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Transcrição:

Prof.Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br

Plasmodium Hospedeiro vertebrado: homem Transmissão: Vetor Transfusão de sangue Compartilhamento de seringas Acidente com agulhas

Plasmodium Transmissão ocorre em temperaturas entre 20 C a 30 C com alta umidade relativa do ar. Temperaturas abaixo de 16 C e acima de 33 C, bem como altitude acima de 2000 m impossibilitam o ciclo esporogônico no mosquito.

Formas evolutivas Esporozoíto: 11 µm x 1 µm. Núcleo central único Trofozoíto: perda das organelas do complexo apical. Forma arredondada Esquizonte: 30 a 70 µm Merozoíto: 1 a 5 µm x 2 µm Gametócito 20 a 25 µm. Presença de flagelo Oocisto 40 a 80 µm

Ciclo evolutivo Hospedeiro Vertebrado Ciclo pré-eritrocítico Forma inoculada: esporozoítos. A fêmea do anofelino infectado inocula no homem as formas infectantes localizadas na saliva Inoculação de 15 a 200 parasitos Atingem a circulação em aproximadamente 15 minutos e após 30 minutos atingem os hepatócitos

Ciclo evolutivo Hospedeiro Vertebrado Invasão dos hepatócitos Ação de proteínas localizadas nos micronemas: Proteínas CS e TRAP presentes no parasito ligam-se a receptores proteoglicanos presente nos hepatócitos Proteína AMA-1, MSP-1/6/7, SUb2. Diferenciação em trofozoítos

Ciclo evolutivo Hospedeiro Vertebrado Esquizogonia e formação de esquizontes Liberação de merozoítos P.falciparum e P.vivax: 1 semana P. malariae: 2 semanas Aproximadamente 10.000 merozoítos por hepatócito Rompimento do hepatócito e liberação de merozoítos na circulação

Ciclo evolutivo P.Vivax e P.ovale: Alguns esporozoítos geneticamente diferentes ficam na forma latente nos hepatócitos permanecendo muitos meses. São classificados como hipnozoíto São responsáveis pelas recaídas tardias e formas de malária com período de encubação longo 6 a 9 meses.

FASE HEPÁTICA OU EXOERITROCÍTICA FÍGADO Esporozoítos Lise dos hepatócitos Hepatócito Invasão do hepatócito Reprodução Assexuada Liberação dos protozoários na corrente sangüínea

Esquizonte hepático Plasmodium vivax Ilustração disponível em http://www.icb.usp.br/~livropar/img/capitulo2/1.html

Ciclo evolutivo Hospedeiro vertebrado Ciclo eritrocítico P. falciparum pode invadir hemácias jovens e maduras através da glicoforina A. EBA 175 glicoforina A P. vivax invade somente reticulócitos pela presença da proteína ligante de reticulócitos, além da restrição para invadir apenas hemácias de indivíduos Duffy positivos

Ciclo evolutivo Hospedeiro vertebrado Os merozoítos invadem as hemácias Diferenciação em trofozoítos Esquizogonia: esquizonte Produção de merozoítos e rompimento da hemácia Merozoítos: invasão de novas hemácias. Após algumas gerações os merozoítos não mais se dividem e se diferenciam em gametócitos

FASE ERITROCÍTICA Hepatócito destruído pelos protozoários Penetração dos protozoários Diferenciação em gametócitos Hemácia com gametócito nas hemácias Fêmeas de Anopheles sugam hemácias com gametócitos Protozoários destroem as hemácias Reprodução assexuada Protozoário no interior da hemácia Ciclo no hospedeiro invertebrado Ocorre nas hemácias ou Eritrócitos

Merozoítos invadindo hemácia Ilustrações disponíveis em http://www.icb.usp.br/~livropar/img/capitulo2/5.html

Fase eritrocítica Ciclo sanguíneo: P.falciparum, P. vivax e P.ovale: 48 horas P.malariae: 72 horas Fonte de nutrição do Plasmodium no ciclo sanguíneo: hemoglobina

Fase eritrocítica Produção do pigmento malárico: hemozoína Granulações de Schuffner: P. vivax Granulações de Maurer: P. falciparum Granulações de Ziemann: P. malariae Fagocitose pelas células de Kupffer e macrófagos do baço

Patologia Ciclo eritrocítico responsável pela patogenia. Destruição das hemácias: anemia e hipóxia. sequestro esplênico dos eritrócitos alterados auto-anticorpos desenvolvidos contra os parasitos e contra os eritrócitos antígenos do parasito são adsorvidos na superfície de eritrócitos normais

Patologia Toxicidade pela liberação de citocinas. ICAM-1 e TNF-alfa estimulam a expressão de moléculas de adesão. Citoaderência: parasito altera a forma bicôncava do eritrócito que adere na parede endotelial dos vasos. A citoaderência é estimulada pelo TNF alfa e mediada por proteínas do hospedeiro

Patologia Citoaderência causada pelo P.falciparum: obstrução da microcirculação em tecido cerebral, hepático e renal. Cerebral: cefaléia, hipertermia,vômitos e sonolência Redução O2: Acidose láctica ocasionada pela hipóxia. Deposição de imunocomplexos nos glomérulos

Período de incubação Duração da fase pré clínica: Terça maligna: 12 dias (9 a 15 dias de incubação) Terça benigna: 14 dias (10 a 20 dias de incubação) Febre quartã: 30 dias ( 20 a 40 dias de incubação)

Quadro clínico Paroxismo malárico: Ruptura das hemácias com liberação dos merozoítos e pigmentos maláricos Manifestações clínicas de frio (30 min a 1 hora), febre que chega a 41 C (1 a 4 horas) e sudorese intensa acompanhada de fraqueza (1 a 2 horas) As manifestações dependem do ciclo eritrocítico: Febre terçã: P.falciparum, P.ovale e P.vivax 48 horas Febre quartã: P. malariae 72 horas

Efeito pirogênico Aumento da quantidade de granulações para consumo do parasito até que a célula se rompa liberando os merozoitos e as granulações de hemozoina. Hemozoina efeito pirogênico com febre em pico.

Paroxismo Malárico Respeitando o ciclo corticotrófico fisiológico: Calafrio e Hipóxia roxo por falta de hemoblobina para transporte de O 2 duração de ½ hora a 1 hora. Calor excessivo com > consumo de água duração de 1 a 2 horas. Suor -> transpiração excessivo 2 Dia NADA

Febre Terçã 1 Dia hemácia rompe liberando merozoitos e grânulos de hemozoina. 2 Dia (nada) parasita intracelular nas hemácias. 3 Dia (febre) liberação dos grânulos de hemozoina.

Febre Terçã

Quadro clínico Anemia Espleno e hepatomegalia Insuficiência renal aguda Hipoglicemia Ação tóxica das citocinas inibem gliconeogênese Icterícia Hemoglobinúria febre hemoglobinúrica Coma malárico: P.falciparum

Imunidade Indivíduos que vivem em áreas de alta transmissão desenvolvem anticorpos contra vários antígenos do parasito e podem apresentar certo grau de imunidade clínica

Imunidade inata Grupo sanguíneo Duffy negativo Receptor Deficiência de G6PD Produção de metamoglobina tóxica para o parasito Anemia falciforme ou traço falcêmico Níveis baixos de potássio causam a morte do parasito

Imunidade adquirida Recém-nascidos Protegidos até 6 primeiros meses de vida. Presença de IgG materna Presença de Hb fetal

Imunidade adquirida Ciclo pré-eritrocítico Desenvolvimento de ac contra a proteína circunspororzoíto Reposta celular contra a proteína CS e outros antígenos presentes no esporozoito Esquizonte: Resposta imune caracterizada pela proliferação de linfócios T CD4+ e CD8+, produção de IFN-y e síntese de óxido nítrico (NO)

Imunidade adquirida Ciclo eritrocítico Produção de ac de classe IgG1 e IgG3 Lise mediada pelo sistema complemento Aumento de Células T CD4+ Liberação de IFN-y e ativação de macrófagos

Diagnóstico Esfregaço sanguíneo delgado e espesso corado pelo Giemsa Sangue colhido sem anticoagulante para melhor fixação em lâmina Esfregaço sanguíneo espesso é mais eficiente para detecção da infecção Esfregaço delgado é mais eficiente para diferenciação morfológica das espécies.

Diagnóstico Realização de exame quantitativo em gota espessa Análise de 100 campos microscópicos + = 1 parasito por campo ++ = 21 a 200 parasitos por campo +++ = mais de 200 parasitos por campo

Diagnóstico QBC Técnica que combina concentração dos parasitos pela centrifugação do sangue em microhematócrito e a coloração dos ácidos nucléicos do parasito pelo fluorcromo laranja de acridina Utilização de tubos especiais e microscopia epifluorescente Teste rápido Alta sensibilidade

Ilustração disponível em http://www.mdinventions.com/successes/envtests/qmalaria.html

Ilustrações disponíveis em http://www.fcf.usp.br/ensino/graduacao/disciplinas/linkaula/malaria.pdf

Diagnóstico ParaSight-F ( Becton & Dickinson) Teste rápido para captura da proteína rica em histidina 2 de P.falciparum( PfHRP2) e enzimas conservadas de 4 espécies de plasmódio. (DHL e aldolase). Produzida nas fases assexuadas e gametócitos de P. falciparum, expressa na superfície das membranas celulares dos eritrócitos Utilização de fita de nitrocelulose contendo ac monoclonal Lise de uma gota de sangue A reação é revelada com adição de ac policlonal anti-hrp2 conjugado com hipossomas contendo corante.

Diagnóstico PCR Sensibilidade e especificidade maior do que o esfregaço sanguíneo

Diagnóstico: Hematológico: Hemograma Esfregaço sanguíneos normal Gota espessa :- quatro gotas em lâmina - mergulhar em água morna - observar em microscopia: Bioquímica : Bilirrubinas Curva glicêmica Uréia Creatinina Imagenologia : U.S. Fígado e Baço