EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO. R3 Humberto Brito



Documentos relacionados
ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP

Câncer de Próstata. Estimativa de novos casos: (2010) Número de mortes: (2008)

TUMORES DE GLÂNDULAS SALIVARES

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

A situação do câncer no Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Saúde Bucal no Programa de Saúde da Família De Nova Olímpia - MT. Importância da Campanha de. Nova Olímpia MT.

Residente Anike Brilhante Serviço de Cirurgia Geral Hospital Federal Cardoso Fontes Chefe do Serviço: Antônio Marcílio

CANCER INCIDENCE IN THE MINAS GERAIS STATE WITH EMPHASIS IN THE REGION OF POÇOS DE CALDAS PLATEAU

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

Registro Hospitalar de Câncer de São Paulo:

TUMORES DA FARINGE SERVIÇO DE CABEÇA E PESCOÇO HUWC

ESTUDO DA PREVALÊNCIA DO CÂNCER BUCAL NO HC DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, ATRAVÉS DO CID 10

HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA

4. Câncer no Estado do Paraná

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES DA BOCA E OROFARINGE CONFORME A DESCRIÇÃO ANATÔMICA REGISTRO HOSPITALAR DE CÂNCER DO HOSPITAL ERASTO GAERTNER


A situação do câncer no Brasil 1

Câncer de cabeça e pescoço

CÂNCER DE BOCA. Disciplina: Proteção Radiológica. Docente: Karla Alves Discentes: André Luiz Silva de Jesus Paloma Oliveira Carvalho

ESTUDO DO PADRÃO DE PROLIFERAÇÃO CELULAR ENTRE OS CARCINOMAS ESPINOCELULAR E VERRUCOSO DE BOCA: UTILIZANDO COMO PARÂMETROS A

A Enfermagem no Atendimento das Feridas Oncológicas.

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS NEOPLASIAS

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

INSTRUÇÕES PARA O CANDIDATO:

INSTRUÇÕES PARA O CANDIDATO:

Atlas de Mortalidade por Câncer em Alagoas 1996 a 2013

HUCFF-UFRJUFRJ ANM/2010

Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo Departamento de Cirurgia Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

DIAGNÓSTICO MÉDICO DADOS EPIDEMIOLÓGICOS FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO 01/05/2015

ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA

Um novo tipo de câncer

O que é câncer de estômago?

MORBIDADE E MORTALIDADE POR NEOPLASIAS NO ESTADO DE PERNAMBUCO


c Taxas por milhão, ajustadas pela população padrão mundial, Câncer na Criança e no Adolescente no Brasil

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS NEOPLASIAS

Tipos de Câncer. Saber identifi car sinais é essencial.

Incidência das doenças oncohematológicas. destaque para os dados do Registro de Câncer de Base Populacional de São Paulo (RCBP-SP)

TUMORES OSSEOS EM CABEÇA E PESCOÇO

Risco de Morrer em 2012

Estimativa Incidência de Câncer no Brasil

Vacinação contra o HPV

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

COMPARAÇÃO DAS ESTIMATIVAS DE CÂNCER SNC NAS REGIÕES DO BRASIL. Av. Prof. Luís Freire, 1000, Recife/PE, , 2

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

CARACTERÍSTICAS E PREVALÊNCIA DO CÂNCER DE PÊNIS.

PALAVRAS-CHAVE Projetos de pesquisa. Patologia. Epidemiologia. Trato gastrointestinal.

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Sarah Barros Leal Radioterapeuta

Câncer no Brasil - Dados dos Registros de Base Populacional Volume IV. Novembro/2010

RADIAÇÃO ULTRAVIOLETA E CÂNCER DE PELE

Head and neck cancer accounts for nearly new

LEVANTAMENTO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO DE NEOPLASIA MAMÁRIA EM MULHERES INDÍGENAS.

CÂNCER GÁSTRICO NO RIO GRANDE DO SUL: DESAFIOS PARA PROMOVER SAÚDE E REDUZIR ÓBITOS¹ RESUMO

118 Paraíba. De todas as doenças que atingiram. Uma das Maiores Prevalências de Câncer Bucal da Federação Brasileira

Trocando Idéias XVII 29 de agosto de 2012

PALAVRAS-CHAVE Sintoma. Neoplasias do Colo. Enfermagem. Introdução

Hermann Blumenau- Complexo Educacional Curso Técnico em Saúde Bucal. Patologia Bucal. Prof. Patrícia Cé

Estamos prontos para guiar o tratamento com base no status do HPV?

Política Nacional de Atenção Oncológica Claudio Pompeiano Noronha

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, TRATAMENTO E SOBREVIDA DE PACIENTES COM CÂNCER BUCAL EM TAUBATÉ E REGIÃO

Melhorar sua vida, nosso compromisso Redução da Espera: tratar câncer em 60 dias é obrigatório

INTRODUÇÃO (WHO, 2007)

O que é câncer de mama?

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

Vigilância do câncer no Canadá

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

FARINGE. Rinofaringe. Orofaringe. Hipofaringe. Esôfago. Laringe. Traquéia

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

FATORES ASSOCIADOS AO CARCINOMA ESCAMOCELULAR. Thiago de Souza Brandão Santos¹ ; Maria Emilia Santos Pereira Ramos¹

Qual é a função dos pulmões?

Assunto: Atendimento a pacientes corn Neoplastia Maligna pelo SUS.

Descobrindo o valor da

TUMOR DE HIPOFARINGE. Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço HUWC. Mário Sérgio R. Macêdo

Causas de morte 2013

Apudoma TABELAS DE PROCEDIMENTOS POR NEOPLASIA E LOCALIZAÇÃO. PROCED. DESCRIÇÃO QT CID At. Prof. Vr. TOTAL

Prevenção em dobro. Eixo de Prevenção do Câncer ganha segunda Unidade Móvel CAPA

AVALIAÇÃO DO CONSUMO DE COMPOSTOS FITOQUÍMICOS EM PACIENTES SUBMETIDOS À TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO (2011) 1

Metástase Cutânea de Carcinoma de Células Claras Renais: Relato de Caso Aichinger, L.A. 1, Kool, R. 1, Mauro, F.H.O. 1, Preti, V.

3º BIMESTRE 1ª Avaliação Área de Ciências da Natureza Aula 125 Revisão e avaliação de Ciências da Natureza

Papilomavírus Humano HPV

Registo Oncológico Nacional 2008

TEXTO 2 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DO CÂNCER DE MAMA. Tânia Aparecida Correia Furquim 1

Qual é o papel da ressecção ou da radiocirurgia em pacientes com múltiplas metástases? Janio Nogueira

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Carcinoma espinocelular bucal de grande extensão protocolo diagnóstico. Oral squamous cell carcinoma of great extent - protocol diagnosis

29/10/09. E4- Radiologia do abdome

E R R E C B N Â C SOR FALAS O VAM

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

20 e 21 de outubro de 2005 Gulnar Azevedo S. Mendonça. Coordenação de Prevenção e Vigilância

RLN (regional lymphnode linfonodo regional) 53-74%(tamanho não esta alterado). Pacientes com Mandubulectomia e Maxilectomia o MST é acima de um ano.

Transcrição:

EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS DA CABEÇA E DO PESCOÇO R3 Humberto Brito

DEFINIÇÃO Epidemiologia: (epi=sobre; demos=população; logos=estudo) é uma ciência que estuda quantitativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas 1 Estudo das inter-relações dos vários determinantes da freqüência e distribuição de doenças em um conjunto populacional 2 1-Wikipédia; 2- Dicionário Aurélio, 2004

INTRODUÇÃO O câncer de cabeça e pescoço é responsável por uma incidência de 900.000 casos novos por ano no mundo 3 Sexta causa de morte por câncer em todo o mundo 4, No Brasil não se tem uma incidência definida geral dos cânceres da cabeça e do pescoço Na Europa, 98% dos pacientes têm idade superior a 40 anos de idade 4 3 Silveira, A. L. et al,2012; 4 Ruiz, M. T. et al 2006

INTRODUÇÃO O tipo histológico mais freqüente é o carcinoma espinocelular, presente em mais de 90% dos casos 5 O tabagismo e o álcool - principais fatores etiológicos 4 Cerca de 40% dos cânceres de cabeça e pescoço ocorrem na cavidade oral, 15% na faringe, 25% na laringe e o restante nos demais sítios remanescentes (glândulas salivares, tireóide) 4 4 Ruiz, M. T. et al 2006; 5 - Dedivitis RA, et al, 2004;

FATORES CONDICIONANTES GERAIS Gênero: masculino (cavidade oral, faringe e laringe) feminino (tireóide) Idade > 45 anos Raça (Branca) Tabagismo Etilismo 4 Ruiz, M. T. et al 2006

FATORES CONDICIONANTES GERAIS Higiene oral e estado nutricional Exposição Solar Infecção por vírus (HPV, EBV, HIV) Predisposição genética (CA tireóide) Hábito alimentar (Temperatura ) Trauma crônico (Prótese mal adaptada) 4 Ruiz, M. T. et al 2006

ESTIMATIVA INCA BRASIL 2012/2013 518.510 casos novos de câncer ao ano (incluindo os CPNM), 385 mil sem os mesmos, 257.870 casos novos ao ano para o sexo masculino e 260.640 para o sexo feminino Foram selecionadas 18 localizações, que atendem não somente à magnitude da doença como também ao seu impacto sobre determinados segmentos da população. 6 localizações contemplam tumores primários da cabeça e do pescoço, com possibilidade de tratamento cirúrgico (CPNM, melanoma, tumores de tireóide, laringe, cavidade oral e esôfago) 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012

ESTIMATIVA GERAL BRASIL - 2012 Os 10 cânceres mais incidentes em 2012 (exceto CPNM) localização n % Próstata 60180 31 Vv aéreas inf 17.210 8,8 Cólon/reto 14180 7,3 Estomago 12670 6,5 Cav. oral 9990 5,1 Esôfago 7770 4,0 Bexiga 6210 3,2 Laringe 6110 3,1 Lf. não Hod 5190 2,7 SNC 4820 2,5 localização n % Mama fem. 52680 27,9 Colo útero 17540 9,3 Cólon/reto 15960 8,4 Gl tireóide 10590 5.6 Vv aéreas inf 10110 5,3 Estômago 7420 3,9 Ovário 6190 3,3 Útero (corpo) 4520 2,4 SNC 4450 2,4 Lf. Não Hod 4450 2,4 INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012

DISTRIBUIÇÃO CABEÇA E PESCOÇO- CEARÁ Cânceres de cabeça e pescoço mais incidentes em 2012 (exceto CPNM) localização estado fortaleza Cav. oral 260 90 Laringe 220 90 esôfago 240 70 localização estado fortaleza Gl tireóide 410 140 INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012

EPIDEMIOLOGIA Dos diversos cânceres de cabeça e pescoço Cavidade oral Lábio Faringe Laringe Seios da face Glândulas salivares Esôfago Glândula Tireóide CPNM Melanoma Tireóide

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER CAVIDADE ORAL

EPIDEMIOLOGIA CAVIDADE ORAL 264.000 casos novos no mundo e 128 mil óbitos para o ano de 2008 6 Maiores incidências em populações da Melanésia, Centro e Sul Asiático, Europa Oriental e Central, África e América Central 6 14.170 casos para o Brasil em 2012 6 Prevalência entre os gêneros (M:F = 2,4:1) 6 Faixa etária 40-70 anos (80% dos casos) 7 95% são CECs 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012; 7 Carvalho, M.B., 2001

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER CAVIDADE ORAL Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são o tabagismo, o etilismo e as infecções pelo HPV 6 Também constituem fatores condicionantes 4 : Higiene oral e estado nutricional Trauma crônico (Prótese mal adaptada) Imunodepressão 4 Ruiz, M. T. et al 2006; 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE LÁBIO

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE LÁBIO Local mais prevalente: Austrália 7,7/100.000 hab 8 Correspondem a 15% das neoplasias da cabeça e pescoço, e 25% de todos os tumores da cavidade oral 9 Acometem o lábio inferior em 90% dos casos 9 Prevalência entre gêneros (M:F = 5:1) 9 Os principais fatores de risco para o câncer da cavidade oral são a raça branca, a exposição solar e o tabagismo 6 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012; 8 - McCombe D et al, 2000; 9 Antunes, A.A., & Antunes AP, 2004

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE FARINGE

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE FARINGE 5 a 10% das neoplasias das vias aerodigestivas superiores 10 são predominantes em homens na quinta década de vida 11 CEC em 95% dos casos 11 Principais fatores de risco : álcool e fumo e a associação deles 11 Também é fator de risco a Síndrome de Plummer Vinson (mulheres) 12 10-Costa, C.C., 2003; 11 - Berto et al, 2006; 12 - Kowalski, L.P., 2005

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE LARINGE

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE LARINGE No mundo é o segundo câncer do aparelho respiratório, sendo o mais comum entre os diversos tipos de câncer da cabeça e do pescoço (2% do total das neoplasias malignas) 6. Incidência Brasil 2012: 6.110 casos novos de câncer da laringe, (6 casos / 100 mil homens) Magnitude em mulheres é muito pequena 6 O CEC predomina em 90% dos casos 6 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012;

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE LARINGE Principais Fatores de Risco: Fumo e álcool 6 Outros fatores relacionados 6 : Histórico familiar Má alimentação Baixo nível socioeconômico Inflamação crônica (DRGE) HPV Exposição a produtos químicos, pó de madeira, fuligem ou poeira de carvão e vapores da tinta 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012;

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE SEIOS DA FACE

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE SEIOS DA FACE O seio mais acometido é o Seio Maxilar (80%) 13 seguemse: Etmóide > Cavidade nasal > Seio esfenóide > Frontal São raros: 0,2-0,8% das neoplasias, 3% dos carcinomas de cabeça e pescoço 13 Acometem mais os homens CEC é o mais comum 80% 13 - Souza, R.P, 2006

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE SEIOS DA FACE Outros tumores malignos: carcinoma adenóide cístico, adenocarcinoma, linfoma, melanoma mucoso, condrossarcoma, hemangiopericitoma, neuroblastoma olfatório, carcinoma indiferenciado, papiloma invertido e metástases 14 Fatores de Risco: - Trabalho com poeiras industriais - Irritação crônica das mucosas (Sinusite) 14 - Dealle, J.J, 2005

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER GL. SALIVARES

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER GL. SALIVARES Incidência global anual 1 caso/100.000 hab 15 3% dos tumores malignos de cabeça e pescoço 15 Mais frequente após os 50 anos 16 Maior prevalência em homens 1,2:1 16 O mais comum da glândula Parótida é o Carcinoma Mucoepidermóide. O Carcinoma Adenóide Cístico é o mais freqüente da glândula Submandibular e das glândulas salivares menores 17 15 - Auclair P.L., 1996; 16-Fitzpatrick, P.J.; Black, K.M., 1985; 17 INCA, 2002

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER GL. SALIVARES Malignidade em: -25% dos tumores da parótida, - 50% dos tumores da submandibular, - 81% dos tumores das salivares menores 17 e - 90% das sublinguais 18 Fatores de risco: -Irradiação prévia, -Neoplasias cutâneas prévias 19, 18- Önerci, T.M., 2010; 19 - Spitz, M.R., 2006

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO 1% de todos os cânceres no mundo 20 : 9 mais incidente 450 mil pessoas no mundo a cada ano Gênero M:F - CEC 3:1 - Adenocarcinoma 15:1 Faixa etária: > 60 anos Maior incidência (CEC): China, Irã, África do Sul, Rússia, Cingapura 20 - Arasaki, C.H., 2006

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO No Brasil 6 : Oitavo mais incidente Incidência 2012-7.770 casos novos Prevalência M:F = 8:3 Mais comum no Sul > Sudeste > Centro Oeste > Nordeste > Norte 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012;

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO 70% - Carcinoma espino-celular (CEC) 20 15% - terço superior 50% - terço médio 35% - terço inferior 30% - Outros tipos: Adenocarcinoma (relação c/ DRGE e Barrett) 20 Melanoma Leiomiossarcomas GIST (tumor estromal gastrointestinal) Linfomas 20 - Arasaki, C.H., 2006

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO Principais fatores de risco 20 : Tabagismo Etilismo Más condições de higiene oral Uso crônico de bebidas quentes 20 - Arasaki, C.H., 2006

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE ESÔFAGO Outros fatores de risco 20 : Ingestão de nitrosamidas Ingestão de aflatoxinas (fungos) Tilose palmar/plantar Papilomavírus humano Deficiências nutricionais (vitaminas A e C, ferro e zinco) Síndrome de Plummer-Vinson ou Patterson-BrownKelly 20 - Arasaki, C.H., 2006

EPIDEMIOLOGIA CPNM

EPIDEMIOLOGIA CPNM Representam 93,2% dos tumores malignos cutâneos 21 : 68,1% são carcinomas basocelulares 25,1% são carcinomas espinocelulares Local de maior incidência: Austrália 823/100.000 hab 22 Incidência Brasil 2012: 134 mil casos novos (68 /100.000) 6 Prevalência M:F = 0,9:1 6 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012; 21 - ROCHA, P. R.S., 1999 22 Marks, R. et al, 19898

EPIDEMIOLOGIA CPNM Acometem pessoas a partir dos 30 anos, com o maior pico na 6 ª década 21 Fatores de Risco 21 : exposição solar pele clara genodermatoses 21 - ROCHA, P. R.S., 1999

EPIDEMIOLOGIA MELANOMA

EPIDEMIOLOGIA MELANOMA Menos de 5% dos Cânceres de pele no mundo Local de maior incidência: Austrália: 10.300 casos ao ano (50 casos/100.000 hab) 23 Incidência Brasil/2012 (3,3casos/100.000 hab) 6 : homens: 3.170 casos mulheres 3.060 casos Predominância mundial no sexo feminino com maior pico na sexta década 23 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012; 23 - Cancer Council Australia, 2011

EPIDEMIOLOGIA MELANOMA Fatores de Risco 23 : exposição solar pele clara predisposição genética Outros Fatores de Risco 23 : alto numero de nevus displásicos imunodepressão carcinomas cutâneos prévios 23 - Cancer Council Australia, 2011

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Incidência mundial (2002) 24 : 141.013 casos/ano Feminino - regiões desenvolvidas de 5,5/100.000 - regiões menos desenvolvidas 2,6/100.000 Masculino - regiões desenvolvidas 2,1/100.000 - regiões menos desenvolvidas 1,0/100.000 24 - Coeli, C.M., 2005

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE 2 a 5% do total de câncer em mulheres e menos de 2% em homens 6 Locais de alta incidência: América Central e do Sul, Japão e Ilhas do Pacífico (superior a 5 casos/ 100.000 mulheres/ano) Incidência Brasil /2012 (feminina): 10.590 (9 casos/100.000 mulheres/ano) 6 6 - INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE 1% das neoplasias humanas 12 91% esporádicos e 9% relação com fatores de risco Cânceres bem diferenciados: 90% dos casos de cânceres da tireóide 12 Carcinoma papilífero (CPT):80-85% Carcinoma folicular (CFT): 10-15% - Carcinoma cels. Hürthle: 3-5% Carcinomas: medular, anaplásico, células escamosas e microepidermóide Sarcoma Linfoma 12 - Kowalski, L.P., 2005

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Carcinoma Papilífero (CPT) É o mais comum da infância (80%) M:F = 1:2 Maior incidência: 20-40 anos Exposição a radiação na infância História de radioterapia Risco 10X mais alto em parentes 1º grau

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Carcinoma Folicular (CFT) Mais frequente em áreas com ingesta inadequada de iodo (déficit ou excesso 6 ) Exposição a radiação ionizante (menor importância que no CPT) Predomina no sexo feminino Maior incidência 40-60 anos

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Carcinoma Medular (CMT) 5 a 10% dos cânceres de tireóide Associação com gene RET NEM 2A e 2B CMT familiar não NEM 20% Quando associado ao gene RET o CMT surge mais precocemente (infância) Esporádico: 80% Maior incidência 5ª e 6ª décadas

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Carcinoma anaplásico (CAT) 1% das neoplasias tireoideanas Áreas com baixa ingesta de iodo Maior incidência: acima dos 60 anos Tem associação com neoplasia tireoidiana prévia: 20 a 30% Bócio multinodular encontrado em 50% dos pacientes com CAT

EPIDEMIOLOGIA CÂNCER DE TIREÓIDE Linfoma de Tireóide (LT) 50% dos pacientes com LT tem história prévia de tireoidite de Hashimoto

BIBLIOGRAFIA 1-http://pt.wikipedia.org/wiki/Epidemiologia, Acessada em 07/04/2012 2-FERREIRA, A.B.H., Versão digital do Novo dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. Rio de Janeiro: Positivo, 2004 3-Silveira, A. et al. Head and Neck Cancer: Health Related Quality of Life Assessment considering clinical and epidemiological perspectives. Rev. bras. epidemiol. vol.15 no.1 São Paulo Mar. 2012 4-RUIZ, M.T. et al. Epidemiologia e biomarcadores em câncer de cabeça e pescoço. Arq Ciênc Saúde 2006 jan-mar;13(1):34-8 5-Dedivitis RA, et al. Características clínico-epidemiológicas no carcinoma espinocelular de boca e orofaringe. Rev Bras Otorrinolaringol 2004;70:35-40 6-INCA, Incidência de Cancer no Brasil - Estimativa/2012 7-Carvalho, M.B. et al. Características clinico epidemiológicas do carcinoma epidermóide de cavidade oral no sexo feminino. R e v A s s M e d B r a s i l 2 0 0 1 ; 4 7 ( 3 ) : 2 0 8-1 4

BIBLIOGRAFIA 8-McCombe D, MacGill K, Ainslie J, Beresford J, Matthews J. Squamous cell carcinoma of the lip: a retrospective review of the Peter MacCallum Cancer Institute experience 1979-88. Aust N Z J Surg 2000; 70(5):358-61 9-Antunes AA, Antunes AP. Estudo retrospectivo e revisão de literatura dos tumores dos lábios: experiência de 28 anos. Revista brasileira de cancerologia 2004; 50(4):295-300. 10-Costa, C.C. Resultado do tratamento cirúrgico das neoplasias do seio piriforme, Rev. Bras. Otorrinolaringol. vol.69 no.1 São Paulo Jan./Feb. 2003 11-Berto et al, Relação entre o estadiamento, o tratamento e a sobrevida no cancer de faringe. Rev. Col. Bras. Cir, Vol. 33 - Nº 4, Jul. / Ago. 2006 12-Kowalski, L.P., Afecções Cirúrgicas do Pescoço. Atheneu, 2005 13-Souza, R.P. Carcinoma de seio maxilar: análise de dez casos. Radiol Bras vol.39 no.6 São Paulo Nov./Dec. 2006

BIBLIOGRAFIA 14-Daele JJ, Vander Poorten V, Rombaux P, Hamoir M. Cancer of the nasal vestibule, nasal cavity and paranasal sinuses. B-ENT. 2005;Suppl 1:87-94; quiz 95-6. 15-Ellis GL, Auclair PL. Tumors of the salivary glands. 3rd ed. Armed Forces Institute of Pathology: Washington; 1996. 16-Fitzpatrick P., Black K.M., Salivary gland tumors. J Otolaryngol.1985 Oct;14(5):296-300. 17-INCA, Condutas Tumores de glandulas salivares -Revista Brasileira de Cancerologia, 2002, 48(1): 9-12 18-Önerci, T.M.,DIAGNOSIS IN OTORHINOLARYNGOLOGY 2010, Chapter 3(Salivary Glands), 147-150 19-Spitz, M.R. et al. Risk Factors for Major Salivary Gland Carcinoma. CANCER November 1 1984 VOl. 54 20-Carlos Haruo Arasaki - Curso Continuado de Cirurgia Geral docapítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões - CÂNCER DE ESÔFAGO.

BIBLIOGRAFIA Aula ministrada em 2006, disponível em: http://www.cbcsp.com.br/aulas/cancer_do_esofago.pdf 21-ROCHA, P. R.S.;TOSTES, R.O.G.; LOPES, R.L.C. Tumores da pele e subcutêneo. In: FONSECA, F.P.M.; ROCHA, P.R.S. Cirurgia ambulatorial. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1999. p.267-297 22-Marks, R. et al. Incidence of non-melanocytic skin cancer treated in Australia. British Medical Journal. Vol.296 2 January 1988 23-Cancer Council Australia, 2011; http://www.cancer.org.au/aboutcancer/cancertypes/melanoma.htm, acessado em 08/04/2012 24-Coeli, C.M. et al. Incidência e mortalidade por câncer de tireóide no Brasil. Arq Bras Endocrinol Metab vol.49 no.4 São Paulo Aug. 2005