Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre de 213 Elaboração: Vice-Presidência de Finanças VIFIN Diretoria Executiva de Finanças e Mercado de Capitais - DEFIN Superintendência Nacional de Planejamento Financeiro SUPLA 1
Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3º trimestre 213 Setor Externo Nos oito primeiros meses do ano, as exportações acumularam o total de US$ 156,7 bilhões, apresentando retração de 1,3% sobre igual período de 212, pela média diária. As importações totalizaram US$ 16,5 bilhões de janeiro a agosto de 213, valor recorde nesta base de comparação e aumento de 1,1% sobre igual período do ano anterior. Exportação e Importação 27 24 21 18 1 12 9 6 3 ago/7 dez/7 abr/8 dez/8 abr/9 Fonte: Bacen Exportação, Importação e Balança Comercial Acumulado em 12 meses em US$ Bilhões dez/9 abr/1 ago/1 dez/1 abr/11 Saldo Exportação Importação 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Saldo O saldo do balanço de pagamentos (BP) vem apresentando trajetória de queda desde meados de 211. No acumulado em doze meses terminados em agosto, o saldo do BP ficou negativo em US$ 443 milhões. 9 Resultado do Balanço de Pagamentos (Acumulado em 12 meses em US$ bilhões) 8 7 6 4 3 2 1-1 nov/8 fev/9 mai/9 nov/9 fev/1 mai/1 ago/1 nov/1 fev/11 mai/11 nov/11 fev/12 mai/12 nov/12 fev/13 mai/13 -,4 Fonte: Bacen 2
As reservas internacionais totalizaram US$ 372,8 bilhões em agosto, no conceito de liquidez. Em relação ao câmbio, após um período de trajetória de alta do dólar ante o real, assim como em relação à outras moedas de países emergentes, a cotação passou a apresentar comportamento de queda. Contribuiu para esse movimento a estratégia do Banco Central do Brasil em realizar leilões diários para injetar liquidez no mercado, evitando grandes volatilidades. 2, Taxa de Câmbio Dolár Americano Venda (R$/US$) 4 Reservas Internacionais Conceito Liquidez - Total 2,45 2,4 3 2,35 2,3 2,25 2,2 2,15 2,1 US$ Bilhões 3 2 2 2,5 2, 1 1,95 1,9 1 1,85 16/7/12 31/7/12 15/8/12 3/8/12 14/9/12 29/9/12 14/1/12 29/1/12 13/11/12 28/11/12 13/12/12 28/12/12 12/1/13 27/1/13 11/2/13 26/2/13 13/3/13 28/3/13 12/4/13 27/4/13 12/5/13 27/5/13 11/6/13 26/6/13 11/7/13 26/7/13 1/8/13 25/8/13 9/9/13 24/9/13 Fonte: Bacen dez/8 abr/9 dez/9 abr/1 ago/1 dez/1 Fonte: Bacen abr/11 Atividade Econômica De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre de 213 cresceu 1,5% na comparação com o trimestre anterior, o resultado foi uma surpresa para muitos economistas, uma vez que superou as expectativas. Produto Interno Bruto (Var % T/T-1) 21 T3 21 T4 211 T1 1,47% 211 T2 211 T3 211 T4 212 T1,97% 1,4%,83%,39% -,6%,22%,18%,1%,37%,77%,63% 212 T2 212 T3 212 T4 213 T1 213 T2 Fonte: IBGE 3
Mercado de Trabalho Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de agosto indicou taxa de desemprego de 5,3% para as seis regiões metropolitanas analisadas, valor,3 p.p. abaixo da taxa de julho, mas igual ao mesmo período do ano de 212, o que fez com que o desemprego médio do ano caísse de 5,7% para 5,6%. 1,% Taxa de Desemprego (Em %) 9,% 8,% 7,% 6,% 5,% 4,% 3,% Média 29 8,1% Média 21 6,7% Média 211 6,% Média 212 5,5% Média 213 5,6% Inflação O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulou alta de 6,9% em doze meses, no mês de agosto de 213, frente alta de 5,24% em agosto de 212. Os índices de preços ao consumidor foram beneficiados, principalmente, pelo efeito da revogação das tarifas de ônibus urbano, enquanto os índices gerais foram impactados pela desvalorização cambial. Na variação acumulada em doze meses, o índice de inflação oficial passou a desacelerar. IPCA (variação acumulada em 12 meses) set/11 out/11 nov/11 jan/12 fev/12 mar/12 mai/12 jun/12 jul/12 set/12 out/12 nov/12 jan/13 fev/13 mar/13 mai/13 jun/13 jul/13 7,23% 7,31% 6,97% 6,64% 6,% 6,22% 5,85% 5,24% 5,1% 4,99% 4,92% 5,2% 5,24% 5,28% 5,45% 5,53% 5,84% 6,15% 6,31% 6,59% 6,49% 6,% 6,7% 6,27% 6,9% jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 29 21 211 212 213 Fonte: IBGE 4
Política Monetária Na reunião de julho de 213, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter o ritmo de ajuste das condições monetárias, elevando a taxa Selic em, ponto percentual, para 8,5% ao ano. Alguns dos elementos desfavoráveis para o cenário de inflação destacados pelo Comitê foram a desvalorização do câmbio e a elevada volatilidade nos mercados internacionais diante da possibilidade de mudança na política monetária dos Estados Unidos. Entretanto, o Copom ponderou que os efeitos secundários da depreciação cambial, devem ser combatidos pela correta condução da política monetária. Em agosto, o Copom realizou um ajuste de, ponto percentual na taxa básica de juros, elevando-a ao patamar de 9,% ao ano. Embora o comitê tenha mantido sua avaliação sobre um cenário internacional ainda desinflacionário, ele destacou que o ritmo de atividade nas economias emergentes tem frustrado às expectativas. Outros elementos destacados pelo Copom foram a elevação no preço do barril de petróleo tipo Brent e o aumento na cotação das commodities metálicas. Do mesmo modo, na reunião de outubro, o Copom decidiu manter o ritmo de ajuste tendo em vista que os principais elementos destacados pelo comitê nas últimas reuniões ainda não saíram de cena. Assim, a taxa Selic foi elevada para 9,% ao ano. Cenário do Setor automobilístico no Brasil Fonte: Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores 5