PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO

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Transcrição:

PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GÁS E TERMOELÉTRICAS 1 ABRIL DE 2011 Nivalde J. de Castro Daniel C. L. Langone

ÍNDICE SUMÁRIO EXECUTIVO... 3 1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO E TRANSPORTE...5 2-CONSUMO DE GÁS NATURAL...6 3-PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL...7 4-ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS...8 (1) Participou da elaboração deste relatório como pesquisador Roberto Brandão 2

SUMÁRIO EXECUTIVO Este relatório está esquematizado em grupos de assuntos relacionados ao setor de Gás e às usinas termelétricas. São eles: i) descobertas, exploração, produção e transporte de GN; ii) consumo de GN; iii) preço e comercialização do gás natural; iv) aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Estes grupos possuem subgrupos nos quais tornam o relatório ainda mais fácil para a busca encadeada dos fatos durante o mês. No primeiro tópico, no qual se relaciona as principais informações veiculadas sobre ofertas de gás natural, encontram-se as divisões Operação e Dados estatísticos. Em Operação, citamos a Petrobras assumindo a partir deste mês a usina Termoelétrica de Cuiabá, com potência total local de 510 MW,por meio de um contrato de locação até o final de 2012 com a controladora da unidade, a Empresa Produtora de Energia (EPE). Ainda nesta divisão citamos que a mesma entrou em processo de licitação da segunda rota de gasodutos para transportar o gás natural que será produzido nos próximos anos no pré-sal da Bacia de Santos. Em Dados estatísticos foram apresentadas informações em relação à produção de gás no mês de Fevereiro. O aumento em 7,95% em relação ao mesmo mês do ano passado não esconde a queda de 5,18% em comparação com janeiro deste ano. Os dados são do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia. No segundo tópico é abordado o assunto consumo do gás natural durante os períodos já completados anteriormente. Em abril, foram anunciados dados estatísticos em relação a fevereiro, assim como os dados da produção. O consumo no país cresceu 14,4% em relação a 2010. Esse volume é considerado alto para essa época do ano, quando os reservatórios das hidrelétricas costumam estar cheios e, normalmente, o governo opta por produzir mais energia de fonte hídrica por ter um custo menor. O terceiro tópico cita as principais informações veiculadas sobre preços e a comercialização do gás natural. Neste mês a Petrobras fez um pronunciamento que surpreendeu o setor no país. A redução do preço do gás em 9,7% para as distribuidoras no país devido ao aumento da oferta disponibilizada no mercado repercutiu de forma positiva. Este fato deve-se a entrada em produção das unidades de Mexilhão, Uruguá-Tambaú e o projeto piloto do campo de Lula (ex-tupi), que sozinho tem capacidade de gerar 6 milhões de metros cúbicos. No quarto e último tópico abordam-se fatos ligados a aspectos institucionais, regulatórios e ambientais. Este último tópico é subdividido em Pronunciamentos da Aneel, Tarifas, Concessão e Fusão. Neste mês, em Pronunciamentos da Aneel, foi levado em consideração o importante fato da Aneel ter negado um recurso do grupo Bertin, que pedia a prorrogação do início das operações de 6 usinas, previstas para janeiro deste ano. A empresa será multada em R$ 33 milhões. Já em tarifas, a Agência aprovou o Custo Variável Unitário de quatro termelétricas além de ter aprovado a revisão de cinco térmicas da Tractebel. Em Concessão, selecionamos três notícias relevantes para o mês de Abril. São elas: A autorização do MME à empresa Usina Mandú para ampliar a capacidade instalada da termelétrica de Mandú em 25MW, a autorização da Aneel para o início da operação em teste da unidade geradora UG1, de 11,4 MW, da termelétrica Selecta e a liberação do financiamento de R$ 130 milhões para a Liquigás Distribuidora pelo BNDES. Por último, em Fusão, ressaltamos que A MPX recebeu autorização da Aneel para adquirir a termelétrica Seival, usina a carvão mineral da Tractebel. 3

1-OFERTA DE GÁS NATURAL: DESCOBERTAS, EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO OPERAÇÃO A Petrobras anunciou neste mês que assumirá a usina Termoelétrica de Cuiabá, com potência total local de 510 MW, por meio de um contrato de locação até o final de 2012 com a controladora da unidade, a Empresa Produtora de Energia (EPE). A retomada na geração de energia pela Termelétrica impedirá que o sistema de abastecimento energético na Baixada Cuiabana e na região Sudeste de Mato Grosso fique em risco no período de seca, este ano. A Termoelétrica de Cuiabá é constituída de duas turbinas a gás natural e entrou em funcionamento em outubro de 1998. Foi desativada em agosto de 2007 devido a interrupção do fornecimento de gás natural proveniente da Bolívia. A empresa estatal também anunciou, no dia 12 de abril, que já entrou em processo de licitação da segunda rota de gasodutos para transportar o gás natural que será produzido nos próximos anos no pré-sal da Bacia de Santos. A expectativa da empresa é de chegar a 2020 com um volume de 30 milhões de metros cúbicos por dia disponível para mercado. O volume equivale ao total que o Brasil tem contratado para importar da Bolívia diariamente. O duto terá 360 km de extensão e diâmetro variando de 18" a 24", desbancando Tupi-Mexilhão, com 225 km, da posição de maior gasoduto offshore do País. A capacidade, no entanto, será a mesma da parte de águas profundas de Mexilhão, para 10 milhões de metros cúbicos por dia ou no máximo 13 milhões em fases de pico. DADOS ESTATÍSTICOS O mercado de gás natural apresentou um crescimento de 7,95% em fevereiro deste ano, comparado ao mês anterior, segundo dados do Boletim Mensal de Acompanhamento da Indústria de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia. Considerando as vendas do insumo pelas distribuidoras de gás canalizado, foi registrada alta de 10,19% frente a janeiro de 2011, passando de 43,10 milhões de m³/dia para 47,50 milhões de m³/dia. Excluída a demanda térmica, a expansão do consumo dos demais segmentos foi de 6,93%, chegando a 39,35 milhões de m³/dia. O consumo de gás natural pelas termelétricas, segundo o boletim, aumentou 24,13% no período, fechando fevereiro em 10,17 milhões de m³/dia. O boletim ressalta que, apesar do aumento da comercialização do gás natural, a produção nacional registrou queda de 5,18% em comparação com janeiro deste ano. Já a oferta de gás natural importado caiu 34,49% em relação a janeiro deste ano. 4

2-CONSUMO DE GÁS NATURAL O consumo nacional de gás natural atingiu 47,49 milhões de metros cúbicos por dia em fevereiro deste ano, uma expansão de 14,4%, comparado ao mesmo mês de 2010, quando foram consumidos 41,49 milhões de metros cúbicos diários, segundo dados divulgados no dia primeiro de março pela Abegás. A demanda térmica por gás natural cresceu 40,5% no período, passando de 5,72 milhões de metros cúbicos por dia em fevereiro do ano passado para 8,04 milhões de metros cúbicos por dia no mesmo mês de 2011. Esse volume é considerado alto para essa época do ano, quando os reservatórios das hidrelétricas costumam estar cheios e, normalmente, o governo opta por produzir mais energia de fonte hídrica por ter um custo menor. 5

3- PREÇO E COMERCIALIZAÇÃO DO GÁS NATURAL PRONUNCIAMENTO DA PETROBRAS Contrariando as expectativas do mercado, a Petrobras decidiu reduzir o preço do gás natural de produção nacional em 9,7% para as distribuidoras a partir de 1º de maio. Especialistas do setor haviam calculado que haveria aumento nesse período. Esta medida se baseou em estudos da área comercial e visa a preservar a competitividade do gás natural no mercado. A estatal tem este ano um grande volume de gás natural para ser ofertado, com a entrada em produção das unidades de Mexilhão, Uruguá-Tambaú e também o projeto piloto do campo de Lula (ex-tupi), que sozinho tem capacidade para gerar 6 milhões de metros cúbicos, ou o equivalente ao total consumido pelo mercado de Gás Natural Veicular (GNV). O desconto médio de 9,7% será praticado nos próximos três meses (maio a julho). 6

4- ASPECTOS INSTITUCIONAIS, REGULATÓRIOS E AMBIENTAIS PRONUNCIAMENTOS DA ANEEL A diretoria da Aneel negou neste mês um recurso apresentado pelo grupo Bertin, que pedia a prorrogação do início das operações de 6 usinas, previstas para janeiro deste ano. Por conta da decisão, o grupo terá de pagar R$ 33 milhões à CCEE por descumprir o prazo de geração. O valor equivale à produção de energia de janeiro, fevereiro e março. A CCEE também deverá impor uma multa para a empresa, cujo valor, segundo a Aneel, é estimado em mais R$ 38 milhões. Isso significa que, neste momento, o grupo Bertin já deve R$ 71 milhões à CCEE por não ter concluído suas térmicas. A decisão da Aneel também obriga o grupo a contratar no mercado de energia livre a geração que estava prevista em suas termelétricas. TARIFAS A Aneel fixou em abril, o Custo Variável Unitário de quatro termelétricas com os valores a serem utilizados para apuração pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico e para contabilização pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica entre os dias 05 de março e 06 de maio. A agência determinou também a ambas as instituições que utilize nos modelos computacionais os CVUs abaixo até o dia 06 de maio, a partir da primeira revisão do Programa Mensal de Operação, exceto para as UTEs Fernando Gasparian e Piratininga. Estas usinas, durante todo o horizonte do PMO, utilizarão o CVU da configuração da operação em ciclo combinado com carga plena, exceto se, no curto prazo, for comprovadamente verificada a impossibilidade da operação dessa configuração. Na UTE Mario Lago o CVU foi fixado em R$ 222,22/ MWh. Na UTE Barbosa Lima Sobrinho o CVU foi fixado em R$ 224,97/ MWh. Nas UTEs Fernando Gasparian e Piratininga, configuração: operando em ciclo combinado com carga plena, reduzida ou aberto, CVUs de R$ 182,56/MWh e R$ 203,36/MWh, R$ 317,98/MWh, respectivamente. A agência também aprovou a revisão de cinco térmicas da Tractebel. Os novos valores serão aplicados a partir da revisão 3 do Programa Mensal de Operação de abril. Segundo o despacho 1.601 publicado no Diário Oficial da União da última sexta-feira, 15 de abril, os custos variam de R$ 123,80 por MWh, para a UTE Jorge Lacerda IV, a R$ 199,79/MWh, para a UTE Jorge Lacerda I. As unidadades II e III da UTE Jorge Lacerda terão os CVUs revisados, respectivamente, para R$ 151,24/MWh e R$ 150,10/MWh. Já a UTE Charqueadas teve o CVU revisado para R$ 164,18/MWh. 7

CONCESSÃO A Aneel autorizou no dia 6 de Abril o início da operação em teste da unidade geradora UG1, de 11,4 MW, da termelétrica Selecta. Localizada nos municípios de Araguari, em Minas Gerais, a usina pertence a Sementes Selecta. O MME autorizou a empresa Usina Mandú a ampliar a capacidade instalada da termelétrica de mesmo nome. Com atuais 65 MW, a usina passará a ter 90 MW de capacidade instalada e 50 MW médios de garantia física, em ciclo simples. O BNDES aprovou neste mês, o financiamento no valor de R$ 130 milhões para a Liquigás Distribuidora. Os recursos serão destinados à ampliação da capacidade de distribuição de gás liquefeito de petróleo (GLP), a novas aplicações do gás e ao aumento da eficiência da empresa. O empréstimo corresponde a 46,8% do investimento total do projeto, orçado em R$ 277,9 milhões. FUSÃO A MPX recebeu autorização da Aneel para adquirir 100% do capital societário da termelétrica Seival (542 MW), que será instalada em Candiota (RS). A compra da usina a carvão mineral da Tractebel por R$ 37 milhões foi anunciada em novembro de 2010. Do valor total do negócio, R$ 24 milhões foram pagos antecipadamente e os outros R$ 13 milhões serão quitados após a efetiva transferência das ações, o que ainda depende da aprovação da Aneel. Com o negócio, a MPX espera alcançar uma economia líquida de aproximadamente R$ 23 milhões em relação ao investimento estimado para a implantação da termelétrica MPX Sul (727MW), também na região. 8