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Acórdãos STA Processo: 01583/15 Data do Acordão: 15 02 2017 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Descritores: IMPUGNAÇÃO FUNDAMENTOS OPOSIÇÃO ERRO NA FORMA DE PROCESSO CONVOLAÇÃO Sumário: Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo I O responsável subsidiário pode impugnar a liquidação de imposto cuja responsabilidade lhe é atribuída e/ou opor se à execução que contra ele reverteu, mas não pode fazê lo indiferentemente por um ou outro meio consoante o que mais lhe convier, pois a cada direito corresponde o meio processual adequado para o fazer valer em juízo; II Havendo erro na forma de processo, haverá que ordenar a convolação do meio processual inadequado em meio processual adequado quando a tal não obste, como no caso, a intempestividade da petição de impugnação para ser apreciada como oposição. Nº Convencional: JSTA000P21496 Nº do Documento: SA22017021501583 Data de Entrada: 30 11 2015 Recorrente: A... Recorrido 1: AT AUTORIDADE TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral: Texto Integral Acordam na Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: Relatório 1 A., com os sinais dos autos, recorre para este Supremo Tribunal da decisão do Tribunal Tributário de Lisboa de 18 de Junho de 2015, que indeferiu liminarmente por erro na forma de processo insusceptível de convolação, a petição de impugnação judicial por si apresentada na qual solicitou o arquivamento do projecto de reversão contra si e a extinção de qualquer processo contra a mesma, apresentando para tal as seguintes conclusões: I Por despacho de 18 de Junho de 2015, é proferida sentença alegando a incorrecta classificação da forma de processo, indeferindo liminarmente a impugnação judicial apresentada. II Foi deduzida uma impugnação judicial cujos fundamentos são a preterição de formalidades legais. III Facto que determina a nulidade de todo o processado. IV E que não foi tido em conta quando foi proferida a sentença recorrida. V Pelo que não podemos alhearmo nos de uma questão prévia deduzida e a mesma tem de ser valorada e decidida. VI Ainda mais quando inviabiliza qualquer defesa apresentada http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5910fa72f603a955802580cd0037dfaa?opendocument&expandsection=1#_section1 1/6

por omissão na P.I. de factos fundamentais, Art. 20 da CRP. VII Pelo que a sentença ora recorrida só poderia ser a de se pronunciar sobre a nulidade de todo o processado absolvendo a Recorrente de todos os factos contra si deduzidos. Só assim se fazendo JUSTIÇA 2 Não foram apresentadas contra alegações. 3 O Excelentíssimo Procurador Geral Adjunto junto deste Tribunal emitiu o douto parecer de fls. 99/100 dos autos, no sentido do não provimento do recurso e da confirmação da decisão recorrida, fundamentando o do seguinte modo: ( ) Ora, a recorrente pede (fls. 12 dos autos), expressa e claramente, que seja mandado arquivar o presente projecto de reversão contra si deduzido e a extinção de qualquer processo contra si instaurado, por alegada irregularidade na notificação, por ilegitimidade, por falta de verificação dos pressupostos da responsabilidade subsidiária e por existirem bens do devedor originário. Tais pedidos não são, manifestamente, compatíveis com a impugnação judicial, mas antes com a oposição judicial. De facto, pedidos compatíveis com a impugnação judicial seriam a anulação, declaração de nulidade ou inexistência jurídica da liquidação exequenda, coisa que a recorrente, manifestamente, não faz. Ora, a recorrente não sindica, de modo nenhum, a legalidade da liquidação exequenda, mas sim a própria execução. Na verdade, a recorrente, invoca como fundamento da sua pretensão, alegadas irregularidades praticadas no acto de citação/notificação do despacho de reversão, a sua ilegitimidade para a execução por falta de verificação dos pressupostos da responsabilidade subsidiária, porquanto não era gerente de facto da sociedade devedora originária, nem foi por culpa sua que o património desta sociedade se tornou insuficiente para o pagamento da dívida exequenda e à data da execução fiscal o património da devedora originária era suficiente para o pagamento da dívida exequenda, que constituem fundamentos de oposição judicial (à excepção da nulidade da citação que deve ser arguida no próprio PEF perante o OEF, cabendo reclamação para o juiz tributário do acto que indefira a arguição) (artigo 204.º/1 b) /i do CPPT) e não de impugnação judicial (artigo 99.º do CPPT). Como bem decidiu a sentença recorrida, não é possível convolar os autos em oposição judicial, nos termos do disposto nos artigos 97.º/3 da LGT e 98.º/4 do CPPT, por manifesta extemporaneidade. Em sede de recurso vem a recorrente alegar que invocou como fundamentos da impugnação a preterição de formalidades legais, http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5910fa72f603a955802580cd0037dfaa?opendocument&expandsection=1#_section1 2/6

determinante da nulidade de todo o processado, questão que não teria sido apreciada pela sentença recorrida. Mas não é, manifestamente, assim. Na verdade, como resulta de fls. 55 e 56 a decisão recorrida apreciou a alegada preterição de formalidades legais nos seguintes termos: por outro lado, quanto à alegação de «irregularidades da notificação», está em causa a invocação de irregularidade/nulidade da citação (e não notificação, como se refere na petição inicial vide artigos 35.º, n.ºs 1 e 2, e 189.º, n.º 1, ambos do CPPT e artigo 219.º, n.º 1 e 2, do CPC) do despacho de reversão, o que também não constitui fundamento de impugnação, mas sendo alegação susceptível de ser invocada através de requerimento apresentado na execução fiscal. Como tem sido entendido pela jurisprudência, sendo a citação um ato do processo de execução fiscal, é nesse processo que devem ser apreciadas as questões relativas à sua efectivação e validade (cfr., entre outros, o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo de 25.05.2011, processo n.º 0187/11). Portanto, como parece evidente, a decisão recorrida não deixou de se pronunciar sobre a alegada preterição de formalidades legais, que não constitui fundamento de impugnação judicial. ( ) Foram colhidos os vistos dos adjuntos do primitivo Relator. Em cumprimento do Despacho n.º 3/2017, de 25 de Janeiro, do Exmo Senhor Juiz Conselheiro Presidente, foram os autos redistribuídos à actual Relatora. Dispensaram se novos vistos. Fundamentação 4 Questão a decidir É a de saber se a decisão recorrida incorreu em erro de julgamento ao indeferir liminarmente a petição de impugnação por erro na forma do processo insusceptível de convolação, ou se, como alegado, devia ter conhecido da invocada a preterição de formalidades legais alegadamente determinante da nulidade de todo o processado. 5 Apreciando. 5.1 Do julgado erro na forma de processo insusceptível de convolação A decisão recorrida, a fls. 52 a 59 dos autos, indeferiu liminarmente a petição inicial de impugnação apresentada pela ora recorrente, por erro na forma do processo insusceptível de http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5910fa72f603a955802580cd0037dfaa?opendocument&expandsection=1#_section1 3/6

convolação em oposição à execução por intempestividade, no entendimento de que a impugnante não fundamenta o seu pedido na ilegalidade de qualquer liquidação nem pede que alguma liquidação seja anulada. //Antes solicita que seja declarada a ilegalidade do despacho de reversão e extinta a execução quanto à mesma (cfr. decisão recorrida, a fls. 54 dos autos) e, quanto à alegação de irregularidade da notificação está em causa a invocação de irregularidade/nulidade da citação (e não notificação, como se refere na petição inicial vide artigos 35.º, n.ºs 1 e 2, e 189.º, n.º 1, ambos do CPPT e artigo 219.º, n.º 1 e 2, do CPC) do despacho de reversão, o que também não constitui fundamento de impugnação, mas sendo alegação susceptível de ser invocada através de requerimento apresentado na execução fiscal.// Como tem sido entendido pela jurisprudência, sendo a citação um ato do processo de execução fiscal, é nesse processo que devem ser apreciadas as questões relativas à sua efectivação e validade (cfr., entre outros, o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo de 25.05.2011, processo n.º 0187/11) cfr. decisão recorrida, a fls. 55/56 dos autos. Fundamenta se o decidido, para além do mais, na jurisprudência deste STA. Discorda do decidido a recorrente, alegando, em síntese, ter invocado como fundamento da impugnação a a preterição de formalidades legais, facto que determina a nulidade de todo o processado e que não foi tido em conta quando foi proferida a sentença recorrida, pelo que e a sentença ora recorrida só poderia ser a de se pronunciar sobre a nulidade de todo o processado absolvendo a Recorrente de todos os factos contra si deduzidos. O Excelentíssimo Procurador Geral Adjunto junto deste STA no seu parecer junto aos autos e parcialmente transcrito supra pronunciou se no sentido do não provimento do recurso, pois que a decisão recorrida não merece qualquer censura. E assim é, efectivamente. Como se disse no Acórdão deste Supremo Tribunal de 30 de Setembro de 2009 (rec. n.º 626/09) é pacífico na jurisprudência e na doutrina que a impugnação judicial, regulada nos artigos 99.º e seguintes do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), constitui o meio de reacção paradigmático de que dispõe o contribuinte para atacar, com fundamento em qualquer ilegalidade, o acto tributário, tomado este em sentido próprio, ou seja, como acto de liquidação do tributo, sendo igualmente este o meio processual adequado para reagir contra outros actos em matéria tributária para os quais a lei preveja ser este o meio de reacção do contribuinte (cfr. o n.º 1 do artigo 97.º do CPPT). E como aí igualmente se disse, também não oferece dúvida dispor o responsável subsidiário da faculdade de impugnar a liquidação de imposto, a par da faculdade de se opor à execução, pois que http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5910fa72f603a955802580cd0037dfaa?opendocument&expandsection=1#_section1 4/6

são garantias que a própria lei lhe assegura (cfr. os artigos 22.º, n.º 4 e 23.º, n.º 5 da Lei Geral Tributária LGT) e, que se saiba, ninguém legitimamente contesta. Sucede, contudo, que a ora recorrente não veio, através da impugnação deduzida, sindicar qualquer acto de liquidação de imposto objecto da execução contra si revertida, antes veio invocar a irregularidade/nulidade da presente notificação melhor dizendo, da citação do responsável subsidiário a sua ilegitimidade nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 204.º do CPPT e a falta de verificação dos pressupostos de responsabilização subsidiária, por existirem bens do devedor originário. Ora, não é em função do vício do acto sindicado, mas antes do próprio acto sindicado, que se determina qual o meio de defesa processualmente adequado dentre os que a lei assegura ao executado por reversão, e atento os fundamentos invocados e o pedido formulado de arquivamento do presente projecto de reversão contra a Ora Requerente e a extinção de qualquer processo contra esta, manifesto é que a impugnação judicial é meio processual impróprio para deles conhecer. Como bem decidido, e constitui jurisprudência pacífica deste STA, as irregularidades /nulidades da citação ser primariamente arguidas perante o órgão de execução fiscal, com eventual posterior reclamação judicial para o tribunal do acto que as não reconheça, sendo os demais fundamentos invocados na petição de impugnação fundamentos próprios da oposição à execução fiscal. Bem decidiu, pois, o tribunal a quo ao julgar verificado erro na forma do processo, e bem assim que a convolação da impugnação deduzida em oposição à execução fiscal não é possível, pois que a tal obsta a necessária tempestividade desta para ser conhecida como oposição. Pelo exposto se conclui que o recurso não merece provimento, sendo de confirmar a decisão recorrida que bem julgou. Decisão 6 Termos em que, face ao exposto, acordam os juízes da Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo em negar provimento ao recurso, confirmando a decisão recorrida. Custas pela recorrente, sem prejuízo do apoio judiciário. Lisboa, 15 de Fevereiro de 2017. Isabel Marques da Silva (relatora) Pedro Delgado Casimiro Gonçalves. http://www.dgsi.pt/jsta.nsf/35fbbbf22e1bb1e680256f8e003ea931/5910fa72f603a955802580cd0037dfaa?opendocument&expandsection=1#_section1 5/6

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