INFORMAÇÃO N.º 121 Período de 12 a 18 de abril de 2013 PRINCIPAL LEGISLAÇÃO DO PERÍODO PASSAPORTES EMPREGO 3I Portaria n.º 156/2013, 18 de abril de 2013 RESUMO: Primeira alteração ao Regulamento Específico Passaportes Emprego 3i, aprovado pela Portaria n.º 408/2012, de 14 de dezembro; PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL PARA O TURISMO Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2013, de 16 de abril de 2013 RESUMO: Aprova o Plano Estratégico Nacional para o desenvolvimento do turismo no período 2013-2015 e cria a Comissão de Orientação Estratégica para o Turismo; SOBRETAXA EM SEDE DE IRS NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES Resolução da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores n.º 7/2013/A, de 16 de abril de 2013 RESUMO: Recomenda ao Governo da República a aplicação da redução fiscal consagrada constitucional e legalmente à Região Autónoma dos Açores à sobretaxa em sede de IRS. JURISPRUDÊNCIA E DOUTRINA ADMINISTRATIVA
A FISCAL PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE FISCAL REEMBOLSO AO FORNECEDOR DO IMPOSTO PAGO, NO CASO DE NEGAÇÃO DO DIREITO À DEDUÇÃO OPOSTA AO DESTINATÁRIO DE UMA OPERAÇÃO ISENTA Diretiva 2006/112/CE do Conselho, de 28 de novembro de 2006, relativa ao sistema comum do imposto sobre o valor acrescentado Tribunal de Justiça da União Europeia Acórdão de 11 de abril de 2013 RESUMO: O princípio da neutralidade do IVA deve ser interpretado no sentido de que se opõe a que, com base numa disposição nacional, a administração fiscal negue ao fornecedor de uma prestação isenta o reembolso do IVA faturado por erro ao seu cliente, com o fundamento de que esse fornecedor não retificou a fatura erradamente emitida, quando a mesma administração negou, a título definitivo, ao cliente o direito de deduzir o referido imposto, resultando dessa recusa definitiva a não aplicabilidade do regime de retificação previsto na lei nacional. O princípio da neutralidade do IVA pode ser invocado por um sujeito passivo a fim de se opor a uma disposição do direito nacional que subordina o reembolso do IVA faturado por erro à retificação da fatura erradamente emitida, quando o direito de deduzir o referido imposto foi definitivamente negado, resultando dessa recusa definitiva a não aplicabilidade do regime de retificação previsto na lei nacional. DERRAMA E PREJUÍZOS FISCAIS Constituição da Republica Portuguesa e Código do IRC Tribunal Constitucional Acórdão n.º 197/2013 RESUMO: Não julga inconstitucional o artigo 14.º, n.º 1, da Lei das Finanças Locais, na parte em que aí se estabelece que, tendo a derrama municipal como base de incidência o lucro tributável, não é possível o reporte dos prejuízos fiscais. REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÃO DOS GRUPOS DE SOCIEDADES PROCESSO DE INSOLVÊNCIA - PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO Código do IRC e CIRE Informação Vinculativa, Proc. n.º 4209/2012 da Direção de Serviços de IRC RESUMO: A questão colocada é a de saber se sociedades que se encontrem em Processo Especial de Revitalização (PER) podem fazer parte de um grupo de sociedades tributado pelo Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS). Em face da questão colocada, a Autoridade Tributária esclareceu que a alínea b) do n.º 4 do artigo 69.º do Código do IRC tem, agora, o seguinte sentido: não podem fazer parte do grupo de sociedades tributado pelo RETGS, as sociedades que, no início ou durante a aplicação do regime, tenham sido objeto de instauração de processos no âmbito do CIRE em que haja sido proferida sentença de declaração de insolvência ou, no caso do PER, despacho de nomeação de administrador judicial provisório. PRÉMIOS DE CONCURSO Código do IVA Informação Vinculativa, Proc. n.º I301 2008169 RESUMO: A questão suscitada, coloca-se relativamente ao enquadramento em sede de IVA do prémio recebido por uma sociedade registada para efeitos fiscais na atividade de "Arquitetura, no âmbito de concurso público para a elaboração de projeto habitacional e tratamento paisagístico. A Autoridade Tributária esclarece que a atribuição de uma compensação monetária aos autores de projetos em concurso público, consubstancia o valor da contraprestação pela "transmissão do direito de autor e a autorização para utilização da obra intelectual, definidas no Código de Direito de Autor, quando efetuadas pelos próprios autores...", sendo, consequentemente, sujeita a IVA, embora dele isenta, nos termos do Código do IVA.
Porém, caso o prémio seja auferido no âmbito de um contrato de prestação de serviços que seja celebrado, deixará de ficar isento, para ser considerado uma contraprestação, enquadrada na prestação de serviços de arquitetura, sujeita e tributada em sede de IVA. ENTIDADES QUE NÃO EXERÇAM, A TÍTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE DE NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÍCOLA - OBRIGAÇÃO DO ENVIO DA DECLARAÇÃO PERIÓDICA DE RENDIMENTOS (MODELO 22) Código do IRC Ofício-Circulado n.º 20167/2013, de 12 de abril de 2013, da Direção de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas RESUMO: Com o intuito de auxiliar no cumprimento das obrigações declarativas das entidades que não exerçam, a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, na sequência da nova redação dada ao artigo 117.º do Código do IRC (redação da Lei n.º 20/2012, de 14 de maio), a Autoridade Tributária emitiu o presente Ofício-Circulado com instruções para o cumprimento de tais obrigações declarativas. EQUIPARAÇÃO DOS TALÕES DE PORTAGENS A FATURAS Código do IVA Ofício Circulado n.º 30144/2012, de 12 de Abril de 2013, da Direção de Serviços do IVA RESUMO: Pelo presente Ofício a Autoridade Tributária comunica que por Despacho do Senhor Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, de 28 de março de 2013 (Despacho n.º 138/2013-XIX), foi determinada a equiparação dos talões de portagens a faturas, para efeitos do Código do IVA. B CIVIL PROCESSO ESPECIAL DE REVITALIZAÇÃO CIRE Tribunal da Relação de Coimbra Acórdão de 12 de março de 2013 RESUMO: Ultrapassado o prazo previsto no CIRE para a conclusão das negociações (máximo de três meses), este é encerrado. Porém, quando ali seja apresentado pelo administrador judicial provisório parecer no sentido de ser decretada a insolvência do devedor, a mesma é imediatamente decretada pelo Juiz no próprio PER, que se converte em processo de insolvência, ficando os autos iniciais apensos a este.
C LABORAL IMPUGNAÇÃO DE DESPEDIMENTO COLETIVO Código do Trabalho Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 3 de abril de 2013 RESUMO: Transferido pela entidade empregadora o valor da compensação por despedimento coletivo para conta bancária de trabalhador abrangido pelo despedimento, presume-se a aceitação do despedimento se o trabalhador não praticar atos que revelem a intenção de não receber aquele quantitativo. Não tem a virtualidade de afastar a presunção decorrente daquele dispositivo a mera comunicação feita ao empregador, antes da transferência dos montantes da compensação em causa, da não aceitação do despedimento e da intenção de o impugnar, ainda que esta comunicação seja seguida da impugnação judicial efetiva do despedimento, pois deveria também ter providenciado pela devolução do quantitativo recebido. NOTÍCIAS DE INTERESSE GERAL O Conselho de Ministros: i) decidiu não aceitar qualquer proposta no âmbito do processo de reprivatização da Empresa Estaleiros Navais de Viana do Castelo, S.A., dando por sem efeito a operação em curso, por não estarem acautelados os interesses patrimoniais do Estado e a concretização dos objetivos subjacentes ao processo de alienação das ações da ENVC, S.A.; ii) aprovou uma proposta de lei que regula, para o ano de 2013, a forma como se vai processar o pagamento do subsídio reposto aos servidores públicos; iii) aprovou, no uso de uma autorização legislativa, o novo Regime Jurídico dos Organismos de Investimento
Coletivo (NRJOIC), transpondo quatro diretivas comunitárias, e procedendo à introdução de alterações ao Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e ao Código dos Valores Mobiliários. Relembramos os prazos para cumprimento das obrigações declarativas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares ( IRS ), e para pagamento de Imposto Municipal sobre Imóveis ( IMI ) e Imposto do Selo, constantes da nossa Informação n.º 119 (período de 29 de março a 4 de abril de 2013). Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) 21 195 22 39 marlabras@ajsa.pt O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respetivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.