1. Cenário Econômico Relatório Gerencial Novembro/2016 EUA: o resultado da eleição veio contra todas as pesquisas de opinião realizadas até aquele momento. Esse novo fator altera de maneira relevante o cenário internacional, adicionando incertezas sobre o balanço de riscos da economia global, especialmente para o bloco de países emergentes. Isso porque o presidente eleito, Donaldo Trump, vem defendendo uma política comercial mais protecionista, visando elevar tarifas para algumas importações, principalmente aquelas que têm origem na China e no México. Somado a isso, o presidente eleito também afirma que cortará impostos para empresas, elevará os gastos com investimentos em infraestruturas, a fim de estimular a economia local, ou seja, praticará uma política fiscal mais expansionista. Até o momento, a escolha de sua equipe tem mostrado que ele deve amenizar alguns pontos polêmicos defendidos durante a campanha, mas a incerteza é grande e não deve ajudar na prospecção do cenário externo nos próximos meses. Com isso, aumentam os riscos sobre o cenário de inflação americano, elevando as incertezas sobre a estratégia de saída do FED (Banco Central americano), com reflexos sobre a economia global. Ásia: Na Ásia, os indicadores de atividade mostraram crescimento na região. No Japão, o PIB do terceiro trimestre avançou 2,2%, em termos anualizados, na comparação com o segundo trimestre, quando registrou crescimento de 0,8%. O resultado surpreendeu positivamente, ficando acima da expectativa do mercado (0,7%). A aceleração do crescimento no terceiro trimestre foi puxado pelo setor externo líquido, que teve contribuição de 1,8 ponto percentual para o avanço do PIB. O bom desempenho da economia no terceiro trimestre reduz a pressão sobre o Banco Central do Japão para a adoção de novas medidas de estímulo no curto prazo. Na China, embora os indicadores de atividade tenham apresentado crescimento em outubro, os resultados ficaram abaixo da expectativa do mercado. A produção industrial e as vendas do varejo avançaram 6,1% e 10,0%, respectivamente, em outubro na c comparação anual. Os resultados ficaram abaixo da expectativa de mercado, que esperava alta de 6,2% e 10,7%, respectivamente. Por sua vez, os investimentos em ativos fixos registraram avanço de 8,3%, ligeiramente acima da expectativa do mercado (8,2%). Os atuais dados da economia chinesa sugerem ligeira moderação do PIB no quarto trimestre. Assim, o PIB deve ter alta de 6,6% no quarto trimestre após crescimento de 6,7% no trimestre anterior. Europa: Na Europa, a eleição de Donald Trump pode gerar um cenário de maior incerteza política. Para além das questões econômicas, houve aumento da incerteza nas eleições majoritárias na Holanda, na França e na Alemanha em 2017. O fortalecimento de discursos nacionalistas anti imigração e anti União Europeia pode tornar a questão da unidade do bloco ainda mais turbulenta. Com relação aos dados econômicos, o PIB da Zona do Euro do 3º trimestre revelou perda de força da economia alemã e aceleração da atividade na Itália. Na margem, a região cresceu 0,3%, mantendo o mesmo ritmo de expansão do trimestre anterior. Em termos anuais, o crescimento foi de 1,6%. A dinâmica inflacionária, por sua vez, segue comedida. O núcleo da inflação (exclui itens voláteis) de novembro se manteve em 0,8%, permanecendo distante da metade 2% estipulada pelo Banco Central Europeu (BCE). Diante do quadro de incerteza política e sem diagnosticar uma tendência latente de aceleração inflacionária, o BCE deve manter sua política monetária a acomodatícia nos próximos meses. Brasil: o PIB mostrou um quadro de piora no cenário de atividade. Na margem, o PIB recuou 0,8% no 3º trimestre, após contração de 0,4% no trimestre anterior. Essa queda ficou ligeiramente abaixo das expectativas de queda de 0,9%, na mesma base de comparação. A indústria contraiu 1,3%, na margem, com destaque par a indústria de transformação e construção civil, que recuaram 2,1% e 1,7%, respectivamente. O consumo seguiu contraindo no trimestre e recuou 0,6%, na margem, o que representa uma sequência de sete trimestres negativos. Os
investimentos também tiveram uma reversão da ligeira melhora do segundo trimestre, e recuaram 2,4% na margem, após alta de 0,4%, no trimestre anterior. Com essa nova queda, a taxa de investimento recuou para 16,7% do PIB, o menor patamar desde o segundo trimestre de 2004. A demanda doméstica, que é composta pelo consumo, o gasto do governo e os investimentos, recuou 3,9%, na comparação anual. O crescimento da economia deverá passar pela recuperação dos investimentos e do consumo, e a dinâmica atual de deterioração do emprego, da renda real e a elevada ociosidade da economia são fatores que limitam a recuperação maior no curto prazo. A expectativa de recuperação da atividade foi adiada após a divulgação do resultado do PIB do terceiro trimestre. Com isso, as projeções de crescimento para 2017 caíram de 0,7% para 0,2%, o que implica em crescimento na margem somente a partir do segundo trimestre de 2017. Para o quarto trimestre desse ano, a expectativa é nova contração de 0,3%, na margem. O Banco Central reduziu a taxa Selic conforme o esperado e sinalizou que o ritmo de cortes poderá ser alterado nas próximas reuniões. O Banco Central diminuiu a taxa Selic em 25 pontos base, levando-a para 13,75%a.a. No comunicado da decisão, o Copom reconheceu que os indicadores econômicos de curto prazo frustraram as expectativas, e que as evidências sinalizam uma recuperação mais demorada e gradual. A avaliação do cenário externo foi alterada para reconhecer o aumento da incerteza após o resultado das eleições americanas, e que isso provavelmente indica o fim do interregno benigno do cenário internacional para as economias emergentes. Com relação ao ciclo de flexibilização da política monetária, o Copom retirou a menção de um ciclo total moderado, mas manteve a avaliação que deverá ser gradual. Na avaliação sobre a magnitude e a intensificação do ciclo de política monetária, o Copom destacou dois condicionantes: a recuperação da atividade economia e o comportamento do cenário externo, em especial, a taxa de câmbio. O reconhecimento do risco de retomada mais fraca que esperada da atividade é um sinal importante para a sinalização da aceleração do ritmo de cortes na reunião de janeiro, mas o comportamento do câmbio deverá condicionar essa decisão. A continuidade da frustração dos indicadores de atividade e a permanência da taxa de câmbio em patamar relativamente estável deverão permitir a aceleração do ritmo de redução da taxa Selic para 50 pontos base na reunião de janeiro. A expectativa é que a taxa de juros encerre 2017 em 10,5%a.a. Fonte: Bradesco Asset Management BRAM
2. Alocação 2.1. Alocação por segmento CONSERVADOR MODERADO AGRESSIVO 100,0% 20,6% 79,4% 39,9% 60,1% RENDA FIXA RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL RENDA FIXA RENDA VARIÁVEL 2.2.- Alocação por Fundo de Investimento DATA BASE: 30/11/2016 NOME DO FUNDO GESTOR CLASSE CONSERVADOR MODERADO AGRESSIVO BRAM INSTITUCIONAL FI RF IRF M BRADESCO RF 0,0% 3,2% 2,3% BRAM FI RF IMA B 5 BRADESCO RF 0,0% 25,5% 19,4% BRADESCO FI MULT PLUS BRADESCO RF 100,0% 45,9% 34,7% BRAM FI RF IMA-B 5+ BRADESCO RF 0,0% 4,8% 3,6% TOTAL RENDA FIXA 100,0% 79,4% 60,1% BRAD FIA IBRX ALPHA BRADESCO RV - 17,6% 38,5% BRAM FIA IBRX ATIVO BRADESCO RV - 2,6% 1,4% BRA FICFIA INS IBRX BRADESCO RV - 0,4% - TOTAL RENDA VARIÁVEL 0,0% 20,6% 39,9% TOTAL 100,0% 100,0% 100,0% Fonte: Relatórios de Carteira Diária data de referência 30/11/2016 extraídos dos sites na data de 08/12/2016 3. Carteira Consolidada No mês de Novembro a rentabilidade acumulada da Futura II apresentou um retorno de -0,17% versus -0,03% do benchmark. No ano a Entidade acumula 17,53% de retorno e o benchmark acumula 18,02% no mesmo período. No segmento de renda fixa, a rentabilidade foi de 0,69%, abaixo de seu respectivo benchmark, onde o gestor tomou um pouco mais de risco diminuindo a alocação em pós-fixados e aumentando em pré-fixados e atrelados à inflação que não performaram bem como nos meses anteriores. No ano o segmento já acumula alta de 14,07%. Na renda variável, o gestor não conseguiu superar o Ibovespa (-4,86% contra -4,65%). No ano, o segmento de renda variável apresenta 34,77% de rentabilidade versus 42,81% do Ibovespa.
3.1. Comparativo com Outros Fundos de Pensão* Renda Fixa Mês Renda Fixa no Ano 1,50% 25,00% 1,00% 2 0,50% 0,69% 0,77% 1,04% 0,65% 15,00% -0,50% -1,00% -1,22% 1 5,00% 14,07% 12,25% 12,74% 21,28% 13,83% -1,50% Renda Variável Mês Renda Variável Ano -4,40% 45,00% -4,50% -4,60% -4,86% -4,65% -4,73% 4 35,00% 3-4,70% -4,80% -4,90% -5,00% -5,04% -5,00% 25,00% 2 15,00% 1 5,00% 34,76% 25,34% 42,81% 40,28% 40,76% -5,10% IBOVESPA IBR-X IBR-X 50 IBOVESPA IBR-X IBR-X 50 1,50% Consolidado Mês 25,00% Consolidado Ano 1,00% 2 0,50% -0,50% -1,00% -0,17% 0,39% 1,04% -1,22% -0,03% 15,00% 1 5,00% 17,53% 13,29% 12,74% 21,28% 18,02% -1,50% (*) Mediana dos planos calculada pelo grupo de Entidades monitoradas pela consultoria Aditus classificadas como Planos de Contribuição Variável
4. Perfis 4.1. Rentabilidade por Perfil Conservador: O perfil encerrou o mês com um retorno de 0,91%, abaixo do seu benchmark (1,04%). No acumulado do ano, a rentabilidade do perfil é de 13,26%. Moderado: Nesse mês, o perfil foi prejudicado pela queda da bolsa, o resultado de -0,63% abaixo do benchmark que apresentou retorno de -0,38%. No ano o perfil já acumula alta de 19,20%. Agressivo: Em novembro a alta exposição em bolsa prejudicou o perfil, que apresentou queda de 1,68%. Porém, no acumulado do ano, é o perfil que apresenta o melhor retorno, com ótimos 23,23%. 4.2. Histórico de Rentabilidade dos Perfis x Benchmarks Acumulado do Mês Acumulado do Ano Rentabilidade 0,91% -0,63% -1,68% Benchmark 1,04% -0,38% -1,42% Rentabilidade 13,26% 19,20% 23,23% Benchmark 12,74% 19,74% 25,64% Acumulado últimos 12 meses Acumulado dos últimos 24 meses Rentabilidade 14,61% 19,61% 22,43% Benchmark 14,05% 20,02% 24,75% Rentabilidade 29,44% 25,44% 22,63% Benchmark 28,88% 25,26% 23,43%
Acumulado dos últimos 36 meses Acumulado dos últimos 48 meses Rentabilidade 43,73% 39,16% 33,53% Benchmark 42,57% 40,30% 35,54% Rentabilidade 55,08% 38,35% 34,50% Benchmark 53,69% 40,43% 37,31% Acumulado dos últimos 60 meses Acumulado desde início do Plano Rentabilidade 71,98% 58,59% 51,97% Benchmark 67,21% 61,79% 55,88% Rentabilidade 82,50% 69,32% 63,20% Benchmark 73,57% 70,32% 61,54% Benchmark Conservador: 100% CDI Benchmark Moderado: 49.5% IMA-S + 25.5% IMA-B 5 + 5% IMA-B 5+ + 20% IBOVESPA Benchmark Agressivo: 37% IMA-S + 19% IMA-B 5 + 4% IMA-B 5+ + 40% IBOVESPA I. CDI: Certificado de Depósito Interbancário. O DI é emitido para o período de 1 dia e serve para captação por um banco (emitente) e remuneração por parte do outro banco, que possui excesso de liquidez (adquirente). II. IMA-S: Índice Anbima, para títulos pós fixados (Letras Financeiras do Tesouro), que rendem a taxa SELIC. III. IMA-B 5 e IMA-B 5+: Índice Anbima para títulos públicos ( Notas do Tesouro Nacional série B NTN-B) que rendem inflação (IPCA) mais um prêmio. A diferença que o 5 se refere a títulos com vencimento até 5 anos e o 5+ com vencimentos superiores a 5 anos. IV. IBOVESPA: Índice da Bolsa de Valores. O objetivo do IBOVESPA é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.