APLICABILIDADE DA PEDAGOGIA SOCIAL NO SISTEMA PENITENCIÁRIO

Documentos relacionados
CIBER: UM ESPAÇO PEDAGÓGICO

A educação no sistema penitenciário. Daiane de Lourdes Alves

O LÚDICO NA AULA DE MATEMÁTICA

FORMAÇÃO DO EDUCADOR POPULAR EM EJA: ESCOLA LIBERTADORA EM PRESÍDIO

TRABALHANDO IDENTIDADE: POR QUE TEMOS SOBRENOMES?

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: TECNOLOGIA ASSISTIVA E A COMUNICAÇÃO

A PEDAGOGIA SOCIAL E SUA REPERCUSSÃO NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO FORA DO AMBIENTE ESCOLAR

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO SISTEMA PRISIONAL DE PARNAÍBA-PI

A ARTE DE CONTAR HISTORIAS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

A PEDAGOGIA HOSPITAR E A INSERÇÃO DA FAMÍLIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO INTERNADO

Eixo: Práticas para Ensino Fundamental I Texto não Verbal em sala de aula

O presídio Feminino Júlia Maranhão como espaço de atuação do Projeto Ressocialização Feminina, Cidadania e Direitos Humanos

A EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO

Propor que os cursos de Pedagogia e outras licenciaturas incentivem o conhecimento e atuação nestes espaços. Incluir algumas horas de

A UTILIZAÇÃO DO JORNAL COMO FERRAMENTA DE PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR

A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE UMA

FESTIVAL CULTURAL. Graduanda do 7º período do Curso de Licenciatura em Pedagogia, da Faculdade Opet. 5

TRADIÇÃO E INFÂNCIA NAS BONECAS ABAYUMI

O OLHAR DOS ALUNOS - DETENTOS DA PENITENCIÁRIA PROFESSOR BARRETO CAMPELO SOBRE A ESCOLA

A participação no PIBID e a formação de professores da Pedagogia experiência na educação de jovens e adultos

O ALUNO DA EJA E A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

PLANO DE ENSINO DIA DA SEMANA PERÍODO CRÉDITOS. Segunda-Feira Vespertino 03

INTRODUÇÃO. 15. CONEX Resumo Expandido - ISSN

PEDAGOGIA NO SISTEMA PRISIONAL E A QUESTÃO DA RESOCIALIZAÇÃO

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Discurso Dra. Christiane Cidadã Honorária Cataguases

LEITURA NO CÁRCERE: CAMINHO PARA A LIBERDADE

A RELEVÂNCIA DO SETOR PEDAGÓGICO, DENTRO DAS ALTERNATIVAS PENAIS. PALAVRAS-CHAVE: Pedagogia social; Patronato; Sistema Prisional; Egressos.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO REGULAR: A VISÃO DOS PROFESSORES ESPECIALISTAS

GT 4. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E INCLUSÃO

ESTUDO DE USUÁRIOS DA BIBLIOTECA DO PRESÍDIO CENTRAL DE PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE. Núcleo temático: Químico Pedagógico Código da Disciplina: Etapa: 5ª Semestre Letivo: 1º/2013

INCLUINDO A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NO PROCESSO DE INSERÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TICs) NO CONTEXTO EDUCACIONAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS JAGUARÃO CURSO DE PEDAGOGIA

PROGRAMA DE DISCIPLINA

Tensões, perspectivas e desafios do ensino médio no brasil: entre a obrigatoriedade e a evasão escolar.

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA- LITERATURA, PALAVRAS E NÚMEROS

GOVERNO DO ESTADO DO AMAPÁ INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA DO ESTADO DO AMAPÁ CENTRO DE EXCELÊNCIA EM SERVIÇOS PENAIS ANEXO I

OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

CONHECENDO E EXPLORANDO O GEOPLANO

CURSO: Serviço Social. TÍTULO do Projeto de Pesquisa: Memória Social e Prisão: reflexões sobre as políticas públicas no âmbito da execução penal.

A LEI DE EXECUÇÃO PENAL Nº E A EDUCAÇÃO NAS UNIDADES PRISIONAIS: QUAIS DISPOSITIVOS?

PROGRAMA PROFUNCIONÁRIO: Oportunidade de formação aos funcionários da educação pública

Formação Inicial 1ª etapa Projovem Urbano Recife AVALIAÇÃO Candidato (a) : Turma INSTRUÇÕES

PENITENCIÁRIA ESTADUAL DO SERIDÓ PES PROJETO ESPAÇO FÊNIX DE RESSOCIALIZAÇÃO AGENTES:FRANCISCA GOMES DA SILVA

EDUCAÇÃO NAS PRISÕES: OS DESAFIOS POLÍTICOS E EDUCACIONAIS NO COTIDIANO E NA IDENTIDADE DO PROFESSOR DA EJA NO SISTEMA PRISIONAL NO ESTADO DE GOIÁS

Elionaldo Fernandes Julião A RESSOCIALIZAÇÃO ATRAVÉS DO ESTUDO E DO TRABALHO NO SISTEMA PENITENCIÁRIO BRASILEIRO

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO

PARALISIA CEREBRAL: UM ESTUDO DE CASO DE SOUZA, M.M.¹, CAMARGO, F.N.P.²

FORMAÇÃO CONTINUADA PARA PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

XIII Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos

Palavras-chave: Formação de Professores; Ensino Religioso; Prática Docente.

Plano de Ensino IDENTIFICAÇÃO EMENTA

TÍTULO: EXPERIENCIANDO A EDUCAÇÃO NO CÁRCERE CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PEDAGOGIA

Projeto Poesia. Atividade 1: Momento 1: Converse com a turma sobre o que é uma poesia, dê exemplos e apresente alguns poetas e poetisas.

Palavras-chave: Educação; sistema prisional; reintegração; barreiras culturais.

Universidade Fernando Pessoa 1º Ciclo de Estudos em Criminologia Regulamento de Estágio e Projecto de Graduação

A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA PARA (OS) AS PROFESSORES (AS) DA EJA

COMENTÁRIOS DO PROFESSORES TELMA FREIRES E RODRIGO RODRIGO RODRIGUES CONHECIMENTOS PEGAGÓGICOS CARGO ATIVIDADES (2)

- SELEÇÃO DE DOCENTES DISCIPLINAS / FUNÇÕES - PROGRAMAS / ATIVIDADES - PERFIS DOS CANDIDATOS - NÚMEROS DE VAGAS

PLANO DE ENSINO Projeto Pedagógico: Disciplina: Legislação e Política Educacional Carga horária: 80

A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E A RESSOCIALIZAÇÃO DO APENADO NA SOCIEDADE 1

- Oferecer instrumento para oportunizar o trabalho com habilidades OBJETIVO. socioemocionais na escola. - Apresentar a coleção Amigável MENTE.

TGD - O POSICIONAMENTO DA ESCOLA REGULAR NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO. PALAVRAS - CHAVE: Autismo. Ações pedagógicas. Escola inclusiva.

Atualidades. Segurança. Professor Fabrício Caetano.

AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM MATÕES-MA

SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS ARGUMENTATIVAS

Roteiro para análise do filme Escritores da. Liberdade

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO REGIME ABERTO: PATRONATO PENITENCIÁRIO DE LONDRINA

Rede Certific: entre a certificação de saberes adquiridos e o estímulo à escolarização?

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DA ESCOLA INCLUSIVA. Marcos Legais Resolução CNE-CES Resolução CNE-CES PROJETO PEDAGÓGICO

ISBN QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: E SUAS RELAÇÕES COM A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

MINHA PRIMEIRA IDEIA PARA APROXIMAR AS PESSOAS

PLANO DE ENSINO Projeto Pedagógico: 2017

Centro Universitário Franciscano Área de Ciências Humanas Curso de Letras. Angela Maria Rossi

O CINEMA COMO RECURSO DE ENSINO NA EDUCAÇÃO BÁSICA

FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: VIVÊNCIAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES NO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA/EAD.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PRÁTICA TRANSFORMADORA NO ESPAÇO ESCOLAR

Índice. 1. Professor-Coordenador e suas Atividades no Processo Educacional Os Saberes dos Professores...4

INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA DIRETORIA DE AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Atividades Língua e Ensino I

REPRESENTAÇÕES EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE: ALGUMAS REFLEXÕES DOS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NA GESTÃO NÃO ESCOLAR LUDICIDADE NA PEDIATRIA

PROGRAMA DE DISCIPLINA

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA CIBERCULTURA: ESTUDO SOBRE A EVASÃO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DOS CURSOS OFERTADOS PELO PROINFO.

A VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO SITEMA PRISIONAL BRASILEIRO

UNIDADE 5 OS DIFERENTES TEXTOS EM SALAS DE ALFABETIZAÇÃO ANO 1

DA LINEARIDADE À TRANSDISCIPLINARIDADE

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES EM FOCO

Habilidades Cognitivas. Prof (a) Responsável: Maria Francisca Vilas Boas Leffer

Ensino Técnico Integrado ao Médio

OS NÚMEROS DO PNAIC UFMG/2015

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul ESCOLA DE HUMANIDADES SERVIÇO SOCIAL - GRADUAÇÃO

PLANO DE ENSINO E APRENDIZAGEM. CURSO: Pedagogia. Período: Não definido. Semestre de Ingresso: 1º. C.H. Teórica: 40h

Projeto presente de natal especial

Resenha do filme Escritores da Liberdade

RELATO DE EXPERIENCIA DO ESTAGIO SUPERVISIONADO EM EDUCAÇÃO INFANTIL

Caderno de Orientação Curricular - ENSINO RELIGIOSO/EDUCAÇÃO EM VALORES

REFLEXÕES SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: CONTRIBUIÇÕES NA FORMAÇÃO DO (A) PEDAGOGO (A) DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UFPB

Transcrição:

15 APLICABILIDADE DA PEDAGOGIA SOCIAL NO SISTEMA PENITENCIÁRIO Eixo: Práticas para Contextos Não Escolares DAVID, Mônica Cristiane 1 NAGAISHI, Maria do Socorro Queiroz 2 OLSEMANN, Beatriz de França 3 RIBAS, Cíntia Cargnin Cavalheiro 4 SANTOS, Mayara Cristina Prado dos 5 A Pedagogia Social teve seu início a partir das mudanças sociais provocadas pela Revolução Industrial, quando surgiram as lutas pelos direitos das massas populares, com a tomada de consciência acerca das questões sociais. Atualmente a Pedagogia Social, combate um sistema educacional precário estudando a educação de indivíduos em ambientes não formais, colaborando para que o sujeito consiga conviver e compreender a sociedade em geral. Neste sentido, o Pedagogo Social atua em diversas áreas visando à melhoria da qualidade de vida dos excluídos. A educação é um direito social garantido pela Constituição (1988) e quanto à educação em presídios, cabe a Educação de Jovens e Adultos EJA, porém, com alguns diferenciais, pelo fato de almejar uma melhora na qualidade de vida dos apenados, preparando os mesmos para a reinserção na sociedade com atitudes, conhecimentos e valores que auxiliem o seu desenvolvimento. Para corroborar com a reinserção, o Decreto nº 7.626, de 24 de novembro de 2011 expõem alguns objetivos: III- contribuir para a universalização da alfabetização e para a ampliação da oferta da educação no sistema prisional; IV - fortalecer a integração da educação profissional e tecnológica com a educação de jovens e adultos no sistema prisional; V - promover a formação e capacitação dos profissionais envolvidos na implementação do ensino nos estabelecimentos penais; e VI - viabilizar as condições para a continuidade dos estudos dos egressos do sistema prisional. 1 Mestre em Educação, Especialista em Organização do Trabalho Pedagógico e em EaD, Professora de Graduação e Pós -Graduação das Faculdades OPET, FAEL, Supervisora de Estágio na Faculdade Opet e Orientadora de TCC. 2 3 4 Doutoranda em Educação. Mestre em Desenvolvimento de Tecnologias, Especialista em EaD, Coordenadora do Curso de Pedagogia da Faculdade OPET e professora da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba. 5

16 Com os espaços pedagógicos e a disposição dos apenados, os Pedagogos devem promover ações de reinserção dos apenados, compreendendo as especificidades de cada um, a realidade que os cerca para, a partir daí, se comprometer com a ressocialização e cidadania, buscando meios e soluções para que seu retorno, na sociedade, ocorra da melhor forma. Neste sentido, o Pedagogo deve utilizar métodos que aproximem os conteúdos repassados do cotidiano aos apenados, transformando o conhecimento adquirido em conhecimento vivido, para que os apenados aprendam valores e princípios que permitem viver em sociedade. Portanto, faz-se necessário rever desenvolver a proposta subsequente, na intenção do reconhecimento do trabalho do Pedagogo e práticas que permitam a reinserção dos apenados no mundo do trabalho. 1 JUSTIFICATIVA O fato de o apenado estar encarcerado, por determinado motivo, não significa que o mesmo seja indigno do desejo de uma vida social rodeada pela família e amigos, à beira da marginalidade. De acordo com Foucault (1996, p.120) a ideia de uma reclusão penal é explicitamente criticada por muitos reformadores. Porque é incapaz de responder à especificidade dos crimes. Porque é desprovida de efeitos sobre o público. Porque é inútil à sociedade, até nociva e cara. Mantém os condenados na ociosidade, multiplica-lhe os vícios. Desta forma a reinserção vem agregar posturas aos apenados para se reintegrarem na sociedade, de maneira mais digna, com preleções de valores e princípios que devem levar ao longo da vida, ao invés de permanecerem em prisões e sustentarem seus ódios, vícios e revoltas. Neste sentido, a intenção de direcionar e transformar a vida de cada um, por meio de reflexão e ação é um dos objetivos desse projeto. Para corroborar com o objetivo proposto supracitado, Freire (2001) expõe que: não é discutir se a educação pode ou não pode, mas é discutir onde pode, como pode, com quem pode, quando pode; é reconhecer os limites que sua prática impõe. É perceber que o seu trabalho não é individual, é social e se dá na prática social de que ele faz parte. É reconhecer que a educação, não sendo a chave, a alavanca da transformação social, como tanto se vem afirmando, é, porém, indispensável à transformação social. (FREIRE, 2001, p. 98) E essa transformação social deve começar a ser vislumbrada a partir da sala de aula com um planejamento concreto e preparado de acordo com a realidade dos detentos. 2 OBJETIVO GERAL

17 Compreender a importância de realizar atividades que auxiliem no processo de ressocialização e reinserção dos detentos na sociedade. 3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Compreender que os estudos são importantes na vida das pessoas, principalmente na questão de empregabilidade; Aprimorar a sensibilidade estética, a imaginação, a criatividade; Perceber a importância das ações no processo de ressocialização; Confeccionar cartas ou cartões com a temática sonho ; Reconhecer as contribuições da reflexão-ação-reflexão. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Primeiramente o Pedagogo solicitará aos detentos que fiquem sentados em forma de círculo explicitando que dessa maneira auxilia a visualização de todos. O Pedagogo fará a sua apresentação, falando seu nome e o que mais gosta na vida. Em seguida, solicitará para os detentos que se apresentem, aleatoriamente, utilizando a mesma forma que fez. Após a apresentação, o Pedagogo indagará aos detentos sobre a autora Clarice Lispector, contando a história da mesma e exibindo o vídeo disponível: https://www.youtube.com/watch?v=ohhp1l2evnu. Com a exibição do vídeo o Pedagogo proporá a leitura de uma obra da autora, junto com os detentos, realizando a leitura do poema O sonho de Clarice Lispector: Poema:"O Sonho" - Clarice Lispector Sonhe com aquilo que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam Para aqueles que buscam e tentam sempre.

18 E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passaram por suas vidas. Após a leitura, em grupo, o Pedagogo sugerirá um momento de reflexão e levantará o seguinte questionamento Qual é o seu sonho?. Diante disto o Pedagogo entregará uma folha em branco e solicitará que os detentos registrem seus sonhos, podendo fazer cartas, cartões, desenhos e outras formas que acharem adequadas. Após a atividade, o Pedagogo fará a seguinte pergunta: O seu sonho, pode ser realizado? De que forma? Deixar esse momento para expor quem realmente tenha vontade e interesse de explicitar, oralmente, seu sonho. Em seguida, o Pedagogo solicitará auxilio dos detentos para confeccionarem um mural, no corredor das salas, com os registros dos cartões, cartas, desenhos, preparados por eles. Ao retorno da exposição, os detentos e o Pedagogo conversarão sobre: Como foi realizar a atividade? Enquanto as pessoas forem falando, o Pedagogo fará as anotações mais significantes. 5 RECURSOS UTILIZADOS Folhas de papel sulfite; Canetinhas e lápis de cor variados; Papel cartaz. 6 AVALIAÇÃO Avaliação será realizada mediante o processo evolutivo das produções desenvolvidas durante a aula e as explanações. 7 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. BRASIL. Decreto nº 7.626, de 24 de novembro de 2011. Brasília: Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7626.htm. Acesso em 24 mar. 2016. FOUCAULT; M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Trad. VASSALO; L. M. P. Rio de Janeiro. 1984. Vozes.

19 FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. 9. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998