Parasitologia - 1/ Relatório de Avaliação
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- Sabina Campelo Molinari
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1 Parasitologia - 1/11 Agradecemos a participação no 1º ensaio do Programa de Avaliação Externa da Qualidade em Parasitologia de Foram distribuídas amostras a 89 participantes. Recebemos 81 resultados para a serologia da Toxoplasmose e 78 respostas para a morfologia, o que representa 91% e 88% de retorno da informação, respectivamente. Amostras O ensaio incluía uma amostra para a pesquisa de anticorpos para Toxoplasma gondii (amostra nº 1111 Soro obtido no âmbito da vigilância da infecção toxoplásmica prevenção da infecção congénita ); fezes formolizadas (amostra nº 1611 Fezes de criança com idade escolar) e um esfregaço de sangue (amostra nº Indivíduo com síndrome febril indeterminado). Resultados Amostra nº 1111 Pesquisa de anticorpos para Toxoplasma gondii O soro analisado para pesquisa de anticorpos para Toxoplasma gondii apresentou resultado positivo para IgG e negativo para IgM o que indica que se trata de uma infecção antiga sendo estes anticorpos residuais. Amostra nº 1611 Fezes formolizadas - A amostra de fezes continha quistos de Endolimax nanus e em menor quantidade alguns quistos de Entamoeba coli. Os quistos de Endolimax nanus são esféricos e elipsóides e medem entre 5 e 10µm. Os quistos maduros possuem 4 núcleos com cariossoma grande e sem cromatina periférica. Os núcleos não são visíveis nas preparações a fresco sem coloração tornando-se visíveis quando corados pela coloração de Trichrome de Gomori em preparações definitivas. O citoplasma pode conter glicogénio em forma difusa mas não tem corpos cromatoides. Relatório de Avaliação Parasitologia, 1/11 O relatório de avaliação contém: - Avaliação individual para cada parâmetro. - Relatório geral de performance (Relatório de desempenho global). Pedidos de correcção Dados recebidos nos formulários de resposta com erros, são da responsabilidade do laboratório. O PNAEQ só se responsabiliza por erros de transcrição para o sistema informático e de processamento de resultados Os pedidos deverão ser efectuados por escrito até 2 de Maio de A B Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Avenida Padre Cruz Lisboa Telefones: / FAX pnaeq@insa.min-saude.pt Figura 1 A - Quisto de Endolimax nanus em preparação a fresco com iodina. B - Quisto de E. nanus no exame directo, observação microscópica com ampliação de 1000x. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 1/8
2 Figura 2 Quistos de E. nanus com coloração de Trichromo de Gomori modificada. Os trofozoítos de Endolimax nanus medem entre 6 e 12 µm e possuem um único núcleo com um cariossoma grande de forma irregular. O núcleo não possui cromatina periférica. O seu citoplasma é granular e por vezes muito vacuolizado. Os trofozoitos de E. nanus podem ser difíceis de distinguir dos trofozoitos de Pseudolimax butschlii. Figura 3 Quistos de E. nanus com coloração de Trichromo de Gomori modificada. Figura 4 Quistos de E. nanus com coloração de Trichromo de Gomori modificada. Os quistos de Entamoeba coli são normalmente esféricos, mas podem ser ovais medindo entre 10 e 35µm. Os quistos maduros típicos possuem 8 núcleos mas podem ter 16 ou mais. Entamoeba coli é a única espécie deste género encontrada no homem que possui mais do que 4 núcleos na sua forma quística, sendo estes visíveis mesmo sem qualquer coloração. Os cariossomas podem ser compactos ou difusos e normalmente são excêntricos. A cromatina periférica está presente e é muitas vezes granular e disposta de uma forma irregular ou uniforme ao longo da membrana nuclear. O citoplasma, dos quistos maduros, pode conter glicogénio de PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 2/8
3 uma forma difusa. Os corpos cromatoides são menos frequentes do que na espécie Entamoeba histolytica. Quando presentes têm a forma de lascas pontiagudas ao contrário do que acontece na E. histolytica que possuem as pontas arredondadas. Figura 5 Quistos de Entamoeba coli corados com iodo observados após exame de concentração, com 5 ou 6 núcleos visíveis. A B C Figura 6 - A Quisto imaturo de E. coli corado pela coloração de Trichromo de Gomori modificada. São visiveis 2 núcleos e um grande vacúolo de glicogénio. B e C- Quistos maduros de E. coli corados com Trichromo de Gomori, com 5 núcleos visiveis neste plano. Os trofozoítos de E. coli normalmente medem entre 15 a 50µm. Possuem um único núcleo com um cariossoma grande e excêntrico com cromatina periférica irregular. O citoplasma é normalmente granulado e vacuolizado (por vezes referido como citoplasma sujo). Os pseudopodes podem ser visiveis, sendo curtos e com movimentos bruscos e não direccionados. Figura 7 - Trofozoítos de E. coli corados com pela coloração de Trichromo de Gomori modificada. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 3/8
4 Amibas Entamoeba histolytica/dispar Entamoeba hartmanni Entamoeba coli Entamoeba polecki Endolimax nana Pseudolimax butschlii 10 µm Figura 8 Tabela comparativa de estadios das diferentes espécies de amibas que parasitam o Homem. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 4/8
5 Ciclo de vida Figura 9 Ciclo de vida das diferentes espécies de amibas não patogénicas. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 5/8
6 Amostra nº 1711 A amostra (esfregaço sanguíneo) era positiva para Malária, sendo a espécie presente Plasmodium ovale. Nesta espécie as hemáceas podem apresentar uma dimensão normal ou levemente aumentada, bem como a sua forma pode ser redonda ou oval e muitas vezes são crenadas. Sob condições óptimas as granulações de Schüffner devem ser visíveis nas lâminas coradas pelo Giemsa. Figura 10 Observação microscópica do esfregaço sanguíneo, onde são visíveis os anéis de P. ovale possuindo um citoplasma irregular e uma cromatina grande. Esta espécie tal como o Plasmodium falciparum também pode apresentar poliparasitismo. Trofozoítos Os trofozoítos de P. ovale têm um citoplasma grosso e uma cromatina grande podendo ser pouco compacta e irregular. Figura 11 Aspecto morfológico do trofozoítos de P. ovale observado na gota espessa. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 6/8
7 Figura 12 Esfregaço sanguíneo contendo trofozoítos de P. ovale. As hemáceas encontram-se alongadas (forma de cometa) e também são visíveis as granulações de Schüffner. Figura 13 - Esfregaço sanguíneo contendo trofozoítos de P. ovale onde as granulações de Schüffner são bem visíveis. Gametócitos Os gametócitos de P. ovale são redondos ou ovais e preenchem quase toda a hemácea. O pigmento é normalmente mais grosso do que o presente na espécie P. vivax. Figura 14 - Aspecto morfológico do gametócito de P. ovale observado na gota espessa. Figura 15 Gametócitos de P. ovale em esfregaço de sangue, com coloração Giemsa. PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 7/8
8 A B Figura 16 A Macrogametócito de P. ovale. B Microgametócito de P. ovale. Esquizontes Os esquizontes de P. ovale possuem 6 a 14 merozoítos com núcleos grandes em torno do pigmento. Figura 17 - Esquizontes de P. ovale em gota espessa. Figura 18 Esquizontes de P. ovale em esfregaço de sangue corado por Giemsa. Os nossos melhores cumprimentos, PNAEQ PNAEQ.2011.CR.Parasitologia.01 8/8
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