Intercâmbio de práticas e ferramentas de gestão de coleta seletiva e de organizações de catadores 25 de outubro de 2016

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Transcrição:

Financiamento Intercâmbio de práticas e ferramentas de gestão de coleta seletiva e de organizações de catadores 25 de outubro de 2016

*Helena Ribeiro geógrafa; professora titular do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública/U *Wanda Maria Risso Günther engenheira civil e socióloga; professora titular da Faculdade de Saúde Pública/U *Pedro Roberto Jacobi sociólogo; professor titular Faculdade de Educação e do Instituto de Energia e Ambiente- IEE/U. *Gina Rizpah Besen psicóloga, doutora em Ciências da Saúde- F/U e e pós doutoranda do Instituto de Energia e Ambiente. *Sonia Maria Dias socióloga, e Pesquisadora da Women in Informal Employment: Globalizing and Organizing WIEGO. *

* Thatiana Costa Reis Pós-Graduação em Saúde Pública, F/U. * Carolina da Silva Buno Bacharelado em Saúde Pública F/U. * Beatriz Beccari Barreto Engenharia Ambiental Escola Politécnica/U. * Juliana Teixeira Gonçalves Ciências Socioambientais/UF. * Antônio Ribeiro Bacharelado em Saúde Pública- F/U. * Elaboração dos mapas - Samuel Luna de Almeida: pós-graduação, F/U. *

*Identificar, caracterizar e mapear a evolução da coleta seletiva municipal, com e sem inclusão de catadores nas RM (39 municípios) e na RMBH (34); *Caracterizar os modelos de gestão municipal selecionados para estudo, em dois grupos: com e sem inclusão de catadores; *Aplicar os indicadores de sustentabilidade (BESEN, 2011) à coleta seletiva municipal, para os casos selecionados, e às organizações de catadores parceiras; *Propor mecanismos de fortalecimento da prestação de serviço da coleta seletiva; *Elaborar publicação sobre gestão municipal da coleta seletiva, com e sem inclusão de catadores. *

1a Etapa Levantamentos bibliográficos nacionais e internacionais e de dados secundários sobre coleta sele va no Brasil 2a Etapa Pesquisa preliminar de dados primários sobre a coleta sele va nas regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte 3a Etapa Estudos de Caso, seleção, entrevistas, aplicação dos indicadores, análise e discussão dos resultados Metodologia

Região/n. de municípios Municípios com coleta seletiva Municípios com catadores Municípios sem catadores Organizações de catadores parceiras RMBH 34 16 15 1 RM 2 39 30 28 Total de 22 13 assoc. 9 coop. 7-BH Total de 49 43- coop.- 20-6- assoc. *

*Coleta seletiva sem catadores - a prefeitura ou uma empresa contratada para essa finalidade executa a coleta seletiva e o processo de triagem e comercialização dos resíduos secos coletados. *Coleta Seletiva com catadores a prefeitura presta o serviço de coleta seletiva conjuntamente com organizações de catadores, associações e /ou cooperativas, seja nas atividades de coleta, triagem e comercialização ou exclusivamente na de triagem e comercialização. *

*Critérios de seleção dos municípios - minimo de 2 anos - cobertura média ou alta, - 4 faixas populacionais - Prioritariamente RM. *Organizações de Catadores parceiras Municípios Estados Com catadores Sem catadores Organizações de catadores Total de estudos de caso 7 8 9 24 4 1 4 9 Total 11 9 13 33 *

Coleta seletiva Capacidade do município desenvolver a coleta seletiva de forma eficiente, com garantia legal e de recursos técnicos, a meta de universalização dos serviços e obtenção de resultados ambientais (educação ambiental permanente e redução da disposição em lixões e aterros), sociais (inclusão social, gestão democrática e participativa) e econômicos (recursos de taxa ou do orçamento, geração de renda e ampliação das atividades de beneficiamento) crescentes. Organização de catadores Capacidade da organização de catadores de materiais recicláveis desenvolver suas atividades, com a garantia de: regularidade institucional, autogestão (administrativa, financeira, e organizacional) e a geração de trabalho e renda em condições adequadas de saúde pública e segurança do trabalho aos membros para atingir resultados sociais, econômicos, e ambientais crescentes.

Coleta seletiva prefeituras municipais- 12 indicadores e um índice Organizações de catadores- 20 indicadores e um índice Validados na tese de doutorado BESEN (2011). Método Delphi *

Institucional Eficiência e Efetividade Condições e trabalho e saúde do trabalhador na central de triagem Custos 1. Atendimento da população 6. Adesão da população 9. Condições ambientais de trabalho na central de triagem 11. Custo serviço/quantidade coletada 2. Autofinanciamento 7. Taxa de recuperação de recicláveis 10. Saúde e segurança do trabalhador 12. Custo coleta seletiva/regular + destinação final 3. Educação/divulgação 8. Taxa de rejeito 4. Gestão compartilhada 5. Parcerias Indicadores de sustentabilidade da coleta seletiva

1 Com catadores Sem catadores 0,75 São Paulo Minas Gerais São Paulo Minas 0,5 0,25 0 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 * Taxa de recuperação de material reciclável MF 25% F- 15,1% - 24,9% D 5,1 15% MD - 5%

Com catadores Sem catadores São Paulo São 1 Minas Gerais Minas Gerais 0,75 0,5 0,25 0 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 * Taxa de rejeito MF - 5% F - 5,1% - 10,0% D -10,1% 29,9% MD - 30%

Condições ambientais de trabalho 10 requisitos analisados Higiene e limpeza ( ) Existência de refeitório ( ) Limpeza diária do refeitório ( ) Existência de sanitários ( ) Limpeza diária dos sanitários Controle de vetores de doenças: ( ) Controle periódico de ratos ( ) Controle periódico de moscas ( ) Controle periódico de baratas Condições ambientais de trabalho: ( ) Cobertura adequada da central ( ) Ventilação adequada ( ) Controle de odores incômodos Saúde e Segurança do Trabalho 4 requisitos analisados ( ) Existência de extintores de incêndio ( ) Existência de plano de emergência, ( ) Uso de EPIS, ( ) Identificação de materiais perigosos. Cálculo- n. de requisitos atendidos x 100 n. de requisitos desejáveis Tendências à sustentabilidade- Muito favorável - 80% Favorável - 50,1% - 79,9% Defavorável - entre 20,1 e 50% Muito Desfavorável- 20% *

Condições ambientais de trabalho Com catadores Sem catadores São Paulo Minas Gerais São Paulo 1 0,8 0,6 0,4 0,2 0 C1 C2 C3 C4 C5 C6 C7 C8 C9 C10 C11 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9

Institucional/lega l 1.Regularização 2. Instrumentos legais em relação a prefeitura Socioeconomica Organizacional Eficiência/efetivida de 6. Renda média por membro 7. Relação de ganhos entre gêneros 8. Autogestão 14. Adesão da população 9. Capacitação 15. Taxa de recuperação de recicláveis Condições de trabalho e saúde na central 18. Condições ambientais de trabalho 19. Saúde e segurança do trabalhor 3. Autosuficiência de equipamentos e veículos 10. Participação em reuniões 16. Taxa de rejeito 20. Uso de EPIs 4. Qualidade das parcerias 5. Diversificação das parcerias 11. Rotatividade 17. Produtividade por catador 12. Benefícios aos membros 13. Diversificação das atividades Indicadores de sustentabilidade de organizações de catadores

Cada indicador tem: 1- Uma fórmula de cálculo 2- Uma tendência à sustentabilidade que varia de 0 a 1 3- Peso- ponderação dada por especialistas no Delphi Indicador Fórmula de cálculo Tendências à sustentabilidade Peso Valor V F Muito fav. 1 Favorável 0,75 Desfavorável 0,50 Muito desf. 0,25 NR 0 Atendimento n. habitantes atendidos x100 n. total hab área urbana 100% 75,1% - 99,9% 5 0,1% - 75,9% 50% NR 0,90 1 0,9 0 Taxa de recuperação de recicláveis Q.da coleta seletiva Q. de rejeitos x100 Q. coletada seletiva + Q coleta regular 25% 15,1% - 24,9% entre 5,1 e 15% 5% NR 0,89 Condições de trabalho N. de requisitos atendidos x 100 N. de requisitos desejáveis* 100% 75,1% - 99,9% Entre 50,1 e 75,0% 50% NR 0,84 Gestão compartilhada Existência ou não de canais efetivos de participação da sociedade civil e de organizações de catadores **** Existe e funcion a Existe, um canal apenas e funciona parcialmente Existe, mas não funciona Não existe NR 0,73

RADAR DA SUSTENTABILIDADE DA COLETA SELETIVA FAVORÁVEL O município está investindo na sustentabilidade da coleta seletiva 0,51-0,75 0,76-100 MUITO FAVORÁVEL A coleta seletiva do município está próxima da sustentabilidade, ou já é sustentável Radar da Sustentabilidade 0,26-0,50 0-0,25 DESFAVORÁVEL O município está fazendo um pequeno investimento na sustentabilidade da coleta seletiva. MUITO DESFAVORÁVEL O município não está investindo na sustentabilidade da coleta seletiva RADAR DA SUSTENTABILIDADE DAS ORGANIZAÇÕES DE CATADORES FAVORÁVEL A organização está investindo na sua sustentabilidade MUITO FAVORÁVEL A organização está próxima da sustentabilidade, ou já é sustentável 0,51-0,75 0,76-1,00 0,26-0,50 0-0,25 DESFAVORÁVEL A organização está fazendo um pequeno investimento na sua sustentabilidade MUITO DESFAVORÁVEL A organização não está investindo em sua sustentabilidade

1. Atendimento da população 2. Autofinanciamento 3. Educação/divulgação 4. Gestão compartilhada 5.Parcerias 6. Adesão da população 7. Taxa de recuperação de recicláveis 8. Taxa de rejeito 9. Condições ambientais de trabalho 10. Saúde e segurança do trabalhador 11. Custo do serviço/quantidade seletiva 12. Custo da coleta seletiva/regular + destinação final Com catadores Sem catadores 0 0,25 0,5 0,75 1 Coleta seletiva com e sem catadores e (medianas)

*

Indicadores 20- Uso de equipamentos de proteção Individual - EPIs 0,75 19- Saúde e segurança do trabalhador 18-Condições ambientais de trabalho 0,25 0,25 17- Produtividade por catador 0,75 16- Taxa de rejeito 15- Taxa de recuperação de recicláveis 0,375 0,375 14- Adesão da população 0 13- Diversificação de atividades e serviços 12- Beneficios aos membros 11-Rotatividade dos membros 0,5 0,5 10- Participação em reuniões 1 9- Capacitação 0,75 8-Autogestão 7- Relação de ganhos entre generos 1 1 6- Renda média por membro 0,75 5- Diversificação das parcerias 0,5 4- Qualidade das parceriais 0,75 3-Autosuficiencia de equipamentos e veiculos 2-Instrumentos legais na relação com a prefeitura 0,5 0,5 1- Regularização 0,75 0 0,25 0,5 0,75 1 Valor da tendencia a sustentabilidade Organizações de catadores e (medianas)

1 São Paulo 0,75 0,5 Minas Gerais 0,25 0 O1 O2 O3 O4 O5 O6 O7 O8 O9 O1 O2 O3 O4 *

1 0,75 São Paulo 0,5 Minas Gerais 0,25 0 O1 O2 O3 O4 O5 O6 O7 O8 O9 O1 O2 O3 O4 Condições ambientais de trabalho das organizações de catadores

*

1,00 São Paulo Minas Gerais 0,75 0,50 0,25 0,00 O1 O2 O3 O4 O5 O6 O7 O8 O9 O1 O2 O3 O4 * Índices por organização (mediana)

*Capacidade das políticas públicas de resíduos sólidos, nacional e estaduais de São Paulo e de Minas Gerais, de integrar catadores organizados na coleta seletiva formal na quase totalidade dos municípios da RM e nos municípios da RMBH que implantaram a coleta seletiva *A cobertura da coleta seletiva, em ambas as regiões, em sua maioria projeto piloto ou de baixa abrangência, mesmo em municípios que já praticam a coleta seletiva há muitos anos. *Baixo desvio dos aterros sanitários e lixões, em 2013. - RMBH -1,8% dos resíduos domiciliares - 6% dos resíduos secos coletados. - RM- 1,5% dos resíduos domiciliares 5% de resíduos secos coletados - Indicadores com avaliação desfavorável/muito desfavorável em ambos os casos: no autofinanciamento, na adesão da população, nas taxas de recuperação de recicláveis e de rejeito, e nas condições ambientais de trabalho e segurança e saúde do trabalhador. *

*Necessidade de aprimoramento da gestão da coleta seletiva, tanto com catadores como sem catadores. *Medir a adesão da população e desenvolver metodologias. *Há necessidade também de homogeneizar as métricas de cobertura e abrangência dos programas, que podem ser expressadas por área, por número de domicílios abrangidos, ou ainda por número de habitantes envolvidos. *Melhoria das condições ambientais de trabalho e de saúde e segurança do trabalhador nas centrais de triagem. A precarização do trabalho nas centrais deve ser evitada com urgência. *Contratação do serviço das organizações de catadores pelas prefeituras. A ausência de remuneração pode ser associada com a falta de equipamentos e de modernização tecnológica e precariedade de condições de trabalho. *

* A Fundac aõ Nacional de Sau de (Funasa) pelo apoio financeiro. * A s prefeituras municipais dos estados de Saõ Paulo e Minas Gerais que participaram da pesquisa. * A s organizac o es de catadores dos estados de Sa o Paulo e de Minas Gerais participantes da pesquisa. * Aos participantes da oficina realizada por meio da parceria entre a equipe do projeto e o Observatoŕio de Reciclagem Inclusiva e Solidaŕia ORIS, em Belo Horizonte. * Aos participantes do semina rio Gesta o da Coleta seletiva com e sem catadores na perspectiva da sustentabilidade. * Aos funcionários da Faculdade de Saúde Pública pelo apoio no desenvolvimento do projeto, em especial a Claudia Brasil do Serviço de Convênios da Assistência Financeira. * Aos funcionários e consultores da FUNASA pelas sugestões apresentadas nos seminários de avaliação e nos pareceres. *

Helena Ribeiro - lena@usp.br Wanda M. R. Gunther- wgunther@usp.br Pedro Roberto Jacobi- prjacobi@gmail.com Gina Rizpah Besen- rizpah@usp.br Sonia Maria Dias sonia.dias@wiego.org *