O Inglês como uma Língua de Contato Social Global e o Perfil do Professor



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Transcrição:

O Inglês como uma Língua de Contato Social Global e o Perfil do Professor Nelza Mara Pallu 1 (UNIOESTE) RESUMO: Devido a composição diferenciada da comunicação mundial na atualidade, quer seja no entretenimento pelas redes sociais, nas relações acadêmicas ou nas transações comerciais, o conhecimento de uma língua comum que possa inserir as pessoas nestas relações tem se transformado em uma necessidade real. Se em épocas anteriores este conhecimento era meramente exclusivo aos sujeitos das camadas sociais privilegiadas, hoje a maioria das pessoas, independentemente de suas razões, está em busca do inglês como uma língua adicional - há dados que demonstram que ¼ da população mundial utiliza o inglês de alguma maneira em seu dia-a-dia -. No entanto, como esta utilização ocorre amplamente nas relações entre falantes de diversas nacionalidades de todo o mundo, e não somente com falantes nativos de inglês, a busca por padrões diferenciado dos padrões americano e britânico de outras épocas para o ensino e aprendizagem de inglês contemporâneo tem sido fortemente debatida nos estudos linguísticos. Este artigo propõe, sob o embasamento dos estudos do Inglês como Língua Franca Global, a discussão do processo de ensino e aprendizagem de inglês que de fato venha a atender as demandas globais de sua aprendizagem e aplicação, bem como o papel/perfil diferenciado do professor de inglês na contemporaneidade. PALAVRAS-CHAVE: Comunicação Discursivo-Tecnológica; Inglês como uma Língua Franca Global; Perfil do Professor de Inglês. ABSTRACT: In order to effectively participate into the world communication nowadays, whatever it is for the entertainment on the social net, or in the academic and commercial relationship, knowing a common language that can integrate the subjects into these relations, has becoming a real need. If in other era this knowledge was exclusive to the subjects of privileged social classes, today most of people, for different reasons, looks for English as an additional language - data show us ¼ of the world population somehow uses English in every-day life -. However, since this using occurs mostly among speakers from different nationalities everywhere, and not only with native speakers, the search for different patterns, besides the American and British, of other times for teaching and learning English has strongly been debated in the linguistic studies. This article proposes, under the ground of English as a Global Lingua Franca, to discuss the English teaching and learning process that can effectively respond to the global demand of its learning and application, as well as, the English teacher's different role/profile in contemporary times. KEY-WORDS: Discursive - Technological Communication; English as a Global Lingua Franca; English teacher's profile. 1 Professora Doutora em Letras (Língua e Literatura Inglesa) da UNIOESTE, e pesquisadora do Grupo de Pesquisa Poéticas do Imaginário e Memória - CNPq.

1 A COMUNICAÇÃO DISCURSIVO - TECNOLÓGICA No contexto educativo contemporâneo, falar sobre o ensino de línguas e a comunicação entre os indivíduos, se torna difícil sem nos depararmos com a palavra tecnologia. Se em épocas anteriores nos voltávamos para o tradicional ensino de línguas estrangeiras em uma instância distante do cotidiano de professores e alunos, hoje, diante da modalidade da comunicação em redes sociais, o ensino e aprendizagem de uma língua estrangeira (LE) passa a suscitar uma maior aproximação entre os saberes educacionais, tecnológicos e o contexto social. A concepção de tecnologia levada à sua dimensão discursiva, a que aqui me refiro neste artigo, ou seja, a tecnologia presente na comunicação social, é aquela que "vai muito além de meros equipamentos. Ela permeia toda nossa vida, inclusive em questões não tangíveis" (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 32). A tecnologia educativa descrita como não tangível, a que Brito e Purificação se referem, se classifica didaticamente em três grupos, da seguinte maneira: 1. FÍSICAS - são as inovações de instrumentais físicos, tais como: caneta esferográfica, livro, telefone, aparelho celular, satélites, computadores. 2. ORGANIZADORAS - são as formas de como nos relacionamos com o mundo e como os diversos sistemas produtivos estão organizados. 3. SIMBÓLICAS - estão relacionadas com a forma de comunicação entre as pessoas, desde o modo como estão estruturados os idiomas escritos e falados até como as pessoas se comunicam. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 33 apud SANCHO, 1999). Trazer a tecnologia educativa para o corpo de entendimentos do papel do inglês como uma língua de contato presente na comunicação global digital, temática desta reflexão, requer perceber a tecnologia em sua tríade composição didática como os autores acima a definem, nas quais leva-se em conta pedagogicamente, não somente as inovações representadas pelos recursos tecnológicos físicos como o computador, mas também a maneira de relacionarmos sua utilização em uma instância educativa. Do ponto de vista didático, como alertam Brito e Purificação (2008, p. 33), há que considerarmos, também, o fato de que "ao escolhermos uma tecnologia, optamos por um tipo de cultura, que está relacionada com o momento social, político e econômico no qual estamos inseridos".

No caso do inglês, uma língua que, atualmente, tem sido comumente utilizada nos novos meios comunicativos, acadêmicos, e para o entretenimento (como por exemplo nas redes sociais, músicas, filmes, livros, mídias, publicações), as tecnologias que perpassam estes ambientes se relacionam com o momento social, político e econômico atual globalizado. Diante de muitos aspectos polêmicos advindos das análises dos resultados da globalização das culturas 2, as novas tecnologias podem ser consideradas positivas para a promoção de inovações e melhorias à educação, desde que venham a se "traduzir em autoconhecimento" aos cidadãos (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 24 apud SANTOS, 2001). Este artigo propõe, assim, discutir a necessidade de se promover inovações no processo de ensino de aprendizagem de inglês na contemporaneidade, levando em consideração a composição diferenciada da comunicação mundial na atualidade, e o inglês como uma língua promotora deste contato global e social. O texto resgata conceitos teóricos e práticos, com o intuito de levar os professores a refletirem sobre as possibilidades de utilização do inglês como uma língua franca global, ou seja, como uma língua falada por diferentes nacionalidades, independentemente dos usos diferenciados de cada comunidades. Assim, a seguir apresento algumas características que explicam o fenômeno linguístico do inglês, reconhecido na atualidade, como língua franca, para em seguida, refletir como os pressupostos desta agenda de conhecimentos podem auxiliar no entendimento de questões que necessitam ser repensadas na formação do professor de inglês da atualidade. 2 INGLÊS COMO UMA LÍNGUA FRANCA GLOBAL (ILFG) Embora as literaturas que informam os estudos desenvolvidos pela área da Linguística Aplicada (LA) têm utilizado, com bastante frequência, o termo Inglês como Língua Franca (ILF), ao qual normalmente acrescento o termo Global para enfatizar suas implicações com a Globalização e sua expansão terrestre Global, muitos ainda se perguntam o que vem a ser uma língua franca, e quais as relações desta denominação com o processo de ensino e aprendizagem de inglês em nossa sociedade. 2 Maiores aprofundamentos relacionados à globalização e à expansão do inglês se encontram em: PALLU, N. M. Que inglês utilizamos e ensinamos?: reinterpretações de professores sobre o processo de ensino e aprendizagem do inglês contemporâneo. 2013, 242 f. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

Se atentarmos para a complexidade que envolve ambos os questionamentos, ao menos em relação à primeira indagação é possível dizer que, já é possível compilar respostas mais precisas as quais respondem/explicam que: 1) Inglês como Língua Franca (ILF) é o termo utilizado para estudar e registrar o crescente fenômeno de usuários do inglês no mundo, predominantemente falantes não nativos, pois estima-se que hoje, para cada falante nativo de inglês já existem quatro falantes não nativos (CRYSTAL, 2010). 2) O inglês é considerado uma língua franca pelo fato de que, ao ser predominantemente utilizado por vários povos de diferentes nações com diferentes línguas maternas, ele perde sua origem natal (GIMENEZ, T. et al. 2011; JORDÃO, 2009; PALLÚ, 2010; 2006; MCKAY, 2003, SEIDLHOFER, 2004). Mckay (2003) explica este franco fenômeno, alegando que é pelo fato de o inglês ter sido amplamente difundido como uma língua da interação entre diferentes povos, chamada de língua de contato, e não devido ao crescimento do número de falantes nativos, que ele se transformou em uma língua franca global. Sua afirmação baseia-se nos levantamentos realizados por Graddol (1999), os quais estimavam que nos 50 anos seguintes, o equilíbrio entre falantes nativos e não nativos se alteraria significativamente. Os dados atuais compilados por Crystal (2010) demonstram que hoje existe uma população de mais de dois bilhões de falantes de inglês pelo mundo, nos mais diversos níveis de proficiência, confirmando a previsão de Graddol. Esses números evidenciam o espaço democrático presente no entendimento do inglês sob uma diferente ordem linguística, fazendo com que outras questões relacionadas ao ensino e aprendizagem do inglês sejam revistos e contestados, dentre eles os aspectos políticospedagógicos, linguísticos, culturais, sociais, de inteligibilidade, de formação identitária (PALLU, 2013). Esses aspectos tem sido debatido por linguistas na composição do paradigma do ILF (JENKINS 2006, 2007; MCKAY, 2003; SEIDLHOFER, 2004, 2009), demonstrando que, em relação à segunda indagação posta no início desta seção, sobre as relações do ILFG com o processo de ensino e aprendizagem de inglês em nossa sociedade, tem sido fonte de pesquisas e debates entre os linguistas e pesquisadores aplicados, compondo um vasto e novo campo de investigações práticas e teóricas. Estudando e revisando a literatura que informa os estudos do ILF, é possível, contudo, relacionar diversas características pertinentes apontadas por vários pesquisadores (SEIDLHOFER, 2009, 2005, 2004; KUO, 2006; JENKINS, 2008, 2007, 2006), que definem que o ILF se configura em um espaço de questionamentos no qual:

O inglês funciona como uma língua franca de contato global; O inglês não funciona como uma língua estrangeira comum; A função do inglês é de uma língua de contato entre diferentes nacionalidades e com línguas maternas diferentes; O ILF em sua versão atual considera a interação comunicativa entre os falantes dos três círculos de Kachru 3 (1985); A ênfase na versão atual do ILF se concentra na comunicação dos falantes do Círculo em Expansão entre si e também com os outros Círculos; O ILF concebe a formação pluricêntrica do inglês ao considerar que ele pertence a todos que o falam; Ao conceber o pluricentrismo do inglês o ILF assume as implicações sociolinguísticas, sociopsicológicas e aplicadas envolvidas; O ILF questiona e visa desconstruir o papel hegemônico dos falantes nativos; O ILF incentiva a valorização do professor de inglês em sua condição de falante não nativo; O ILF enfatiza a legitimação de variedades em diferentes comunidades de uso (comunidades locais, regionais e globais de prática); A proficiência comunicativa é atingida pela descrição do campo fonológico e morfossintático dos interesses dos aprendizes usuários; O ILF visa garantir a inteligibilidade na comunicação ao invés de insistir na correção; O ILF sensibiliza para a escolha de conteúdos culturais presentes nos materiais de ensino; O ILF considera a natureza intercultural do uso do inglês em comunidades multiculturais; O objetivo pedagógico é desenvolver um tipo de proficiência comunicativa apropriada ao contexto de utilização. (PALLU, 2013, p. 65,66). Diante destas complexas características postas pela agenda de estudos do ILFG 4, é possível afirmar que estes estudos defendem, primeiramente, a tese de que o inglês hoje se configura em uma língua para a efetivação de contatos sociais globais pelos diferentes 3 Círculos concêntricos de Kachru (1985): distribuição da expansão do inglês pelo mundo em três círculos: Círculo Interno (Inner Circle): é o círculo que caracteriza os falantes nativos, comportando os países onde a língua inglesa tem o caráter de língua materna (L1) - (Grã-Bretanha, estados Unidos, Austrália, Canadá, etc.); Círculo Externo (Outer Circle): apresenta os falantes de inglês como segunda língua (L2), do qual fazem parte os países que adotam a língua inglesa como segunda língua em contexto multilíngue - (Índia, Kenya, África do Sul, Filipinas e Nigéria, etc.);círculo em Expansão (Expanding Circle): é o lugar ocupado pelos falantes como língua estrangeira, sendo um círculo que engloba os países onde a língua inglesa é amplamente ensinada como língua estrangeira (FL) - (como Japão, China, Korea e Brasil, entre outros) (PALLU, 2013, p. 50,51). 4 Maiores aprofundamentos destas características se encontram em: PALLU, N. M. Que inglês utilizamos e ensinamos?: reinterpretações de professores sobre o processo de ensino e aprendizagem do inglês contemporâneo. 2013, 242 f. Tese (Doutorado em Letras). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

usuários ao redor do mundo, com diferentes conotações para o processo de ensino e aprendizagem de inglês. Tais características demonstram ainda, que muito há que se repensar no cenário atual da educação linguística, principalmente no ensino de inglês em nosso país, como muitos estudiosos e linguistas aplicados tem alertado, chamando nossa atenção para a situação das LEs em nosso contexto educacional. Em relação ao inglês percebo que: Levando em consideração o espaço mínimo reservado ao ensino e aprendizagem de inglês no contexto educativo brasileiro, principalmente nas escolas públicas em que, atualmente, o inglês constituiu uma disciplina na grade curricular apenas no Ensino Fundamental, este espaço deve ser ocupado de forma a reivindicar uma posição efetiva de valorização deste conhecimento. Esta realidade reforça a urgente necessidade de se adotar abordagens e ações políticas e pedagógicas adequadas à posição de internacionalidade que o inglês tem ocupado, para que assim seus usuários possam entender esta posição do idioma e com ela se relacionarem de forma mais efetiva. Por isso, considero que os estudos informados por conceitos do ILFG para o ensino de inglês [...] representem o apoio teórico adequado para o fortalecimento de práticas de ensino necessárias ao momento contemporâneo de valorização do inglês. (PALLU, 2013, p. 76). Diante destas colocações apontadas, sobre a importância do inglês para a comunicação global social, e das possibilidades de explorar a agenda de estudos do ILFG para melhor delinear os conhecimentos produzidos nas escolas e nos cursos de Letras, e contrariamente, da negligência com que as políticas educacionais tem tratado este conhecimento, relegando-o à posição de inferioridade nas grades escolares, não seria possível deixar de contemplar a questão do papel do professor de inglês, bem como, as novas demandas de sua formação profissional que ajudarão a compor o perfil atual deste profissional, o que passo a discutir na próxima seção. 3 O PERFIL DO PROFESSOR DE INGLÊS NA CONTEMPORANEIDADE Ao se conceber o processo de ensino e aprendizagem de línguas como um espaço para o questionamento de formações discursivas, como as citadas nas características do ILF na seção acima, e transformá-lo em um ambiente para a construção de sentidos (JORDÃO, 2007), propicia-se a desconstrução da compreensão de língua como códigos comunicativos. O aprendizado da língua inglesa, nessa perspectiva discursiva crítica, além das funções comunicativas necessárias para a interação no mundo globalizado, pode contribuir para o

desenvolvimento cognitivo humano (OCEM, 2006), de maneira a auxiliar os aprendizes a se relacionarem com a linguagem e a comunicação através dos discursos produzidos e compartilhados pelas sociedades (PALLU, 2013). Os discursos produzidos pelas sociedades globais tem sido fortemente compartilhados pelas redes sociais, compondo um formato diferenciado de interação com as linguagens e as tecnologias da informação. No entanto, a utilização adequada destas tecnologias deve ser levada como um compromisso à educação, pois "grande parte da má utilização das tecnologias educacionais [...] deve-se ao fato de muitos professores ainda estarem presos à preocupação com equipamentos e materiais em detrimento de suas implicações na aprendizagem" (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 41). Para estas autoras, a tecnologia educacional engloba todos os recursos tecnológicos que estejam em interação com o ambiente escolar, argumentando sobre o papel educativo, da seguinte maneira: Para que as tecnologias não se constituam apenas em uma novidade e não se prestem ao disfarce dos reais problemas existentes, julgamos conveniente que os professores compreendam e aceitem que, atualmente, as mudanças nos proporcionam os instrumentos necessários para respondermos à exigência quantitativa e qualitativa da educação, que esta mesma provoca. O que precisamos saber é como reconhecer essas tecnologias e adaptá-las às nossas finalidades educacionais. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 41). Conforme Brito e Purificação, para que haja uma melhoria na educação se faz necessário, não somente o reconhecimento do uso das tecnologias da comunicação, mas também sua adequada utilização. Para este autor, tanto não podemos acreditar que a tecnologia possa operar milagres na educação, como não podemos considerar que seu uso possa ser algo prejudicial. Refletindo sobre os estudos da LA que têm informado o processo de ensino de inglês como uma língua franca global, e ainda dos estudiosos que procuram aliar a educação às novas tecnologias, é possível perceber que o professor de inglês tem uma difícil tarefa de conduzir tal aproximação, utilizando-se do inglês como uma linguagem da comunicação informatizada. O delineamento de seu papel, contudo, não é algo que possa se constituir de forma mecânica e rápida, na medida em que inúmeros aspectos se apresentam, como alguns mencionados nas seções anteriores. Brito e Purificação (2008) fazem uma interessante

caracterização do professor em geral, ao qual projetamos nossas expectativas de melhorias tanto educacionais como sociais, quando diz que: O professor, em primeiro lugar, é um ser humano e, como tal, é construtor de si mesmo e da sua história. Essa construção ocorre pelas ações num processo interativo permeado pelas condições e circunstâncias que o envolvem. É criador e criatura ao mesmo tempo: sofre as influências do meio em que vive e com as quais deve auto constituir-se. Quando se fala em prática pedagógica, o professor é aquele que, tendo adquirido o nível de cultura necessário para o desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 45). Para estas autoras, algumas características de senso comum sobre o perfil dos professores em geral, tem sido discutidas, e que são também comuns à formação de professores de línguas, na medida em que apontam para uma realidade semelhante advinda de uma "ausência de uma política clara para a educação como um todo" (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 46), na qual normalmente: o professor não tem um domínio sólido dos conteúdos que transmite, se bem que isso seja o que melhor conheça; o professor não consegue relacionar os conhecimentos que transmite à experiência do aluno e à realidade social mais ampla; a remuneração do professor é baixa, o que o obriga a ter vários empregos, fato que traz graves consequências para o processo de ensino-aprendizagem; o professor tem lidado com o aluno "ideal", com o aluno "padrão", como se todos fossem homogêneos, tivessem o mesmo ritmo de aprendizagem, e não com o aluno concreto; os conhecimentos transmitidos pela escola, às vezes selecionados pelos professores, não são remetidos à sua historicidade; são trabalhados como se estivessem prontos e acabados, e não relacionados à vida dos alunos e à realidade histórico-social mais ampla; os alunos, em geral, não têm se apropriado sólida e duradouramente dos conhecimentos transmitidos pela escola. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2008, p. 45-46). Geralmente na formação inicial docente para o professor de inglês, existe um agravamento em relação a produção dos conhecimentos que favoreça o domínio sólido dos conteúdos linguísticos, em muitos cursos de Letras, devido ao fato de a organização Curricular reservar em sua Grade um número muito pequeno para a formação deste profissional, aliada à entrada de muitos acadêmicos ao curso sem algum conhecimento prévio de inglês que possa acelerar o processo de aprendizagem.

Diante deste cenário educativo de desvalorização apontado pelo autor, comumente presente nos diversos campos da educação, auxiliar não somente os professores, como também seus aprendizes, na relação entre linguagem e tecnologia discutida neste texto, é um dos desafios novos que precisa ser enfrentado na formação dos professores de inglês, pois não há como postergar o domínio deste conhecimento pelos indivíduos se de fato almejarmos a democratização do acesso ao mundo da informação tecnológica global. Nesse sentido, adotando-se a perspectiva posta pelos estudos do ILFG aqui apresentada para auxiliar a reflexão da composição do perfil do professor de inglês, um dos primeiros passos a ser repensado é o reconhecimento da valorização do professor de inglês em sua condição de falante não nativo, em contraposição ao entendimento de que ensinar e aprender inglês é sinônimo da adoção de posturas didático-pedagógicas de imitação do falante nativo. Levando-se em consideração que, a maioria dos professores de inglês nas escolas regulares brasileiras, é pois, não nativo, qual seria o perfil deste profissional que, além de ter o desafio de ensinar um idioma, que embora esteja fortemente presente no mundo globalizado, ainda é concebido como uma língua estranha/ estrangeira? quais seriam as características para traçar o perfil deste novo profissional? Com o intuito de contribuir para a questão da formação do professor, face ao desenvolvimento de pedagogias adequadas para o ensino de inglês como uma língua franca que favoreça o contato social e global, descrevo abaixo alguns enfrentamentos didáticos que considero necessários para a configuração do perfil do professor de inglês em sua formação inicial e continuada: Promover domínio consistente dos conteúdos linguísticos na formação inicial dos professores nas grades dos cursos de Letras; Proporcionar aos professores, iniciantes e em serviço, momentos efetivos para reflexão das novas teorias contemporâneas e inovação da práxis Informar os professores de inglês aos diferentes usos e entendimentos do inglês contemporâneo, mediante as teorias que reconhecem o papel do inglês como uma língua internacional (como Ingleses Mundiais- World Englishes e Inglês como Língua Franca Global - English as a Global Lingua Franca); Encorajar os professores a construírem suas práticas voltadas ao contexto social em que ele atua, sensibilizando-os a perceberem as necessidades e interesses de seus alunos;

Capacitar os professores de inglês para o uso educativo das novas tecnologias nas dimensões físicas, organizadoras e simbólicas; Motivar os professores de inglês a valorizarem sua condição de professores não nativos; Encorajar os professores a conhecerem e adotarem diferentes modalidades de ensino e aprendizagem, as quais se desvinculem dos únicos padrões dos falantes nativos; Preparar os professores de inglês a adotarem posturas pedagógicas que legitime o inglês como uma língua de contato social e global na contemporaneidade. CONCLUSÃO Embora neste texto, apresento e defendo o inglês em sua posição de língua franca global, que hoje atua como uma forte língua no favorecimento do contato de diversos e diferentes povos, pois estima-se que um quarto da população mundial utiliza o inglês de alguma maneira em seu dia-a-dia (RAJAGOPALAN, 2005), contudo, é possível reconhecer que, o inglês necessário para o acesso a múltiplas funções da comunicação global ainda é interpretado nas sociedade brasileira, como um conhecimento a ser construído fora dos ambientes escolares. Portanto, para poder compor este conhecimento efetivo, os aprendizes, principalmente os oriundos das camadas sociais de poder aquisitivo econômico satisfatório, precisam buscá-lo em outras esferas sociais, tais como nas escolas de idiomas e nas escolas de informática, enquanto que a maioria fica relegada à sua produção individual na própria experiência cotidiana. Todavia, há que se reconhecer que os desafios são cada vez maiores para a educação. Porém, deixar de participar de uma das grandes realizações da humanidade, a tecnologia discursiva (parafraseando Brito e Purificação, 2008), talvez seja um desperdício de oportunidades para as melhorias e valorização que a educação merece. Este artigo, reconhece as dificuldades existentes, principalmente em relação à formação dos professores, porém é otimista em reconhecer o processo de ensino e aprendizagem de inglês como um espaço propício para inovações e aproximações de diferentes conhecimentos.

Concluo estas reflexões, reproduzindo as palavras das autoras acima esboçadas anteriormente, pois assim como elas, acredito que, sendo o professor, em primeiro lugar um ser humano, e como tal construtor de si mesmo e da sua história, criador e criatura ao mesmo tempo, ele têm o direito e dever de dar a direção ao ensino e à aprendizagem. REFERÊNCIAS: BRASIL, Secretaria da educação básica. Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, 2006. BRITO; PURIFICAÇÃO, G. S.da.; IVONÉLIA, P. da. Educação e novas tecnologias: um re-pensar. Curitiba: Ibpex, 2008. CRYSTAL, D. English as a Global Language. New York, USA: Cambridge University Press, 2003. CRYSTAL, D. Global Elementary Coursebook. In: CLANDFIELD, L.; PICKERING, K.: Global Elementary Coursebook. Macmillan Education: Oxford, 2010. EL KADRI, M.S. Inglês como língua Franca: atitudes de formadores de professores. In: GIMENEZ,T. (Org.). et al. Inglês como Língua Franca: ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas, SP: Pontes, 2011.p. 163-192. JENKINS, J. Current perspectives on teaching world Englishes and Eglish as a lingua franca. TESOL QUARTERLY, vol. 40, nº 1, march 2006, p. 157-181. JENKINS, J. English as a Lingua Franca: Attitude and Identity. Oxford, UK:Oxford University Press, 2007.

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