IFRS 4T13 DESEMPENHO DA VALE EM 2013



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Transcrição:

DESEMPENHO DA VALE EM 2013 BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P HKEx: 6210, 6230 EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2014 A Vale S.A. (Vale) apresentou forte desempenho em 2013, com sólidos resultados em todos seus negócios. Foi um ano em que os benefícios dos nossos contínuos esforços de corte de custos, disciplina nos investimentos e foco no core business ficaram mais evidentes. Também foi um período em que estabelecemos as bases para entregar mais crescimento de volume e de fluxo de caixa livre nos próximos anos. Um ano de forte desempenho financeiro e operacional Lucro básico de US$ 12,3 bilhões em 2013, 15,4% acima de 2012. Geração de caixa medida pelo EBITDA ajustado 1 de US$ 22,7 bilhões, o terceiro mais alto da nossa história. US$ 6,6 bilhões de EBITDA ajustado no 4T13, o maior desde o 4T11. Recorde de volume de vendas de minério de ferro e pelotas (305,6 Mt), cobre (353.000 t), ouro (297.000 oz) e carvão (8,1 Mt), e maiores vendas de níquel (261.000 t) desde 2008. www.vale.com rio@vale.com Departamento de Relações com Investidores Rogério T. Nogueira Viktor Moszkowicz Carla Albano Miller Andrea Gutman Marcelo Bonança Marcelo Lobato Marcio Loures Penna Samantha Pons Tel: (5521) 3814-4540 Recorde de produção de cobre (370.000 t), ouro (286.000 oz), carvão (8,8 Mt), rocha fosfática (8,3 Mt) e a maior marca anual em níquel (260.000 t) desde 2008. Redução substancial de custos e despesas em todos os negócios, economizando US$ 2,8 bilhões 2 em 2013 versus 2012, apesar do aumento do volume de vendas. Distribuição de um sólido dividendo de US$ 4,5 bilhões em 2013, e compromisso com o dividendo mínimo de US$ 4,2 bilhões em 2014, equivalente a um dividend yield de cerca de 6%, considerando o preço atual da ação. Um ano de obtenção de resultados do corte de custos, disciplina nos investimentos e foco no core business Redução de custo com produtos vendidos (CPV) de US$ 972 milhões (-3,7%) em 2013, apesar do aumento de vendas; queda no SG&A de US$ 865 milhões (- 38,6%), refletindo uma empresa mais enxuta; e redução nas despesas com pesquisa e desenvolvimento (P&D) de US$ 663 milhões (-44,9%), como consequência de um portfólio mais focado de exploração e desenvolvimento de projetos. Redução de investimentos, excluindo despesas com P&D, de US$ 2 bilhões em 2013 versus 2012, alcançando US$ 14,2 bilhões em 2013 e marcando mais um ano consecutivo de redução de investimentos. Desinvestimento de US$ 6,0 bilhões 3 de ativos non-core, reiterando nosso compromisso com a simplificação da base de ativos e foco gerencial. IFRS 4T13 1 EBITDA ajustado e EBIT ajustado referenciados ao longo do relatório excluem os itens não recorrentes. Para mais detalhes, veja as notas (a) e (b) no Anexo 3. 2 Excluindo depreciação e amortização e o efeito não recorrente da provisão de US$ 542 milhões de CFEM no 3T12. 3 Incluindo a venda da VLI, ainda sujeita a condições precedentes (US$ 2,056 bilhões). 1

Um ano de remoção de incertezas e de preparação dos alicerces de crescimento Resolução do imposto de renda e contribuição social sobre lucro de nossas subsidiárias estrangeiras, com a adesão ao acordo de refinanciamento de tributos federais (REFIS), reduzindo incertezas e permitindo aos executivos da Vale focar nas principais questões estratégicas e operacionais. Conclusão dos projetos necessários para o crescimento da produção de minério de ferro nos anos de 2014 a 2016: Conceição Itabiritos, Planta 2 (anteriormente conhecido como Adicional 40 Mtpa), e CLN 150, incluindo o Píer IV com o seu primeiro berço em Ponta da Madeira. Avanço positivo na questão relacionada a cavernas, dada a recente autorização para lavrar áreas adicionais do N4E, dando suporte para a meta anual de produção de 120 Mt em Carajás em 2014 e aumentando a confiança no programa de crescimento para 2015 e 2016. Recebimento de todas as licenças para implementação do S11D e sua respectiva logística, pavimentando o caminho para o crescimento da produção de minério de ferro para além de 2016. Ramp-up dos projetos de metais básicos (Salobo I já próximo da capacidade nominal, reinício de Onça Puma e avanços contínuos na Nova Caledônia), somado à conclusão de projetos importantes (Long Harbour e Totten), marcando o fim de um ciclo de investimento e posicionando o negócio para atingir sua meta de geração de caixa de US$ 4 a 6 bilhões nos próximos anos. O foco em saúde e segurança sustentou o bom desempenho dos indicadores em 2013. Nossos indicadores de saúde e segurança melhoraram em 2013, com a Taxa Total de Frequência de Acidentes (TRIFR) caindo de 2,8 para 2,6 4 por milhão de horas trabalhadas. Continuamos focados em atingir a meta de zero acidente em nossas operações. Olhando a frente, estamos comprometidos a entregar nossas promessas. Manteremos o foco no negócio e a disciplina com custo e investimento, enquanto trabalhamos com dedicação para completar nossos projetos em curso e entregar crescimento de volume. Estamos focados na geração de valor para os acionistas e comprometidos em usar o fluxo de caixa livre para apropriadamente reduzir o nosso nível de endividamento e distribuir dividendos crescentes para os nossos acionistas. IFRS 4T13 4 Por milhões de horas trabalhadas. 2

INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS¹ US$ milhões 2013 2012 2011 2010 2009 Receita operacional bruta 48.994 48.753 62.345 46.481 23.939 EBIT ajustado 17.537 14.430 28.748 21.695 6.057 Margem EBIT ajustado (%) 36,5 30,3 47,2 47,9 26,0 EBITDA ajustado 22.679 19.178 33.730 26.116 9.165 Margem EBITDA ajustado (%) 47,2 40,2 55,3 57,7 39,3 Lucro líquido básico 12.261 10.622 23.248 17.289 4.925 Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 2,38 2,08 4,43 3,26 0,92 Dívida bruta total 29.727 30.546 23.143 25.343 22.880 Dívida bruta/ebitda ajustado (x) 1,3 1,6 0,7 1,0 2,5 Investimentos (exclui P&D e aquisições) 14.233 16.196 16.252 11.569 8.002 ¹ Os anos de 2011-2013 foram ajustados de acordo com as regras IFRS e considerando frete na receita e CPV. Os anos de 2009-2010 foram contabilizados de acordo com USGAAP. US$ milhões 4T13 3T13 4T12 Receita operacional bruta 13.606 12.910 12.537 EBIT ajustado 5.002 4.777 2.971 Margem EBIT ajustado (%) 37,3 37,7 24,2 EBITDA ajustado 6.637 5.883 4.434 Margem EBITDA ajustado (%) 49,5 46,4 36,2 Lucro líquido básico 3.212 3.639 1.871 Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,62 0,71 0,36 Investimentos (exclui P&D e aquisições) 3.840 3.231 4.999 As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Compañia Minera Miski Mayo S.A.C., Ferrovia Centro-Atlântica S.A.(FCA), Ferrovia Norte Sul S.A, Mineração Corumbaense Reunida S.A., PT Vale Indonesia Tbk (anteriormente International Nickel Indonesia Tbk), Sociedad Contractual Minera Tres Valles, Vale Australia Pty Ltd., Vale International Holdings GMBH, Vale Canada Limited (anteriormente Vale Inco Limited), Vale Fertilizantes S.A., Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Mina do Azul S.A., Vale Moçambique S.A., Vale Nouvelle-Calédonie SAS, Vale Oman Pelletizing Company LLC e Vale Shipping Holding PTE Ltd. 3

RECEITA OPERACIONAL 4T13 Desempenho anual Em 2013, a receita operacional totalizou US$ 48,994 bilhões, ficando ligeiramente acima de 2012. O segmento de minerais ferrosos contribuiu com 72,0% da receita operacional, enquanto os metais básicos contribuíram com 14,9%, apesar do cenário mais fraco de preços de níquel, cobre e ouro em 2013. A participação dos fertilizantes na receita reduziu-se para 6,1% devido à combinação de menores volumes de vendas e preços durante o ano. A Ásia representou 54,2% da receita total em 2013 (somente a China representou 38,6%). A participação das Américas diminuiu para 23,7%, devido à redução no volume de vendas no Brasil, que representou 17,2% do total de vendas. A Europa recuperou alguma participação alcançando 17,9%. A receita de vendas para o Oriente Médio representou 3,0%. O resto do mundo contribuiu com 1,2% em 2013. Houve aumento de US$ 241 milhões na receita operacional em 2013 versus 2012. As variações positivas ano-a-ano consistiram em maiores volumes de vendas de metais básicos (US$ 1,373 bilhão), minério de ferro (US$ 674 milhões) e carvão metalúrgico (US$ 427 milhões) e preços mais elevados de minério de ferro (US$ 490 milhões). Estes efeitos foram parcialmente compensados por menores preços de metais básicos (-US$ 1,209 bilhão), fertilizantes (-US$ 393 milhões) e carvão metalúrgico (-US$ 310 milhões) e pela redução dos volumes de vendas de pelotas (-US$ 654 milhões) e fertilizantes (-US$ 407 milhões). Desempenho trimestral A receita operacional alcançou US$ 13,606 bilhões no 4T13, um aumento de 5,4% em relação ao 3T13, impulsionado principalmente por maiores volumes e preços de minério de ferro, que contribuíram com 80% do aumento na receita, seguido por maiores volumes de venda de pelotas. 4

RECEITA OPERACIONAL BRUTA POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 Minerais ferrosos 10.177 9.482 8.998 35.267 72,0 34.866 71,5 Minério de ferro 8.314 7.753 7.441 28.429 58,0 27.202 55,8 Pelotas 1.677 1.525 1.396 6.158 12,6 6.757 13,9 Manganês 99 119 72 333 0,7 234 0,5 Ferroligas 62 54 50 239 0,5 358 0,7 Serviços de operação de usinas de pelotização - - - - - 19 - Outros 25 31 40 110 0,2 296 0,6 Carvão 333 211 202 1.010 2,1 1.092 2,2 Carvão Metalúrgico 304 200 181 951 1,9 834 1,7 Carvão Térmico 29 11 21 59 0,1 258 0,5 Metais básicos 1.897 1.859 1.811 7.299 14,9 7.133 14,6 Níquel 957 865 1.015 3.889 7,9 4.145 8,5 Cobre 647 734 593 2.367 4,8 2.168 4,4 PGMs 132 116 75 477 1,0 383 0,8 Ouro 118 107 90 398 0,8 294 0,6 Prata 11 10 14 43 0,1 63 0,1 Cobalto 17 17 11 71 0,1 55 0,1 Outros 15 10 13 54 0,1 24 - Fertilizantes 591 812 930 2.977 6,1 3.777 7,7 Potássio 50 63 79 222 0,5 308 0,6 Fosfatados 423 621 622 2.120 4,3 2.583 5,3 Nitrogenados 95 104 208 543 1,1 801 1,6 Outros 23 24 21 92 0,2 85 0,2 Serviços de logística - carga geral 333 404 344 1.508 3,1 1.348 2,8 Ferrovias 260 315 281 1.210 2,5 1.202 2,5 Portos 73 89 63 298 0,6 146 0,3 Outros 275 142 252 932 1,9 536 1,1 Total 13.606 12.910 12.537 48.994 100,0 48.753 100,0 RECEITA OPERACIONAL BRUTA POR DESTINO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 América do Norte 610 539 547 2.383 4,9 2.378 4,9 América do Sul 2.064 2.346 2.246 9.193 18,8 9.905 20,3 Brasil 1.905 2.129 2.113 8.417 17,2 9.126 18,7 Outros 160 217 133 776 1,6 779 1,6 Ásia 7.868 7.298 7.349 26.558 54,2 26.617 54,6 China 5.687 5.240 5.411 18.920 38,6 17.636 36,2 Japão 1.163 1.178 1.010 4.035 8,2 4.931 10,1 Outros 1.018 880 928 3.602 7,4 4.050 8,3 Europa 2.432 2.252 1.921 8.762 17,9 8.202 16,8 Alemanha 920 877 826 3.285 6,7 2.937 6,0 Itália 271 201 204 1.055 2,2 1.311 2,7 Outros 1.241 1.174 891 4.422 9,0 (4.230) (8,7) Oriente Médio 458 325 329 1.494 3,0 1.162 2,4 Resto do mundo 173 149 145 604 1,2 490 1,0 Total 13.606 12.910 12.537 48.994 100,0 48.753 100,0 4T13 5

CUSTOS Custos e despesas, líquidos de depreciação e excluindo o efeito de provisão de CFEM no 3T12 (US$ 542 milhões), mostraram uma redução significativa em 2013, com economias de US$ 2,8 bilhões. Especificamente, os custos caíram US$ 1,063 bilhão e as despesas US$ 1,708 bilhão em relação a 2012, apesar de a Vale ter tido despesas não recorrentes com a parada de Rio Colorado de US$ 394 milhões 5. Custo dos produtos vendidos (CPV) Análise anual O CPV foi de US$ 25,477 bilhões em 2013, significando uma queda de US$ 972 milhões na comparação com os US$ 26,449 bilhões em 2012. A redução de custos de US$ 972 milhões pode ser decomposta nos seguintes fatores: (a) US$ 1,638 bilhão de queda de custos devido às variações na taxa de câmbio nominal; (b) US$ 1,692 bilhão de aumento de custos devido a maiores volumes; (c) US$ 1,026 bilhão devido à redução nominal de custos nas moedas onde operamos, apesar da inflação nesses países. A análise dos itens de custos individuais está líquida de efeitos volume e de variação cambial, com exceção dos custos com pessoal, energia, aquisição de produtos e depreciação. A análise de custos para cada negócio é parte da seção Performance do segmento de negócios. Análise trimestral No 4T13, o CPV foi de US$ 6,983 bilhões, aumentando US$ 20 milhões, após o ajuste dos efeitos de maiores volumes (US$ 389 milhões) e variação cambial (US$ 23 milhões) 6. Os principais efeitos negativos foram: custos com pessoal (US$ 76 milhões) e com energia (US$ 39 milhões), que foram parcialmente compensados por materiais (US$ 25 milhões) e serviços contratados (US$ 23 milhões). Esse aumento nos custos com pessoal se refere ao dissídio dos trabalhadores nas operações brasileiras e uma parte significativa ao impacto não recorrente nas provisões de férias e participação no resultado. CPV 4T13 x 3T13 Variações US$ milhões 3T13 Total 4T13 Volume cambial Outros 4T13x 3T13 Serviços contratados 1.069-14 4-23 -33 1.036 Materiais 1.077 37 13-25 25 1.102 Energia (Eletricidade, combustível & gás) 652-6 3 39 36 688 Aquisição de produtos 286 172-1 -33 138 424 Minério de ferro e pelotas 101 - - 27 27 128 Metais básicos 114 75 - -61 14 128 Outros produtos 71 96-1 2 97 168 Pessoal 868-3 2 76 75 943 Frete 872 164 - - 164 1.036 Depreciação 945 1 2 84 87 1.032 Serviços compartilhados 103-18 - - -18 85 Outros 679 55 2-99 42 637 Total 6.551 389 23 20 432 6.983 Disclaimer: Os efeitos de volume, variação cambial e outros não são números contábeis. O cálculo é simplificado com objetivos gerenciais. 5 Excluindo depreciação. 6 A composição do CPV por moedas no 4T13 foi: 53% em reais, 30% em dólares americanos, 13% em dólares canadenses, 3% em dólares australianos e 1% em outras moedas. 6

Os custos de serviços contratados somaram US$ 1,036 bilhão, uma queda de US$ 33 milhões em relação ao 3T13. Ajustando para os efeitos de maior volume (-US$ 14 milhões) e variação cambial (US$ 4 milhões), houve uma redução líquida de US$ 23 milhões, refletindo principalmente menores custos com metais básicos (US$ 41 milhões), devido ao fim da manutenção programada das operações de Thompson e Sudbury no 3T13. Os custos com materiais foram de US$ 1,102 bilhão, subindo US$ 25 milhões em relação ao 3T13. Ajustando para os efeitos de volume (US$ 37 milhões) e variação cambial (US$ 13 milhões), houve uma queda líquida de US$ 25 milhões, como consequência de menores custos com fertilizantes (US$ 14 milhões), devido à diminuição nos preços de enxofre e amônia, e menores custos de metais básicos (US$ 27 milhões), refletindo o fim da manutenção anual programada em Thompson e Sudbury. Os custos com consumo de energia (eletricidade, óleo combustível e gás) totalizaram US$ 688 milhões, representando um aumento de US$ 36 milhões em relação ao 3T13. Os custos com o consumo de eletricidade foram de US$ 181 milhões, consistindo em um aumento de US$ 5 milhões em relação ao 3T13. Os custos com óleo combustível e gás foram de US$ 507 milhões, US$ 31 milhões a mais do que no 3T13, refletindo o reajuste de 8% nos preços de óleo diesel no Brasil. Os custos de aquisição de produtos de terceiros, minério e produtos acabados foram de US$ 424 milhões contra US$ 286 milhões no 3T13. As compras de terceiros mais relevantes foram: A compra de minério de ferro que totalizou US$ 128 milhões, contra US$ 101 milhões no trimestre anterior. O volume de minério comprado de pequenas mineradoras foi de 3,8 Mt no 4T13, acima dos 2,6 Mt no 3T13. A compra de metais básicos aumentou de US$ 114 milhões no 3T13 para US$ 128 milhões, impactada pelo aumento do volume de níquel e cobre comprados de terceiros. Compramos 1.700 t de minério de níquel, na forma de produto acabado e intermediário, contra 1.600 t no 3T13. Adicionalmente, compramos 5.400 t de cobre contra 5.300 t no 3T13. Os custos com aquisição de outros produtos aumentaram de US$ 71 milhões para US$ 168 milhões no 4T13, refletindo o superávit nos contratos de energia existentes, que foi vendida no mercado spot. As receitas associadas são contabilizadas em Outras receitas. Os custos com pessoal totalizaram US$ 943 milhões, representando um aumento de US$ 75 milhões contra os US$ 868 milhões no 3T13. Os acordos coletivos bianuais com nossos empregados no Brasil aumentaram os custos com pessoal em US$ 64 milhões, refletindo o reajuste salarial de 6% em reais em novembro de 2013 e o impacto não recorrente do reajuste na provisão de férias e de participação do resultado. O bônus semestral para nossos empregados que trabalham em áreas remotas no Brasil (Carajás, Sossego e Onça Puma) foi pago ao longo do 4T13 e totalizou US$ 12 milhões. Os custos com frete marítimo alcançaram US$ 1,036 bilhão no 4T13. Conforme mencionado anteriormente, foram integralmente contabilizados como CPV. Os custos com frete no 4T13 aumentaram US$ 164 milhões em relação ao 3T13, devido ao maior volume CFR, uso de rotas diferentes e aumento do frete contratado no mercado spot. Depreciação e amortização totalizaram US$ 1,032 bilhão, contra US$ 945 milhões no 3T13, principalmente devido à maior depreciação de minério de ferro e pelotas (US$ 41 milhões) e níquel (US$ 58 milhões). Os custos com serviços compartilhados caíram para US$ 85 milhões no 4T13, diminuindo de US$ 103 milhões no trimestre anterior. Outros custos operacionais alcançaram US$ 637 milhões, diminuindo em relação aos US$ 679 milhões no 3T13. A taxa de fiscalização de recursos minerais (TFRM) totalizou US$ 54 milhões no 4T13 em linha com o 3T13. Os royalties (CFEM) atingiram US$ 131 milhões, um crescimento de US$ 25 milhões em relação ao 3T13, principalmente devido ao maior preço de minério. 7

COMPOSIÇÃO DO CPV 4T13 US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 Serviços contratados 1.036 1.069 1.153 3.951 15,5 4.769 18,0 Transportes 214 291 294 1.059 4,2 1.191 4,5 Manutenção 179 197 179 706 2,8 792 3,0 Serviços operacionais 212 147 296 591 2,3 1.131 4,3 Outros 431 434 385 1.595 6,3 1.656 6,3 Material 1.102 1.077 995 4.152 16,3 4.264 16,1 Peças sobressalentes e equipamentos de manutenção 332 321 301 1.222 4,8 1.417 5,4 Insumos 501 488 514 1.898 7,5 2.018 7,6 Pneus e correias transportadoras 56 49 59 297 1,2 233 0,9 Outros 212 219 121 735 2,9 595 2,2 Energia 688 652 749 2.600 10,2 2.937 11,1 Óleo combustível e gases 507 476 530 1.934 7,6 2.071 7,8 Energia elétrica 181 176 218 666 2,6 866 3,3 Aquisição de produtos 424 286 334 1.406 5,5 1.368 5,2 Minério de ferro e pelotas 128 101 115 405 1,6 699 2,6 Produtos de metais básicos 128 97 70 461 1,8 339 1,3 Outros produtos 168 88 148 541 2,1 330 1,2 Pessoal 943 868 923 3.433 13,5 3.545 13,4 Frete marítimo 1.036 872 922 3.190 12,5 2.801 10,6 Serviços compartilhados 85 103 73 363 1,4 303 1,1 Outros 637 679 741 2.504 9,8 2.673 10,1 Total de Custos antes de depreciação e amortização 5.951 5.606 5.889 21.598 84,8 22.660 85,7 Depreciação e amortização 1.032 945 1.083 3.879 15,2 3.789 14,3 Total de CPV (Custo dos Produtos Vendidos) 6.983 6.551 6.972 25.477 100,0 26.449 100,0 DESPESAS Análise anual Em 2013, as despesas somaram US$ 5,036 bilhões, o que significou uma queda de US$ 2,321 bilhões em relação aos US$ 7,357 bilhões de 2012, principalmente devido a menores despesas com SG&A, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e outras despesas, que foram parcialmente compensadas pelo aumento das despesas pré-operacionais e de parada 7. Excluindo o efeito da depreciação (US$ 429 milhões), o total das despesas foi de US$ 4,607 bilhões uma redução de US$ 1,708 bilhão 8 na comparação com 2012. A simplificação da nossa estrutura organizacional foi o principal fator para a redução de US$ 865 milhões no SG&A. Em 2013, as despesas com SG&A somaram US$ 1,375 bilhão, uma redução de 38,6% em relação aos US$ 2,240 bilhões de 2012, apresentando um bom resultado com uma economia maior que o nosso target de 20% para o ano. Em 2014, nossa meta é de reduzir as despesas com SG&A em 10%. Em 2013, as despesas com P&D foram de US$ 815 milhões, uma redução de US$ 285 milhões em relação ao orçamento para o ano de US$ 1,1 bilhão e US$ 663 milhões abaixo de 2012, uma queda de 45,0%. A diminuição do nosso portfólio de projetos e o fechamento de escritórios de exploração ao redor do mundo foram os principais responsáveis por esse resultado. Em 2014, continuaremos com foco de manter um eficiente portfólio de exploração. 7 Conforme mencionado anteriormente, revisamos o conceito de despesas pré-operacionais, de parada e capacidade ociosa para despesas préoperacionais e de parada. 8 Excluindo o efeito da provisão do CFEM (US$ 542 milhões) no 3T12. 8

As despesas pré-operacionais e de parada totalizaram US$ 1,859 bilhão em 2013, um aumento de US$ 267 milhões na comparação com 2012. As despesas pré-operacionais ficaram em linha com o ano anterior (US$ 1,231 bilhão em 2013 ante US$ 1,240 bilhão em 2012). Por outro lado, as despesas com parada aumentaram US$ 276 milhões, totalizando US$ 628 milhões, devido às maiores despesas no projeto Rio Colorado (US$ 381 milhões) em 2013. Outras despesas somaram US$ 987 milhões em 2013, contra US$ 2,047 bilhões em 2012, como resultado de menores contingências e provisões feitas durante o ano. Por exemplo, no 3T12 tivemos o impacto não recorrente das despesas de CFEM de US$ 542 milhões. Análise trimestral As despesas com SG&A 9 somaram US$ 362 milhões no 4T13, ficando US$ 47 milhões acima do 3T13. O aumento do SG&A ocorreu devido a maiores despesas administrativas (US$ 65 milhões), principalmente em razão do aumento na contratação de serviço de terceiros (US$ 27 milhões). As despesas com vendas caíram US$ 18 milhões, totalizando US$ 11 milhões no 4T13. Apesar do acordo coletivo de dois anos negociado com os empregados brasileiros, que resultou num reajuste de 6% em novembro de 2013, as despesas com pessoal aumentaram apenas US$ 4 milhões, totalizando US$ 121 milhões no 4T13. As despesas com P&D totalizaram US$ 276 milhões no 4T13, significando um aumento em relação aos US$ 205 milhões do 3T13. As despesas pré-operacionais e de parada caíram para US$ 473 milhões no 4T13 contra US$ 549 milhões no 3T13. As despesas pré-operacionais foram de US$ 321 milhões no 4T13, devido às despesas relacionadas à VNC (US$ 167 milhões), Long Harbour (US$ 65 milhões) e S11D (US$ 27 milhões). As despesas com VNC subiram US$ 38 milhões em relação ao 3T13, devido aos problemas operacionais com o duto de efluentes, que não apenas custou US$ 27 milhões para ser reparado, mas também causou uma parada na produção que impediu a diluição dos gastos pela produção e pelas vendas. Completamos o reparo de VNC com sucesso e a planta está reiniciando de maneira sequencial no início de janeiro de 2014. Em 2013 as despesas préoperacionais de VNC diminuíram para US$ 606 milhões de US$ 767 milhões em 2012. Nós continuamos a esperar o break-even em VNC durante 2014, quando custos e despesas serão equiparados pelas receitas. As despesas com parada alcançaram US$ 152 milhões no 4T13, refletindo principalmente as despesas com Rio Colorado (US$ 102 milhões) e a paralização das plantas de pelotização: Tubarão I e II e São Luís (US$ 24 milhões) e Onça Puma (US$ 22 milhões). Outras despesas operacionais 9 aumentaram US$ 30 milhões quando comparadas ao 3T13, totalizando US$ 310 milhões no 4T13. DESPESAS US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 SG&A 362 315 577 1.375 27,3 2.240 30,4 Administrativas 351 286 527 1.269 25,2 1.960 26,6 Pessoal 121 117 217 531 10,5 806 11,0 Serviços 116 89 144 343 6,8 489 6,6 Depreciação 52 46 69 194 3,9 240 3,3 Outros 62 34 97 201 4,0 425 5,8 Vendas 11 29 50 106 2,1 280 3,8 P&D 276 205 460 815 16,2 1.478 20,1 Despesas pré-operacionais e de parada 473 549 590 1.859 36,9 1.592 21,6 Outras despesas operacionais 310 280 688 987 19,6 2.047 27,8 Total¹ 1.421 1.349 2.315 5.036 100,0 7.357 100,0 ¹ Não inclui ganhos/perdas nas vendas de ativos 9 Incluindo depreciação. 9

LUCRO OPERACIONAL E GERAÇÃO DE CAIXA Desempenho anual A geração de caixa, medida pelo EBITDA ajustado alcançou US$ 22,679 bilhões em 2013, 18,3% acima dos US$ 19,178 bilhões em 2012. O aumento no EBITDA ajustado deveu-se principalmente aos nossos esforços de cortar custos e despesas, que resultaram na redução ano-a-ano de US$2,8 bilhões em 2013. O lucro operacional, medido pelo EBIT ajustado teve uma melhora significativa em relação ao ano anterior, totalizando US$ 17,537 bilhões em 2013, 21,5% acima dos US$ 14,430 bilhões em 2012. A margem EBIT ajustado subiu para 36,5% em 2013 versus 30,3% em 2012. A participação dos metais ferrosos na geração de caixa em 2013 diminuiu para 95,0% de 97,6% em 2012, enquanto a participação de metais básicos subiu para 7,2% de 3,1% no ano anterior. A participação de logística foi de 0,5%, enquanto fertilizantes e carvão tiveram uma contribuição negativa de -0,2% e -2,0%, respectivamente. Desempenho trimestral O EBITDA ajustado foi de US$ 6,637 bilhões no 4T13, 12,8% acima do 3T13. O efeito positivo dos preços mais elevados de minerais ferrosos e carvão (US$ 574 milhões) e maiores dividendos recebidos de empresas coligadas (US$ 437 milhões) foram os principais motivos para o aumento do EBITDA ajustado versus 3T13. Estes foram parcialmente mitigados pelo impacto de menores volumes de vendas de fertilizantes, logística de carga geral e outros (US$ 168 milhões) e menores preços de metais básicos, fertilizantes e logística de carga geral (US$ 136 milhões). O EBIT ajustado foi US$ 5,002 bilhões no 4T13, ligeiramente acima do 3T13. A margem EBIT ajustada foi 37,3% no 4T13, abaixo dos 37,7% no 3T13. Os principais itens excluídos para o cálculo do EBIT ajustado e EBITDA ajustado no 4T13 foram: (a) impairment em ativos, principalmente relacionado ao projeto Rio Colorado, (US$ 2,289 bilhões); (b) perda na venda da Tres Valles (US$ 215 milhões); e (c) impacto negativo do valor justo da venda da VLI (-US$ 151 milhões). EBITDA AJUSTADO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 2012 Receita operacional bruta 13.606 12.910 12.537 48.994 48.753 Receita operacional líquida 13.406 12.677 12.258 48.050 47.694 CPV (6.983) (6.551) (6.972) (25.477) (26.449) Despesas com vendas, gerais e administrativas (362) (315) (577) (1.375) (2.240) Pesquisa e desenvolvimento (276) (205) (460) (815) (1.478) Outras despesas operacionais (783) (829) (1.278) (2.846) (3.097) EBIT ajustado 5.002 4.777 2.971 17.537 14.430 Depreciação, amortização e exaustão 1.136 1.044 1.200 4.308 4.288 Dividendos recebidos 499 62 263 834 460 EBITDA ajustado 6.637 5.883 4.434 22.679 19.178 Efeitos não recorrentes excluídos da análise (2.664) (58) (4.152) (2.722) (5.071) 10

EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2.013 2.012 Minerais ferrosos 6.654 5.626 4.435 21.543 18.720 Carvão -82-72 -221-455 -389 Metais básicos 243 303 133 1.639 602 Fertilizantes -105-64 144-54 630 Logística -2 77 18 119 83 Outros -71 13-75 -113-468 Total 6.637 5.883 4.434 22.679 19.178 LUCRO LÍQUIDO Desempenho anual O lucro básico foi de US$ 12,261 bilhões em 2013, equivalente a US$ 2,38 por ação diluída, aumentando 15,4% em relação a 2012. Os efeitos não recorrentes, na sua maioria não caixa, excluídos para chegar no lucro básico totalizaram US$ 11,677 bilhões, incluindo principalmente: (a) despesas financeiras líquidas relacionadas ao REFIS (US$ 2,637 bilhões); (b) impairment em ativos, principalmente referente ao projeto de potássio Rio Colorado, (US$ 2,298 bilhões); (c) perda com variações monetárias e cambiais líquidas (US$ 2,928 bilhões); (d) perdas com derivativos para proteção de risco de câmbio e juros (US$ 861 milhões); (e) efeitos tributários dos ajustes descritos anteriormente (-US$ 1,402 bilhão); (f) efeitos tributários do REFIS líquidos de deduções (US$ 3,832 bilhões). Os efeitos do REFIS estão detalhados no box Acordo de refinanciamento de tributos federais (REFIS). Nosso lucro líquido reportado sob as regras do IFRS foi de US$ 584 milhões em 2013, equivalente a US$ 0,11 por ação, contra US$ 5,454 bilhões no ano anterior. O resultado positivo mesmo após todos os efeitos não recorrentes atesta a qualidade dos nossos ativos e operações, que foram capazes de absorver estes impacto pontuais. Desempenho trimestral O lucro básico no 4Q13 foi de US$ 3,212 bilhões, US$ 0,62 por ação, após excluir efeitos não recorrentes, principalmente relacionados ao REFIS e impairment. O lucro líquido, de acordo com o IFRS, acumulou prejuízo de US$ 6,451 bilhões no 4T13. As despesas financeiras líquidas foram de US$ 4,159 bilhões no 4T13, contra US$ 503 milhões no trimestre anterior, como detalhado na tabela de Resultado Financeiro do Anexo 1. Os principais itens das despesas financeiras líquidas incluem: (a) despesas financeiras de US$ 3,302 bilhões, principalmente devido aos encargos financeiros referentes ao REFIS; (b) receitas financeiras de US$ 350 milhões contra US$ 77 milhões no 3T13, como resultado da venda de ações da Hydro (US$ 214 milhões); (c) variações monetárias e cambiais líquidas de US$ 934 milhões, devido à depreciação de 5,0% do BRL contra o USD no 4T13; (d) perda na marcação a mercado dos derivativos no montante de US$ 273 milhões. O resultado de equivalência patrimonial totalizou US$ 116 milhões no 4T13, uma ligeira queda em relação aos US$ 128 milhões do 3T13. A maior parte veio do segmento de minerais ferrosos, com a Samarco totalizando US$ 122 milhões e a MRS US$ 33 milhões. As perdas da CSA reduziram parcialmente o resultado de equivalência patrimonial em US$ 46 milhões. 11

LUCRO LÍQUIDO BÁSICO milhões de US$ 4T13 3T13 4T12 2013 2012 Lucro líquido básico 3.212 3.639 1.871 12.261 10.622 Itens excluídos do lucro líquido básico Impairment em ativos -2.298 - -4.023-2.298-4.023 Ganho (perda) na venda de ativos -366-58 -129-424 -506 Imposto de renda em impairment diferido - - 1.627-1.627 Reversão de imposto de renda diferido - - - - 1.236 Impairment em investimentos - - -1.941 - -1.941 Debêntures participativas -16-109 45-381 -464 Ganho (perda) de variação cambial e monetária, líquido -934-110 -139-2.928-1.890 Swaps de moedas e taxas de juros -226 69-2 -861-272 Ganho (perda) na venda de investimentos 41 - - 41 - Fair value de instrumentos financeiros mantidos a venda 214 - - 214 - Outros 27 - - 27 - Despesas financeiras - REFIS -2.637 - - -2.637 - Efeitos no imposto sobre itens ajustados 364 71 77 1.402 1.065 Imposto de renda - REFIS -3.832 - - -3.832 - Lucro líquido -6.451 3.502-2.615 584 5.454 12

ACORDO DE REFINANCIAMENTO DE TRIBUTOS FEDERAIS (REFIS) Em novembro de 2013, decidimos aderir ao acordo de refinanciamento de tributos federais (REFIS) referente ao pagamento de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido de controladas e coligadas do lucro gerado no exterior para os anos de 2003 a 2012. Sob as condições do REFIS, as dívidas até o final de dezembro de 2012 estimadas em R$ 45,0 bilhões (US$ 19,605 bilhões) poderiam ser pagas da seguinte forma: (a) pagamento à vista, com 100% de redução das multas, juros, juros sobre multas e encargos ou (b) 20% à vista e restante em 180 parcelas mensais ajustadas pela SELIC, com redução de 80% das multas, 50% dos juros e 100% dos encargos. Adicionalmente, prejuízos acumulados poderiam ser usados como pagamento. Decidimos pelo pagamento à vista do principal para os anos de 2003, 2004 e 2006 e o parcelamento do principal, multas e juros para 2005 e 2007 até 2012, resultando em um total de R$ 22,325 bilhões, líquido do prejuízo acumulado. Consequentemente, no fim de novembro, anunciamos o pagamento de R$ 5,965 bilhões (US$ 2,555 bilhões) à vista e R$16,360 bilhões (US$ 7,037 bilhões) a serem pagos em 179 parcelas mensais ajustadas pela SELIC. O impacto do reconhecimento do REFIS no lucro líquido de 2013 foi de R$ 14,814 bilhões (US$ 6,469 bilhões), R$ 6,039 bilhões (US$ 2,637 bilhões) de despesas financeiras e R$ 8,775 bilhões (US$ 3,832 bilhões) de impostos. Conforme apresentado na tabela abaixo, o impacto no lucro líquido foi menor do que os R$ 20,725 bilhões (US$ 8,914 bilhões) inicialmente estimados em novembro de 2013. A redução se deu em decorrência da Lei 12.865/2013, que com a alteração trazida pela da MP 627/2013 determina, explicitamente, em seu parágrafo 15 do artigo 40, que a redução de multas, juros e encargos do REFIS não será computada na apuração da base de cálculo para fins de imposto de renda no Brasil. REFIS IMPACTO NO LUCRO LÌQUIDO R$ milhões Contingências sem o REFIS REFIS - estimativas de novembro 2013 REFIS realizado, Lei 12.865 Principal REFIS (17.084) (17.084) (17.084) Deduções¹ 8.309 2.398 8.309 Efeito líquido no imposto (8.775) (14.686) (8.775) Despesas financeiras² (27.916) (6.039) (6.039) Efeito no lucro líquido (36.691) (20.725) (14.814) ¹ Inclui efeitos tributários de juros, juros sobre multas e encargos, assim como prejuízos acumulados. ² Multas, juros, juros sobre multas e encargos. A adesão ao REFIS resultou em considerável redução dos valores em discussão, ao mesmo tempo que preserva potenciais benefícios de recursos legais relacionados ao regime tributário de subsidiárias no exterior. 13

INVESTIMENTOS 4T13 A partir deste relatório em diante, gastos com P&D não estarão incluídos no valor de investimentos. Investimentos são compostos de execução de projetos e manutenção de operações existentes, e são baseados em desembolsos. Em 2013, os investimentos da Vale (execução de projetos e manutenção) foram de US$ 14,233 bilhões. Isto representa uma redução de US$ 1,963 bilhão quando comparado aos US$ 16,196 bilhões gastos em 2012. Foram investidos US$ 9,648 bilhões para execução de projetos e US$ 4,585 bilhões para manutenção de operações existentes. Desinvestimentos de negócios non-core totalizaram US$ 6,024 bilhões. INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO - 2013 US$ milhões Projetos % Manutenção % Total % Minerais ferrosos 4.926 51,1 2.224 48,5 7.150 50,2 Carvão 1.346 14,0 165 3,6 1.511 10,6 Metais básicos 1.718 17,8 1.309 28,5 3.027 21,3 Fertilizantes 780 8,1 378 8,2 1.159 8,1 Serviços de logística - carga geral 353 3,7 249 5,4 603 4,2 Energia 209 2,2 6 0,1 214 1,5 Aço 315 3,3 - - 315 2,2 Outros - - 255 5,6 255 1,8 Total 9.648 100,0 4.585 100,0 14.233 100,0 EXECUÇÃO DE PROJETOS A Vale tem consistentemente reduzido seus investimentos em execução de projetos, de US$ 11,580 bilhões em 2012 para US$ 9,648 bilhões em 2013, conforme os projetos estão sendo entregues. Minerais ferrosos representaram mais de 50% de nossos investimentos em execução de projetos e, somados, carvão e metais básicos representaram mais de 30% do total. EXECUÇÃO DE PROJETOS POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 Minerais ferrosos 1.367 1.161 1.673 4.926 51,1 5.747 49,6 Carvão 514 392 281 1.346 14,0 943 8,1 Metais básicos 319 291 655 1.718 17,8 2.491 21,5 Fertilizantes 86 141 440 780 8,1 1.467 12,7 Serviços de logística - carga geral 78 65 152 353 3,7 298 2,6 Energia 72 22 121 209 2,2 286 2,5 Aço 11 65 64 315 3,3 348 3,0 Total 2.447 2.136 3.386 9.648 100,0 11.580 100,0 Minerais ferrosos Em 2013, nossos investimentos no segmento de minerais ferrosos foram de US$ 4,926 bilhões, dedicados principalmente às iniciativas de crescimento no negócio de minério de ferro, especificamente: (a) expansão de Carajás e infraestrutura relacionada US$ 2,718 bilhões; (b) projetos Itabiritos US$ 1,087 bilhão; e (c) rede de distribuição global US$ 673 milhões. A expansão em Carajás atingiu marcos importante ao longo do ano. Iniciamos o ramp-up da Planta 2 (uma planta de processamento a seco com capacidade de 40 Mtpa), entregamos o Píer IV com seu primeiro berço no terminal 14

marítimo de Ponta da Madeira (PDM) atualmente com capacidade de 150 Mtpa e aumentamos a capacidade da ferrovia de Carajás (EFC) para 128 Mtpa. Em 2013, obtivemos duas licenças essenciais para o S11D e logística associada. O S11D, nosso mais importante projeto de minério de ferro, recebeu a licença de instalação (LI) para o ramal ferroviário que vai ligar a região sul de Carajás com a EFC e a LI para o desenvolvimento da mina e construção da planta. Progrediram bem o pre-stripping da mina e a montagem eletromecânica off-site dos módulos. No 4T13, iniciamos o projeto de Conceição Itabiritos (CI), com investimentos de US$ 249 milhões no ano. CI é o primeiro de nossos projetos Itabiritos, que irão melhorar a qualidade e estender a vida útil das minas, permitindo a total utilização da capacidade de infraestrutura dos Sistemas Sul e Sudeste. Conceição Itabiritos II e Vargem Grande Itabiritos atingiram aproximadamente 80% de avanço físico, e Cauê Itabiritos começou a montagem eletromecânica dos prédios de peneiramento quaternário e moagem. Finalizamos o sistema de descarregamento em nosso centro de distribuição na Malásia, Teluk Rubiah, e teremos o pátio de estocagem pronto para iniciar as operações no 2S14. Carvão Nossos investimentos em Moçambique ganharam vigor durante 2013. Foi investido US$ 1,315 bilhão na duplicação das operações de carvão metalúrgico e na construção da infraestrutura de porto e ferrovia de Nacala. Moatize II já está com mais da metade do projeto concluído, e as obras civis nas plantas de processamento estão progredindo bem. O porto e a ferrovia alcançaram 42% e 40% de avanço físico em 2013, respectivamente. As seções greenfield em Moçambique e no Malawi, que possibilitarão a conexão entre a mina de Moatize e o porto de Nacala, atingiram 56% de avanço físico, e espera-se que o primeiro trem circule no fim de 2014, com a capacidade ferroviária de 11 Mtpa. As obras para melhoria das seções existentes da ferrovia vão se estender até 2016, aumentando a capacidade para até 18 Mtpa. Metais básicos Ao longo de 2013, concluímos dois projetos de níquel Long Harbour e Totten. A refinaria hidrometalúrgica de Long Harbour, com investimentos de US$ 1,030 bilhão no ano, teve a construção concluída e está sendo comissionada. A mina de Totten, com investimentos de US$ 172 milhões em 2013, está iniciando as operações. Quando o ramp-up for concluído, é esperado que a mina forneça mais de 8.000 t de níquel por ano e mais de 10.000 t de cobre por ano. Salobo II atingiu 90% de avanço físico com comissionamento em curso. Salobo II deve ficar pronta no 1S14 e esperamos um sólido ramp-up, como resultado das lições aprendidas com Salobo I. 15

DESCRIÇÃO E STATUS DOS PRINCIPAIS PROJETOS Projeto Descrição Projetos de minerais ferrosos Capacidade Mtpa Status Carajás Serra Sul S11D CLN S11D Serra Leste V. Grande Itabiritos Conceição Itabiritos II Cauê Itabiritos Samarco IV² Tubarão VIII Teluk Rubiah CSP 2 Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na serra sul de Carajás, Pará Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km Aquisição de vagões, locomotivas e expansões onshore e offshore no terminal marítimo de Ponta da Madeira Construção de nova planta de processamento, localizada em Carajás, Pará Construção da nova planta de beneficiamento de minério de ferro, localizada no Sistema Sul, Minas Gerais Adaptação da planta existente para processamento de itabiritos de baixo teor da mina de Conceição, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais Adaptação da planta para processamento de itabiritos de baixo teor do hub de Minas do Meio, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais Construção da quarta usina de pelotização, expansão da mina, mineroduto e infraestrutura do terminal marítimo Construção da oitava usina de pelotização do complexo de Tubarão, Espírito Santo Construção de pátio de estocagem e terminal marítimo para receber navios de 400,000 dwt, localizado em Teluk Rubiah, Malásia Desenvolvimento de uma planta de placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará 90 Montagem eletromecânica dos módulos alcançou 47% de conclusão Licença de instalação emitida 230 (80¹) Autorização emitida pela ANTT para todas as obras civis necessárias na construção da EFC Terraplanagem para duplicação da ferrovia e obras do ramal ferroviário para conectar a mina à EFC em andamento Licença de instalação emitida 6 Montagem eletromecânica da subestação principal e energização da planta de processamento concluída Pre stripping iniciado e comissionamento da estação de tratamento de minério de ferro em andamento Licença de instalação emitida 10 Montagem das estruturas metálicas e equipamento de beneficiamento de minério em andamento Obras para a correia transportadora de longa distância e terminal ferroviário do Andaime em andamento Licença de operação esperada para 1S14 19 (-¹) Montagem das estruturas metálicas das células de flotação e obras civis do sistema de alimentação de bolas concluídas Engenharia civil, montagem da estrutura metálica e montagem eletromecânica de equipamentos em curso Licença de instalação emitida 24 (4¹) Montagem eletromecânica do peneiramento quaternário e moagem iniciada Obras civis, recebimento da estrutura metálica e de equipamentos em curso Licença prévia e de instalação para a nova britagem primária esperadas para 1S15 4,2 Comissionamento em fase final Preaquecimento do forno de pelotização iniciado Integralmente financiado pela Samarco não incluído no capex da Vale 7,5 Teste com carga de pelotização realizado Comissionamento em fase final Licença de operação esperada para 1S14 60 Sistema de descarregamento pronto para receber primeiro navio Concretagem do menor píer de exportação concluída 1,5 Obras civis e montagem eletromecânica em curso Licença prévia e de instalação emitidas 16

DESCRIÇÃO E STATUS DOS PRINCIPAIS PROJETOS Projeto Descrição Capacidade Mtpa Status Projetos de carvão Moatize II Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada, localizada em Tete, Moçambique 11 Terraplanagem concluída Obras civis em progresso, com fundação de concreto nas áreas do britador primário, CHPP e veículos pesados bem avançados. Corredor Nacala Infraestrutura de ferrovia e porto conectando o complexo de Moatize ao terminal marítimo de Nacala-à-Velha, localizado em Nacala, Moçambique 18 Entrega de trilhos e dormentes para seção entre Moatize e a fronteira do Malawi em curso Terraplanagem, drenagem e obras civis para a seção da ferrovia entre Malawi e Moçambique em curso Montagem da empilhadeira e correia transportadora no porto iniciada Projetos de metais básicos Salobo II Expansão de Salobo, elevação da barragem e aumento da capacidade da mina, localizada em Marabá, Pará 100.000 tpa Teste das tubulações de utilidades de filtragem concluído Montagem eletromecânica da planta em curso Licença de operação esperada para 1S14 Na tabela a seguir não incluímos as despesas pré-operacionais no investimento esperado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de investimento total esperado, de acordo com o processo de aprovação do Conselho de Administração. INDICADORES DE PROGRESSO Projeto Capacidade Mtpa Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2013 Total Capex estimado US$ milhões 2014 Total Avanço físico Projeto de minerais ferrosos Carajás Serra Sul S11D 90 2S16 818 2.631 1.091 8.089 48% CLN S11D 230 (80 1 ) 1S14 até 2S18 696 1.156 1.914 11.582 13% Serra Leste 6 2S14 140 432 34 478 72% V. Grande Itabiritos Conceição Itabiritos II 10 2S14 376 1.292 376 1.910 80% 19 (- 1 ) 2S14 228 652 240 1.189 79% Cauê Itabiritos 24 (4 1 ) 2S15 233 353 373 1.504 47% Samarco IV 4,2 1S14 - - - 1.625 98% Tubarão VIII 7,5 1S14 194 1.084 154 1.321 95% Teluk Rubiah 60 2S14 490 1.003 278 1.371 94% CSP 2 1,5 2S15 297 873 197 2.570 46% 17

INDICADORES DE PROGRESSO Projeto Capacidade Mtpa Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2013 Total Capex estimado US$ milhões 2014 Total Avanço físico Projetos de carvão Moatize II 11 2S15 383 839 761 2.068 53% Corredor Nacala 18 2S14 932 1.341 1.812 4.444 41% Projetos de metais básicos Salobo II 100.000 tpa 1S14 294 1.054 332 1.707 93% 1 Capacidade líquida adicional. 2 Relativo à participação da Vale no projeto. CAPEX DE MANUTENÇÂO DAS OPERAÇÔES EXISTENTES O capex de manutenção das operações tem sido estável nos últimos 3 anos. Em 2013 este alcançou US$ 4,585 bilhões, representando 5,0% da nossa base de ativos e ligeiramente abaixo do nível de 2012. Minerais ferrosos representaram 48% e, somando, minerais ferrosos e metais básicos corresponderam por mais de 77% do total. O capex de manutenção das operações de minerais ferrosos incluiu: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 684 milhões), (b) expansão das barragens de rejeitos (US$ 284 milhões), (c) melhoria de infraestrutura (US$ 193 milhões) e (d) melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 110 milhões). Manutenção de ferrovias e portos que servem nossas operações de mineração no Brasil totalizou US$ 738 milhões. O capex de manutenção das operações de metais básicos foi dedicado principalmente à reconstrução do forno 1 de Onça Puma (US$ 166 milhões), ao projeto AER (redução de emissão atmosférica) em Sudbury (US$ 137 milhões), ao desenvolvimento de jazidas de minério e aumento das taxas de recuperação e teor nas minas de níquel (US$ 136 milhões), e à execução de projetos relacionados à melhoria dos processos de produção nas minas de cobre (US$ 68 milhões). Investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 1,280 bilhão em 2013, dos quais US$ 1,015 bilhão foi destinado para a proteção e conservação ambiental e US$ 265 milhões para projetos sociais. INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 2013 % 2013 2012 % 2012 Minerais ferrosos 630 498 715 2.224 48,5 2.135 46,2 Carvão 68 45 102 165 3,6 207 4,5 Metais básicos 451 286 470 1.309 28,5 1.202 26,0 Fertilizantes 120 121 118 378 8,2 370 8,0 Serviços de logística - carga geral 45 77 84 249 5,4 293 6,4 Energia 4-3 6 0,1 6 0,1 Aço - - (0) - - - - Outros 75 68 122 255 5,6 403 8,7 Total 1.393 1.095 1.614 4.585 100,0 4.616 100,0 18

GESTÂO DE PORTFÓLIO 4T13 Em 2013 desinvestimos ativos non-core e continuamos com a simplificação do nosso portfólio, ao mesmo tempo em que geramos valor. Os principais desinvestimentos no ano foram: (i) a venda de participações na Hydro por US$ 1,811 bilhão, (ii) acordos para venda de participações no total de 62,4% da nossa subsidiária integral VLI por R$ 2,7 bilhões a serem pagos diretamente a nós e R$ 2,0 bilhões em aportes para a VLI (ainda sujeitos a condições precedentes) e (iii) a venda de gold stream das minas de Salobo e Sudbury - por US$1,9 bilhão à vista e 10 milhões de warrants da Silver Wheaton, mais pagamentos contínuos iguais ao menor valor entre US$ 400 por onça de ouro e o preço de mercado do ouro. Também vendemos nossas participações na Log-in por US$ 99 milhões, na Fosbrasil por US$ 45 milhões e em Tres Valles por US$ 25 milhões. Tivemos US$ 268 milhões em aquisições durante o ano, como resultado de direitos anteriores que foram exercidos. Nós exercemos a opção de compra da participação remanescente de 24,5% da Belvedere, um projeto de carvão em estágio inicial ainda sujeito a aprovação do Conselho, em Queensland, Austrália por A$ 150 milhões (US$ 156 milhões). Belvedere, de acordo com nossas estimativas preliminares, possui uma extensa reserva de carvão metalúrgico e tem potencial para produzir até 7,0 Mtpa. Também adquirimos uma participação adicional de 12,47% nas usinas hidrelétricas Capim Branco I e II da Suzano Papel e Celulose S.A. por US$ 112 milhões, como resultado do exercício do nosso direito de preferência. Até o final de 2013, entramos em negociações com a CEMIG Geração e Transmissão S.A. ( CEMIG GT ), ainda sujeitas a condições precedentes, para reestruturar nossos investimentos em geração de energia. Como resultado nós concordamos em vender 49% de nossa participação de 9% na Norte Energia S.A., empresa criada para desenvolver e operar a usina hidrelétrica de Belo Monte, por aproximadamente US$ 88 milhões, e criamos uma joint venture que deterá certos ativos e projetos de geração de energia que suprirão as operações da Vale. INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Durante o ano, a Vale manteve seu nível de dívida absoluta com forte fluxo de caixa operacional e desinvestimentos apoiando investimentos, pagamento de dividendos e o pagamento à vista do acordo do REFIS. Além disso, a dívida líquida no final do ano seria menor se considerarmos os recursos das transações ainda sujeitas às condições precedentes, principalmente VLI. Em 31 de dezembro de 2013 a dívida líquida era de US$ 24,403 bilhões: US$ 29,727 bilhões de dívida total e US$ 5,324 bilhões de posição em caixa 10. A posição de caixa não inclui recursos provenientes da venda da participação na VLI, sujeita às condições precedentes e, mais importante, à análise e aprovação pelo órgão regulador antitruste CADE, que está em andamento. A alavancagem, medida pela relação dívida total/ltm EBITDA ajustado (d), excluindo efeitos não recorrentes, diminuiu para 1,3x de 1,5x em 30 de setembro de 2013. A relação dívida total/enterprise value (e) se manteve estável em 29%. Em 31 de dezembro de 2013, o prazo médio da dívida de 9,9 anos ficou em linha com o nosso objetivo de manter um longo prazo médio de dívida para minimizar os riscos de refinanciamentos. O custo médio da dívida medido em dólares americanos ficou estável na comparação com o trimestre anterior em 4,59% ao ano em 31 de dezembro de 2013. O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM EBITDA ajustado excluindo efeitos não recorrentes/ltm pagamento de juros (f) aumentou para 14,8x em 31 de dezembro de 2013, ante 13,8x registrado no trimestre anterior. Considerando as posições de hedge com taxas de juros, o saldo da total dívida em 31 de dezembro de 2013 era composto de 30% de saldo atrelado a taxas de juros flutuantes e 70% a taxas fixas. Considerando os hedges com moedas, 98% da nossa dívida era denominada em dólares americanos e o restante denominado em outras moedas. 10 O saldo em caixa inclui caixa e caixa equivalentes, além de investimentos de curto prazo totalizando US$ 3 milhões em 31 de dezembro de 2013. 19

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO US$ milhões 4T13 3T13 4T12 Dívida bruta 29.727 29.776 30.546 Dívida líquida 24.403 22.574 24.468 Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,3 1,5 1,6 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 14,8 13,8 14,7 Dívida bruta / EV (%) 28,7 28,8 22,5 O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS Minério de ferro e pelotas continuaram a liderar o EBITDA ajustado em 2013. Os metais básicos tiveram uma significativa melhora no ano. Carvão, fertilizantes e outros produtos contribuíram negativamente para o EBITDA ajustado. INFORMAÇÕES DOS SEGMENTOS - 2013, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis milhões de US$ Receita operacional líquida Custos¹ Despesas¹ P&D Préoperacional e de parada¹ Dividendos EBITDA Ajustado² Minerais ferrosos 34.792 (11.849) (1.402) (326) (387) 715 21.543 Minério de ferro 28.137 (9.153) (1.261) (314) (244) 65 17.230 Pelotas 6.000 (2.299) (110) (12) (130) 650 4.099 Manganês e ferroligas 523 (317) (34) - (13) - 159 Outros 132 (80) 3 - - - 55 Carvão 1.010 (1.147) (262) (49) (47) 40 (455) Metais básicos 7.286 (4.665) (1) (218) (763) - 1.639 Fertilizantes 2.814 (2.190) (197) (53) (428) - (54) Serviços de logística - carga geral 1.283 (1.078) (72) (14) - - 119 Outros 865 (669) (233) (155) - 79 (113) Total 48.050 (21.598) (2.167) (815) (1.625) 834 22.679 ¹ Excluindo depreciação e amortização ² Excluindo itens não recorrentes Minerais ferrosos Desempenho anual Minério de ferro O EBITDA ajustado de minério de ferro em 2013 foi de US$ 17,230 bilhões, 18,8% maior do que no ano anterior. O aumento de US$ 2,727 bilhões foi resultado sobretudo dos nossos esforços para reduzir custos e despesas (US$ 1,350 bilhões), seguidos pelo impacto positivo de variação cambial (US$ 640 milhões), maiores preços (US$ 514 milhões) e volumes de venda (US$ 217 milhões). A receita bruta das vendas de minério de ferro foi de US$ 28,429 bilhões em 2013, 4,5% maior do que em 2012. O volume de vendas contribuiu com US$ 692 milhões e preços com US$ 535 milhões para o aumento da receita de vendas em comparação com 2012. O volume de vendas atingiu o recorde de 264,6 Mt em 2013, dando suporte ao recorde de vendas de minério de ferro e pelotas de 305,6 Mt. O uso de estoques e maior aquisição de minério de ferro de terceiros foram os principais fatores que contribuíram para o aumento das vendas em relação aos 258,1 Mt no ano anterior. O preço 20