NÍVEL 3 - Prova da 2ª fase - Soluções

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Transcrição:

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções QUESTÃO 1 (a) Se o Dodó colocar um número x no visor e apertar, aparece o valor x 3 4 3 5 de f ( x) =. Logo, para x = 4, o valor que vai aparecer é f (4) = = =,5. x 4 (b) Seja b o número que o Dodó colocou no visor. Ao apertar, apareceu o número b 3 f ( b) =, que o enunciado nos diz que é igual a b. Logo b 3 = b, donde b b b 3 = b( b ), ou seja, b 4b + 3 = 0. Essa equação tem as raízes b = 1 e b = 3, que são os números que o Dodó pode ter colocado no visor. (c) Seja b o número que o Dodó colocou no visor. Ao apertar duas vezes, aparece o número b 3 4b 6 3b + 6 3 f ( b) 3 f ( f ( b)) = = b = b = b f ( b) b 3 b 3 b + 4 b b É importante notar que o Dodó pode apertar uma segunda vez. De fato, a equação f ( b) = 0 não tem solução, ou seja, o denominador da expressão após o primeiro sinal de igualdade acima é sempre diferente de 0. De fato, se existisse b tal que f ( b) = 0, teríamos b 3 = e, portanto, 3 = 4, um absurdo. Logo, ao apertar nunca aparece o no visor, e b é sempre possível apertar uma segunda vez. QUESTÃO (a) Consideremos a figura do enunciado com os vértices rotulados como ao lado. Uma vez que a luz se propaga em linha reta, o triângulo CDF (sombreado na figura) corresponde à área do chão que não será iluminada pela lâmpada. O triângulo CDF é semelhante ao triângulo ABC e a CD GH AB 1,1 11 razão de semelhança é = = =. Como a AB AB 1,5 15 razão entre as áreas de triângulos semelhantes é o quadrado da razão de semelhança, segue que 11 11 AB BC 11 1,5,5 11 área( CDF ) = área( ABC) 15 = 15 = = 15 10 Alternativamente, podemos calcular os lados do triângulo CDF usando a semelhança dos triângulos CDF e ABC. Temos DF BC BC CD,5 1,1 11 = ; logo DF = = = e então CD AB AB 1,5 6 11 1,1 CD DF 6 11 área( CDF ) = = = m, como antes. 10 m 1

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções (b) 1 a solução: Consideramos a figura do enunciado, com os vértices rotulados como na figura ao lado. Temos PQ = 1,6 e QR =,0 (a figura do enunciado deixa claro que o menor lado da cama está na horizontal). Para decidir se a porta vai ou não tocar na cama, basta comparar os segmentos RT e ST. Para calcular RT, usamos o triângulo retângulo RUT representado na figura; temos RU = 0,8 e UT = 0,6, donde RT = 0,8 + 0,6 = 1. Como ST = 0,9, vemos que a porta vai passar a 10 cm da cama. a solução: Podemos calcular a distância entre os pontos R e T da figura anterior colocando um sistema de coordenadas na figura anterior com origem em P, o eixo x em PQ e o eixo y na parede vertical esquerda. Nesse caso, R tem coordenadas (1,6;,0) e T tem coordenadas (,4;,6). Logo RT = (,4 1,6) + (,0,6) = 0,64 + 0,36 = 1 O argumento final é o mesmo da solução anterior. Notamos que as duas soluções são conceitualmente idênticas, pois a fórmula da distância de dois pontos no plano é uma conseqüência imediata do teorema de Pitágoras. QUESTÃO 3 (a) O time B não perdeu nenhuma partida, logo empatou ou ganhou de A. Mas A não empatou nenhuma partida, logo A perdeu de B. (b) O time A perdeu uma partida. Se tivesse perdido exatamente mais um jogo, teria 6 pontos. Mas B tem no mínimo 6 pontos, pois venceu A e não perdeu nenhuma das outras três partidas. Como A tem mais pontos que B, concluímos que A perdeu somente para B; e como A não empatou nenhuma partida, venceu as outras três. Logo A obteve 9 pontos. (c) 1 a solução: Como o time B não perdeu para nenhum outro time, ele ganhou 1 ou 3 pontos em cada partida, isto é, sempre um número ímpar de pontos. Como a soma de quatro números ímpares é par, vemos que B terminou o torneio com um número par de pontos. a solução: Como ficou em segundo lugar, o time B fez menos do que 9 pontos, portanto venceu uma ou duas partidas. Como ele jogou quatro partidas, se venceu uma delas então empatou três, finalizando com 6 pontos; se venceu duas então empatou duas, finalizando com 6 pontos. Logo, as possibilidades para o número de pontos que B obteve nesse torneio são 6 e 8, ambos números pares. (d) De acordo com os itens anteriores, A perdeu de B e venceu C, D e E. Dos 6 jogos restantes, 5 foram empates. Se B tivesse só empates, então todos os jogos entre C, D e E seriam empates e os dois desses times que empataram com B terminariam empatados, o que contraria o enunciado. Logo, os três jogos de B contra C, D e E foram empates. Como houve um total de 5 empates, dos jogos entre C, D e E foram empates. Como a ordem de classificação é C, D, E, a única vitória foi de C contra E. Temos, assim, a tabela de resultados abaixo. A A A A B B B C C D B C D E C D E D E E

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções QUESTÃO 4 (a) Como saiu ímpar na primeira jogada, Isaura deu metade dos seus palitos para o Fernando; desse modo, Isaura ficou com 64 palitos, e como o número total de palitos é 56 segue que Fernando ficou com 56 64 = 19 palitos.. Do mesmo modo, após a segunda jogada Isaura ficou com 3 palitos e Fernando com 56 3 = 4 palitos. Na terceira jogada saiu par, e Fernando deu metade de seus palitos para a Isaura; logo, Fernando ficou com 11 palitos e Isaura com 56 11 = 144 palitos. ímpar ímpar par a a a 18 18 1 jogada 19 64 jogada 4 3 3 jogada 11 144... (b) 1 a solução: Após qualquer jogada, o perdedor não pode ter mais que 17 palitos; de fato, se isso ocorresse, antes dessa jogada ele teria pelo menos 18 = 56 palitos, o que não pode acontecer. O ganhador terá então no mínimo 56 17 = 19 palitos; logo, o ganhador da jogada anterior é aquele que tem mais palitos. a solução: Suponhamos que em um dado momento Fernando tem x palitos e Isaura tem y palitos; notamos que como x + y = 56, que é um número par, então x e y são ambos pares ou ambos ímpares. Se o jogo ainda não acabou, então x e y são pares, e depois da jogada seguinte podem acontecer as seguintes situações: x x saiu par: nesse caso Fernando fica com palitos e Isaura com y + palitos, ou seja, Isaura fica com mais palitos do que Fernando; y y saiu ímpar: nesse caso Fernando fica com x + palitos e Isaura com palitos, ou seja, Fernando fica com mais palitos do que Isaura. Isso mostra que basta saber quem tem o maior número de palitos para determinar o resultado da última jogada: se Isaura tiver mais, o resultado foi par e se Fernando tiver mais, o resultado foi ímpar. No nosso caso, a partida acabou quando Fernando ficou com 101 palitos e Isaura com 56 101 = 155 palitos. Logo o resultado da última jogada foi par. (c) Aplicamos o raciocínio do item (b) para recuperar as jogadas uma a uma em ordem inversa, do seguinte modo: 101 155 0 54 148 108 40 16 80 176 101 = 0 palitos e Isaura tinha 56 0 = 54 palitos; Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 54 = 108 palitos e Fernando tinha 56 108 = 148 palitos; Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 108 = 16 palitos e Isaura tinha 56 16 = 40 palitos; 40 = 80 palitos e Fernando tinha 56 80 = 176 palitos; 80 = 160 palitos e Fernando tinha 56 160 = 96 palitos; 3

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções 160 96 64 19 Fernando tem mais palitos, logo na jogada anterior saiu ímpar; então Isaura tinha 96 = 19 palitos e Fernando tinha 56 19 = 64 palitos; 64 = 18 palitos e Isaura tinha 56 18 = 18 palitos. Essa é a situação inicial do jogo. Logo a seqüência de jogadas dessa partida foi par, ímpar, par, par, ímpar, ímpar, par. (d) Vamos aproveitar o trabalho do item anterior e fazer o seguinte diagrama do número de palitos de Fernando e Isaura, jogada a jogada: 7 Fernando 18 = 1 6 64 = 1 5 160 = 5 4 80 = 5 3 40 = 5 148 = 37 1 0 = 101 0 101 = 101 7 Isaura 18 = 1 6 19 = 3 5 96 = 3 4 176 = 11 3 16 = 7 108 = 7 1 54 = 7 0 155 = 155 Esse diagrama e outros exemplos semelhantes sugerem que, em um momento qualquer de uma partida, o número de palitos de Fernando e o número de palitos de Isaura se escrevem, respectivamente, como n a e n b, onde a e b são inteiros ímpares. Além disso, se o jogo não acabou, então depois da próxima jogada eles terão n 1 a ' e n 1 b ' palitos, respectivamente, onde a ' e b ' também são inteiros ímpares. Vamos mostrar que essas afirmativas são verdadeiras. Suponhamos que em alguma etapa de uma partida os dois jogadores têm, respectivamente, n a e n b palitos, onde a e b são inteiros ímpares, e que o jogo não acabou, ou seja, que n 1. Se a próxima jogada sair par, n a n 1 n 1 n n 1 então Fernando ficará com = a palitos e Isaura ficará com a + b = ( a + b ) palitos. Como a é ímpar então b' = a + b também é ímpar. Desse modo, após essa jogada, 1 Fernando e Isaura ficarão com n n 1 a e b ' palitos, onde a e b ' são ímpares. Um argumento idêntico leva à mesma conclusão no caso em que a próxima jogada sair ímpar, e acabamos de provar nossa afirmativa. O jogo começa com ambos os jogadores com 18 = 7 1 palitos, ou seja, com n = 7. Como uma partida acaba quando n = 0 e n decresce de uma unidade a cada jogada, segue imediatamente que qualquer partida acaba depois da sétima jogada. QUESTÃO 5 (a) Após o ingresso de número 1 foram vendidos 100 1 = 99 ingressos. Logo quem comprou o primeiro ingresso receberá 99 0,01 = 0,99 reais. Do mesmo modo, após o ingresso de número 70 foram vendidos 100 70 = 30 ingressos, logo quem comprou esse ingresso receberá 30 0,01 = 0,30 reais. (b) 1 a solução: O valor da venda de 100 ingressos é R$600,00. O Grêmio terá que devolver 1 centavo para quem comprou o 99 o ingresso, centavos para o quem comprou o 98 o ingresso e assim por diante, até 99 centavos para quem comprou o 1 o ingresso. No total, o Grêmio terá que devolver 99 100 1 3 99 1+ + 3 + + 99 + + + + = = = 49,50 reais 100 100 100 100 100 100 e seu lucro será de 600 49,50 = 550,50 reais. 4

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções a solução: Com os ingressos de número 1 e 100, o Grêmio tem um lucro de (6 99 0,01) + (6 0 0,01) = 11,01 reais. Com os ingressos de números e 99, o lucro será de (6 98 0,01) + (6 1 0,01) = 11,01 reais e assim por diante, com os ingresso de números 3 e 98, 4 e 97,..., 50 e 51, num total de 49 pares, cada um dando ao Grêmio um lucro de R$11,01. Logo o lucro do Grêmio será de 50 11,01 = 550,50 reais. Notamos que essa solução é baseada na idéia usada para demonstrar a conhecida fórmula para a soma dos termos consecutivos de uma progressão aritmética. (c) 1 a solução: Com a venda de x ingressos o grêmio arrecadará 6x reais e terá que devolver ( x 1) x 1 3 x 1 1+ + 3 + + ( x 1) x x + + + + = = = reais. 100 100 100 100 100 100 00 Logo o lucro do Grêmio será de x x 101x x x(101 x) L( x) = 6x = = reais. 00 00 00 O gráfico de L( x ) é uma parábola; o valor máximo de L( x ) ocorre quando x = 600,5 (para ver isto não é necessário usar a fórmula para os pontos de máximo ou mínimo, basta observar a simetria do gráfico). Como a quantidade de ingressos é um número inteiro, o lucro máximo do Grêmio será atingido quando forem vendidos 600 ou 601 ingressos. Como esses pontos são simétricos com relação a 600,5 o lucro será o mesmo em qualquer caso. Esse 600(101 600) lucro é L(600) = = 1803 reais. 00 a solução: Podemos pensar que o comprador do ingresso de número n paga ao Grêmio R$6,00 reais, e que desses R$6,00 o Grêmio vai retirar R$0,01 para cada um dos compradores anteriores. Logo o lucro do Grêmio com o ingresso de número n é f ( n) = 6 ( n 1) 0,01 = 6,01 0, 01 n (notamos que essa expressão não depende do número de ingressos vendidos). Segue que o lucro do Grêmio por ingresso diminui de R$0,01 a cada ingresso vendido (ou seja, a função f é decrescente). Além disso, seu lucro com a venda de dos ingressos aumenta enquanto ele não tiver prejuízo (isto é, lucro negativo) com algum ingresso. Como o lucro do Grêmio com o ingresso de número 601 é f ( 601) = 6 (601 1) 0,01 = 0 reais e a função f é decrescente, vemos que o lucro do Grêmio é positivo para todos os ingressos de número menor que 601, e negativo para todos os ingressos de número maior que 601. Logo o lucro do Grêmio será o maior possível quando forem vendidos 600 (ou 601) ingressos. 3 a solução: O comprador do último ingresso não recebe nada de volta, ou seja, o Grêmio vai lucrar R$6,00 com seu ingresso; o comprador do penúltimo ingresso recebe R$0,01 de volta, logo o Grêmio vai lucrar R$5,99 com seu ingresso. Desse modo, o lucro do Grêmio com a venda dos ingressos é 6,00+5,99+5,98+ +(lucro com o ingresso de número 1) e segue que esse lucro cresce enquanto o lucro com o ingresso de número 1 for positivo. O lucro com o ingresso número 1 é 6 ( x 1) 0,01 reais, onde x é o número de ingressos vendidos. A equação 6 ( x 1) 0,01 = 0 tem raiz x = 601, logo o lucro com o ingresso de número 1 é 5

NÍVEL 3 - Prova da ª fase - Soluções positivo se x < 601. Desse modo o lucro máximo será atingido quando o Grêmio vender 600 ingressos (ou 601, visto que o ingresso de número 601 dá lucro de 0 reais). QUESTÃO 6 problema. (a) A figura à direita mostra duas soluções para o (b) 1 a solução: A figura do enunciado mostra que ao traçar as cinco diagonais do pentágono obtemos 10 triângulos e um novo pentágono central. A repetição desse processo n vezes (pensamos na repetição de 0 vezes como não tendo feito nada) tem como resultado 10n triângulos e um pentágono central, que podemos dividir em 3, 5, 7, 9, ou 11 triângulos como mostrado no enunciado. Desse modo, podemos triangular legalmente o pentágono em 10n + r triângulos onde r pode ser 1, 3, 5, 7 ou 9; como qualquer número ímpar se escreve dessa forma segue que podemos triangular legalmente o pentágono em qualquer número ímpar de triângulos. Por exemplo, para triangular legalmente o pentágono em 9 triângulos escrevemos 9 = 10 + 9, efetuamos o processo de divisão por diagonais 10 vezes e finalmente dividimos o pentágono central em 9 triângulos. a solução: a figura I à esquerda mostra uma divisão do pentágono em sete triângulos, onde destacamos uma parte em traço mais grosso. Podemos dividir legalmente essa parte de modo a gerar dois triângulos adicionais, como na figura II. Esse processo pode ser repetido na parte análoga destacada nessa última figura, gerando mais dois triângulos e outra figura análoga onde o processo pode ser repetido novamente, e assim por diante gerando dois novos triângulos em cada etapa. Isso mostra que, começando de uma triangulação com 7 triângulos, podemos obter qualquer número ímpar de triângulos. (c) 1ª solução: consideremos um pentágono triangulado legalmente, e sejam n o número de triângulos e m o número de pontos legais interiores dessa divisão. A soma dos ângulos de todos os triângulos é 180n graus. Por outro lado, essa soma é igual à soma dos ângulos em volta dos pontos legais interiores mais a soma dos ângulos internos do pentágono, ou seja, é igual a 360m + 540 graus. Logo 180n = 360n + 540, ou seja, n = m + 3 que é um número ímpar. Exemplificamos essa demonstração com a figura ao lado, onde n = 7 e m =. ª solução: consideremos como acima um pentágono triangulado legalmente em n triângulos, e seja m o número total de lados desses triângulos. Ao contar os lados desses triângulos um por um, teremos dois casos: (i) contar um lado comum a dois triângulos e (ii) contar um dos lados do pentágono. No primeiro caso, cada lado é contado duas vezes; no segundo caso temos apenas 3n 5 os lados do pentágono. Obtemos então m = + 5 ; como m e n são números inteiros segue que 3n 5 também é inteiro, ou seja, 3n 5 é par, donde n é ímpar. A figura usada na solução anterior exemplifica essa demonstração no caso n = 7 e m = 13. 6