILHO EM FUNÇÃO DE DOSES DE POTÁSSIO EM UM LATOSSOLO DE RONDÔNIA

FONTES DE ESTERCO E CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES NA SOLUÇÃO NUTRITIVA EM ALFACE CULTIVADA EM SOLO

FONTES E TEMPO DE INCORPORAÇÃO DE ESTERCOS NO CULTIVO DA BETERRABA

IMPACTO DA DEFICIÊNCIA HÍDRICA NO CRESCIMENTO INICIAL DE EUCALIPTO

EFEITO DO TEMPO DE ARMAZENAMENTO NA GERMINAÇÃO E NO COMPRIMENTO DE PLÂNTULAS DE CALÊNDULA

Produção de grãos de milho e atributos químicos de solo influenciados pela aplicação de escória de siderurgia em um Latossolo Amarelo distrófico

PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA EM MUDAS DE COPAÍBA CULTIVADAS EM LATOSSOLO AMARELO, TEXTURA MÉDIA, SOB OMISSÃO DE NUTRIENTES

POPULAÇÃO DE PLANTAS DE MILHO IRRIGADO POR ASPERSÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO RESUMO

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Composição da madeira e do carvão vegetal de Eucalyptus urophylla em diferentes locais de plantio

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

PRODUTIVIDADE DE MILHO E FEIJÃO EM SISTEMA INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA INTRODUÇÃO

Seleção preliminar de rizóbios para inoculação em leguminosas utilizadas como adubo verde

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

O) DE CAFEEIROS FERTIRRIGADOS NA REGIÃO SUL DE MINAS GERAIS

OBSERVAÇÕES DO COMPRIMENTO E NÚMERO DE FRUTOS DO PRIMEIRO CACHO DE TRÊS GENÓTIPOS DE MAMONEIRA EM SENHOR DO BONFIM, BA

Vitória da Conquista, 10 a 12 de Maio de 2017

A atmosfera e a radiação solar

UNIDADE II 1. INTRODUÇÃO

XIX CONGRESSO DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFLA 27 de setembro a 01 de outubro de 2010

ENRAIZAMENTO DE MINIESTACA CAULINAR E FOLIAR NA PROPAGAÇÃO VEGETATIVA DE CEDRO-ROSA (Cedrela fissilis Vell.) 1

Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha


Avaliação de cultivares de cebola em cultivo de verão no município de Viçosa - MG.

TOXICIDADE DE REDUTOR DE CRESCIMENTO NA CULTIVAR BRS PARDELA. Posta 231, Cep , Londrina-PR. *

Apoio à Decisão. Aula 3. Aula 3. Mônica Barros, D.Sc.

BATATA DOCE MINIMAMENTE PROCESSADA 1. INTRODUÇÃO

Efeito da cobertura do solo com palhada na umidade do mesmo e nos parâmetros biométricos da cana-de-açúcar irrigada no semiárido

Época de semeadura de cultivares de soja no Mato Grosso do Sul André Ricardo Gomes Bezerra

CONTROLE DE PLANTAS DE MILHO VOLUNTÁRIO COM A TECNOLOGIA RR EM ÁREAS COM SAFRINHA DE SOJA COM A TECNOLOGIA RR

UTILIZAÇÃO DE LODO GERADO EM PROCESSO ANAERÓBIO TIPO TANQUE IMHOFF COMO INSUMO AGRICOLA PARA A CULTURA DO MILHO ( Zea mays L.)

Circuitos Elétricos II Experimento 1 Experimento 1: Sistema Trifásico

AVALIAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE MUDAS DE EUCALIPTO SOB DÉFICIT HÍDRICO

Manejo da fertilidade em solos arenosos visando à intensificação sustentável

EFEITO DE NÍVEIS CRESCENTES DE PROTEÍNA NA DIETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO PEIXE ORNAMENTAL GUPPY (Poecilia reticulata)

Hewlett-Packard PORCENTAGEM. Aulas 01 a 04. Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luiz Ramos

ESTUDO DA INFLUÊNCIA DA RAIZ NUA E DA RAIZ PROTEGIDA NA COUVE FLOR

CONTROLE DE OXIDAÇÃO NO ESTABELECIMENTO in vitro DE GEMAS APICAIS DE AZALEIA RESUMO

Tolerância ao resfriamento e congelamento de folhas de eucalipto

COBRE E ZINCO NO SOLO E NA FITOMASSA NO DÉCIMO ANO DO USO DE SISTEMAS DE MANEJO DO SOLO ASSOCIADOS A FONTES DE NUTRIENTES 1 INTRODUÇÃO

Hortic. bras., v.29, n. 2 (Suplemento - CD ROM), julho 2011

AVALIAÇÃO DE NPK E DOSES DE BIOFERTILIZANTE ORGÂNICO NO CRESCIMENTO DO FEIJÃO-CAUPI

Relatório de Estágio

AVALIAÇÃO DE NÍVEIS DE BIOSSÓLIDO NO SUBSTRATO PARA PRODUÇÃO DE MUDAS DE Solanum pseudo-quina

SOLUÇÕES NUTRITIVAS EXPERIMENTO DE DEFICIÊNCIAS

CARACTERIZAÇÃO DA CLOROFILA, FLUORESCENCIA E NITROGENIO FOLIAR DE MUDAS DE EUCALIPTO E SEUS EFEITOS SOBRE O CRESCIMENTO NO CAMPO

MANEJO DE FONTES ALTERNATIVAS DE FERTILIZANTES NITROGENADOS NA SUCESSÃO BRAQUIÁRIA-ALGODÃO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO NO CERRADO SAFRA 2007/2008 (1)

INFLUÊNCIA DO DESBASTE EM PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DA MADEIRA DE Eucalyptus grandis Hill ex-maiden*

Efeito do cloreto de potássio na salinidade de um solo cultivado com pimentão, Capsicum annuum L., em ambiente protegido

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS

Enxertia e irrigação com água carbonatada na produção de pepino japonês cultivado em ambiente protegido em duas épocas do ano.

Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa

Material Teórico - Módulo de Razões e Proporções. Proporções e Conceitos Relacionados. Sétimo Ano do Ensino Fundamental

DESENVOLVIMENTO DE ALTERNATIVAS DE GERENCIAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÉPTICOS. Objetivos

PRODUTIVIDADE DE ARROZ INFLUENCIADA PELA ADUBAÇÃO NITROGENADA E APLICAÇÃO DE FUNGICIDA

Influência do Sistema de Plantio Direto sobre Atributos Químicos em Latossolo Vermelho do Cerrado

ÁCIDO INDOLBUTIRÍCO E TAMANHO DE ESTACA DE RAIZ NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE BACURIZEIRO (Platonia insignis MART.) INTRODUÇÃO

RECUPERAÇÃO DO FÓSFORO APLICADO NO SOLO DE FONTES SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS EM ÁGUA

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES DOSES DE GESSO AGRÍCOLA SOBRE A PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO TRIGO ( Triticum sativum L.)

CAPÍTULO 5 UNIFORMIDADE E EFICIÊNCIA DA IRRIGAÇÃO 1 INTRODUÇÃO. Dep. de Eng. Rural - ESALQ/USP, CEP: , Piracicaba - SP J. A.

b para que a igualdade ( ) 2

Crescimento radicular e absorção de micronutrientes do feijoeiro em razão da calagem

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 3

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 2

Prova 3 Matemática QUESTÕES APLICADAS A TODOS OS CANDIDATOS QUE REALIZARAM A PROVA ESPECÍFICA DE MATEMÁTICA. QUESTÕES OBJETIVAS GABARITO 4

Diagnose do Estado Nutricional de Soja e Algodoeiro, pelos Métodos das Faixas de Suficiência e DRIS, em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso

ÁCIDO INDOLBUTÍRICO EM GEL PARA O ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS DE Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage x Eucalyptus dunnii Maiden 1

ALINE SANTANA DE OLIVEIRA

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE SEMENTES DE MAMONA CLASSIFICADAS EM MESA DENSIMÉTRICA.

Análise Comparativa de Métodos de Extração de Nutrientes de Tecidos Vegetais

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

Transcrição:

SCIENTIA FORESTALIS n. 56, p. 69-82, dez. 1999 Crescimento e produção de biomss de clone de Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll em condições de deficiênci de mcronutrientes, B e Zn Effects of B, Zn nd mcronutrients deficiency in the growth nd the biomss production of the Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll Fábio Sgrbi Ronldo Luiz Vz de Arrud Silveir Ernesto Norio Tkhshi Mrcos Antônio Fbino de Cmrgo RESUMO: O objetivo deste estudo foi determinr o crescimento do clone híbrido de Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll cultivdo em soluções nutritivs com omissão de nutrientes, em condições de cs de vegetção. As plnts form cultivds em vsos com cpcidde de 10L, contendo sílic moíd. Até os 9 meses de idde, s plnts receberm solução nutritiv complet. A prtir dí, fez-se um lvgem rigoros no substrto com águ destild dndo início os seguintes trtmentos: completo, omissão de N; de P; de K; de C; de Mg; de S; de B; de Zn e múltipl de K, B e Zn. Utilizou-se o delinemento experimentl inteirmente csulizdo, com qutro repetições. A prtir de 3 meses pós entrd dos trtmentos, form relizds medições mensis de ltur, diâmetro 10, 65 e 130 cm de ltur em relção à superfície d sílic, que se estenderm té os 17 meses de cultivo em solução com omissão de nutrientes. Aos 26 meses de idde, relizou-se o corte ds plnts, seprndo-s em folhs novs, velhs, cule e rmos. Em seguid, o mteril vegetl foi seco em estuf 70 C fim de obter biomss ns diferentes prtes d plnt. Posteriormente, fez-se mogem do mesmo pr relizção ds nálises químics, visndo determinção d concentrção dos nutrientes ns folhs novs e ns folhs velhs ds plnts. As deficiêncis que mis limitrm o crescimento do clone híbrido form N, B e múltipl de K, B e Zn. PALAVRAS-CHAVE: Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll, Deficiênci, Nutrição, Solução nutritiv ABSTRACT: The objective of this work ws determine the growth of Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll clone in nutrition solutions with omission of nutrients in greenhouse. The plnts were cultivted on pots of ten liters of cpcity contining ground silicon. Until the 9 month of ge the plnts were cultivted in complete minerl nutrition solution. Then, they hd the substrte wshed with distilled wter nd cultivted in the following tretments: complete, omission of N; of P; of K; of C; of Mg; of S; of B; of Zn nd the multiple of K, B nd Zn. A rndomized experimentl design with four replictes ws used. Three months fter the beginning of the tretments, monthly evlutions of height, dimeter t 10, 65 nd 130 centimeters of height in reltion to the silicon surfce tht extended until 17th of culture in solution without

70 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto nutrients. At the 26th of ge, the plnts were cutting nd seprted in new leves, old leves, brnches nd stem. Then, these plnt prts were kiln dried t 70 C. The minerl nutrients concentrtion were determinte for the new nd old leves. The deficiencies tht were growth limiting to the hybrid clone were N, B nd the multiple of K, B nd Zn. KEYWORDS: Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll, Deficiency, Nutrition, Nutrition solution. INTRODUÇÃO A cultur do euclipto concentr-se em solos de bix fertilidde, como os Neossolos Qurtzrênicos e Ltossolos de textur médi, onde s dubções com mcro e micronutrientes são necessáris pr que produtividdes econômics sejm lcnçds. Como conseqüênci, torn-se importnte relizção de pesquiss como: seleção de mteriis genéticos mis eficientes n bsorção e utilizção dos nutrientes, forms lterntivs de mnejo e prepro de solo que visem menores perds dos nutrientes no ecossistem. Dentro dests linhs, s informções básics sobre nutrição minerl ssumem grnde importânci, principlmente qundo se vis utilizção mis dequd dos fertilizntes em função ds exigêncis nutricionis dos clones ou clsses de clones. No entnto, miori dos estudos sobre crescimento de Euclyptus em condições de crênci nutricionl form relizdos pr diferentes espécies prtir de muds propgds por sementes (Will, 1961; Kul et l., 1968, 1970; Roch Filho et l, 1978; Roch Filho et l, 1979). O objetivo deste trblho foi determinr o efeito ds omissões de N, de P, de K, de C, de Mg, de S, de B, de Zn e múltipl de K, B e Zn no crescimento, n produção de biomss e n concentrção dos nutrientes ns folhs de um clone híbrido de Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll. MATERIAL E MÉTODOS Cultivo ds plnts em soluções nutritivs crentes O experimento foi conduzido no Deprtmento de Solos e Nutrição de Plnts d ESALQ/USP, em condições de cs de vegetção, durnte o período de mio de 1994 julho de 1996. As muds de um clone híbrido de Euclyptus grndis x Euclyptus urophyll, com proximdmente 120 dis de idde, form plntds em vsos de lumínio com cpcidde pr 10 litros, pós lvgem totl do sistem rdiculr. Os vsos form revestidos internmente com sco plástico e posteriormente preenchidos com sílic moíd. Inicilmente, s muds form irrigds com solução nutritiv complet (Srruge, 1975) e renovd cd quinze dis. Pssdos nove meses do plntio, qundo s plnts tingirm proximdmente 2,0 m de ltur e 1,5 cm de diâmetro, relizou-se um lvgem rigoros do substrto com águ destild, fim de remover os nutrientes existentes. Em seguid, deu-se início os trtmentos contidos n Tbel 1. Utilizou-se o delinemento experimentl inteirmente csulizdo, com 10 trtmentos repetidos 4 vezes.

Sgrbi et l. n 71 Tbel 1. Composição químic ds soluções nutritivs (ml L -1 ) usds no experimento. (Chemicl composition of the nutritious solutions (ml L -1 ) used in the experiment) Solução Estoque Trtmentos Completo -N -P -K -C -Mg -S -B -Zn -KBZn KH 2 PO 4 M 1 1 - - 1 1 1 1 1 - KNO 3 M 5-5 - 5 5 5 5 5 - C(NO 3 ) 2 M 5-5 5-5 5 5 5 5 MgSO 4 M 2 2 2 2 2 - - 2 2 2 KCl M - 5 1 - - - - - - - CCl 2 M - 5 - - - - - - - - NH 4 H 2 PO 4 M - - - 1 - - - - - 1 NH 4 NO 3 M - - - 2 5 - - - - 2 N 2 SO 4 M - - - - - 2 - - - - MgCl 2 M - - - - - - 2 - - - Micro Completo * 1 1 1 1 1 1 1 - - - Micro menos B - - - - - - - 1 - - Micro menos Zn - - - - - - - - 1 - Micro menos B e Zn - - - - - - - - - 1 Fe EDTA** 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 * A solução de micronutrientes teve seguinte composição (g L -1 ): H 3 BO 3 = 2,86; MnCl 2 4H 2 O= 1,81; ZnCl 2 = 0,10; CuCl 2 = 0,04; H 2 MoO 4 H 2 O= 0,02. ** Dissolver 26,1 g de EDTA dissódico em 286 ml de NOH 1N, misturr com 24,9 g de FeSO 4 7H 2 O. Arejr por um noite e completr com águ destild. (* The micronutrients solution hd the following composition (g L -1 ): H 3 BO 3 = 2,86; MnCl 2 4H 2 O= 1,81; ZnCl 2 = 0,10; CuCl 2 = 0,04; H 2 MoO 4 H 2 O= 0,02. ** To dissolve 26,1g of EDTA dissodic in 286 ml de NOH 1N, to mix with 24,9 g de FeSO 4 7H 2 O. To ir for one night nd to complete with distilled wter). Avlição do diâmetro, ltur e produção de biomss A prtir de 3 meses pós o início dos trtmentos, form relizds vlições mensis de diâmetro 10, 65 e 130 cm de ltur em relção à superfície d sílic contid nos vsos, ssim como ltur ds plnts. No 17 mês de cultivo em soluções deficientes, s plnts form colhids e seprds em folhs novs, folhs velhs, cule e rmos. As folhs novs corresponderm à metde do número totl de folhs, loclizds n prte superior dos rmos prtir do ápice, enqunto que s folhs velhs corresponderm os outros 50% que se extendim d região medin té bse dos rmos. As mostrs do mteril vegetl form secs em estuf com circulção forçd de r à tempertur de 70 C, té tingir peso constnte, qundo se determinou biomss de cd prte d plnt. Análise químic do mteril vegetl Foi relizd mogem ds folhs novs e velhs, pós secgem em estuf, em moinho

72 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto de ço inoxidável do tipo Wiley. Em seguid, s mostrs folires form submetids às digestões nítrico-perclóric e sulfúric de cordo com Srruge e Hg (1974), pr determinção ds concentrções dos nutrientes nos extrtos obtidos. A determinção de P foi relizd pelo método d colorimetri de molibdto de vndto; K por fotometri de chm; C, Mg. Zn por espectofotometri de bsorção tômic; S por turbidimetri de suspensão do sulfto de bário; B por colorimetri de zometin. As determinções de N form relizds trvés do método micro Kyeldhl. RESULTADOS E DISCUSSÃO Crescimento (Diâmetro, Altur e Biomss) A omissão de N e múltipl de K, B e Zn reduzirm significtivmente o crescimento em diâmetro 10 cm em 29% e 21%, respectivmente, qundo comprds com o trtmento completo. O mesmo efeito não foi verificdo qundo s plnts form cultivds n usênci de P, de K, de C, de Mg, de S, de Zn e de B (Figur 1). Em relção o diâmetro 65 cm, verificou-se que usênci de N, de K, B e Zn e de B proporcionrm queds significtivs no crescimento, respectivmente de 35%, 24% e 21% em relção o trtmento completo (Figur 2). As plnts cultivds sob crênci de K, B e Zn, N e B tmbém presentrm decréscimos esttisticmente significtivos no diâmetro 130 cm de 43%, 39% e 31%, respectivmente, qundo comprds s do trtmento completo (Figur 3). Diâmetro reltivo (%) 100 95 90 85 80 75 70 b b b bc bc c Completo -P -S -Mg -Zn -K -C -B -KBZn -N Trtmentos Figur 1. Diâmetro reltivo do clone híbrido E. grndis x E. urophyll 10 cm de ltur em relção à superfície d sílic contid nos vsos, em função dos trtmentos, os 26 meses de idde (médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde). (Reltive dimeter of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll t 10 cm of height in reltion to surfce of the silicon contined in the vses in function of the tretments, in the 26 months of ge (verges followed by the sme letter don t differ to ech other for the test Tukey to 5% of probbility).

Sgrbi et l. n 73 Diâmetro reltivo (%) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 b b b -P -Mg Completo -C -S -K -Zn -B -KBZn -N Trtmentos Figur 2. Diâmetro reltivo do clone híbrido E. grndis x E. urophyll 65 cm de ltur em relção à superfície d sílic contid nos vsos, em função dos trtmentos, os 26 meses de idde (médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde. (Reltive dimeter of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll t 65 cm of height in reltion to surfce of the silicon contined in the vses in function of the tretments, in the 26 months of ge (verges followed by the sme letter don t differ to ech other for the test Tukey to 5% of probbility)). 110 100 Diâmetro reltivo (%) 90 80 70 60 b bc bc c 50 -P -Mg Completo -C -S -Zn -K -B -N -KBZn Trtmentos Figur 3. Diâmetro reltivo do clone híbrido E. grndis x E. urophyll 130 cm de ltur em relção à superfície d sílic contid nos vsos, em função dos trtmentos, os 26 meses de idde (médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde). (Reltive dimeter of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll t 130 cm of height in reltion to surfce of the silicon contined in the vses in function of the tretments, in the 26 months of ge (verges followed by the sme letter don t differ to ech other for the test Tukey to 5% of probbility)).

74 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto Em relção o N, resultdos semelhntes form obtidos por Kul et l. (1970), cultivndo Euclyptus globulus em solução nutritiv. Estes utores observrm um redução de 55% no diâmetro ds plnts crentes em N, em relção às plnts do trtmento completo. Simões e Couto (1973) tmbém verificrm um diminuição de 50% no diâmetro de muds de Arucári ngustifoli cultivds em solução nutritiv crente em N. Os efeitos d idde sobre o crescimento em ltur ds plnts cultivds ns diferentes soluções nutritivs, mostrrm que n usênci múltipl de K, B e Zn houve um estgnção totl do crescimento prtir dos 7,9 meses (Figur 4B). A diminuição d ltur ds plnts nos 3 2,6 Completo y = 1,529+0,204x-0,08x 2 ; N y = 1,681+0,05x; r 2 =0,74 P y = 1,569+0,158x-0,004x 2 ; K y = 1,596+0,121x-0,04x 2 ; Altur (m) 2,2 1,8 1,4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Meses 3 2,8 2,6 C y = 1,571+0,183x-0,07x 2 ; Mg y = 1,670+0,086x; r 2 =0,75 KB y = 1,489+0,144x-0,09x 2 ; r 2 =0,63 Altur (m) 2,4 2,2 2 1,8 1,6 1,4 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 Meses Figur 4. Crescimento em ltur do clone híbrido de E. grndis x E. urophyll em função do período de cultivo nos diferentes trtmentos. (Height growth of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll in function of the cultivtion period in the different tretments).

Sgrbi et l. n 75 trtmentos em que o B foi omitido d solução, deve-se à ocorrênci d sec de ponteiro decorrente dest deficiênci, como consttdo por Tokeshi et l. (1976), Blloni (1977), Roch Filho et l. (1978), Crvlho et l. (1980) e Dell et l. (1995). Verificou-se ind que os demis trtmentos, com exceção d omissão de Mg e de N, presentrm pequenos incrementos entre s iddes de 10 e 14 meses, com um forte tendênci à prlisção do crescimento em ltur (Figurs 4A e 4B). A Figur 5 mostr que houve um redução n ltur de 36% e 31%, qundo s plnts form cultivds em solução nutritiv com omissão múltipl de K, B e Zn e de B, respectivmente, em relção o trtmento completo. O efeito d deficiênci de B sobre o crescimento em ltur pode ser explicdo pel seqüênci de eventos que se inici com morte ds gems picis, seguid d sec do ponteiro e posterior brotção ds gems lteris o longo do tronco. Fto semelhnte foi consttdo por Tokeshi et l. (1976) e Crvlho et l. (1980), os quis observrm sintoms de deficiênci de B em Euclyptus slign e Euclyptus citriodor, respectivmente, em condições de cmpo. Verificrm tmbém que em plnts jovens, ocorreu morte generlizd dos ponteiros, rmificções excessivs e menor porte ds plnts. Dell et l. (1995) descreverm e ilustrrm sintoms de deficiêncis nutricionis em váris espécies de Euclyptus. Em relção o B, estes utores mostrrm que deficiênci sever dnific os brotos terminis. Um redução significtiv n produção de mtéri sec totl e do cule foi verificd nos trtmentos com omissão de N, de B e múltipl de K, B e Zn (Figur 6). A redução d produção de biomss pelo E. grndis x E. urophyll n crênci de N, deve-se o fto deste mcronutriente exercer um importnte ppel fisiológico n plnt. Segundo Mlvolt et l. (1997), o N fz prte d estrutur de minoácidos, proteíns, bses nitrogends e ácidos nucléicos, enzims e coenzims, glico e lipoproteíns. Prticip nos processos de bsorção iônic, d fotossíntese, d respirção e 100 95 Altur reltiv (%) 90 85 80 75 70 65 b bc bc bc c 60 Completo -P -Mg -Zn -C -K -S -N -B -KBZn Trtmentos Figur 5. Altur reltiv do clone híbrido de E. grndis x E. urophyll em função dos trtmentos, no finl do experimento (médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde). (Reltive height of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll in function of the tretments, in the end of the experiment (verges followed by the sme letter don t differ to ech other for the test Tukey to 5% of probbility)).

76 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto d multiplicção e diferencição celulr. Outros estudos relizdos em condições de solução nutritiv tmbém mostrrm reduções drástics n produção de mtéri sec devido à omissão de N conforme verificdos em E. globulus por Kul et l. (1970) e em E. urophyll por Roch Filho et l. (1978). No entnto, são rrs s resposts à plicção de N em condições de cmpo. Isso se deve o fto de que miori dos solos florestis ind presentm um estoque elevdo de N n form orgânic (Serrno, 1997), tornndo outros nutrientes, cujos teores no solo são extremmente bixos, como o fósforo (Novis et l., 1982) e o potássio (Gv, 1997 e Vleri et l., 1991) mis limitntes e consequentemente mis responsivos o crescimento do Euclyptus. A redução n produção de mtéri sec do E. grndis x E. urophyll nos trtmentos onde o B foi omitido d solução nutritiv, deve-se o fto de que este micronutriente prticip dos processos de bsorção iônic, trnsporte de crboidrtos, síntese de lignin e celulose, síntese de ácidos nucléicos e de proteíns. Entretnto, ind não se conhece compostos ou reções metbólics em que o B estej presente, ms o que se sbe é que n su usênci plnt não é cpz de completr o ciclo (Mlvolt et l. 1997). Aind em relção o B, resultdos semelhntes form obtidos por Roch Filho et l. (1978) em E. urophyll, onde encontrrm n omissão de B um redução de 61 % d produção de mtéri sec qundo comprd o trtmento completo. Aind Roch Filho et l. (1979) e Silveir et l. (1996) observrm respectivmente um redução de 29% n produção de mtéri sec em E. grndis e 45% em E. citriodor qundo se omitiu o B em relção à dose de 0,5 mg de B L -1. Em conformidde com os resultdos obtidos no presente trblho, vários utores têm verificdo que deficiênci de B é muito comum em condições de cmpo e que plicções deste micronutriente são essenciis pr o desenvolvimento ds espécies de Euclyptus (Cnnon, 1981; Stpe, 1992; Brros et l., 1992; Fonsec et l., 1993; Silveir et l., 1995). A omissão de S não presentou redução n produção de mtéri sec em relção o trtmento completo (Figur 6). Roch Filho et l. (1978) tmbém observrm que esse mcronutriente não limitou produção de biomss do E. urophyll, pelo contrário, su Biomss reltiv (%) 120 100 80 60 40 20 Biomss Totl Biomss do Cule b b bc b c b c 0 -P -C Completo -Mg -Zn -K -S -B -KBZn -N Trtmentos Figur 6. Produção reltiv de mtéri sec do clone híbrido de E. grndis x E. urophyll, em função dos trtmentos, no finl do experimento (médis seguids de mesm letr não diferem entre si pelo teste Tukey 5% de probbilidde). (Reltive production of dry mtter of the clone hybrid of E. grndis x E. urophyll in function of the tretments, in the end of the experiment (verges followed by the sme letter don t differ to ech other for the test Tukey to 5% of probbility)).

Sgrbi et l. n 77 usênci proporcionou mior produção em relção o trtmento completo. As plnts cultivds n usênci de K e de Mg não presentrm redução significtiv n produção de mtéri sec qundo comprds com s do trtmento completo (Figur 6). Admite-se que o clone de E. grndis x E. urophyll, utilizdo no presente estudo, é pouco exigente em K, hj vist os bixos teores folires encontrdos no trtmento com omissão deste mcronutriente e elevd produção de mtéri sec. O E. grndis x E. urophyll presentou teores folires dequdos de Mg, segundo Dell et l. (1995), mesmo qundo cultivdo n usênci deste mcronutriente. Deste modo, pode-se dizer que quntidde de Mg fornecid té os 9 meses de idde foi suficiente pr grntir o crescimento norml ds plnts té idde de 26 meses. Esses resultdos, entretnto, discordm dqueles obtidos por Kul et l. (1970) pr E. globulus e por Roch Filho et l. (1978) pr E. urophyll. A usênci de K e de Mg n solução nutritiv resultou num qued de 39% e 70%, respectivmente, n produção de mtéri sec de E. urophyll em relção o trtmento completo (Roch Filho et l., 1978). A omissão de P não proporcionou redução de biomss qundo comprdo o trtmento completo (Figur 6). Esse resultdo difere dqueles obtidos por Roch Filho et l. (1978), os quis encontrrm queds de 69% n produção de biomss de muds de E. urophyll, qundo cultivds sob crênci de P em relção à solução complet. No cmpo, s espécies de Euclyptus têm respondido positivmente às plicções de P tnto no sulco como n cov de plntio (Brros et l., 1981; Vleri et l., 1985). Entretnto, não limitção do crescimento n usênci de P, no presente estudo, pode estr relciond o fto de que s plnts receberm este nutriente té idde de 9 meses, ou sej, durnte su fse de mior exigênci. Pr miori ds espécies do gênero Euclyptus, exigênci de P diminui com idde d plnt (Novis et l., 1982). A omissão de C não presentou redução significtiv n produção de biomss qundo comprd o trtmento completo. Tl fto tmbém foi observdo por Roch Filho et l. (1978), onde plnts de E. urophyll cultivds n omissão de C não presentrm reduções significtivs n produção de mtéri sec qundo comprds às plnts do trtmento completo. Aind em relção o C, Kul et l. (1968) observrm que omissão deste nutriente n solução não reduziu produção de biomss do E. grndis. Esses resultdos indicm que exigênci nutricionl do Euclyptus em relção o C é bix qundo comprd outrs culturs, conforme reltdo por Brros et l. (1990). O mesmo utor coment que são rrs s resposts de Euclyptus à plicção de clcário em condições de cmpo. A usênci de Zn n solução nutritiv não limitou produção de biomss (Figur 6), mostrndo que exigênci desse micronutriente pelo clone híbrido de E. grndis x E. urophyll foi menor qundo comprd o B. Couto et l. (1985), tmbém verificrm que o Euclyptus grndis não respondeu às plicções crescentes de Zn, mesmo qundo o teor desse micronutriente no solo er próximo zero. Estes utores sugerem que o euclipto tem um elevd cpcidde de bsorção e/ou bix exigênci metbólic pr o Zn, comprtivmente outrs plnts. Wllce et l. (1986), tmbém observrm pequen respost de Euclyptus mrgint às plicções crescentes de Zn em condições de solução nutritiv. Concentrção dos nutrientes As concentrções dos nutrientes ns folhs novs e velhs estão presentds ns Tbels 2 e 3.

78 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto Tbel 2. Concentrção de mcro e micronutrientes em folhs novs de clone híbrido de E. grndis x E. urophyll em função dos trtmentos. (Concentrtion of the mcro nd micronutrients in young leves of clone hybrid of E. grndis x E. urophyll in function of the tretments). Trtmentos Nutrientes N P K C Mg S B Zn g kg -1 mg kg 1 _ Completo 13,7 0,8b 11,8 5,6b 3,3 0,9bc 25bcd 45 Omissão de N 8,7b 1,3 12,5 6,5b 4,0 0,8bc 63 45 Omissão de P 12,6b 0,3c 10,3b 5,3bc 3,5 0,6c 23cd 17b Omissão de K 12,1b 0,7bc 3,0b 6,1b 4,0 1,4 30bc 32b Omissão de C 12,3b 0,7bc 10,1b 2,4c 3,3 1,0bc 27bcd 15b Omissão de Mg 12,5b 0,7bc 13,5 3,7bc 1,8b 0,9bc 26bcd 30b Omissão de S 11,7b 0,8b 14,0 5,0bc 3,2 0,6c 38b 30b Omissão de B 15,1 1,3 13,7 6,2b 3,0b 1,0b 18cd 15b Omissão de Zn 11,0b 0,8b 12,0 5,4b 3,7 1,0b 24bcd 25b Omissão de K,B,Zn 13,6 1,4 6,9b 8,3 4,0 1,0b 14d 42 F 3,17** 14,12** 4,73** 7,18** 5,66** 9,30** 22,50** 5,30** CV (%)*** 14,92 22,00 29,67 21,68 16,71 15,34 19,76 34,30 D.M.S **** 4,5 0,4 7,7 2,8 1,4 0,3 14,0 24,6 * significtivo 5% de probbilidde pelo teste F (significnt t 5% of probbility for the test F); ** significtivo 1% de probbilidde pelo teste F (significnt t 1% of probbility for the test F); *** coeficiente de vrição (coefficient of vrition); **** diferenç mínim significtiv (minimum significnt difference); Os resultdos mostrrm que concentrção de um elemento em prticulr ns folhs foi significtivmente menor nos trtmentos onde o mesmo foi omitido d solução nutritiv, com exceção do Zn. As plnts cultivds n usênci de N presentrm concentrções deste mcronutriente bixo d fix considerd norml, segundo Dell et l. (1995). Estes utores sugerem que s concentrções folires de N pr o E. grndis x E. urophyll devem estr n fix de 18 29 g kg -1. A concentrção do N ns folhs velhs foi menor que ns folhs novs em função d elevd mobilidde deste nutriente n plnt. Aind em relção o N, verificou-se que omissão de K, B e Zn proporcionou miores concentrções desse nutriente ns folhs velhs. O umento do teor de N ns folhs, neste cso, deve-se um efeito de concentrção, resultdo do menor crescimento ds plnts cultivds n usênci múltipl de K, B e Zn. As plnts cultivds n omissão de P presentrm um concentrção considerd deficiente pr o E. grndis x E. urophyll, de cordo com Dell et l. (1995), qul vri de 2 6 g de P kg -1. Verific-se ind que omissão de N, de B e múltipl de K, B e Zn resultrm miores concentrções de P em relção o trtmento completo, tmbém devido o menor crescimento ds plnts nestes trtmentos. A concentrção de K obtid ns folhs velhs dos trtmentos com omissão de K e omissão múltipl de K, B e Zn situm-se dentro d fix considerd deficiente pr o E. grndis x E. urophyll (2 6 g de K kg -1 ) segundo Dell et l. (1995).

Sgrbi et l. n 79 Tbel 3. Concentrção de mcro e micronutrientes em folhs velhs de clone híbrido de E. grndis x E. urophyll em função dos trtmentos. (Concentrtion of the mcro nd micronutrients in old leves of clone hybrid of E. grndis x E. urophyll in function of the tretments). Trtmentos Nutrientes N P K C Mg S B Zn g kg -1 mg kg 1 _ Completo 12,1b 1,0bcd 12,5bc 4,5bcd 2,9c 0,9cd 31b 63,7bc Omissão de N 6,2c 1,3b 12,1bc 6,6bc 2,7c 0,9cd 50 72,2b Omissão de P 12,5b 0,3e 11,0c 4,1bcd 2,5c 0,7de 32b 59,7bc Omissão de K 11,7b 0,7cde 2,8d 5,7bc 3,9b 1,3 29b 63,0bc Omissão de C 12,0b 0,6de 11,0c 2,7d 3,0bc 1,1b 26b 59,7bc Omissão de Mg 11,6b 0,6de 13,7b 3,9cd 1,5d 1,0bc 34b 97,7 Omissão de S 11,5b 0,7bcde 14,0b 4,8bcd 2,5c 0,6e 32b 61,2bc Omissão de B 14,2b 1,2bc 14,7 6,7b 2,7c 1,0bc 18b 55,5bc Omissão de Zn 14,0b 0,7bcde 12,0bc 4,2bcd 2,7c 0,9cd 29b 43,3bc Omissão de K,B,Zn 15,6 1,4 4,0d 10,3 4,5 1,1b 18b 34,2c F 18,00** 9,60** 64,00** 14,20** 17,70** 25,79** 3,31** 5,47** CV (%)*** 9,60 25,87 9,50 21,00 13,20 8,58 24,35 23,00 D.M.S **** 2,8 0,5 2,5 2,8 0,9 0,2 21,6 33,0 * significtivo 5% de probbilidde pelo teste F (significnt t 5% of probbility for the test F); ** significtivo 1% de probbilidde pelo teste F (significnt t 1% of probbility for the test F); *** coeficiente de vrição (coefficient of vrition); **** diferenç mínim significtiv (minimum significnt difference); No trtmento com omissão de C, concentrção folir deste mcronutriente estv dentro d fix considerd dequd segundo Dell et l. (1995). Estes utores sugerem que concentrção deste mcronutriente deve estr entre 2,1 7,5 g kg -1. As concentrções de cálcio ns folhs mis novs form miores que ns folhs mis velhs devido à bix mobilidde deste nutriente n plnt. No trtmento com omissão múltipl de K, B e Zn, consttouse um umento n concentrção de C ns folhs velhs em relção o trtmento completo. As concentrções de Mg observds ns folhs novs e velhs, qundo o mesmo elemento foi omitido d solução nutritiv, siturmse dentro d fix dequd pr o E. grndis x E. urophyll (1,1 3,6 g de Mg kg -1 ) propost por Dell et l. (1995). A menor concentrção do Mg ns folhs velhs e mior ns folhs novs deve-se o fto deste nutriente presentr um elevd mobilidde n plnt. N omissão de K e n múltipl de K, B e Zn, foi observdo um créscimo n concentrção de Mg ns folhs velhs em relção o trtmento completo. Normlmente, usênci de K n solução nutritiv ument bsorção de Mg pels plnts, devido um inibição competitiv entre estes mcronutrientes, os quis competem pelo mesmo sítio do crregdor n bsorção (Mlvolt et l., 1997). Em relção o S, houve diferenç significtiv n concentrção deste nutriente entre o trtmento completo e omissão de S, pens pr s folhs velhs, estndo estes vlores bixo d fix considerd dequd pr o E.grndis x E.urophyll, de cordo com Dell et l. (1995). Qundo o K foi omitido d solução,

80 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto observou-se um umento n concentrção de S tnto ns folhs novs como ns velhs, em relção o trtmento completo. Pr s folhs velhs, o mesmo efeito foi consttdo n omissão de C e n múltipl de K, B e Zn. Nos trtmentos com omissão de B e omissão de K, B e Zn, not-se que s concentrções de B obtids ns folhs novs e velhs estvm dentro d fix considerd deficiente pr o gênero Euclyptus (15 20 mg de B kg -1 ), conforme reltdo por Mlvolt et l. (1987). Com omissão de N, s plnts presentrm miores concentrções de B ns folhs novs em relção às do trtmento completo. A omissão de Zn n solução nutritiv não proporcionou menores concentrções desse micronutriente ns folhs novs e velhs qundo comprd o trtmento completo. Embor o Zn presente bix mobilidde n plnt, quntidde fornecid té os 9 meses de idde foi suficiente pr mnter concentrção deste micronutriente ns folhs em níveis dequdos. Pr o trtmento completo, os níveis de K, de C e de Mg ns folhs novs estvm dentro d fix considerd dequd por Dell et l. (1995) e Mlvolt et l. (1997), enqunto que os níveis de N, de P, de S e de B estvm bixo dest fix. Aind em relção o trtmento completo, os níveis de P, de K, de C e de Mg ns folhs velhs estvm dentro d fix considerd dequd por Dell et l. (1995) e Mlvolt et l. (1997), enqunto que os níveis de N, de S e de B estvm bixo dest fix. CONCLUSÕES As omissões de N, B e múltipl de K, B e Zn limitrm o crescimento em diâmetro, ltur e produção de mtéri sec do clone híbrido de E. grndis x E. urophyll. O E. grndis x E. urophyll não sofreu restrições de crescimento em ltur, diâmetro e produção de mtéri sec qundo cultivdo n usênci de P, de K e de S, mesmo presentndo concentrções folires considerds deficientes desses mcronutrientes, conforme sugerido n litertur. O E. grndis x E. urophyll com concentrção de C ns folhs novs e velhs de 2,4 g kg -1 e 2,7 g kg -1, respectivmente, não presentou redução no crescimento e n produção de mtéri sec. O crescimento e produção de mtéri sec do clone híbrido de E. grndis x E. urophyll não form limitdos qundo concentrção de Mg ns folhs novs e velhs foi respectivmente de 1,8 g kg -1 e 1,5 g kg -1. O Zn foi o único nutriente cuj concentrção folir não foi reduzid qundo o mesmo foi omitido d solução nutritiv. AUTORES FÁBIO SGARBI é Engenheiro Florestl, Mestrndo em Recursos Florestis pel ESALQ/USP. Avenid Pádu Dis, 11 Cix Postl 530 Pircicb, SP 13400-970 E- mil: fsgrbi@crp.cigri.usp.br RONALDO LUIZ VAZ DE ARRUDA SILVEIRA é Doutor em Solos e Nutrição de Plnts e Consultor do IPEF. Avenid Pádu Dis, 11 Cix Postl 530 Pircicb, SP 13400-970 E- mil: rlvsilv@crp.cigri.usp.br

Sgrbi et l. n 81 ERNESTO NORIO TAKAHASHI é Engenheiro Florestl d ESALQ/USP. Votorntim Celulose e Ppel. Rod. SP 255, Km 41,2 Luiz Antônio, SP 14210-000. MARCOS ANTÔNIO FABIANO DE CAMARGO é Engenheiro Florestl Msc. ESALQ/USP - Deprtmento de Solos e Nutrição de Plnts. Avenid Pádu Dis, 11 Pircicb, SP 13400-970. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALLONI, E.A. Deficiênci de boro em povomentos florestis implntdos. Boletim Informtivo IPEF, v.5, n.14, p.49-65, 1977. BARROS, N.F.; BRAGA, J.M.; BRANDI, R.M.; DEFELIPO, B.V. Produção de euclipto em solos de cerrdos em respost plicção de NPK e de B e Zn. Revist árvore, v.5, n.1, p.90-103, 1981. BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; NEVES, J.C.L. Fertilizção e correção do solo pr o plntio de euclipto. In: BARROS, N.F.; NOVAIS,R.F., ed. Relção soloeuclipto. Viços: Folh de Viços, 1990. p. 27-186. BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F.; NEVES, J.C.L.; LEAL, P.G.L. Fertilising euclypt plnttions on the brzilin svnnh soils. South Africn forestry journl, v.160, p.7-12, 1992. CANNON, P.G. Fourth results of forest fertiliztion with NPK, clfos nd bórx on n Andept soil. Reserch report investigtion forestl, v.68, p.10, 1981. CARVALHO, C.M; CORSO, G.M.; VEIGA, R.A.A.; COUTINHO, C.J.; BAENA, E.S. Aspectos sintomtológicos, morfológicos e ntômicos d deficiênci de B em plntções de Euclyptus. In: SYMPOSIUM AND WOORKSHOP ON GENETIC, IMPROVEMENT AND PRODUCTIVITY OF FAST GROWING TREE SPECIES. Anis. Águs de São Pedro, 1980. p.8. (mimeogrfdo). COUTO, C.; NOVAIS, R.F.; BARROS, N.F.; NEVES, J.C.L. Respost do euclipto plicção de zinco em mostrs de solos de cerrdo. Revist árvore, v.9, n.2, p.134-48, 1985. DELL, B.; MALAJCZUK, N.; GROVE, T.S. Nutrient disorders in plnttion euclypts. Cnberr: Austrlin Centre for Interntionl Agriculturl Reserch, 1995. 104p. FONSECA, S.; MALUF, J.L.P.; OLIVEIRA, A.C. Adubção com B e Zn de Euclyptus cmudulensis em solos de cerrdo n região de Brsilândi. In: CON- GRESSO FLORESTAL BRASILEIRO, 6, Cmpos do Jordão, 1993. Resumos. São Pulo: Sociedde Brsileir de Silvicultur, 1993. p.69. GAVA, J.L. Efeito d dubção potássic em plntios de E. grndis conduzidos em segund rotção em solos com diferentes teores de potássio trocável. Série técnic IPEF, v.11, n.30, p.89-94, 1997. KAUL, O.N.; SRIVASTAVA, P.B.L.; TANDON, V.N. Nutrition studies on Euclyptus: 3- dignosis of minerl deficiences in Euclyptus grndis seedlings. Indin forester, v.94, n.11, p.831-834, 1968. KAUL, O.N.; SRIVASTAVA, P.B.L.; TANDON, V.N. Nutrition studies on Euclyptus: 4- dignosis of minerl deficiences in Euclyptus globulus seedlings. Indin forester, v.96, n.16, p.453-456, 1970. MALAVOLTA, E. Mnul de clgem e dubção ds principis culturs grícols. São Pulo: Editor Ceres, 1987. 496p. MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA,S.A. Funções, princípios, métodos e técnics de vlição do estdo nutricionl. In: MALAVOLTA, E.; VITTI, G.C.; OLIVEIRA, S.A., ed. Avlição do estdo nutricionl ds plnts: princípios e plicções. Pircicb: POTAFOS, 1997. 319p. NOVAIS, R.F.; BARROS, N.F.; NEVES, J.C.L.; COUTO, C. Níveis críticos de fósforo no solo pr o euclipto. Revist árvore, v.6, n.1, p.29-37, 1982. ROCHA FILHO, J.V.; HAAG, H.P; OLIVEIRA, G.D.; SARRUGE, J.R. Deficiênci de mcronutrientes, B e Fe em Euclyptus urophyll. Anis d ESALQ, Pircicb, v.36, n.1, p.139-151, 1978. ROCHA FILHO, J.V.; HAAG, H.P; OLIVEIRA, G.D.; SARRUGE, J.R. Influênci do B no crescimento e n composição químic do Euclyptus grndis. Brsil florestl, v.39, p.29-33, 1979. SARRUGE, J.R. Soluções nutritivs. Summ phytoptologic, v.1, p.231-233, 1975. SARRUGE, J.R.; HAAG, P.H. Análise químic em plnts. Pircicb: ESALQ/USP, 1974. 56p.

82 n Deficiênci de mcronutrientes em euclipto SERRANO, M.I.P. Minerlizção, bsorção e lixivição de nitrogênio em povomentos de Euclyptus grndis sob cultivo mínimo e intensivo do solo. Pircicb, 1997. 86p. Tese (Mestrdo). Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz. SILVEIRA, R.L.V.A. Crescimento e estdo nutricionl de Euclyptus citriodor sob doses de B e su relção com gressividde de Botryospheri ribis. Pircicb, 1996. 100p. Tese (Mestrdo). Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz. SILVEIRA, R.L.V.A.; GONÇALVES, A.N.; SILVEIRA, R.I.; BRANCO, E.F. Levntmento nutricionl de florests de Euclyptus grndis d região de Itting SP: 1- mcronutrientes. In: CONGRESSO BRASI- LEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 25, Viços, 1995. Anis. Viços: SBCS, 1995. p.896-898. SIMÕES, J.W.; COUTO, H.T.Z. Efeitos d omissão de nutrientes n limentção minerl do pinheiro do Prná cultivdo em vso. IPEF, n.7, p.3-40, 1973. STAPE, J.L. Potencil de crescimento de Euclytpus grndis num Arei Qurtzos do Estdo de São Pulo. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDA- DE DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 20, Pircicb, 1992. Anis. Pircicb: SBCS, 1992. p.172-173. TOKESHI, F.; GUIMARÃES, R.F.; TOMAZELLO FILHO, M. Deficiênci de B em Euclyptus em São Pulo. Summ phytopthologic, n.2, p.122-126, 1976. VALERI, S.V.; CORRADINI, L.; AGUIAR, I.B. Efeitos de níveis de NPK e clcário dolomítico n produção volumétric de mdeir de Euclyptus grndis Hill ex Miden. Científic, v.19, n.1, p.63-70, 1991. VALERI, S.V.; CORRADINI, L.; AGUIAR, I.B.; SOUZA, E.A.; BANZATTO, D.A. Efeitos do fósforo e clcário dolomítico no desenvolvimento inicil de Euclyptus grndis Hill ex Miden plntdo em um Regossolo. IPEF, v.29, p.55-60, 1985. WALLACE, I.M.; DELL, B.; LONERAGAN, J.F. Zinc nutrition of jrrh (Euclyptus mrgint Donn ex Smith) seedlings. Austrlin journl of botny, v. 34, p.41-51, 1986. WILL, G.M. Some notes on nutrient deficiency in Euclyptus spp. In: Conferênci mundil do euclipto, 2, São Pulo, 1961. Reltório e documentos. São Pulo: FAO, 1961. p.938-41