Sensibilização de Stakeholders. Proposta de Integração entre o Licenciamento Ambiental e o Engajamento e Sensibilização de Partes Interessadas

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Transcrição:

Sensibilização de Stakeholders Proposta de Integração entre o Licenciamento Ambiental e o Engajamento e Sensibilização de Partes Interessadas

Definições Licenciamento Ambiental, processo de concordância do Poder Público com as obras ou atividades condicionadas à aprovação do Estado (Trennepohl, et al, 2013) Parte Interessada, qualquer grupo ou indivíduo que possa afetar ou ser afetado pelas atividades, produtos ou serviços da organização e seu desempenho (AA1000 Stakeholders Engagement Standard) Licenciamento - Processo dinâmico e com características específicas, planejado à obtenção das Licenças Ambientais Escala Global Escala Local Licenciamento Ambiental Decisões Estratégicas Potenciais Riscos Técnicos Não técnicos Eliminar/reduzir Potencialmente

Licenciamento Ambiental, é a primeira oportunidade para entender como as Partes Interessadas enxergam o projeto, os riscos, impactos e oportunidades Ouvir as preocupações e a opinião das Partes Interessadas auxilia na identificação e controle dos riscos externos e é base para colaboração e parcerias futuras Essa relação, portanto, nasce junto com a concepção do projeto e vai ampliandose ao longo do tempo, sendo assim, necessário que seja conduzida de forma sistematizada O engajamento e a sensibilização das Partes Interessadas é um processo paralelo e complementar ao processo de Licenciamento Ambiental, não apenas para subsidiar a elaboração dos Estudos Ambientais, mas estabelecer as condições de diálogo e relacionamento constante com a comunidade diretamente afetada, o que será estendido às demais Partes Interessadas ao longo da vida útil do projeto

O arcabouço jurídico imprimiu à sociedade posição determinante à realização de obras e atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente O Art. 5 º, inciso 69 da CF... qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise anular ato lesivo do patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência Licenciamento Ambiental como instrumento da PNMA co-dirigido por diversos segmentos organizados da sociedade que contribuem para orientar a ocupação dos espaços territoriais e a exploração e uso racional dos recursos naturais Participação pública prevista, principalmente na CONAMA 09/87 que dispõe sobre a realização das AUDIÊNCIAS PÚBLICAS no processo de licenciamento ambiental APs como ajustes e expressões para balizamento e legitimação da sociedade

Principais Marcos Licenciamento Ambiental Setor Elétrico Década de 80 Década de 90 Década de 2000 Década de 2010 / atual Resolução CONAMA 01/86 EIA / RIMA e Alternativas Locacionais e Resolução CONAMA 09/87 Resolução CONAMA 237/97 Licença Prévia, Licença de Instalação e Licença de Operação Lei 9.985/2000 SNUC; Instrução Normativa 184/2008 Anuência dos Órgãos Intervenientes (Órgãos estaduais de Meio Ambiente, ICMBio, IPHAN, FUNAI, INCRA, FCP e MS Portaria MMA 421/2011 novas regras ao licenciamento ambiental do setor elétrico; Portaria Interministerial 60/15 MEDIDAS DE CONTROLE, MITIGAÇÃO E DEFINIÇÃO DE PRAZOS PARA MANIFESTAÇÃO

MANUTENÇÃO DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO Licenciamento Ambiental Estudo Pré-viabilidade Definição do escopo do Estudo Diagnósticos (Meio Socioeconômico) Avaliação de Impactos Preposição de Medidas de Gestão Audiência Pública Análise / Emissão da LP Plano de Gestão para LI Instalação Operação Partes Interessadas Levantamento de dados secundários Consulta ás Partes Interessadas Mapeamento preliminar das PIs Consulta aprofundada com as PIs Avaliação dos resultados e propor ações Detalhamentos Plano Relacionamento e Comunicação Implementação dos Planos e Programas Manutenção dos Planos e Programas, diálogo constante e decisões

Mapeamento e Análise de Partes Interessadas Objetivos Identificar as Partes Interessadas com autoridade, interesse e/ou influência sobre o empreendimento Conhecer as percepções e interesses das Partes Interessadas quanto ao empreendimento Identificar posicionamento das Partes Interessadas em relação ao empreendimento Identificar potenciais riscos e oportunidades relacionados ao processo de Licenciamento Ambiental do empreendimento Identificar os temas de interesse e questionamentos que podem ser levantados na Audiência Pública Oferecer elementos para elaboração de um Plano de Comunicação e Relacionamento com Partes Interessadas para o empreendimento

Mapeamento e Análise de Partes Interessadas 1 - Identificar as Partes Interessadas Fontes de dados secundários e pesquisas Mapeamento considerando as Áreas de Influência definidas Contatos com diferentes áreas da empresa para coleta de informações acerca do projeto e suporte na definição das partes interessadas Busca por informações com outras entidades e instituições/empresas que tenham atuado ou atuem na região

Mapeamento e Análise de Partes Interessadas 2 - Classificar as Partes Interessadas em grupos ou categorias Acionista Investidor Clientes Concorrentes Empresas Fornecedores Público Interno Comunidade Mídia Grupo ou organização religiosa Instituição de ensino Organização da sociedade civil Povos indígenas Quilombolas Poder executivo, legislativo e judiciário

Mapeamento e Análise de Partes Interessadas 3 - Elaborar matriz de identificação de Partes Interessadas Nome Relevância Ocupação / Atividade Organização / Função Grupo de Interesse Contatos Questões e Dúvidas Percepção sobre o projeto Quem influencia / quem o influencia Força Plano de Ação / Responsabilidade

Consulta as Partes Interessadas Como o processo de consulta pode ser Direcionado àqueles que serão potencialmente afetados pelo projeto Iniciado no começo do licenciamento visando determinar a abrangência das questões-chave, influencias às decisões sobre o empreendimento Realizado com conteúdo e formato apropriado às Partes Interessadas Dialógico, ambos os lados devem ter a oportunidade de partilhar seus pontos de vista e informações sobre as questões abordadas Inclusivo, considerando os diferentes pontos de vista e necessidades Adaptável, para diferentes percepções e reflexões Documentado, para a manutenção das informações e questões levantadas Contínuo durante o ciclo do projeto a medida da necessidade do mesmo

Consulta as Partes Interessadas 1 - Selecionar as Partes Interessadas que serão consultadas Para a seleção das Partes Interessadas, sugere-se a definição dos seguintes critérios: Partes interessadas com alto grau de influência e interesse, previamente conhecidos Partes interessadas que já se manifestaram publicamente a favor ou contra o empreendimento Partes interessadas com autoridade em relação ao processo de licenciamento Partes interessadas mais representativas de cada categoria

Consulta as Partes Interessadas 2 - Planejar as consultas a) Definir a técnica de consulta, ex. entrevistas, grupos focais b) O protocolo de entrevistas Dados do entrevistado Dados sobre a organização que o entrevistado representa Rede de relações e parcerias Conhecimento sobre o projeto e a empresa Pontos positivos e negativos da região/ local Pontos positivos e negativos sobre o empreendimento na região / local Posicionamento em relação ao empreendimento Contatos com a empresa Sugestões ou dúvidas sobre o empreendimento

Consulta as Partes Interessadas 3 Realizar as consultas Agendar as consultas previamente ao campo, por meio de telefone, carta ou e-mail Realizar as entrevistas e grupos focais em campo conforme agenda previamente estabelecida Anotar as respostas e considerações no protocolo 4 Transcrever as consultas Transcrever as consultas para a realização da análise dos dados e garantir rastreabilidade

Consulta as Partes Interessadas 5 Analisar os dados das consultas Os dados obtidos devem ser analisados de forma a permitir a classificação das Partes Interessadas quanto ao seu grau de influência, autoridade e interesse com relação ao empreendimento, assim como seu posicionamento O conhecimento quanto ao grau de influência auxilia na identificação daquelas Partes Interessadas que possuem alto grau de relacionamento com outros atores e capacidade de gerar mobilização. Podem ser favoráveis mas também, podem ser opositores e influenciar negativamente outras Partes Interessadas

Consulta as Partes Interessadas a) Classificar as Partes Interessadas Posicionamento: posicionamento podendo ser favorável, neutro ou desfavorável Interesse: grau de interesse sobre determinado tema ou questão e como afeta o processo de tomada de decisão alto, médio ou baixo Influência: grau de relacionamento com outros atores e a capacidade de gerar mobilização alto, médio ou baixo Autoridade: capacidade efetiva de interferir positiva ou negativamente no projeto / empreendimento

Consulta as Partes Interessadas b) Realizar a análise dos dados Perfil das associações Rede de relações: identificar as parcerias existentes Entendimento da realidade local: analisar características locais, principais problemas e oportunidades da região Visão de desenvolvimento da região: qual a expectativa em relação ao futuro para a região, os temas mais citados Visão sobre empreendimento (positivas e negativas): realizar análise e agrupamentos em torno dos principais temas Perfil de posicionamento, interesse, influência e autoridade Trabalhar essas questões nos Estudos Ambientais e no Plano de Comunicação e Relacionamento c) Elaborar relatório com dados da análise, riscos, oportunidades e considerações gerais, que permitirão identificar os riscos e oportunidades

Consulta as Partes Interessadas 6 Planejar ações para feedback às Partes Interessadas Retorno às Partes Interessadas para informá-las sobre o resultado e os próximos passos. Não podem sentir-se isoladas. O retorno ou feedback é sustentado no diálogo e fundamental ao bom relacionamento. Fornecer feedback de forma estruturada auxilia no monitoramento Carta individual Grupo Focal Reunião de trabalho e outros métodos participativos Reuniões Participação em eventos existentes (fóruns comunitários) Sumários dos Estudos de Impacto Ambiental (ex. RIMA) Website do projeto Centros de Informação

Comunicação e Relacionamento Objetivos Apoiar o empreendimento na criação de um processo de comunicação permanente (mão-dupla) com as suas Partes Interessadas, com a troca de informação e o diálogo aberto Auxiliar o empreendimento nas propostas de implementação de medidas de gestão dos impactos sociais e ambientais Ter acesso a perguntas, críticas ou sugestões que do contrário só seriam conhecidas durante as reuniões ou processos de consulta pública Monitorar/acompanhar as Partes Interessadas em relação ao seu grau de interesse, influência, autoridade e posicionamento Diminuir os riscos associados ao processo de Licenciamento

Comunicação e Relacionamento 1 - Definir objetivos do Plano de Comunicação e Relacionamento para o empreendimento Com base nos objetivos gerais, deverão ser definidos objetivos específicos para cada empreendimento para que o Plano de Comunicação e Relacionamento seja preciso e efetivo 2 - Definir as estratégias de engajamento a serem adotadas com base nos resultados da análise de Partes Interessadas e nos objetivos estabelecidos A escolha das estratégias e táticas do Plano de Comunicação e Relacionamento deve ser desenvolvida e mantida durante todo o ciclo de vida do projeto Identificar Partes Interessadas prioritárias para comunicação e engajamento para viabilizar a construção de um plano adequado às suas questões e expectativas, considerando pontos comuns de interesse ou categorias, uma vez que questões e expectativas podem ser divergentes

Comunicação e Relacionamento Categorias de Engajamento Monitorar: acompanhar eventos e discussões, manter-se presente Informar: folhetos, vídeos, canal de comunicação, clipping Consultar: entrevistas de grupo/individuais, pesquisas, discussões regulares Desenvolver Parcerias: parceiros para desenvolvimento de projetos, ex: capacitação de mão-de-obra Capacitar: treinamentos técnicos e oficinas de capacitação Investimentos Sociais: mapear projetos e oportunidades de investimentos sociais definição de critérios de investimento Empoderar: auxiliar na implementação de ações e programas articulados e que representem expectativas e necessidades locais

Comunicação e Relacionamento 3 - Elaborar o Plano de Comunicação e Relacionamento Objetivos e Metas Partes Interessadas envolvidas Responsáveis pela execução das ações Prazo ou periodicidade Conter postura pró-ativa em relação às Partes Interessadas Visão comum das PIs internas sobre o empreendimento e seus impactos Diálogo permanente, criação e manutenção de canais de comunicação com as PIs Abertura e transparência de informações existentes sobre o empreendimento Visão de longo prazo na relação com as Partes Interessadas Respeito às tradições locais, adequação cultural

Comunicação e Relacionamento 4 - Implementar o Plano de Comunicação e Relacionamento Deve ser feita de modo transversal e integrado, envolvendo as diversas áreas da empresa e outras empresas, caso estejam operando na mesma região O Plano deve ser implementado ao longo do processo de obtenção das Licenças, de forma a colaborar na definição das medidas de gestão e compensatórias em cada etapa As mensagens, independentes dos veículos de comunicação utilizados, devem tratar de temas recorrentes no processo de Licenciamento Ao longo do licenciamento, deve ser dada continuidade ao processo de informação do empreendimento permitindo que as Partes Interessadas: Esclareçam dúvidas e expressem suas expectativas Desmitifiquem possíveis relações com outros projetos existentes na região Desenvolvam censo crítico e tenham capacidade de discutir o empreendimento e se posicionar em relação a ele

5 - Reuniões Prévias Comunicação e Relacionamento Realizadas antes da Audiência Pública, direcionadas às Partes Interessadas. Objetivos: Apresentar o empreendimento e os resultados dos estudos ambientais Esclarecer as possíveis dúvidas e estreitar a relação entre as partes Diferente da Audiência Pública, não existe requisito legal que obrigue a realização de reuniões prévias, sua realização é vinculada às boas práticas da empresa Oportunidade para antecipar questionamentos que poderão surgir na Audiência Pública, além de expectativas, percepções e interesses (riscos e oportunidades) Preferencialmente as atividades devem ocorrer no local onde estão inseridos os públicos alvo

Comunicação e Relacionamento 6 Implementar Canal de Comunicação Objetivo Esclarecer dúvidas, tomar conhecimento das demandas e dar acesso às informações sobre o projeto, além de receber reclamações, críticas, sugestões e elogios Todas as queixas, dúvidas e críticas devem ser tratadas adequadamente, e que o autor receba retorno e esclarecimentos sobre a mesma. Deve ser planejado e implementado de acordo com as características do projeto, culturalmente acessível a todos e disponibilizado sem custos. Deve viabilizar a resolução de questões por meio de um processo transparente e de fácil compreensão e acesso Ser estendido até o fim da sua vida útil

Comunicação e Relacionamento Fluxo de atividades do Canal de Comunicação Definir e divulgar os canais de comunicação Definir as responsabilidades para recebimento, encaminhamento, análise e resposta às queixas recebidas Definir o tempo de análise e resposta, assim como o mecanismo a ser utilizado para responder as demandas recebidas Registrar todas as queixas e reclamações (verbais ou escritas), incluindo distúrbios à comunidade, saúde e segurança, entre outros Responder todas as queixas recebidas Consolidar as informações geradas pelo mecanismo para análise e retroalimentação do processo, para servir de subsídio para reuniões e fóruns de apresentação e discussão do empreendimento

Comunicação e Relacionamento 7 Monitorar o Plano de Comunicação e Relacionamento a) Registro de comunicação e relacionamento É necessário o registro do histórico de comunicação e relacionamento em documento específico b) Definir indicadores Os indicadores propostos devem medir a eficácia do Plano de Comunicação e Relacionamento Devem ser estabelecidos indicadores de implementação e progresso (medir se as ações foram executadas) e indicadores de eficácia das ações (medir objetivos e metas) A base de dados deve ser mantida atualizada com as matrizes de Partes Interessadas e com o histórico de comunicação realizada É importante registrar as lições aprendidas e as boas práticas adotadas, de forma a melhorar continuamente o processo de comunicação e relacionamento com Partes Interessadas

OBRIGADO Udo Gebrath udo.gebrath@sterlite.com