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Transcrição:

Relatório 2011-2015 Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 1

Índice analítico Page Introdução... 3 De uma Conferência Regional para a próxima.. 4 O Quadro Estratégico e Plano de Acção 2011-2015 da Caritas África 5 Reforçar a identidade da Caritas.. 6 Prontidão e resposta à emergências.. 9 Erradicar a pobreza extrema. 12 Transformar sistemas inadequados.. 16 Relatórios Financeiros 19 Conclusão.. 24 Apêndice I: Questionário: Membros Informação - Ano 2014.. 26 Apêndice II: Relatórios do Auditor Externo. 29 Hadj al-derib, uma aldeia na região do Sahel do Chade. Durante muitos meses, durante grave seca do ano 2012, os habitantes tiveram de se alimentar com plantas silvestres. Todas as 120 mulheres da aldeia são membros de um comité, que cuida do cultivo de várias culturas, bem como do celeiro e do moinho. Cada comissão tem um presidente, um vice-presidente e um secretário. No Chade, a Caritas está focalizando nas necessidades alimentares das populações vulneráveis através da distribuição de alimentos, bem como actividades para criar a sustentabilidade da agricultura, através do fornecimento de sementes, insumos veterinários e apoio técnico na produção agrícola. (Crédito da foto: Lisa Krebs / Caritas Suíça 2012.) Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 2

Introdução Os delegados presentes na sétima Conferência Regional da Caritas África, de 19 a 21 de maio de 2011 em Roma, disseram na sua mensagem final: "Fomos capazes de nos concentrar no Quadro Estratégico 2011-2015 da Caritas Internationalis e na Proposição n 17 do Sínodo dos Bispos para a África, assim como sobre a experiência e os desafios expressos pelas nossas organizações membros. Isso nos permitiu formular diretrizes e recomendações para o desenvolvimento de um plano de acção para contribuir à enfrentar os desafios da erradicação da pobreza, em cooperação com a nossa Confederação que é chamada a actuar como uma única família, consciente da sua identidade e missão como um instrumento sócio-pastoral ". A Comissão Regional da Caritas África, eleita no decurso da Conferência Regional em Maio de 2011, recebeu o mandato de elaborar o Quadro Estra-tégico do Plano Operacional 2011-2015 da Caritas África baseado nos guiões e recomendações acima mencionados. Delegates attending the seventh Caritas Africa Regional Conference - Rome, May 2011. Os objectivos estratégicos foram identificados a fim de promover uma abordagem coordenada que vai ajudar a promover a reconciliação, a justiça, a paz e prosperidade, abordando a questão da pobreza extrema em África e a criar melhores condições humanas para todos. Estes objectivos estratégicos reflectem a necessidade urgente de reforçar a identidade da Caritas para construir estruturas sócio-pastorais mais eficazes, colaborativas e sustentáveis e serviços dentro da Igreja. Este relatório dá um relato da implimentação pela Comissão Regional da Caritas África do Quadro Estratégico e do Plano Operacional 2011-2015. O relatório abrange não só as realizações e os progressos realizados durante o período, mas também refere-se a dificuldades encontradas, os constrangimentos enfrentados e as possíveis formas de melhorar os ganhos e os resultados no futuro. O relatório termina com os resultados financeiros do período de execução dos 4 anos. Caritas África é uma das sete regiões da Caritas Internationalis. Ela reúne 46 membros Nacionais da Caritas de países ao sul do Sahara e as ilhas do continente Africano no Atlântico e Índico. Seis zonas ACEAC ACERAC AMECEA CEDOI-M IMBISA RECOWA-CERAO Jacques Dinan Secretário Executivo Caritas África Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 3

De uma Conferência Regional para a próxima... Para implementar de forma sistemática o Quadro Estratégico e Plano Operacional 2011-2015 da Caritas África e acompanhar o progresso da implementação, a Comissão Regional da Caritas África elaborou em todos os anos um roteiro de actividades prioritárias, bem como o orçamento necessário. No final de cada ano, o Secretário Executivo apresentou um relatório aos membros da Comissão Regional que avaliaram os progressos realizados na implementação de cada actividade. Na elaboração dos roteiros, houve o cuidado de ser o mais concreto e objetivo possível. A Comissão Regional focalizou nas actividades fáceis de realizar e que ajudarão a alcançar os vários objectivos estabelecidos. Os roteiros provaram ser ferramentas muito úteis e contribuiram largamente para a execução satisfatória do Quadro Estratégico e do Plano Operacional 2011-2015 da Caritas África. No início do ano 2015, foi enviado um questionário à todos os membros da região da Cáritas África (ver anexo 1) para colectar informações relevantes, que foram amplamente utilizadas para a elaboração deste relatório. 7 Conferência Regional da Caritas Africa As orientações e recomendações para o desenvolvimento do plano de acção 2011-2015 Comissão Regional da Caritas África Quadro Estratégico e Plano de Acção 2011-2015 da Caritas África Desenvolvimento de Quadro Estratégico e Plano de Acção 2011-2015 2012 Fim-de-ano Avaliação 2012 Roteiro e orçamento 2013 Fim-de-ano Avaliação 2013 Roteiro e orçamento Implementação de Quadro Estratégico e Plano de Acção de 2011-2015 2014 Roteiro e orçamento 2014 Fim-de-ano Avaliação 8 Conferência Regional da Caritas Africa Maio 2011 Set. Out. 2011 2011 Fev. 2012 Dez. Fev. 2012 2013 Dez. 2013 Fev. 2014 Dez. 2014 Maio 2015 Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 4

O Quadro Estratégico e Plano de Acção 2011-2015 da Caritas África Este foi elaborado pela Comissão Regional da Caritas África com base nas orientações e recomendações dos delegados que participaram da sétima Conferência Regional da Caritas África em Maio 2011. Objetivo geral: A Caritas em África, uma parte integrante da Igreja, promovendo a reconciliação, justiça, paz e prosperidade Objetivo Estratégico 1 Fortalecer a identidade da Caritas para construir estruturas socio pastorais dentro da Igreja mais eficazes, colaborativas e sustentáveis Visão A visão da Caritas África é ter a vida em abundância (João 10:10). Objetivo Estratégico 4 Objetivo Estratégico 2 Transformar os sistemas e estruturas inadequadas e injustas Reduzir o risco e o impacto das crises humanitárias em África, em solidariedade e compaixão com as comunidades afectadas Objetivo Estratégico 3 Missão A missão da Caritas África é dar testemunho do Amor de Deus (Atos 1: 8), trabalhando para o desenvolvimento integral do ser humano, tendo atenção prioritária para os pobres e os mais necessitados. Erradicar a pobreza extrema e apoiar os serviços sociais Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 5

Reforçar a identidade da Caritas Oprimeiro objectivo estratégico era "Reforçar a identidade da Caritas para construir estruturas soócio pastorais mais eficazes, colaborativas e sustentáveis no seio da Igreja em África." Quatro resultados foram identificados e alcançados, em parte, pelo menos com algum sucesso, durante o período dos quatro anos. Resultado esperado 1: Aumentada a sensibilidade e apoio de líderes da Igreja, dos funcionários da Caritas, parceiros e comunidades locais sobre a espiritualidade / teologia da Caritas e da Doutrina Social Católica A reunião dos Bispos em Kinshasa, de três dias, em Novembro de 2012, sobre o tema "Identidade e missão da Caritas à luz da encíclica Deus Caritas Est", contribuiu muito para aprofundar com os Bispos sobre o ensino actual da Igreja no exercício da caridade. Na sua mensagem final, hoje conhecida como a "Declaração de Kinshasa", eles expressaram claramente o seu compromisso nos seguintes termos: "Estamos mais do que nunca conscientes de que a prática da caridade é uma dimensão constitutiva da evangelização e da necessidade de nos convertermos e de converter toda a comunidade eclesial a estarem ao serviço dos pobres." Eles também recomendaram a formação dos sacerdotes, seminaristas e funcionários da Caritas. Com a finalidade de avaliar os progressos realizados na sequência da reunião de Kinshasa, um questionário sobre a implementação da Declaração de Kinshasa foi enviado aos membros da Cáritas da região África, bem como ao parceiros da Caritas que trabalham em África. Daqui em diante é um resumo das suas respostas. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 6

Reforçar a identidade da Caritas (Contínuo) ) Resultado esperado 2: A Caritas África é plenamente reconhecida pelo SECAM e pelas Conferências Episcopais e está desempenhando um papel na formulação e implementação das políticas e orientações de advocacia do SECAM e das Conferências Episcopais Ao participar a 16ª Assembleia Plenária do SECAM em Kinshasa em Julho de 2013, o Presidente da Caritas África, o Bispo Dom Francisco João Silota, falou sobre a necessidade de uma colaboração mais estreita entre a Caritas África e o SECAM. Os Bishops delegados responderam muito positivamente e a Plenária recomendou formalmente a avaliação da integração da Caritas África dentro SECAM. Dando seguimento ás recomendações acima, a Caritas África foi solicitada a submeter, em Fevereiro de 2014, um Memorando ao Comité Permanente do SECAM sobre a posição da Caritas África e sua possível integração no SECAM. O Memorando insistiu no facto de que tal integração serveria para corrigir uma anomalia. O memorando diazia: Os Estatutos da CI referem-se e definem a natureza das Regiões, das quais a Caritas África é uma das sete que actualmente compõem a Confederação Caritas Internationalis, cujos membros, nomeadamente, as Caritas nacionais, são autônomas. Uma das condições necessárias para estabelecer uma região é a aprovação pelas Conferências em causa, que para este caso significa SECAM. Portanto, o procedimento que estamos empreendendo é destinado a trazer-nos na linha e corrigir a anomalia o pue quer dizer que até agora a Caritas África operou e, foi gerida sem qualquer ligação orgânica ao SECAM. O Memorando foi muito bem recebido pela Comissão Permanente do SECAM e a Caritas África foi incombida a tarefa de alterar os seus estatutos em conformidade. As alterações dos estatutos da Caritas África foram apresentadas ao Comité Permanente da SECAM em outubro de 2014 e foram aprovadas por unanimidade. Uma vez aprovados pela 8ª Conferência Regional da Caritas África, estes novos estatutos confirmam a integração da Caritas África dentro das estruturas do SECAM e irá abrir uma nova era para a Caritas África, que será capaz de desempenhar um papel mais activo na definição e implementação das políticas de defesa e orientações do SECAM e Conferências Episcopais em matéria de caridade. Espera-se que as Comissões Caritas e Justiça & Paz também serão capazes de trabalhar muito mais juntas e, assim, implementarem um forte desejo expresso pelos Bispos em Maio de 2010 na sua Declaração de Mumemo: inspirados pela oração de Jesus pela unidade (Jo 17, 31), a Igreja e seus diversos instrumentos pastorais, assim como as Comissões da Caritas e Justiça e Paz, devem fazer o melhor uso possível dos recursos humanos, materiais, financeiros e espirituais de que dispõe. Estes departamentos devem trabalhar de forma colaborativa e não competitiva, como é a natureza da Igreja de ser una. ARTIGO 1 Estatutos (Trechos) Nome, Propósito e Estado Legal 1.1 De acordo com o Artigo 8 dos Estatutos da Caritas Internacionalis (CI) e o Artigo 7.8 e 9 do seu Regulamento Interno, a Região África é constituída sob o nome de Caritas África. 1.2 A Caritas África é regida pelos Estatutos e Regulamentos da Caritas Internacionalis. Em acréscimo, tem os seus próprios estatutos e regulamento interno ratificados pelo Simpósio das Conferencias Episcopais da África e Madagáscar (SECAM) e aprovado pela Caritas Internacionalis e Cor Unum. 1.3 Caritas África é uma das Regiões da Caritas Internacionalis cujo papel é de promover a cooperação e harmonizar o trabalho dos membros da Caritas da Região, em conformidade com as prioridades traçadas pela Assembleia Geral da Caritas Internacionalis. 1.4 Como uma organização regional da Igreja, a Caritas África opera como parte integral do Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagáscar (SECAM). 1.5 O Propósito da Caritas África é de assistir a Igreja em África a levar a cabo o seu ministério da pastoral-social de servir, acompanhar e defender os pobres e os marginalizados de acordo com o Evangelho e a doutrina da Igreja Católica. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 7

Reforçar a identidade da Caritas (Contínuo) Resultado esperado 3: Organizações Nacionais da Cáritas, Comissões Justiça e Paz e Instituições Católicas trabalham em estreita colaboração e em sinergia A colaboração entre a Cáritas e a Comissão Justiça e Paz é eficaz em 13 países da África sub-saariana. As áreas de colaboração variam de um país para outro. Dizem respeito, entre outros, os refugiados, paz e reconciliação, a formação em Doutrina Social da Igreja, a defesa, a articulação parlamentar, relações com grupos inter-religiosos, indústrias extractivas e questões de governanção. Em dois países, tanto Caritas assim como a Comissões Justiça e Paz trabalham como uma entidade, mesmo que cada um tenha a sua própria identidade. Quanto à colaboração e sinergia com outras instituições Católicas, esta realiza-se essencialmente em situações de emergência e, muitas vezes, ao nível paroquial. Resultado esperado 4: Aumentada a partilha das boas práticas e apoio mútuo entre as organizações Cáritas na África Embora tenha havido alguns exemplos da tal partilha de boas práticas e apoio mútuo, com resultados positivos, deve-se ressaltar que essa colaboração é ainda muito limitada. As razões são múltiplas: a ausência de um mecanismo para facilitar essas trocas, recursos humanos limitados, a falta de confiança nas suas próprias capacidades, a escassez de fundos para viajar de um país para o outro. No entanto, existe uma nota positiva: muitos e mais membros estão dispostos a compartilhar as suas boas práticas através da revista e-magazine da Caritas África. Assim, muitos artigos podem inspirar outros membros da Cáritas na região e nos outros lugares. Caritas e outras redes da Igreja são o combate Ebola na África (Caritas África e-magazine - setembro 2014 Número 19 - Page 5.) Olhando para o futuro A rede Caritas é generalizada na África sub-saariana e nas ilhas vizinhas, com mais de 17.000 paróquias e comunidades da Caritas em 46 países. Isto é de facto muito positivo. Infelizmente, muitos grupos da Cáritas aos níveis nacional, diocesano, paroquial e comunitário não obtêm o apoio que realmente merecem das comunidades locais, dos fiéis em particular. Como resultado, os grupos da Cáritas são muitas vezes dependentes do apoio externo. Há uma necessidade urgente de construir-se ainda mais a posse da Caritas pelas comunidades locais a todos os níveis. A mudança de paradigma deve ocorrer para reforçar a mentalidade da Caritas. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 8

Prontidão e resposta à emergências Osegundo objetivo estratégico era de "Reduzir o risco e o impacto das crises humanitárias em África, em solidariedade e compaixão com as comunidades afectadas." Havia três resultados esperados. Os resultados são animadores, mesmo que ainda haja muito por ser feito para atender plenamente o objectivo. Resultado esperado 1: Aumentados os membros da Cáritas trabalhando em África estão a trabalhar coletivamente e em conjunto para a prontidão e resposta às emergências A Equipe de Ajuda Humanitária da Caritas África tem, ao longo dos últimos anos, vindo a promover a criação de fóruns nacionais. Foram desenvolvidas em Maio de 2012 Orientações para ajudarem as organizações Nacionais da Cáritas a criarem Forum Nacional da Caritas nos seus respectivos países. O documento explica que O Fórum Nacional da Caritas é um espaço onde todos os membros da Caritas e outras agências da Igreja, conforme o caso, que trabalham com um determinado país reúnem-se regularmente no país para coordenarem juntos e em conjunto planear o seu trabalho de desenvolvimento e humanitário, e se prepararem para emergências previsíveis, com base na análise partilhada dentro do contexto e das necessidades. A Caritas nacional anima e coordena o Fórum Nacional, com o apoio de um dos membros do fórum, se necessário. O objectivo global de um Fórum Nacional é de aumentar a eficácia e o impacto da Caritas para as pessoas e comunidades mais pobres e marginalizadas através de uma maior coordenação e colaboração, planeamento e implementação conjunta de desenvolvimento, defesa e programas humanitários, e melhor prontidão às emergências. Existem atualmente Foruns Nacionais da Caritas, em 22 países da região da África. A frequência destas reuniões varia muito de um país para outro. Eles são mantidos em intervalos mensais em alguns países, muitas vezes, a cada trimestre, por vezes, a cada seis meses e, em um caso, uma vez por ano. É claro que ainda há muito espaço para melhorias. As reuniões devem, idealmente, ter lugar pelo menos uma vez a cada trimestre para permitir uma maior coordenação e colaboração, planeamento e implementação do desenvolvimento, advocacia e programas humanitários e melhor preparação para emergências entre a Caritas local e seus parceiros, aumentando assim a eficácia e o impacto das Caritas para as pessoas e comunidades mais pobres e marginalizados. As reuniões regulares aumentam a confiança, a abertura, a igualdade e a reciprocidade entre os membros, facilita o mapeamento de activos, capacidade, actividades e financiamento, permite a partilha de procedimentos, ferramentas, pessoal, logística e outros recursos, assegura o compromisso para a responsabilização e transparência para as pessoas que servimos, aos doadores e à Confederação em geral. Forum Nacional da Caritas Propósito A Caritas National trabalha num determinado país para contribuir para o ministério sócio-pastoral da Igreja sob as orientações dadas pela Conferência Episcopal e transformados através de um processo de planeamento estratégico num plano operacional. Este plano é implementado pela Caritas nacional, juntamente com os escritórios diocesa-nos da Caritas, com o apoio das Cáritas membros de outros países, quer de forma presencial ou a partir de fora. Outros membros da Cáritas, presentes ou não, geralmente têm suas próprias orientações e planos de acção, de acordo com o seu respectivo mandato. O Forum Nacional da Caritas é um espaço onde todos os membros da Caritas e outras agências da Igreja, conforme o caso, que trabalham num determinado país reúnem-se regularmente no país para coordenar de perto e em conjunto planificar o seu trabalho de desenvolvimento e humanitário, e se prepararem para emergências previsíveis, com base na análise partilhada do contexto e das necessidades. A Caritas nacional anima e coordena o Fórum Nacional, com o apoio de um dos membros do fórum, se necessário. Nesta base, o Fórum Nacional pode preparar a resposta às emergências previsíveis, com base na análise partilhada do contexto e necessidades. Durante os tempos de emergência, o Fórum Nacional vai, inclusive, coordenar a resposta da Confederação no país. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 9

Prontidão e resposta à emergências (Contínuo) Resultado esperado 2: A Caritas África está a facilitar a resposta rápida a situações de emergências em África Os Membros da Cáritas da região África enfrentaram muitas e variadas situações de emergência durante os últimos quatro anos. Muitos países têm enfrentado desastres naturais como inundações, secas, ciclones, erupções vulcânicas e epidemias, bem como situações de emergência provocadas pelo homem devido à conflitos sociais e políticos, conflitos transfronteiriços, armados e ataques terroristas, entre outros. A Caritas África não têm os meios para intervir directamente e facilitar as resposta rápida a situações de emergência em África. O foco da acção da Caritas África é de ajudar a construir a capacidade dos seus membros para que eles estejam numa posição melhor para intervir rapidamente sempre que necessário. Assim, os membros da Cáritas da região do Sahel trabalham em estreita colaboração para antecipar e responder às condições climáticas difíceis prevalecentes no Sahel e agravados pelas mudanças climáticas que estão a afectar o nosso planeta. Por exemplo, esses membros da Cáritas desenvolveram estratégias para pôr um sistemas de alerta rápida que lhes ajudará a antecipar as condições climáticas adversas e, portanto, poderão tomar medidas correctivas sempre que possível. Eles também desenvolveram técnicas para criar a resiliência das populações afectadas. As doenças, em particular a malária, HIV / SIDA, o vírus do Ébola e outros, são causas graves de preocupação em África. Elas resultam em situações de emergência de longa duração bem como de curta duração e até mesmo em situações de emergência quase despercebidas e esquecidas para aqueles que não estão diretamente envolvidos. Mais uma vez, o princípio adotado é o de reforçar a capacidade local. Essa capacitação é um processo muito longo e exige uma grande quantidade de recursos. Os Oficiais Anglófonos e Francófonos responsáveis da Caritas África foram muito activos no apoio aos membros da Cáritas que enfrentaram várias situações de emergência. A experiência mostra que a maneira mais eficaz de fortalecer a capacidade das organizações membros é de acompanhá-las durante períodos relativamente longos. Um apoio típico consiste em ajudar os membros a prepararem os documentos a serem submetidos a CI, a fim de requererem aos Apelos de Emergência ou para relatar sobre a aplicação desses recursos. A Equipe de Apoio Humanitária da Caritas África publicou em Junho de 2014 um livrinho, intitulado "Estratégia de Intervenção Humanitária", que foi distribuído à todos os seus membros. A apresetação deste documento afirma que: "Caritas África tem a intenção de melhorar a sua resposta de emergência, concentrando-se em três momentos importantes, a saber: antes, durante e depois da crise, e vai se esforçar para envolver todos os níveis de trabalho em sinergia e apoiando-se abertamente um ao outro: de forma local, paróquial, diocesano, nacional, zonal, regional e internacional. "Os membros são encorajados a se referirem a este documento, para estudá-lo com cuidado e para garantir a divulgação e compreensão do seu conteúdo à todos os níveis da Caritas dentro de cada país. Pessoas Focais da Resposta à Emergência 30 organizações Nacionais da Cáritas em África nomearam uma Pessoa Focal para a Resposta à Emergência. Devido à escassez de recursos humanos, muitas destas Pessoas Focais de resposta à emergências têm de acumular duas ou mais posições. Planos de Prontidão e Resposta para Emergências 9 organizações Nacionais da Cáritas em África desenvolveram uma Plano de Prontidão e Resposta às Emergências e enquanto sete outros ainda estão em processo de elaboração do plano. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 10

Prontidão e resposta à emergências (Contínuo) Resultado esperado 3: O Fundo de Solidariedade da Caritas África está recebendo contribuições dos membros e está sendo eficaz para ajudar os membros que enfrentam situações de emergência Respondendo à situação de emergência na África Oriental e no Corno de África, no final de 2011, a Caritas África desponibilizou um montante de 25 000 Euros a partir dos seus próprios fundos para as vítimas da seca e lançou o Fundo de Solidariedade da Caritas África. Ele convidou os membros da Cáritas da região para contribuirem para o Fundo de Solidariedade. Duas doações, totalizando 25 000, foram dadas a dois membros da Cáritas na região para ajudá-los a enfrentar as consequências da seca e trazer alívio para as vítimas. A Caritas África publicou e distribuíu um documento de reflexão explicando que o Fundo de Solidariedade foi criado para assegurar o pré-posicionamento de financiamento de respostas rápidas à emergências em África. Esta decisão foi motivada pela necessidade urgente de responder eficazmente à muitas situações de emergência que prevalecem no continente e pela Proposição 17 dos Padres Sinodais, na mensagem final entregue no final da 2ª Assembleia Especial para a África no Sínodo dos Bispos, em Novembro de 2009, que afirma: No que diz respeito a situações de emergência (desastres catastróficos), é imperativo desenvolver relações de solidariedade entre as diferentes dioceses e dentro das próprias Conferências Episcopais. Por este motivo, há uma necessidade urgente de estabelecer um fundo de solidariedade a nível continental através da rede Caritas. A resposta dos membros tem sido bastante lenta: o valor total recebido de 2011-2014 foi de 127 983 Euros, dos quais foram recebidos 5 000 Euros a partir de um parceiro da Caritas de outra região. O valor total concedido aos membros da Caritas durante o mesmo período, chegou a 119 184 Euros. Por conseguinte, o fundo está actualmente quase esgotado com apenas 8 799 Euros disponíveis. Uma dúzia de membros em África têm contribuído para o fundo, muitos deles contribuem 1 000 a 3 000 Euros. Muito poucos membros contribuíram por mais de uma vez e até mesmo tem contribuído para emergências específicas, mesmo para outras regiões da Cáritas. Este é um sinal de que a Solidariedade da Caritas África se estende para além da região de África! A principal dificuldade é convencer os membros a contribuir, em antecipação dos desastres e emergências para que a Caritas África possa responder rapidamente. Quando os fundos estão disponíveis, a Caritas África pode rapidamente conceder 5 000 Euros a um membro logo no início da emergência. A experiência tem mostrado que uma quantidade tão pequena como de 5 000 Euros pode ser de grande ajuda para um membro durante a primeira semana após um desastre! Olhando para o futuro A região África é propensa a muitas emergências: naturais e humanas. Não será oportuno criar uma Equipa de Intervenção à Emergências da Caritas África que poderia rapidamente viajar para qualquer país da região que precisasse de apoio urgente para salvar vidas e trazer alívio para as vítimas? 40 000 30 000 20 000 10 000 0 50 000 40 000 30 000 20 000 10 000 0 O Fundo de Solidariedade da Caritas África Contribuições recebidas 2011 2012 2013 2014 Subvenções distribuídas 2011 2012 2013 2014 Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 11

Erradicar a pobreza extrema Oterceiro Objectivo Estratégico era "Erradicar a pobreza extrema e apoiar os serviços sociais." Havia cinco resultados esperados. Estes provaram ser muito desafiadores e, certamente, muito difíceis de os alcançar. Os involvidos têm feito o seu melhor, mas ainda há muito mais a ser realizado. Resultado esperado 1: Aumentado o número de membros das Cáritas Nacionais participando activamente com as autoridades no desenvolvimento e implementação de estratégias de combate à pobreza As actividades da Caritas, ao nível nacional, na maioria dos países da região são bastante conhecidas e contribuem positivamente para a imagem da Caritas, bem como da Igreja no que diz respeito à sua contribuição para a luta contra a pobreza. A principal área de colaboração entre a Caritas e as autoridades governamentais Nacional e Local na região África é da prontidão e resposta a emergências. Quando há um desastre natural ou um conflito resultante da acção humana, provocando a rápida degradação da situação social num país, a Caritas à todos os níveis, obviamente, participa do esforço nacional para trazer alívio para os membros mais vulneráveis da sociedade. Cerca de 30 membros da Cáritas em África trabalham em estreita colaboração com os governos no que diz respeito à protidão e resposta aos desastres. No entanto, apenas 16 organizações Nacionais da Cáritas da região África do relatam estar a trabalhar em estreita relação com os governos em outras áreas que não sejam de emergências, a fim de desenvolver estratégias de combate à pobreza. A contribuição da Caritas no desenvolvimento de estratégias pró-pobres varia de um país para outro. As áreas de colaboração incluem educação, saúde, emprego, salários mínimos, criação de resiliência, segurança alimentar, desenvolvimento de políticas nacionais a favor dos pobres, o alívio para deslocados internos e refugiados, o apoio aos pequenos agricultores, a criação de quadros legais que se preocupam com o mais vulneráveis, bem como, acompanhamento da execução orçamental e responsabilidade social, formação de jovens, programas de habitação para os pobres, entre outros. Caritas Africa e-magazine - Dezembro 2014 Número 20 - Página 11. 35 000 funcionários e 70 000 voluntários trabalham para os membros da Caritas África. Eles atigem mais de 45 milhões de beneficiários. RD Congo: Cáritas Congo Asbl supervisiona a construção de 64 escolas para melhorar a qualidade da educação. (e-magazine de Caritas África - Dezembro 2014 - Número 20 - Página 32) Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 12

Erradicar a pobreza extrema (Contínuo) Resultado esperado 2: Aumentados os membros da Cáritas que desenvolveram habilidades na mobilização de recurso Esta é certamente uma área onde o progresso tem sido muito lento. Menos de metade dos membros da região África são capazes de garantir os recursos financeiros adequados a nível local e internacional. Localmente, estes membros da Cáritas desenvolveram imagens muito fortes, que os ajudaram a criar a confiança e confidência. Eles são reconhecidos como actores chave em trazer alívio para os pobres e aos mais vulneráveis. Como resultado, eles se beneficiam do apoio de muitas partes interessadas, incluindo fiéis, autoridades locais e nacionais, setor privado, organizações não governamentais, parceiros da Caritas de outras regiões e instituições internacionais. Estes membros da Cáritas são auto-sustentáveis e contribuem de forma muito eficaz para o trabalho socio-pastoral da Igreja nos seus respectivos países. Infelizmente, os outros membros da Cáritas da região tendem a confiar demais em financiamento externo e esse tipo de financiamento é cada vez mais difícil de garantir. Tendo insuficiência de recursos financeiros, estas Caritas têm muitas difículdades em empregar pessoal adequado. Além disso, apenas um número limitado de membros da Cáritas conseguem ter a colaboração de voluntários. Eles acabam sendo insustentáveis! Luta contra a malária: distribuição de redes mosquiteiras tratadas com insecticida pela Caritas Burundi. As estratégias desenvolvidas por esses membros que se tornaram auto-sustentáveis devem ser estudadas, a fim de ser replicadas. As lições aprendidas podem ser partilhadas com outros membros da Cáritas e convidados a desenvolver uma estratégia que irá ajudá-los a mobilizar os recursos que estão disponíveis, primeiro localmente, mas também a nível internacional. A Caritas África provavelmente teria de acompanhar o processo, a longo prazo uma vez que é tão necessária para garantir a sustentabilidade dos membros da Cáritas da região África. Resultado esperado 3: Aumento dos membros da Cáritas que têm desenvolvido programas de qualidade para tratar doenças pandêmicas e endémicas Atividades de saúde, incluindo a luta contra o HIV / AIDS, malária, tuberculose e, mais recentemente, a epidemia do vírus do Ebola, são responsáveis por cerca de 17% de todas as actividades dos membros da Cáritas da região África. Vários membros estão agora a trabalhar em estreita colaboração com as instituições internacionais para sensibilizar as populações, organizar programas de sensibilização e de formação, distribuir medicamentos adequados e redes mosquiteiras tratadas com insecticida. Estes membros da Cáritas têm desenvolvido uma série de conhecimentos no sector da saúde e estão na vanguarda da luta contra muitas doenças pandêmicas e endêmicas em África. Caritas Sierra Leoa protegendo-se contra o vírus do Ebola. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 13

Erradicar a pobreza extrema (Contínuo) Resultado esperado 4: Membros da Cáritas em África estão melhor equipados no que diz respeito às questões relativas à segurança alimentar e mudanças climáticas e desenvolveram programas correspondentes A segurança alimentar é uma questão importante para muitas organizações da Cáritas em África. Na sequência de um inquérito realizado no final de 2014, estabeleceu-se que as actividades relacionadas com a segurança alimentar / Agricultura / Nutrição e Meio Ambiente e mudança Climática são responsàveis para mais de 21% de todas as actividades das organizações da Cáritas da região África. Na verdade, isto é em resposta a uma necessidade real, dada a repetição de secas e inundações e outras condições climáticas adversas que afectam as práticas agrícolas em muitas partes de África. Vários membros da Cáritas têm desenvolvido programas para antecipar as condições meteorológicas relacionadas com as alterações climáticas. Sistemas de alerta precoce, portanto, têm sido introduzidos para ajudar os agricultores a maximizar a sua produção, apesar da variação climática. Outros membros da Cáritas introduziram equipamentos modernos, incluindo sistemas de irrigação, bem como novas práticas agrícolas, tais como a agricultura de conservação. Eles treinaram os agricultores na utilização destes novos equipamentos, técnicas e práticas. Os resultados têm sido muito positivos, com aumento de rendimentos resultantes, assim, em mais geração de renda e melhores condições de vida para os agricultores. Líderes de agricultores acssegurando os seus certificados, depois de ter recebido da Caritas Lesotho formação em agricultura de conservação. Muitos membros da Cáritas também têm apoiado os agricultores, proporcionando-lhes instalações para armazenar seus produtos, como arroz, milho e cereais diversos e também a treinando-os em práticas de negócios. Assim, a produção de alimentos aumentou para o benefício de todos e eles podem ganhar a vida. Junto com suas famílias, eles podem viver de uma forma mais digna. Importância relativa das várias áreas de intervenção Segurança alimentar / Agricultura / Nutrição HIV AIDS / Saúde Mulheres Desenvolvimento / Rural Projetos de micro / Actividades Geradoras de Rendimento Redução do Risco de Desastres e Emergências Melhoria Modos de Vida Educação / Alfabetização Orphan Socorros / Proteção à Criança e Direitos / Crianças de Rua Segurança Água / Saneamento Advocacia Ambiente e Alterações climáticas Apoio para os Refugiados / Migração / Tráfico de Seres Humanos Formação Profissional Governança e Democracia A segurança alimentar / Agricultura / Nutrição conta com cerca de 18% e Meio Ambiente e Mudanças climáticas com cerca de 3% das actividades dos membros da Cáritas da região África. Trabalhando com comunidades rurais no combate à insegurança alimentar. (Caritas Africa e-magazine - Julho 2012 - Número 10 - Página 13.) Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 14

Erradicar a pobreza extrema (Contínuo) Resultado esperado 5: Membros da Cáritas em África estão envolvidos em programas que abordam as causas e os efeitos da rápida urbanização, como o desemprego entre os jovens, as crianças nas ruas, idosos, etc. O desemprego juvenil é uma causa crescente de pobreza nas cidades com o rápido ingresso de jovens, homens e mulheres que acreditam que a vida urbana é muito melhor do que a vida rural. Cerca de 10 organizações das Cáritas Africanas estão a abordar este grave problema. Antes de tudo, num esforço para diminuir o fluxo de entrada de jovens para as cidades, a Caritas está a apoiar os jovens agricultores por meio de formações, fornecimento de sementes, disponibilidade de equipamentos modernos, ferramentas de negócios, meios de transporte, entre outros. Manter os jovens em áreas rurais é certamente um desafio muito grande, dada a atração aparente de áreas urbanas. Isto é muitas vezes porque aqueles que se mudaram para à cidade tentam levar os seus amigos e parentes para se juntarem a eles e muitas vezes não lhes dizem a verdade sobre suas dificuldades em encontrar emprego na cidade. Portanto, a Caritas também apoia a juventude urbana, que muitas vezes vive em condições deploráveis. Muitos desses homens e mulheres jovens não concluíram os seus estudos do ensino primário, vivem nas ruas e tornam-se muito vulneráveis. A Caritas, em alguns países, oferece formação profissional para estes jovens urbanos não qualificados, com o objetivo de desenvolver a sua possibilidade de encontrar emprego. A Caritas se preocupa em criar um ambiente favorável e de aprendizagem, bem como a educação para a vida para a juventude e outros membros da família, a fim de melhorar o status social e econômico de homens e mulheres jovens marginalizados em zonas rurais como nas áreas urbanas. Olhando para o futuro O trabalho realizado pela Caritas em Africa para erradicar a pobreza e apoiar os serviços sociais é bastante variado e extenso. No entanto, é difícil ter uma visão de conjunto completa do trabalho da Caritas. É imperativo documentar os esforços feitos pela Caritas em cada país e compartilhar as informações, não só internamente, mas também com as partes interessadas, incluindo a hierarquia da Igreja, os fiéis, autoridades governamentais, gestores do sector privado, instituições locais e internacionais, organismos e público em geral. Esse documento será um instrumento útil de advocacia e também será mais inspirador para outras organizações da Cáritas em África e em outros lugares. A maior dificuldade será, evidentemente, a escassez de recursos humanos para implementar tal atividade. Caritas Abomey - Benin: a inserção profissional de homens e mulheres jovens (e-magazine - Caritas África - Setembro 201 Número 19 - Página 25) Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 15

Transformar sistemas inadequados... Oquarto e último objectivo estratégico era "transformar os sistemas e estruturas inadequadas e injustas." Havia cinco resultados esperados. Estes resultados foram alcançados parcialmente: alguns com muito sucesso, enquanto outros encontraram algumas dificuldades e vai exigir tempo e esforço adicional. Resultado esperado 1: Os Membros da Cáritas em África participam activamente e contribuem para a campanha global coordenada pela CI contra a pobreza a nível nacional e regional. Vinte e cinco membros da Cáritas da região África participaram na Campanha Global "Uma Família Humana: Alimento para Todos" da Caritas Internationalis. As actividades organizadas em 2013 e 2014 pelos diferentes membros da Caritas foram bastante variados. Eles incluíram a participação na onda mundial de oração para lançar a campanha, recolha de alimentos, projeto contra a fome, plantação de árvores, orações, defesa dos direitos humanos, organização de um fórum sobre a segurança alimentar, captação de recursos, produção de tangas com o logotipo da campanha, promoção de campanhas de segurança alimentar, visitas às farmas, publicação de cartas pastorais sobre o tema dos programas de rádio e televisão da campanha sobre a segurança alimentar, sessões de formação de obreiros apostólicos, o plantio de árvore milagrosa Moringa, com o apoio da FAO e do Ministério do Desenvolvimento Rural, e de formação de famílias em técnicas de pequenas cozinha para o jardim e na educação nutricional. Outras actividades foram as seguintes: sensibilização das comunidades sobre os perigos da desnutrição, criação de comités na aldeia para promover boas práticas de saúde, investigação sobre o comportamento, atitude e prática nas comunidades no que diz respeito à desnutrição, publicação de um boletim informativo sobre o tema A Segurança alimentar, sensibilização dos sacerdotes e dos fiéis sobre a segurança alimentar, campanha de mobilização contra Organismos Geneticamente Modificados que param com sucesso a legislação nacional proposta, o direito à campanha de alimentos, apresentando os esforços da Cáritas na promoção da segurança alimentar, sensibilização das comunidades para incentivar acções de solidariedade, como compartilhar alimentos com o próximo que não tem comida, doação de sementes de hortícolas, pás, baldes de água, partilha de informação em jornais e manchetes, programas de formação sobre gestão de riscos e sobre as boas práticas de segurança alimentar, sessões de formação em jardinagem cozinha, coleta de garrafa de plástico contra a distribuição de pacotes de comida. Outros membros optaram pela criação de financiamento de lojas paroquiais de comida para os pobres e desfavorecidos, a sensibilização sobre a segurança alimentar utilizando várias ferramentas de comunicação, incluindo a Internet, calendários e cartões, partilha da mensagem do Papa sobre a segurança alimentar, envio de mensagens dos paroquianos sobre a fome e a necessidade de compartilhar com os necessitados, distribuição de alimentos e alívio para as Pessoas Deslocadas Internamente, a participação de todas as dioceses todas focalizando no tema de um determinado dia, a organização de refeições para pobres e necessitados, sensibilização sobre a importância de partilha, concurso de desenho sobre a segurança alimentar para as crianças, fornecer informações sobre o conceito corrente do valor do agronegócio como uma abordagem para desenvolvimento pró-pobres, promover programas de agricultura sustentável para erradicar a pobreza extrema e a fome para os agricultores apreciavam a agricultura como uma profissão e adquirirem competências práticas e teóricas que lhes permitam gerir a sua terra sustentavelmente e proveitosamente. Lançamento da Campanha Global contra a Pobreza da CI pela Caritas Mauritius em 10 de Dezembro de 2013. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 16

Transformar sistemas inadequados (Contínuo) Resultado esperado 2: Aumentados os membros das Cáritas Nacional participando activamente no desenvolvimento, implementação e monitorização da boa governação, programas de combate à corrupção e de sistemas de controle. A má governação constitui um sério obstáculo para a luta contra a pobreza e pelo menos 10 organizações Nacionais da Cáritas em África desenvolveram programas para ajudar a desenvolver, implementar e monitorar a boa governação. Muitas vezes, estes programas são organizados conjuntamente pela Comissões Caritas e Justiça e Paz e abrangem vários domínios, incluindo meios de vida sustentáveis, erradicação da pobreza, mineração, indústrias extractivas, segurança alimentar, agricultura, desenvolvimento econômico, saúde, saneamento, educação, emergências, migração, construção da paz, novas tecnologias, direitos humanos, democracia, sensibilização e educação cívica, monitorização de eleições, entre outros. Os programas geralmente advogam pelos serviços de qualidade e intervenções em matéria de transparência, assegurando a responsabilidade para com as populações interessadas e promovendo a participação dos cidadãos nos esforços de governança. Estes programas de boa governação indiretamente abarcam problemas de corrupção, mas parece que os membros da Caritas têm dificuldade para desenvolver programas que abordam diretamente a corrupção. Esta é certamente uma área delicada de abordar e os membros irão precisar de mais orientação para serem capazes de desenvolver programas de combate à corrupção. Muito poucos membros foram capazes de colocar com sucesso sistemas de controle no lugar. Maior número de membros têm sido bem sucedidos na criação de sistemas de controle para monitorar as eleições. Este trabalho exige um alto grau de confiança nas Caritas e apela à dedicação de equipes bem organizadas. Caritas Zâmbia, como membro do Grupo da coligação das Igrejas Cristãs de Monitoramento (CCMG), participou activamente na monitorização das eleições presidenciais de 2015 na Zâmbia. Resultado esperado 3: Caritas África contribui activamente para o desenvolvimento e implementação de posições políticas do SECAM e líderes da Igreja sobre questões importantes. No rescaldo da reunião dos Bispos da Caritas em Kinshasa e da sua Declaração Final, em Novembro de 2012, o papel da Caritas foi muito reforçado no seio da Igreja e, em poucos países, que certamente contribuiu para o desenvolvimento e implementação de poucas posições políticas dos líderes da Igreja mais particularmente sobre as questões relacionadas com as crises humanitárias, bem como sobre questões sócio-económicas que afectam a subsistência de grupos vulneráveis. Como já foi explicado, a integração da Caritas África na estrutura do SECAM, será concluída no decurso da oitava Conferência Regional da Caritas África em Maio de 2015. Isso permitirá a Caritas África a contribuir activamente na região para o desenvolvimento e implementação das políticas do SECAM e das posições dos Líderes da Igreja sobre questões importantes. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 17

Transformar sistemas inadequados (Contínuo) Resultado esperado 4: Caritas África activamente envolvida no departamento de Desenvolvimento e justiça social do SECAM. Este resultado não foi ainda alcançado. Deve ser possível, ao longo do próximo mandato com a integração da Caritas África dentro da estrutura do SECAM. Resultado esperado 5: Presença da Caritas África reintegrada na União Africano. SECAM foi muito recentemente concedido o estatuto de observador junto da União Africana e nomeou um Oficial de Programa em Addis Abeba para assegurar a ligação com a UA. Espera-se que, após a integração da Caritas África dentro da estrutura do SECAM, a Caritas vai ter uma presença na UA, através do Gabinete de Ligação SECAM-UA em Adis Abeba. Olhando para o futuro A integração da Caritas África dentro da estrutura do SECAM em breve será eficaz e irá corrigir uma anomalia, garantindo que a Caritas África seja consedida a possibilidade de fazer plenamente o seu papel no seio da Igreja em África. Obviamente, isso não deve ser visto como uma conquista, mas muito mais como uma responsabilidade acrescida e um desafio a nível regional, nacional, diocesano, paroquial e comunitário. Sistemas e estruturas inadequados e injustas existem a todos os níveis e deve ser transformado. A Caritas tem uma tarefa enorme pela frente. No entanto, Caritas e a Igreja devem, antes de tudo olhar para os seus próprios sistemas e estruturas para se certificar se é que eles são adequados e justos. As Normas de Gestão e Códigos de Ética e Conduta, que estão actualmente a seemr implementadas pela Caritas Internationalis são ferramentas muito úteis e devem orientar as organizações da Cáritas e grupos a todos os níveis. A Igreja e a Caritas devem garantir que elas são totalmente confiáveis e inspirar confiança para serem capazes de transformar com sucesso os sistemas e estruturas inadequadas e injustas. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 18

Relatórios Financeiros Relatório Financeiro da Caritas África para o ano de 2011 A implementação do Quadro Estratégico e Plano de Acção 2011-2015 da Caritas África foi feita em parcelas anuais, com a elaboração de roteiros anuais de actividades prioritárias. Houve três desses roteiros anuais: 2012, 2013 e 2014. Aqui estão os relatórios financeiros para os anos 2011, 2012, 2013 e 2014. As contas foram auditadas anualmente. O parecer emitido pelo auditor a cada ano é reproduzido no Apêndice II. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 19

Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 20

(Contínuo) Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 21

Relatório Financeiro da Caritas África para o ano de 2013 Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 22

O apoio dos parceiros ao Secretariado da Caritas África Desde Maio de 2012, o Oficial Francôfono foi destacado pela Caritas Congo Asbl para servir à Caritas África. Há mais de 2½ anos, a Caritas Congo financiou na totalidade os seus serviços que cobrem todas as despesas relacionadas com remuneração incluindo, seguro de saúde e outros encargos. Os seguintes parceiros de outras regiões também deram muito apoio: CAFOD, Caritas Austrália, Caritas Italiana, Caritas Japão, Caritas Noruega, Serviços de Apoio Católico (CRS), Desenvolvimento e Paz, Secours Catholique Caritas France e Trocaire. A Caritas África exprime os seus sinceros agrade-cimentos a todos esses parceiros da Cáritas pelo seu apoio inabalável. Orçamento Anual de todos os membros da Cáritas na África De acordo com informações fornecidas por 40 membros da Caritas África, o seu orçamento global anual de 2014 ascendeu para além de 290 milhões de euros, dos quais cerca de 21 milhões de Euros foram angariados localmente. Este orçamento inclui fundos recebidos de vários parceiros: irmãos membros da Cáritas de outras regiões, instituições públicas, organizações do sistema das Nações Unidas, entre outros. A Caritas África exprime os seus sinceros agradecimentos à todos esses parceiros. Deve-se salientar que estes irmãos membros da Cáritas, além disso, têm o seu próprio orçamento no valor que varia em centenas de milhões de euros para programas de emergência e de desenvolvimento no continente Africano. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 23

Conclusão Omandato de quatro anos, de 2011 a 2015, foi de facto um dos muito activo para Caritas África. Tendo tomado o desafioquatro em Maio de 2011 de desenvolver e implementar um Plano de Acção e Quadro Estratégico para os próximos anos com base nas diretrizes e recomendações da VII Conferência Regional da Caritas África, a Comissão Regional fez o seu melhor para cumprir com os objectivos estratégicos identificados e alcançar os resultados esperados. A fim de implementar o Plano de Acção, elaborou no início de cada ano um roteiro anual de actividades prioritárias e avaliou a sua execução no final do período. Mesmo que não tenha sido possível implementar Quadro Estratégico e Plano de Acção a100%, é reconfortante notar que muito foi feito de acordo com o plano e que a maioria dos resultados esperados foram alcançados. A região da Caritas África continuou a consolidar a sua posição no âmbito da rede Caritas Internationalis, bem como no seio da Igreja em África. A reunião dos Bispos em Kinshasa foi um ponto de viragem para a Caritas em África e a Declaração de Kinshasa tornou-se um documento-chave que é muitas vezes referido, não só pelos membros da Cáritas em África, mas também pelos parceiros da Caritas de outras regiões. As relações com o SECAM, o Simpósio das Conferências Episcopais de África e Madagascar, foram consideravelmente harmonizadas e a integração da Caritas África dentro da estrutura do SECAM será formalizada no decorrer da Oitava Conferência Regional da Caritas África em Maio 2015. A comunicação com as organizações membros da Cáritas em África melhorou consideravelmente. As mensagens por e-mail são mais regularmente trocadas e pode-se dizer que há uma maior capacidade de resposta por parte das organizações membros. A comunicação está gradualmente a se tornar um processo eficaz de duas vias na região. O e-magazine da Caritas África tem sido regularmente publicado quatro vezes por ano e é amplamente distribuído em toda a rede Caritas. O e-magazine tem provado ser uma ferramenta de comunicação muito útil. É muito inspirador e fornece uma visão geral das atividades dos membros da Cáritas da região África. Ao nível da Comissão, ouve um excelente espírito de equipa entre todos os membros e isso resultou em relacionamentos muito saudáveis facilitando o papel fundamental desempenhado por cada um dos membros da Comissão. O Secretário Executivo está muito agradecido ao Presidente da Caritas África, Sua Excelência o Bispo Francisco João Silota, Bispo de Chimoio, Moçambique, pela sua confiança e colaboração que facilitou bastante o trabalho e ajudou a criar a atmosfera adequada para assegurar o progresso ao longo de todo este tempo. Ele estende a sua gratidão à todos os membros da Comissão Regional pela sua disponibilidade em cooperar e fazer com que a Comissão Regional se mova para frente. Relatório de 2011-2015 da Caritas África - Página 24