Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão: 2014-2015



Documentos relacionados
TABELAS DE ALÍQUOTAS A PARTIR DE 2015 ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR 123, DE Até ,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25%

SEÇÃO II DAS VEDAÇOES AO INGRESSO AO SIMPLES NACIONAL DAS ATIVIDADES PERMITIDAS A ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL

Objetivo SIMPLES NACIONAL Lucro Real. Outros Modelos de Tributação. Compreender como funciona o SIMPLES

Simples Nacional. Seminário de Direito Tributário. Assunto: PGDAS. Palestrante: Adalgisa G. M. Sabino

Receita Federal do Brasil. Lei Complementar 128. Alterações na Legislação Previdenciária

MANUAL Processo Simples Nacional

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

MEI MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL

IV ENCONTRO DO SIMPLES NACIONAL FISCALIZAÇÃO

MATERIAL EXTRAIDO DA REVISTA SEMANA COAD Nº 19 PG. 285 / 2009

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Transferência de Crédito de ICMS de Fornecedor Optante do Simples Nacional

DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA - Hipóteses de Incidência, Cálculo e Formas de Recolhimento. Matéria elaborada com base na Legislação vigente em:

PGDAS CÁLCULO DO VALOR DEVIDO. Maio/2008

SIMPLES NACIONAL DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS TRATAMENTO FISCAL

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Contmatic - Escrita Fiscal

67. As ME e EPP, optantes ou não pelo Simples Nacional, podem emitir que tipo de nota fiscal?

Jurisprudência. SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 47 de 12 de Novembro de 2012

Referência: Resolução CGSN nº 122/15 - Simples Nacional - esocial, supressão de atividades permitidas, ativos intangíveis Alterações.

Coordenação-Geral de Tributação

COMITÊ GESTOR PROROGA PRAZO DA COMPETÊNCIA 12/2008 E REGULAMENTA DISPOSITIVOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 128/2008

Pergunte à CPA. Simples Nacional Regras Gerais para o ICMS

Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais Superintendência de Tributação Diretoria de Orientação e Legislação Tributária

Coordenação-Geral de Tributação

Matéria atualizada com base na legislação vigente em: 11/04/ INTRODUÇÃO. nº 123/2006, com a redação dada pela Lei Complementar nº 128/2008.

Art. 2º Fica suspenso o pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins incidentes sobre a receita bruta da venda, no mercado interno, de:

Art. 1º O art. 1º da Resolução CGSN nº 3, de 28 de maio de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação:

Lei Complementar 123/2006

LIVRO REGISTRO DE ENTRADAS - Regras para Escrituração dos Modelos 1 e 1-A

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR nº, de 2014.

LEI 691/84 RESPONSABILIDADE (ART. 14), e leis 1.044/87, 5.133/09 RESPONSÁVEIS PELO ISS OBSERVAÇÃO

Coordenação-Geral de Tributação

SIMPLES NACIONAL. A partir de 01/07/2007 deixa de existir o Simples que conhecemos atualmente (Lei 9.317/96) e passa a Existir o Simples Nacional.

DO REPES. Dos Benefícios do REPES

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA SMFA Nº 01/2010

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Retenções na Fonte. Normas e Procedimentos para retenções de tributos municipais, estaduais e federais para prestadores de serviços

COMISSÃO MISTA PARA DISCUSSÃO DA LEGISLAÇÃO DA MICRO EMPRESA E EMPRESA DE PEQUUENO PORTE

MANUAL DO PGDAS. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal mediante DAS dos seguintes impostos e contribuições:

Segregação de Receitas: Substituição Tributária, Tributação Monofásica

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Crédito diferencial de alíquota no Ativo Imobilizado - SP

DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO

DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS E ANTECIPAÇÃO DO IMPOSTO

ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE A DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO (LEI /2011)

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Diferencial de alíquota para produtos com destino industrialização

BOLETIM INFORMATIVO LEI COMPLEMENTAR 123/2006 SIMPLES NACIONAL SUPERSIMPLES

VARGAS CONTABILIDADE ORIENTAÇÃO

Operação Concorrência Leal

SIMPLES NACIONAL LC 128/08 VALDIR DONIZETE SEGATO

Lei /14 Valmir Oliveira 18/03//2015

1. Qual o significado da sigla MEI? 2. Qual é a definição de MEI? 3. Quem pode se enquadrar como MEI?

CARGA TRIBUTÁRIA ANO 2013

ESTADO DO ACRE SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DEPARTAMENTO DE GESTÃO DE AÇÃO FISCAL NOTA TÉCNICA

Incidência do PIS e da Cofins sobre água, refrigerante e cerveja

Coordenação-Geral de Tributação

MANUAL DO PGDAS. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal mediante DAS dos seguintes impostos e contribuições:

SIMPLES NACIONAL. Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos IRRF de Transportador Autônomo

1º O acesso ao Sistema deverá ser feito por meio de Senha Web ou certificado digital.

PIS/PASEP E COFINS - REGRAS APLICÁVEIS AO REGIME ESPECIAL DE BEBIDAS FRIAS (REFRI)

Lei Geral da Micro e Pequena Empresa Empreendedor Individual

LEI COMPLEMENTAR Nº 306 1

Pergunte à CPA. Devolução e Recusa de Mercadorias Regras gerais

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL COMERCIO DE VEÍCULOS USADOS

Manual. Declaração Anual Simplificada para o Microempreendedor Individual DASN - SIMEI

I quando o prestador de serviços estabelecido no Município do Rio de Janeiro executar serviço;

Coordenação-Geral de Tributação

Importação- Regras Gerais

IRPJ. Lucro Presumido

CÓPIA. Relatório. 27 Cosit SRRF06/DISIT

SIMPLES NACIONAL 1. NOÇÕES GERAIS

REONERAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ASPÉCTOS JURÍDICOS

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Incidência de ISS ou ICMS nas Operações de Transportes- SP

Coordenação-Geral de Tributação

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO

Coordenação-Geral de Tributação

SOLUÇÕES DE CONSULTA DA RFB DE INTERESSE DA CONSTRUÇÃO CIVIL

DIFERIMENTO DO ICMS - Recolhimento do Imposto pelo Contribuinte Substituto

AQUISIÇÕES INTERESTADUAIS INSTRUTORA: VALÉRIA PERES

Opção pelo Simples Nacional /12/2014. Confira abaixo as principais informações sobre o processo de Opção pelo Simples Nacional.

PIS/ COFINS EM NOTÍCIAS

Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94, de 29 de novembro de 2011 DOU de 1º

Lucro Presumido. Compensação da Cofins com a CSL

Abrangência: Esse programa abrange:

CST/CSOSN - Códigos de ICMS para Utilização pelo Simples Nacional na NF-e. Matéria elaborada com base na Legislação vigente em

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão:

Legislação Tributária Estadual do Estado de São Paulo LIVROS FISCAIS

O IMPACTO DOS TRIBUTOS NA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

MANUAL DE EMISSÃO DE NFS-e

AGENDA TRIBUTÁRIA FEDERAL: DEZEMBRO DE ADE CODAC Nº 37, DE 20/11/2015

Cartilha. Perguntas e respostas Decreto regulamentando a Lei n

PIS/ COFINS EM NOTÍCIAS

DESONERAÇÃO DA FOLHA - CPRB - ATIVIDADES DO ART. 7º DA LEI Nº /11, ALTERADA PELA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 601/12

Art. 3º A informação a que se refere o art. 2º compreenderá os seguintes tributos, quando influírem na formação dos preços de venda:

SIMPLES NACIONAL: DISPOSIÇÕES DO COMITÊ GESTOR APLICÁVEIS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2012

Transcrição:

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Claudio Avelino Mac-Knight Filippi Gestão: 2014-2015 Resenha de Matérias Técnicas Nº. 827, de 21 05 2015 Matéria Especial: SIMPLES NACIONAL: CÁLCULO E PAGAMENTO DOS IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES - PROCEDIMENTO Elaborada pela Comissão do Ciclo de Palestras AGREGANDO VALOR À PROFISSÃO A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610).

Resumo: Este procedimento trata do cálculo e pagamento dos impostos e das contribuições devidos na sistemática do Simples Nacional. Sumário 1. INTRODUÇÃO 2. BASE DE CÁLCULO 3. REGIME DE RECONHECIMENTO DA RECEITA 3.1 Regime de caixa 3.2 Registro dos valores a receber no regime de caixa 3.3 Exemplo 4. SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS E APLICAÇÃO DAS ALÍQUOTAS 4.1 Aplicação dos anexos até 31.12.2014 4.1.1 Anexo I 4.1.2 Anexo II 4.1.3 Anexo III 4.1.4 Anexo IV 4.1.5 Anexo V 4.2 Aplicação dos anexos a partir de 1º.01.2015 4.2.1 Anexo I 4.2.2 Anexo II 4.2.3 Anexo III 4.2.4 Anexo IV 4.2.5 Anexo V 4.2.6 Anexo V-A 5. APURAÇÃO 5.1 Início de atividades no ano-calendário da opção 5.2 Início de atividades no ano-calendário anterior ao da opção 5.3 Excesso do limite 5.4 Majoração da alíquota em decorrência do excesso de receita bruta 5.4.1 Excesso de receita bruta 5.4.1.1 ME ou EPP sem filiais - Cálculo em relação à parcela excedente 5.4.1.2 ME ou EPP sem filiais - Cálculo em relação à parcela não excedente 5.4.1.3 ME ou EPP com filiais - Cálculo em relação à parcela excedente 5.4.1.4 ME ou EPP com filiais - Cálculo em relação à parcela não excedente 5.4.2 Exemplo 5.5 Compensação fiscal pela divulgação gratuita de propaganda partidária ou eleitoral 6. IMUNIDADE, ISENÇÃO OU REDUÇÃO 6.1 Imunidade tributária de livros, jornais, periódicos e do papel destinado à sua impressão 6.2 Isenção ou redução 7. INCENTIVOS FISCAIS 8. APLICATIVO PARA CÁLCULO 8.1 Cálculo até dezembro de 2011 8.2 Retificação no PGDAS-D 8.3 Exemplo do Anexo I - Partilha do Simples Nacional - Comércio 8.4 Exemplo do Anexo V - Partilha do Simples Nacional - Serviços (atividades sujeitas a alíquotas diferenciadas) 9. Prazo de recolhimento 1

10. Recolhimento dos tributos devidos 10.1 Geração do DAS 10.2 DAS inferior a R$ 10,00 10.3 Recolhimento em atraso 11. Produtos tributados por alíquotas diferenciadas (concentradas) ou chamadas de monofásicas 11.1 Tributação dos produtos monofásicos no Simples Nacional 12. Infrações e penalidades 13. Alíquotas e partilha do Simples Nacional 13.1 Anexo I - Comércio 13.2 Anexo II - Indústria 13.3 Anexo III - Serviços e locação de bens móveis relacionados no art. 25-A, 1º, III da Resolução CGSN nº 94/2011, incluído pela Resolução CGSN nº 117/2014 13.4 Anexo IV - Serviços relacionados no art. 25-A, 1º, IV da Resolução CGSN nº 94/2011, incluído pela Resolução CGSN nº 117/2014 13.5 Anexo V - Serviços relacionados no art. 25-A, 1º, V da Resolução CGSN nº 94/2011, incluído pela Resolução CGSN nº 117/2014 13.6 Anexo V-A - Serviços relacionados no art. 25-A, 1º, VI da Resolução CGSN nº 94/2011, incluído pela Resolução CGSN nº 117/2014 1. INTRODUÇÃO A Lei Complementar nº 123/2006 instituiu o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), em vigor desde 1º.07.2007. Posteriormente, a referida norma foi alterada pela Lei Complementar nº 139/2011 e pela Lei Complementar nº 147/2014. A Resolução CGSN nº 94/2011 e alterações posteriores dispõem, entre outras providências, sobre o cálculo e o pagamento dos impostos e das contribuições devidos na sistemática do Simples Nacional. 2. BASE DE CÁLCULO A base de cálculo para a determinação do valor devido mensalmente pela microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) optante pelo Simples Nacional será a receita bruta total mensal auferida (regime de competência) ou recebida (regime de caixa), conforme opção feita pelo contribuinte. Notas (1) Na hipótese de devolução de mercadoria vendida por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, em período de apuração posterior ao da venda, deverá ser observado o seguinte: a) o valor da mercadoria devolvida deve ser deduzido da receita bruta total, no período de apuração do mês da devolução, segregada pelas regras vigentes no Simples Nacional nesse mês; b) caso o valor da mercadoria devolvida seja superior ao da receita bruta total ou das receitas segregadas relativas ao mês da devolução, o saldo remanescente deverá ser deduzido nos meses subsequentes, até ser integralmente deduzido. 2

Para a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de receitas pelo regime de caixa, o valor a ser deduzido limita-se ao valor efetivamente devolvido ao adquirente. (2) Para fins do cálculo da receita bruta de que trata o 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 123/2006, a receita auferida por agência de turismo pela intermediação de negócios relativos a atividade turística, prestados por conta e em nome de terceiros, será aquela correspondente à comissão ou ao adicional percebido em razão da intermediação de serviços turísticos. Caso o serviço seja prestado pela própria agência de turismo ou em seu nome, sua receita bruta incluirá a totalidade dos valores auferidos de seus clientes. Em qualquer das hipóteses, será permitida apenas a dedução das vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos (Solução de Divergência Cosit nº 3/2012). (3) Em caso de cancelamento de documento fiscal em período de apuração posterior ao da operação ou prestação, o valor do documento cancelado deve ser deduzido da receita bruta total no período de apuração da operação ou prestação originária, observando-se que: a) para a pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional tributada com base no critério de apuração de receitas pelo regime de caixa, o valor a ser deduzido limita-se àquele efetivamente devolvido ao adquirente ou tomador; b) no caso de nova emissão de documento fiscal em substituição ao cancelado, o valor correspondente deve ser oferecido à tributação no período de apuração relativo ao da operação ou prestação originária. (4) Caso a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional esteja, total ou parcialmente, sujeita ao recolhimento da contribuição previdenciária patronal com base na receita bruta, nos termos dos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.546/2011, a RFB poderá determinar que o recolhimento correspondente seja efetuado por meio de DAS gerado pelo PGDAS-D, até o dia 20 do mês subsequente àquele em que houver sido auferida a receita bruta. Todavia, no caso de a empresa exercer atividades, o recolhimento da contribuição previdenciária com base na receita bruta não poderá afetar a base de cálculo e os percentuais da contribuição previdenciária patronal devida no Simples Nacional. (5) As gorjetas compulsórias integram a receita bruta e não podem ser excluídas da base de cálculo do Simples Nacional devido mensalmente, por falta de previsão legal (Solução de Consulta Cosit nº 191/2014). (6) A atividade de fornecimento de carga de vale-presente não é forma de intermediação de negócios e, portanto, cumpridos todos os demais requisitos legais, não constitui, por si só, atividade impeditiva à opção pelo regime de tributação do Simples Nacional (Solução de Consulta Cosit nº 46/2014). (7) Conforme esclarece a Solução de Consulta Cosit nº 191/2014, as gorjetas integram a receita bruta e não podem ser excluídas da base de cálculo do Simples Nacional devido mensalmente por falta de previsão legal. 3

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 2º, I e 6º, art. 3º, 1º, e art. 18, 3º; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 16, 17, 17-A e 133-A; Resolução CGSN nº 109/2013, art. 3º) 3. REGIME DE RECONHECIMENTO DA RECEITA O regime de reconhecimento da receita bruta será irretratável para todo o anocalendário. Na hipótese de a ME ou EPP possuir filiais, deverá ser considerado o somatório das receitas brutas de todos os estabelecimentos. A opção pelo regime de reconhecimento de receita bruta deverá ser registrada em aplicativo disponibilizado no Portal do Simples Nacional, quando da apuração dos valores devidos relativos ao mês de: a) novembro de cada ano-calendário, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de ME ou EPP já optante pelo Simples Nacional; b) dezembro, com efeitos para o ano-calendário subsequente, na hipótese de ME ou EPP em início de atividade, com efeitos da opção pelo Simples Nacional no mês de dezembro; c) início dos efeitos da opção pelo Simples Nacional, nas demais hipóteses, com efeitos para o próprio ano-calendário. Nota A opção pelo regime de caixa servirá exclusivamente para a apuração da base de cálculo mensal, aplicando-se o regime de competência para as demais finalidades, especialmente para determinação dos limites e sublimites, bem como da alíquota a ser aplicada sobre a receita bruta recebida no mês. 3.1 Regime de caixa Para a ME ou EPP optante pelo regime de caixa: a) nas prestações de serviços ou operações com mercadorias com valores a receber a prazo, a parcela não vencida deverá obrigatoriamente integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional até o último mês do ano-calendário subsequente àquele em que tenha ocorrido a respectiva prestação de serviço ou operação com mercadorias; b) a receita auferida e ainda não recebida deverá integrar a base de cálculo dos tributos abrangidos pelo Simples Nacional na hipótese de: b.1) encerramento de atividade, no mês em que ocorrer o evento; b.2) retorno ao regime de competência, no último mês de vigência do regime de caixa; b.3) exclusão do Simples Nacional, no mês anterior ao dos efeitos da exclusão; c) deverá ser mantido o registro dos valores a receber. 3.2 Registro dos valores a receber no regime de caixa A optante pelo regime de caixa deverá manter registro dos valores a receber, conforme o modelo abaixo, no qual constarão, no mínimo, as seguintes informações relativas a cada prestação de serviço ou operação com mercadorias a prazo: a) número e data de emissão de cada documento fiscal; b) valor da operação ou prestação; c) quantidade e valor de cada parcela, bem como a data dos respectivos vencimentos; 4

d) a data de recebimento e o valor recebido; e) saldo a receber; f) créditos considerados não mais cobráveis. Anexo XI da Resolução CGSN nº 94/2011 (art. 70) - Registro de valores a Receber Na hipótese de descumprimento dos requisitos constantes deste subtópico, será desconsiderada, de ofício, a opção pelo regime de caixa, para os anos-calendário correspondentes ao período em que tiver ocorrido o descumprimento. Nesse caso, os tributos abrangidos pelo Simples Nacional deverão ser recalculados pelo regime de competência, sem prejuízo dos acréscimos legais correspondentes. Notas (1) Na hipótese de haver mais de um documento fiscal referente a uma mesma prestação de serviço ou operação com mercadoria, estes deverão ser registrados conjuntamente. (2) A adoção do regime de caixa pela ME ou EPP não a desobriga de manter em boa ordem e guarda os documentos e livros previstos na Resolução CGSN nº 94/2011, inclusive com a discriminação completa de toda a sua movimentação financeira e bancária, constante do Livro Caixa, exceto no caso de manutenção de escrituração contábil regular, hipótese em que a escrituração desse livro é dispensada. (3) Fica dispensado o registro na forma deste tópico em relação às prestações e operações realizadas por meio de administradoras de cartões, inclusive de crédito, desde que a ME ou EPP anexe ao respectivo registro os extratos emitidos pelas administradoras relativos às vendas e aos créditos respectivos. (4) Aplica-se para também aos valores decorrentes das prestações e operações realizadas por meio de cheques: a) quando emitidos para apresentação futura, mesmo quando houver parcela à vista; 5

b) quando emitidos para quitação da venda total, na ocorrência de cheques não honrados; c) não liquidados no próprio mês. (5) A ME ou EPP deverá apresentar à administração tributária, quando solicitado, os documentos que comprovem a efetiva cobrança dos créditos considerados não mais cobráveis. (6) São considerados meios de cobrança: a) notificação extrajudicial; b) protesto; c) cobrança judicial; d) registro do débito em cadastro de proteção ao crédito. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 2º, I e 6º, art. 18, 3º, art. 26, 4º; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 7º, 18 e 19 e 70 ; Resolução CGSN nº 121/2015, art. 1º ) 3.3 Exemplo Considerando-se que a Empresa ABC Ltda. exerça a atividade de revenda de mercadorias sem substituição tributária/tributação monofásica/antecipação com encerramento de tributação sujeita ao Anexo I, e que tenha feito a opção pelo regime de caixa para o ano-calendário de 20X1. Em janeiro de 20X1 vendeu um produto por R$ 30.000,00 parcelado em 2 prestações mensais, iguais e sucessivas, vencíveis em 30 e 60 dias, no mesmo mês vendeu outro produto por R$ 60.000,00, que foi pago à vista. Nessa hipótese, teríamos para efeito da apuração da receita bruta mensal pelo: a) regime de competência: 30.000,00 + 60.000,00 = 90.000,00; e b) regime de caixa: 60.000,00. Consideremos ainda as seguintes receitas mensais em 20X0 e 20X1: Regime de Competência (correspondente ao faturado) Jan/20x0 Fev/20x0 Mar/20x0 Abr/20x0 Mai/20x0 Jun/20x0 Jul/20x0 Ago/20x0 Set/20x0 Out/20x0 Nov/20x0 Dez/20x0 Jan/20x1 20.000 20.000 20.000 30.000 10.000 30.000 20.000 10.000 20.000 10.000 20.000 20.000 90.000 Regime de caixa (correspondente ao recebido) 30.000 20.000 30.000 30.000 40.000 40.000 30.000 20.000 30.000 40.000 30.000 30.000 60.000* RBT12** *Receita Bruta do Período de Apuração (Jan/20X1) RBT 60.000,00 **Receita Bruta Acumulada da empresa RBT12 = 20.000,00 + 20.000,00 + 20.000,00 + 30.000,00 + nos 12 meses anteriores ao do período de 10.000,00 + 30.000,00 + 20.000,00 + 10.000,00 + 20.000,00 + 230.000,00 apuração 10.000,00 + 20.000,00 + 20.000,00 ***Receita Bruta Acumulada da empresa RBA 290.000,00 no ano-calendário corrente 6

Observa-se que, para calcular a receita bruta total dos últimos 12 meses (RBT12) e a receita bruta acumulada (RBA), deve-se utilizar as receitas sempre pelo regime de competência. Porém, com relação à receita bruta (RBT), para fins de tributação, será considerada pelo regime de caixa. Assim, para o cálculo do valor devido no Simples Nacional serão aplicadas as seguintes alíquotas, conforme a tabela do Anexo I da Resolução CGSN nº 94/2011 - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio: Receita Bruta em 12 meses (em R$) Alíquota IRPJ CSL Cofins PIS-Pasep CPP ICMS De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% Valor devido no Simples Nacional R$ 60.000,00 x 5,47% = R$ 3.282,00 4. SEGREGAÇÃO DAS RECEITAS E APLICAÇÃO DAS ALÍQUOTAS Para os efeitos da base de cálculo: a) a receita bruta auferida ou recebida será segregada; e b) considera-se a receita bruta total mensal auferida ou recebida nos mercados interno e externo. A partir de 1º.01.2016, por força da nova redação dada pela Lei Complementar nº 147/2014 ao art. 3º, 15, da Lei nº Complementar nº 123/2006, para fins de determinação da alíquota, da base de cálculo e das majorações de alíquotas, serão consideradas separadamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação. Nota As alíquotas utilizadas no Simples Nacional são denominadas: a) Alíquota Normal: a utilizada no cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional, conforme previsto no 3º do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 ; b) Alíquota Máxima: a utilizada no cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional nos períodos de apuração que incidirem na hipótese prevista no 5º do art. 21; c) Alíquota Majorada Limite Nacional: a utilizada no cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional a partir do período de apuração em que a empresa ultrapassar o limite máximo de receita bruta anual, exceto no ano de início de atividades, conforme o 16-A do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 ; d) Alíquota Majorada Limite Nacional Proporcional: a utilizada no cálculo dos tributos devidos no Simples Nacional a partir do período de apuração em que a empresa, no ano de início de atividades, ultrapassar o limite máximo de receita bruta anual, conforme disposto no 16 do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 ; e) Alíquota Majorada Sublimite Estadual: os percentuais utilizados no cálculo do ICMS e do ISS devidos no Simples Nacional a partir do período de apuração em que a empresa ultrapassar o sublimite estadual, exceto no ano de início de atividades, conforme disposto no 17-A do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 ; f) Alíquota Majorada Sublimite Estadual Proporcional: os percentuais utilizados no cálculo do ICMS e do ISS devidos no Simples Nacional a partir do período de apuração em que a empresa, no ano de início de atividades, ultrapassar o sublimite estadual, conforme disposto no 7

17 do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006. 4.1 Aplicação dos anexos até 31.12.2014 A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deve considerar a receita destacadamente, por mês e por estabelecimento, para fins de pagamento, conforme o caso, aplicando a alíquota prevista na: 4.1.1 Anexo I I - tabela do Anexo I, sobre a receita decorrente da revenda de mercadorias: a) não sujeitas à substituição tributária, sem a tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e sem a antecipação tributária com encerramento de tributação, exceto as receitas especificadas na alínea "c"; b) sujeitas à substituição tributária, ou a tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), ou, com relação ao ICMS, a antecipação tributária com encerramento de tributação, desconsiderando-se os percentuais dos respectivos tributos, exceto as receitas especificadas na alínea "c"; c) para exportação, desconsiderando os percentuais relativos a ICMS, Cofins e PIS-Pasep. Notas (1) A venda de jornais, revistas e demais periódicos de produção terceirizada, por tratar-se de atividade mercantil, devendo ser tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Divergência Cosit nº 21/2013). (2) A receita decorrente da revenda de programas não customizáveis para computador (software de prateleira), com as correspondentes licenças definitivas, tem natureza comercial e, consequentemente, no Simples Nacional, deve ser tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Consulta Cosit nº 29/2013). (3) A venda, ao usuário, de créditos telefônicos para recarga de celulares, com ou sem o suporte físico de ficha, cartão ou assemelhado, por pessoa jurídica que não se qualifica como concessionária de serviço público de telecomunicação, não constitui serviço de comunicação nem configura sua intermediação. Destarte, é atividade permitida aos optantes pelo Simples Nacional e suas receitas são tributadas pelo Anexo I da Lei Complementar nº 123/2006. A base de cálculo, nesse caso, corresponde à totalidade dos valores recebidos do usuário, porquanto se trata de operação feita em conta própria (Solução de Consulta Cosit nº 76/2014). (4) A atividade de farmácia de manipulação (CNAE 4771-7/02) é tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Consulta Cosit nº 93/2014). 4.1.2 Anexo II II - tabela do Anexo II, sobre a receita decorrente da venda de mercadorias por elas industrializadas: a) não sujeitas à substituição tributária, sem a tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e, com relação ao ICMS, sem a antecipação tributária com encerramento de tributação, exceto as receitas especificadas nas alíneas "c" e "d"; b) sujeitas à substituição tributária, ou a tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), ou, com relação ao ICMS, a antecipação tributária com encerramento de tributação, desconsiderando-se os percentuais dos respectivos tributos, exceto as receitas especificadas nas alíneas "c" e "d"; c) com incidência simultânea de IPI e de ISS, desconsiderando o percentual relativo ao ICMS e acrescida do percentual corresponde ao ISS previsto na tabela do Anexo III, exceto as receitas especificadas na alínea "d"; d) para exportação, desconsiderando os percentuais relativos a IPI, ICMS, Cofins e PIS-Pasep. 8

Notas (1) A atividade de editoração e impressão de jornais, revistas e demais periódicos, por caracterizar-se como industrial, deve ser tributada na forma do Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006, observada a imunidade relativa a livros, jornais, periódicos e ao papel destinado à sua impressão, prevista no art. 150, VI, "d", da Constituição Federal de 1988 (Solução de Divergência Cosit nº 21/2013). (2) Conforme esclarecido pela Solução de Divergência Cosit nº 27/2013, as atividades de usinagem, soldagem, tratamento e revestimento de metais podem ser: a) exclusivamente industriais; b) simultaneamente industriais e serviços; ou c) exclusivamente serviços. Assim, tais atividades devem ser tributadas: a) pelo Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006, quando exclusivamente industriais; b) pelo Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006, deduzida a parcela correspondente ao ICMS, e acrescida a parcela correspondente ao ISS, prevista no Anexo III da mesma Lei, caso sejam consideradas, simultaneamente, atividades industriais e de serviços; ou c) pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, quando realizadas por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, com preponderância do trabalho profissional, por constituírem prestações de serviços sem operação de industrialização. (3) Conforme esclarecido pelo Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 7/2013, as atividades de usinagem, soldagem, tratamento e revestimento de metais exercidas por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006 : a) são tributadas pelo Anexo II da mencionada Lei, quando exclusivamente industriais; b) são tributadas pelo Anexo II, deduzido da parcela correspondente ao ICMS e acrescido da correspondente ao ISS prevista no Anexo III da mesma Lei, caso essas atividades sejam consideradas, simultaneamente, prestações de serviços; c) quando realizadas por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, com preponderância do trabalho profissional, constituem prestações de serviços sem operação de industrialização e devem ser tributadas pelo Anexo III da referida Lei. (4) Conforme esclarecido pela Solução de Consulta Cosit nº 68/2013, em regra geral, a atividade gráfica, para fins de incidência do IPI, é considerada uma operação de transformação, ou seja, industrial e, como tal, é tributada pelo Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006. No entanto, observa-se que, caso a atividade gráfica esteja sujeita, simultaneamente, à incidência do IPI e do ISS (o chamado serviço de industrialização), suas receitas deverão ser tributadas pelo referido Anexo II, com os ajustes previstos no art. 18, 5º-G, e no art. 79-D da Lei Complementar nº 123/2006. Porém, quando a atividade gráfica for realizada por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, com preponderância do trabalho profissional, constitui prestação de serviços sem operação de industrialização e, nesse caso, será tributada pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. A referida norma esclarece também que é ineficaz a consulta, não produzindo efeitos quando não se referir a dúvidas sobre interpretação de dispositivos da legislação tributária. (5) A Solução de Divergência Cosit nº 4/2014 esclarece que a receita de venda de mercadoria importada por estabelecimento comercial optante pelo Simples Nacional será tributada pelo 9

Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006. (6) Conforme esclarecido pela Solução de Consulta Cosit nº 212/2014, são equiparados a estabelecimento industrial os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização tenha sido realizada por outro estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, mediante a remessa de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos. Nesse caso, a receita de venda de mercadoria por estabelecimento comercial equiparado a industrial, optante pelo Simples Nacional, será tributada pelo Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006. 4.1.3 Anexo III III - tabela do Anexo III, sobre a receita decorrente: a) da locação de bens móveis, desconsiderando-se os percentuais relativos ao ISS; b) da prestação dos serviços previstos nos incisos I a IX do 2º e 3º, todos do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011, sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido a outro município; c) da prestação dos serviços previstos nos incisos I a IX do 2º e 3º, todos do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011, sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido ao próprio município do estabelecimento; d) da prestação dos serviços previstos nos incisos I a IX do 2º e 3º, todos do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011, com retenção ou com substituição tributária do ISS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS; e) da prestação do serviço de escritórios de serviços contábeis previsto no inciso VIII do 2º do art. 15, e observado o disposto no 8º do art. 6º da Resolução CGSN nº 94/2011, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS que deverá ser recolhido em valor fixo, separadamente, na forma da legislação municipal; f) da prestação de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais de cargas e de comunicação sem substituição tributária de ICMS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS e adicionando-se o percentual relativo ao ICMS previsto na tabela do Anexo I da Resolução CGSN nº 94/2011 ; g) da prestação de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais de cargas e de comunicação com substituição tributária de ICMS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS. Notas (1) Conforme esclarecido pela Solução de Divergência Cosit nº 20/2013, a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que não exerce atividade vedada a esse regime de tributação, contratada para prestar serviço de pintura predial, em relação a essa atividade, deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. Todavia, no caso de a ME ou EPP ser contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que o serviço de pintura predial faça parte do contrato, a tributação desse serviço ocorre juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. (2) Conforme esclarecido pela Solução de Divergência Cosit nº 21/2013, a receita oriunda da atividade de veiculação de anúncios nas páginas dessas publicações é tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. (3) Atividades de usinagem, soldagem, tratamento e revestimento de metais - Veja Nota 2, do item II, desse tópico. (4) Conforme as Soluções de Divergência Cosit nºs 30, 31, 32, 34/2013 e 2/2014, os serviços de instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes são 10

tributados pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006 e não estão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212/1991, ainda que prestados mediante empreitada. Entretanto, se forem prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional. Caso a ME ou EPP seja contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que os serviços de instalação de elevadores, escadas e esteiras rolantes façam parte do respectivo contrato, sua tributação ocorrerá juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. Além de ratificar o teor descrito nessa nota, o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 3/2014 estabelece também que os serviços de instalação, manutenção e reparação de elevadores, escadas e esteiras rolantes, prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional. (5) De acordo com a Solução de Divergência Cosit nº 33/2013, a pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional que não exerce atividade vedada a esse regime de tributação, contratada para prestar serviços de pintura predial, exceto aqueles caracterizados como paisagismo ou decoração de interiores, em relação a essa atividade, deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, e não está sujeita à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212/1991, ainda que os preste mediante empreitada. Entretanto, serviços prestados mediante cessão ou locação de mão de obra constituem atividade vedada ao Simples Nacional. Caso essa pessoa jurídica seja contratada para construir imóvel, executar obra de engenharia ou projetos de paisagismo ou de decoração de interiores em que o serviço de pintura faça parte do contrato, a tributação desse serviço ocorrerá juntamente com a execução da obra ou projeto, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. (6) Conforme a Solução de Divergência Cosit nº 35/2013, os serviços de instalação, manutenção e reparação elétrica são tributados pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006 e não estão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212/1991, ainda que prestados mediante empreitada. Entretanto, se forem prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional. Caso a ME ou a EPP seja contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que os serviços de instalação elétrica façam parte do respectivo contrato, sua tributação ocorrerá juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. (7) Conforme a Solução de Divergência Cosit nº 36/2013, os serviços de instalação, manutenção e reparação hidráulica, elétrica, sanitária, de gás e de sistemas contra incêndio são tributados pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006 e não estão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da Lei nº 8.212/1991, ainda que prestados mediante empreitada. Entretanto, se forem prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, constituem atividade vedada ao Simples Nacional. Por outro lado, caso a ME ou EPP seja contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que tais serviços façam parte do respectivo contrato, sua tributação ocorrerá juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. (8) Conforme o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 8/2013, os serviços de pintura predial, instalação, manutenção e reparação hidráulica, elétrica, sanitária, de gás, de sistemas contra incêndio, de elevadores, de escadas e esteiras rolantes exercidos por ME ou EPP optante pelo Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, são tributados pelo seu Anexo III, e não estão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31 da 11

Lei nº 8.212/1991. Caso a ME ou EPP seja contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que os serviços de pintura predial e instalação hidráulica, elétrica, sanitária, de gás, de sistemas contra incêndio, de elevadores, de escadas e esteiras rolantes façam parte do respectivo contrato, sua tributação ocorrerá juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006. (9) Os serviços de coleta de resíduos são tributados pelo Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. Assim, enquanto a prestadora for optante pelo Simples Nacional, estes não estão sujeitos à retenção de 11% de contribuição previdenciária. Todavia, se prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, a prestadora deve ser submetida à exclusão do Simples Nacional, após a qual se sujeitará à referida retenção (Solução de Consulta Cosit nº 18/2014). (10) Desde que não haja nenhuma vedação à opção pelo Simples Nacional, a prestação de serviços de bombeamento de concreto deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, com base no 2º do art. 17 c/c o 5º-F do art. 18 da mesma Lei Complementar (Solução de Consulta Cosit nº 177/2014). (11) Os serviços de instalação e manutenção de sistemas centrais de ar-condicionado são tributados na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, e não estão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária à alíquota de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, nos termos do art. 31 da Lei nº 8.212/1991. Todavia, se esses serviços forem prestados mediante cessão ou locação de mão de obra, a norma esclarece, ainda, que tal fato constitui motivo de vedação à opção pelo Simples Nacional ou mesmo de exclusão desse regime de tributação (Solução de Consulta Cosit nº 169/2014). (12) A pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional que não exerce atividade vedada a esse regime de tributação, contratada para prestar serviço de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar-condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados e instalações elétricas, em relação a essas atividades, deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. Todavia, caso essa empresa seja contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que os serviços de instalação e manutenção de aparelhos e sistemas de ar-condicionado, refrigeração, ventilação, aquecimento e tratamento de ar em ambientes controlados e de instalações elétricas façam parte do contrato, a tributação desses serviços ocorre juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Consulta Cosit nº 167/2014). (13) A atividade de locação de máquinas com operador não impede o ingresso no Simples Nacional e, nesse regime, será tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006, deduzindo-se da alíquota o percentual correspondente ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), previsto no referido anexo (Solução de Consulta Cosit nº 294/2014). 4.1.4 Anexo IV IV - tabela do Anexo IV, sobre a receita decorrente da prestação dos serviços previstos nos incisos X e XI do 2º do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011 : a) sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido a outro município; b) sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido ao próprio município do estabelecimento; c) com retenção ou com substituição tributária do ISS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS. 12

Notas (1) A atividade de monitoramento eletrônico de sistemas de segurança constitui serviço de vigilância. Portanto, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional que desenvolverem essa atividade devem utilizar o Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006, para fins de apuração de tributos e contribuições devidos nesse regime (Solução de Divergência Cosit nº 10/2012). (2) A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional que não exerce atividade vedada a esse regime de tributação, contratada para prestar serviço de pintura predial, em relação a essa atividade, deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. Todavia, no caso de a ME ou EPP ser contratada para construir imóvel ou executar obra de engenharia em que o serviço de pintura predial faça parte do contrato, a tributação desse serviço ocorre juntamente com a obra, na forma do Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Divergência Cosit nº 20/2013). (3) A atividade de monitoramento eletrônico de sistemas de segurança constitui serviço de vigilância e, nessa condição, são tributados com base no Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Consulta Cosit nº 73/2014). (4) Os serviços de montagem de estruturas navais constituem obra de engenharia naval, razão pela qual, no Simples Nacional, são tributados pelo Anexo IV da Lei Complementar nº 123/2006 (Solução de Consulta Cosit nº 320/2014). 4.1.5 Anexo V V - tabela do Anexo V, sobre aquela receita decorrente da prestação dos serviços previstos nos incisos XII a XXI do 2º do art. 15 da Resolução CGSN nº 94/2011 : a) sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido a outro município, adicionando-se os percentuais do ISS previstos na tabela do Anexo IV da Resolução CGSN nº 94/2011 ; b) sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido ao próprio município do estabelecimento, adicionando-se os percentuais do ISS previstos na tabela do Anexo IV da Resolução CGSN nº 94/2011 ; c) com retenção ou com substituição tributária do ISS, sem a adição dos percentuais relativos ao ISS previstos na tabela do Anexo IV da Resolução CGSN nº 94/2011. Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional obter receitas decorrentes da prestação de serviços previstas no item V, deverá apurar o fator (r), que é a relação entre a: a) folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de apuração; e b) receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração. Considera-se folha de salários, incluídos encargos, o montante pago nos 12 meses anteriores ao do período de apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social e para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Para efeito da folha de salários: a) deverão ser considerados os salários informados na forma prevista no inciso IV do art. 32 da Lei nº 8.212/1991 ; b) considera-se salário o valor da base de cálculo da contribuição prevista nos incisos I e III do art. 22 da Lei nº 8.212/1991, agregando-se o valor do 13º salário na competência da incidência da referida contribuição, na forma do caput e dos 1º e 2º do art. 7º da Lei nº 8.620/1993. Entretanto, não são considerados para esse efeito os valores pagos a título de aluguéis e de distribuição de lucros. 13

Na hipótese de a ME ou EPP ter menos de 13 meses de atividade, adotar-se-ão, para a determinação da folha de salários anualizada, incluídos encargos, os mesmos critérios para a determinação da receita bruta total acumulada, estabelecidos no art. 21 da Resolução CGSN nº 94/2011, no que couber. Nota Conforme orienta a Solução de Consulta Cosit nº 127/2014, desde 1º.01.2009, o exercício da atividade de locação de imóveis próprios, ainda que eventual e estranho ao objeto social da empresa, configura hipótese de vedação ao ingresso no Simples Nacional ou motivo de exclusão desse regime, salvo quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS. A norma esclarece, ainda, que deve ser tributada na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006 a atividade de locação de imóveis próprios vinculada à prestação de serviços sujeitos ao ISS, constante da Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003, e que somente é admissível a dedução do percentual correspondente ao ISS das alíquotas previstas no Anexo III da Lei Complementar nº 123/ 2006, nas atividades de locação de bens móveis. (Lei Complementar nº 123/2006, arts. 3º, 15, 17, 1º e 18, 5º-B; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 16, 3º, e 25; Resolução CGSN nº 98/2012 ) 4.2 Aplicação dos anexos a partir de 1º.01.2015 A partir de 1º.01.2015, a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional deverá considerar a receita destacadamente, para o fim de cálculo e pagamento, as receitas decorrentes dos anexos a seguir. 4.2.1 Anexo I I - tabela do Anexo I, sobre a receita decorrente da revenda de mercadorias: a) decorrentes de operações ou prestações sujeitas à tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido recolhido por substituto tributário ou por antecipação tributária com encerramento de tributação; b) sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução de ICMS na forma prevista na Lei Complementar nº 123/2006 ; c) decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar nº 123/2006. Nessa hipótese, a redução no montante a ser recolhido no Simples Nacional relativo aos valores das receitas decorrentes da exportação corresponderá tão somente aos percentuais relativos à Cofins, à Contribuição para o PIS-Pasep, ao IPI, ao ICMS e ao ISS, constantes do Anexo I; e d) a comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de fórmulas será tributada na forma do Anexo I da Lei Complementar nº 123/2006, exceto se sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial, caso em que serão tributadas na forma do Anexo III da mesma Lei. Nota Considera-se exportação de serviços para o exterior a prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas, exceto quanto aos serviços desenvolvidos no Brasil cujo resultado aqui se verifique. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 4º, 4º-A e 14; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, 1º, I e 4º; Resolução CGSN nº 115/2014, arts. 14

2º e 6º, I; Resolução CGSN nº 117/2014, art. 3º ) 4.2.2 Anexo II II - tabela do Anexo II, sobre a receita decorrente da venda de mercadorias por elas industrializadas: a) atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, que serão tributadas na forma do Anexo II da Lei Complementar nº 123/2006 deduzida a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a parcela correspondente ao ISS prevista no Anexo III da mesma Lei; b) decorrentes de operações ou prestações sujeitas à tributação concentrada em uma única etapa (monofásica), bem como, em relação ao ICMS, que o imposto já tenha sido recolhido por substituto tributário ou por antecipação tributária com encerramento de tributação; c) sujeitas à tributação em valor fixo ou que tenham sido objeto de isenção ou redução de ICMS na forma prevista na Lei Complementar nº 123/2006 ; e d) decorrentes da exportação para o exterior, inclusive as vendas realizadas por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar nº 123/2006. Nessa hipótese, a redução no montante a ser recolhido no Simples Nacional relativo aos valores das receitas decorrentes da exportação corresponderá tão somente aos percentuais relativos à Cofins, à Contribuição para o PIS-Pasep, ao IPI, ao ICMS e ao ISS, constantes do Anexo II da referida Lei. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 4º, 4º-A e 14; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, 1º, II; Resolução CGSN nº 115/2014, arts. 2º e 6º, I; Resolução CGSN nº 117/2014, art. 3º ) 4.2.3 Anexo III III - tabela do Anexo III, sobre a receita decorrente: a) prestação de serviços a seguir, sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido a outro município: a.1) creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; a.2) agência terceirizada de correios; a.3) agência de viagem e turismo; a.4) centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de passageiros e de carga; a.5) agência lotérica; a.6) serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais; a.7) transporte municipal de passageiros; a.8) escritórios de serviços contábeis; a.9) produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, cinematográficas e audiovisuais; a.10) fisioterapia; e a.11) corretagem de seguros; a.12) corretagem de imóveis de terceiros, assim entendida a receita relativa à intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis (desde que observado o disposto no inciso XV do art. 17 da Lei Complementar nº 123/2006 ); a.13) serviços vinculados à locação de bens imóveis, assim entendidos o assessoramento 15

locatício e a avaliação de imóveis para fins de locação (Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 17, XV; art. 18, 4º, III; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, 1º, l; Resolução CGSN nº 117/2014, art. 3º ); a.14) locação de bens imóveis próprios com a finalidade de exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza locação de bens imóveis; a.15) que não tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, e não estejam sujeitos especificamente à tributação na forma prevista nos Anexos IV, V ou V-A; b) prestação de serviços relacionados na letra "a", sem retenção ou substituição tributária, com ISS devido ao próprio município do estabelecimento; c) prestação dos serviços previstos nas letras "a.1" a "a.7" e "a.10" a "a.14", com retenção ou com substituição tributária do ISS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS; d) da prestação do serviço de escritórios de serviços contábeis e observado o disposto no 8º do art. 6º da Lei Complementar nº 123/2006, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS, quando o imposto for fixado pela legislação municipal em valor fixo nos termos do art. 34; e) da prestação de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais de cargas e de comunicação sem substituição tributária de ICMS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS e adicionando-se o percentual relativo ao ICMS previsto na tabela do Anexo I; f) da prestação de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais de cargas e de comunicação com substituição tributária de ICMS, desconsiderando-se o percentual relativo ao ISS; g) da prestação de serviços referentes à comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de fórmulas sob encomenda para entrega posterior ao adquirente, em caráter pessoal, mediante prescrições de profissionais habilitados ou indicação pelo farmacêutico, produzidos no próprio estabelecimento após o atendimento inicial (veja o subtópico 4.2.1, letra "d"); h) da locação de bens móveis, desconsiderando-se os percentuais relativos ao ISS. Notas (1) A receita decorrente da locação de bens móveis, referida na letra "h", é tão somente aquela oriunda da exploração de atividade não definida na lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003. (2) A Solução de Consulta Cosit nº 359/2014 esclareceu que a sublocação de imóvel não impede o ingresso ou a permanência no Simples Nacional e que a receita bruta decorrente dessa atividade deve ser tributada, nesse regime, na forma do Anexo III da Lei Complementar nº 123/2006. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 4º, 4º-A, 5º-B, 5º-E e 5º-F, com a redação dada pela Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 25-A, III e VII e 5º, e 15, 1º; Resolução CGSN nº 115/2014, arts. 2º e 6º, I) 4.2.4 Anexo IV IV - tabela do Anexo IV, sobre a receita decorrente da prestação dos serviços relacionados a seguir: 16

a) construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores; b) serviço de vigilância, limpeza ou conservação; e c) serviços advocatícios. Nota No cálculo previsto para as atividades de prestação de serviço mencionadas nesse item não estará incluída no Simples Nacional a Contribuição Patronal Previdenciária (CPP), devendo ela ser recolhida segundo a legislação prevista para os demais contribuintes ou responsáveis. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 5º-C; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, IV; Resolução CGSN nº 115/2014, arts. 2º e 6º, I; Resolução CGSN nº 117/2014, art. 3º ) 4.2.5 Anexo V V - tabela do Anexo V, sobre aquela receita decorrente da prestação dos serviços previstos no art. 18, 5º-D da Lei Complementar nº 123/2006, conforme relacionado a seguir, exceto em relação atividades constantes nas letras "b" a "j" que já constavam da redação original da referida Lei: a) administração e locação de imóveis de terceiros, assim entendidas a gestão e administração de imóveis de terceiros para qualquer finalidade, incluída a cobrança de aluguéis de imóveis de terceiros; b) academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; c) academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; d) elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; e) licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; f) planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que realizados em estabelecimento do optante; g) empresas montadoras de estandes para feiras; h) laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; i) serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como ressonância magnética; e j) serviços de prótese em geral. Notas (1) Para efeito de aplicação dos Anexos V e VI da Lei Complementar nº 123/2006, considerase folha de salários, incluídos encargos, o montante pago, nos 12 meses anteriores ao do período de apuração, a título de remunerações a pessoas físicas decorrentes do trabalho, incluídas retiradas de pró-labore, acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contribuição patronal previdenciária e para o FGTS. (2) Na hipótese de a ME ou EPP optante pelo Simples Nacional obter receitas decorrentes da prestação de serviços previstas Anexos V e V-A, deverá apurar o fator (r), que é a relação entre a: a) folha de salários, incluídos encargos, nos 12 meses anteriores ao período de apuração; e b) receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 5º-D; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 25-A, V e 26; Resolução CGSN nº 115/2014, arts. 2º e 6º, I e 10; 17

Resolução CGSN nº 117/2014, art. 3º ) 4.2.6 Anexo V-A VI - tabela do Anexo V-A, sobre aquela receita decorrente da prestação dos serviços: a) medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; b) medicina veterinária; c) odontologia; d) psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite; e) serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; f) arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; g) representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros; h) perícia, leilão e avaliação; i) auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; j) jornalismo e publicidade; k) agenciamento, exceto de mão de obra; e l) outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 5º-I; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, VI) 5. APURAÇÃO Para determinação do montante devido mensalmente pelas ME e pelas EPP optantes pelo Simples Nacional, considera-se alíquota o somatório dos percentuais dos tributos constantes das tabelas dos Anexos I a V e V-A da Lei Complementar nº 123/2006, alterada pela Lei Complementar nº 147/2014, e da Resolução CGSN nº 94/2011, alterada pela Resolução CGSN nº 115/2014 e pela Resolução CGSN nº 117/2014. O valor devido mensalmente pela ME ou EPP optante pelo Simples Nacional será determinado mediante a aplicação das alíquotas constantes das tabelas dos Anexos I a V e V-A sobre a receita bruta total mensal. Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores ao do período de apuração. (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18; Lei Complementar nº 147/2014 ; Resolução CGSN nº 94/2011, arts. 20, 21 e 25-A; Resolução CGSN nº 117/2014, art. 1º ) 5.1 Início de atividades no ano-calendário da opção No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, o sujeito passivo utilizará, como receita bruta total acumulada, a receita do próprio mês de apuração multiplicada por 12. Nessa hipótese, nos 11 meses posteriores ao do início de atividade, para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total dos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12. 18

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, 2º; Lei Complementar nº 147/2014, art. 1º e 15, I; Resolução CGSN nº 94/2011, art. 21, 2º e 3º) 5.2 Início de atividades no ano-calendário anterior ao da opção Na hipótese de início de atividade em ano-calendário imediatamente anterior ao da opção pelo Simples Nacional, o sujeito passivo utilizará: a) a regra prevista no subtópico 2.1 até alcançar 12 meses de atividade; e b) a regra prevista no tópico 2 a partir de 13 meses de atividade. 5.3 Excesso do limite Serão adotadas as alíquotas correspondentes às últimas faixas de receita bruta das tabelas dos Anexos I a V (até 31.12.2014) e Anexos I a V e V-A (a partir de 1º.01.2015), quando, cumulativamente, a receita bruta acumulada: a) nos 12 meses anteriores ao do período de apuração for superior ao limite de R$ 3.600.000,00 e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico, observado o disposto nos subtópicos 2.1 e 2.2; e b) no ano-calendário em curso for igual ou inferior aos limites previstos na letra "a". 5.4 Majoração da alíquota em decorrência do excesso de receita bruta Na hipótese de a receita bruta anual no ano-calendário em curso ultrapassar o limite de R$ 3.600.000,00, desde que todos os estabelecimentos estejam localizados em entes federados que não adotem sublimites, a parcela da receita bruta total que exceder esse limite estará sujeita às alíquotas máximas previstas nas tabelas dos Anexos I a V (até 31.12.2014) e Anexos I a V e V-A (a partir de 1º.01.2015), majoradas em 20%. A majoração aplica-se também na hipótese de a ME ou EPP no ano-calendário de início de atividade ultrapassar o limite de R$ 300.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início de atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. A partir de 1º.01.2016, por força da nova redação dada pela Lei Complementar nº 147/2014 ao art. 3º, 15, da Lei nº Complementar nº 123/2006, para fins de determinação da alíquota, da base de cálculo e das majorações de alíquotas, serão consideradas separadamente as receitas brutas auferidas no mercado interno e aquelas decorrentes da exportação. 5.4.1 Excesso de receita bruta Para apuração do excesso de receita bruta referido no subtópico 5.4, deverá ser calculada a relação entre a parcela da receita bruta total que exceder o limite de R$ 3.600.000,00, observado o limite proporcional de R$ 300.000,00 - no caso de início de atividades, e a receita bruta total. 5.4.1.1 ME ou EPP sem filiais - Cálculo em relação à parcela excedente Para a ME ou EPP que não possuir filiais, o valor devido em relação à parcela da receita bruta total que exceder o limite de R$ 3.600.000,00, observado o limite proporcional de R$ 300.000,00 - no caso de início de atividades: a) na hipótese de o contribuinte auferir tão somente um tipo de receita prevista no subtópico 4.2 e no tópico 5, mediante a multiplicação da relação calculada entre a parcela da receita bruta total que exceder o limite de R$ 3.600.000,00, observado o limite no caso de início de atividades, pela receita bruta total, e, ainda, pela respectiva alíquota máxima majorada em 20%; b) na hipótese de o contribuinte auferir mais de um tipo de receita prevista subtópico 4.2 e no tópico 5, mediante o somatório das expressões formadas pela multiplicação da relação a que 19