UFRJ Economia Internacional Prof. Alexandre B. Cunha P1 2017/1 Resolva 2 (duas) das 3 (três) questões. (1) Considere a versão ampliada modelo monetário do balanço de pagamentos discutida em KO e em aula. Enuncie as equações constituintes desse modelo. Em seguida obtenha a sua equação fundamental. Por fim, utilize essa relação para discutir o impacto de uma expansão no nível de M sobre o valor de longo prazo de E. (2) Utilize a análise gráfica desenvolvida em KO e em aula para discutir os efeitos, de curto prazo, sobre E de uma redução na demanda de moeda. Mantenha Y constante ao longo da sua análise. (3) Assuma que a oferta agregada de curto prazo é positivamente inclinada. Utilize o modelo IS-LM para discutir os efeitos de curto e longo prazo de um acréscimo em T sobre os valores de equilíbrio de Y, R e P. Gabarito Sintético (1) Equações constituintes: E = qp/p* ; P = M/L(R,Y) ; P* = M*/L(R*,Y*). Equação fundamental: = (, ) (, ). Uma mudança em M não impacta as variáveis externas M*, R*, e Y*. O produto de longo prazo (Y) também não depende de fatores monetários. Adicionalmente, em um equilíbrio de longo prazo a taxa de juros nominal satisfaz a igualdade R = r + µ. Como r e q também não dependem de fatores monetários, podemos concluir que a expansão no nível de M não afeta nenhuma demais das variáveis do lado direito da equação fundamental. Desta forma, ocorre uma elevação em E. (2) Inicialmente, observe que como (i) M/P = L(R,Y), (ii) os valores de longo prazo de R e Y não se alteram e (iii) M permanece constante, será necessário que P cresça no longo prazo. Consequentemente, também ocorrerá uma elevação em E no longo prazo. Isso faz com que E e cresça ainda no curto prazo. Observação: é preciso explicar o gráfico.
(3) Observação: é preciso explicar o gráfico.
UFRJ Economia Internacional Prof. Alexandre B. Cunha P2 2017/1 Resolva 2 (duas) das 3 (três) questões. (1) Considere uma pequena nação que toma a taxa internacional de juros como dada. Assuma que a oferta agregada de curto prazo é positivamente inclinada. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de curto prazo de uma expansão monetária sobre os valores de equilíbrio de Y, R e P no regime de câmbio flutuante quando há perfeita mobilidade de capital. (2) Suponha que o mundo é composto somente por dois grandes países, H e F. Há perfeita mobilidade de capitais entre as duas nações. O país H segue uma política de câmbio fixo, ao passo que o governo da outra nação não tem qualquer preocupação com a taxa de câmbio. Assuma que ambas as ofertas agregadas são perfeitamente elásticas. Utilize o modelo Mundell-Fleming para discutir os efeitos de uma expansão fiscal em H sobre os valores de equilíbrio de Y (em ambos os países), E (ou seja, a taxa de câmbio entre as moedas de H e F) e R (em ambos os países). (3) Considere uma pequena nação que está no regime de câmbio fixo e tem mobilidade de capital imperfeita. Suponha que P é constante e que a inclinação da curva BP é menor do que a da curva LM. O governo adota uma política fiscal expansionista e mantém α constante. Utilize o modelo IS-LM-BP para discutir os impactos de tal evento sobre Y e R.
Respostas (completas) (1) As curvas relevantes na situação inicial (ou seja, antes da expansão monetária) são BP, OA CP e aquelas indexadas por 0. O equilíbrio inicial é ilustrado pelos pontos A 0 e B 0. A expansão monetária faz com que a curva LM se desloque para direita (de LM 0 para LM ). Como a economia está no regime de câmbio flutuante, é necessário que E se ajuste para restabelecer o equilíbrio (mantido o nível de preços no patamar P 0 ) no gráfico superior. Mais especificamente, a curva IS se desloca para direita (de IS 0 para IS )
devido a uma depreciação cambial. Os deslocamentos de IS e LM fazem com que a curva DA se desloque para a direita (de DA 0 para DA 1 ). Temos então um novo equilíbrio (ponto B 1 ) no gráfico inferior. A elevação do nível de preços de P 0 para P 1 faz com que a curva LM se desloque para a esquerda (de LM para LM 1 ). A curva IS também se move para a esquerda (de IS para IS 1 ). Esse último deslocamento é devido ao crescimento de P e, muito provavelmente, a uma nova alteração em E. Concluímos então que o ponto A 1 no gráfico superior é o equilíbrio de curto prazo correspondente ao equilíbrio B 1 no outro gráfico. A comparação dos equilíbrios indexados por 0 e 1 nos permite concluir que Y e P crescem, ao passo que R não se altera. (2) O fato das ofertas agregadas serem perfeitamente elásticas garante que o nível de preços de cada país não se alterará, sendo assim desnecessário utilizar os gráficos com as curvas de oferta e demanda agregada. As curvas relevantes na situação inicial (ou seja, antes da expansão fiscal em H) são IS, LM, IS F e LM F. A economia H está em equilíbrio no ponto A, ao passo F está em equilíbrio no ponto A. A expansão fiscal faz com que a curva IS da nação H se desloque para a direita (de IS para IS ). Tendo em vista que >, ocorre uma fuga de capitais de F para H. Esse movimento gera uma pressão no sentido de apreciar a moeda de H. Porém, como esse país está no regime de câmbio fixo, o seu banco central será obrigado a comprar moeda estrangeira. Desta forma, a curva LM H se deslocará endogenamente para a esquerda até que R H seja igual a ; ou seja, a curva em questão se desloca de LM para LM. Podemos então verificar que a economia H atinge um novo equilíbrio no ponto A, ao passo que o equilíbrio em F não se altera. Esse último fato é ilustrado pela igualdade A = A. A comparação dos equilíbrios indexados por 0 e 1 estabelece que Y H cresce, ao passo que Y F, R F e R H não se alteram. Por fim, como H opera no regime de câmbio fixo, E permanece constante.
(3) As curvas relevantes na situação inicial são BP, IS 0 e LM 0 ; a economia está em equilíbrio no ponto A 0. A expansão fiscal faz com que a curva IS se desloque de IS 0 para IS 1. Tendo em vista que α e E permanecem constantes, é necessário que a oferta de moeda se ajuste endogenamente para que o equilíbrio seja reestabelecido. Desta forma, a curva LM se desloca de LM 0 para LM 1 e o novo equilíbrio ocorre no ponto A 1. Concluímos então que há um crescimento de ambas as variáveis (Y e R).