P2 2018.1 Genética Médica Prof Isabela Arruda Gabarito: 1. A, 2A, 3.A, 4B, 5 D, 6.E, 7. C, 8A, 9A, 10 C 1. A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma doença caracterizada pela perda progressiva da diferenciação celular. Acerca desse tema, podemos afirmar que: I. A LMC é caracterizada por leucocitose com desvio a esquerda; esplenomegalia e presença do cromossomo Ph. A incidência de LMC é de 1 a 2 casos para cada 100 mil habitantes e representa aproximadamente cerca de 15% de todas leucemias. II. O cromossomo Ph é resultado de uma translocação recíproca entre o braço longo do cromossomo 9 e o braço curto do cromossomo 22. Essa translocação resulta em um gene quimérico, conhecido como gene BCR- ABL, que possui atividade de tirosina quinase elevada. III. Os aspectos biológicos do gene BCR-ABL, consistem principalmente na independência de fatores que levam à instabilidade genômica e, consequentemente, mutações que agravam a regulação do ciclo celular, promovendo resistência a apoptose e a perda da capacidade de adesão da célula e matriz extracelular. a) I, II e III corretas b) I e II corretas c) I correta d) II correta c) III correta 2. Acerca da genética das células relacionadas às malignidades hematológicas, podemos concluir que: Obs. fase crônica (FC), fase acelerada (FA) e crise blástica (CB) a) O diagnóstico de LMC ocorre de maneira frequente após exames hematológicos de rotina. Em decorrência da leucocitose acentuada com predominância de precursores mieloides imaturos e algumas vezes em plaquetose. b) A doença evolui para a FC, fase mais grave da doença, que é semelhante à LA. A leucocitose é variável, mas geralmente o número de leucócitos é superior à 100 mil. c) NA FA esfregaço sanguíneo há presença desde mieloblastos até neutrófilos segmentados, com predomínio destes. No início do curso da doença, a contagem absoluta de basófilos encontra-se elevada, há certo grau de eosinofília e monocitose que também é observado. Os valores de
promielócitos e mieloblastos representam uma pequena porcentagem do total de números de células, até que ocorra a evolução para a FC. d) A anemia do tipo normocrômica em geral é rara na CB, não há alteração morfológica nos eritrócitos e a contagem de reticulócitos apresenta-se normal ou ligeiramente elevada. e) Na FC o quadro de anemia está diretamente relacionado à leucocitose, sendo assim, quanto maior o grau de leucocitose, maior o grau de anemia apresentado pelo paciente. A contagem de plaquetas está elevada em aproximadamente 50% dos pacientes e sua elevação está relacionada a um prognóstico atenuado da doença. 3. A Hibridação in situ por Fluorescência (FISH) é uma técnica de citogenética molecular que utiliza sondas de DNA marcadas com fluorescência para detectar anomalias cromossômicas como microdeleções e rearranjos complexos, que estão além do poder de resolução da citogenética clássica. Acerca desse tema, é correto afirma que: I. A técnica FISH (Fluorescence in situ hybridization) pode ser utilizada para determinar/validar a presença ou ausência de sequências específicas de DNA ou RNA; II. Confirmar alterações cromossômicas observadas pela citogenética clássica, citogenética molecular e citogenômica ; III. Detectar alterações crípticas e submicroscópicas cromossomiais, por meio de marcação fluorescente da sonda que permita a detecção. a) I, II e III corretas b) I e II corretas c) I e III corretas d) II e III corretas e) I correta. 4. O resultado do exame por FISH demonstrado abaixo, indica a utilização das sondas tipo: a) Sondas inespecíficas b) Sondas teloméricas c) Bandeamento G d) Bandeamento Ag-NOR e) Marcação em FISH para citogenética interfásica.
5. Analisando o cariograma indicado abaixo, podemos diagnosticar o paciente como portador da seguinte síndrome: a) Síndrome de Down b) Síndrome de Patau c) Síndrome de Turner d) Síndrome de Edwards e) Síndrome de Cri Du Chat 6. Observe o gráfico abaixo e marque a alternativa correta:
a) As células cancerígenas são resultados da não disjunção cromossômica na meiose I dos gametas femininos. b) As células germinativas não apresentam telômeros e por isso não estão sujeito a ação da telomerase. c) As síndromes caracterizadas por progéria ocorrem pela rápida degradação dos centrômeros dos cromossomos autossomos de pacientes acometidos. d) Nas células somáticas, quando desenvolvem características neoplásicas, a expressão do gene da telomerase torna-se constantemente superexpressa causando encurtamento dos telômeros. e) As células cancerígenas são imortalizadas porque ocorre superexpressão constitutiva do oncogene da enzima telomerase. 7. Observe o cariograma abaixo e indique a síndrome e o sexo do paciente acometido:
a) Sexo masculino/síndrome de Down b) Sexo feminino/síndrome de Turner c) Sexo masculino/síndrome de Klinefelter d) Sexo feminino/ síndrome de Klinefelter e) Sexo feminino/ Trissomia dos cromossomos X 8. Acerca das questões inerentes à genética do câncer, podemos afirmar que: I. As células cancerosas são definidas por duas propriedades hereditárias: (1) reprodução anormal, não respeitando aos limites normais de divisão celular e (2) invasão e colonização de outras células ou órgãos (metástase). Uma célula que cresce e se prolifera dessa maneira anormal, dará origem a um tumor, ou neoplasia. II. Os genes envolvidos no câncer são divididos em dois grupos: - Proto-oncogenes e Oncogenes: devem-se a mutações que facilitam a transformação maligna por mecanismos, tais como, estímulo de proliferação, aumento do suprimento de sangue para o tumor e a inibição de apoptose. III. O gene p53 é ativado em resposta a sinais de dano celular. Esta atividade promove a parada do ciclo celular, permitindo o reparo do DNA danificado. Uma alternativa de atuação da p53 a danos não reparados, caso a via com a proteína prb não esteja intacta, é a indução da apoptose (morte celular programada). a)i, II e III corretas b) I e II corretas c) I e III corretas d) II e III corretas e) apenas III correta 9. As técnicas de bandeamento cromossômico "expandiram" os horizontes da citogenética, e a primeira aplicação do bandeamento deu-se no pareamento cromossômico. Essas técnicas têm possibilitado compreender melhor as alterações cromossômicas que se estabelecem em cada genótipo. Acerca dessas técnicas, podemos concluir que: a) Bandas Q: os cromossomos são submetidos a um tratamento com quinacrina mustarda, uma substância fluorescente e passam a apresentar faixas com diferentes intensidades de fluorescência, com um padrão de bandas brilhantes e opacas característico para cada par. Tais bandas foram designadas de bandas Q (de quinacrina). O material deve ser analisado em microscópio de
fluorescência e as regiões brilhantes são ricas em AT. Tem como importância a detecção de deleções, inversões e duplicações em humanos. b) Bandas Ag-NOR: os cromossomos são desproteinizados por ação da tripsina e, posteriormente são corados com Giemsa (de onde deriva o nome bandas G). Os cromossomos mostram um padrão de bandas claras e escuras, no qual as faixas escuras correspondem ao DNA rico em bases AT e poucos genes ativos; as bandas G claras têm DNA rico em bases GC e apresentam muitos genes ativos. Importância: detecção de deleções, inversões e duplicações em humanos. c) Bandas G: os cromossomos são tratados com e calor para uma desnaturação controlada e depois são corados com Giemsa. O resultado de bandas claras e escuras é típico de cada cromossomo e representa o inverso daquele produzido pelos bandeamentos Q e G (de onde deriva sua designação de bandas reversas). d) Bandas C: os cromossomos são tratados apnas com solução corante de GIEMSA.. Com este método, são coradas regiões específicas em que o cromossomo apresenta DNA altamente repetitivo, como nas regiões dos centrômeros e em outras regiões cromossômicas (ex: braço longo do Y e telômeros), correspondendo à heterocromatina constitutiva, motivo de sua denominação. e) FISH: os cromossomos são corados em suas regiões satélites, ou seja, na região organizadora do nucléolo (constrição secundária). A prata (Ag) é um dos corantes mais usados. 10. Observe a figura abaixo e indique a anormalidade cromossômica evidenciada: a) Deleção b) Inversão c) Translocação d) Duplicação e) Isocromossomia