Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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1 Acórdãos STA Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Processo: 01959/13 Data do Acordão: Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: ISABEL MARQUES DA SILVA Descritores: DÍVIDA RESPONSABILIDADE CÔNJUGE PENHORA INVENTÁRIO BENS PARTILHA Sumário: Adjudicado ao cônjuge do executado não responsável pela dívida exequenda bem imóvel sobre o qual incide penhora por dívida tributária da exclusiva responsabilidade do outro cônjuge, terá a penhora de ser levantada, penhorando-se, ao invés, os bens que na partilha couberem ao cônjuge responsável pela dívida. Nº Convencional: JSTA000P16948 Nº do Documento: SA Data de Entrada: Recorrente: A... Recorrido 1: FAZENDA PÚBLICA Votação: MAIORIA COM 1 VOT VENC Aditamento: Texto Integral Texto Integral: Acordam na Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo: Relatório 1 A., com os sinais dos autos, recorre para este Supremo Tribunal da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada, de 11 de Novembro de 2013, que julgou improcedente a reclamação por si deduzida contra o Despacho do Chefe do Serviço de Finanças do Seixal 2, proferido no processo de execução fiscal n.º , que lhe indeferiu o pedido de cancelamento da penhora da fracção autónoma F do prédio urbano sito na, lote..,., inscrito na matriz predial sob o artigo 2532 da freguesia de.. e descrito na Conservatória do Registo Predial da... sob o n.º 5339/ , (1 of 12) :34:51

2 apresentando para tal as seguintes conclusões: 1. A Recorrente foi notificada da penhora que recaía sobre a fracção F do prédio urbano sito na., lote..,.., freguesia da., concelho do Seixal, inscrita na matriz sob o artigo 2532º-F e descrito na Conservatória do Registo Predial da... sob o n.º 5339/ , nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 220.º do CPPT. 2. A dívida exequenda era da responsabilidade exclusiva do seu marido e executado na referida execução e respeitava às dívidas da sociedade B., Lda, de que o mesmo foi gerente. 3. A Recorrente, notificada para os efeitos do disposto no artigo 220.º do CPPT, interpôs junto do Tribunal de Comarca, de Família e de Menores do Seixal a competente acção de separação de bens, que correu no 2.º Juízo Cível sob o nº 3878/12.1TBSXL. 4. A fracção acima identificada foi atribuída à Recorrente em partilha, tendo sido atribuídos ao marido da Recorrente outros bens do casal, facto do qual a administração tributária foi devidamente notificada, não tendo deduzido oposição ou reclamação nos termos previstos no artigo 1406º do CPC. 5. Sendo da exclusiva responsabilidade do executado, apenas deverão responder pela mesma os bens ao mesmo atribuídos. 6. O artigo 825º nº 7 do Código de Processo Civil (presentemente artigo 740º do CPC) determina que, se por efeito da partilha os bens não pertencerem ao executado, podem ser penhorados outros que lhe tenham cabido. 7. Encontra-se demonstrado nos autos que outros bens foram atribuídos ao Executado, que o respectivo vencimento mensal já se encontra penhorado bem como o de outros gerentes da sociedade devedora. 8. O artigo 825º nº 7 do CPC apenas refere que podem ser penhorados outros bens que tenham cabido ao executado, não estabelecendo qualquer limite, requisito ou valor mínimo necessário para que seja aplicada a 2ª parte do referido preceito. (2 of 12) :34:51

3 9. Não é aplicável ao presente caso o artigo 819º do CC que determina que são inoponíveis em relação à execução os actos de disposição e oneração ou arrendamento dos bens penhorados. 10. O inventário limitou-se a separar os patrimónios de cada um dos membros do casal, não respondendo o património da Recorrente pela dívida que não era da sua responsabilidade, pelo que a partilha não constitui um acto de disposição de bens, pois a Recorrente já era titular da sua meação dos bens. 11. A administração fiscal, na qualidade de exequente, teve conhecimento atempado da instauração do inventário, foi notificada pelo 2.º Juízo Cível da Comarca do Seixal do teor da acta de conferência de interessados e do acordo quanto à partilha dos bens, tendo sido notificada nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 1406º nº 1 do CPC e não deduziu oposição ou reclamação. 12. A inoponibilidade dos actos de disposição ao credor tem por fundamento a defesa dos seus interesses do credor, pelo que não deverá subsistir quando o credor, tendo participado na partilha, nada reclama nos termos do artigo 1406.º do CPC. 13. Não tendo a administração fiscal deduzido reclamação ou oposição à partilha no prazo legal, não é licito opor-se aos respectivos termos, posterior e extemporaneamente, sendo eficaz contra tal credor a partilha efectuada judicialmente. 14. Assim sendo, uma vez que, a dívida é da responsabilidade exclusiva do Executado, não responde pela mesma a fracção que foi atribuída à Recorrente, mas apenas os bens que ao mesmo foram atribuídos em partilha. 15. Pelo que deverá o despacho proferido pelo Sr. Chefe do Serviço de Finanças do Seixal 2 em e notificado em ser revogado e, consequentemente, tal despacho ser substituído por outro despacho ordenando o cancelamento da penhora constante da apresentação nº 936 de 2012/03/06 do prédio nº 5339, (3 of 12) :34:51

4 fracção F, freguesia.. concelho do Seixal. Assim sendo, De acordo com a motivação e das conclusões, deverá ser dado provimento ao presente recurso, revogando-se o despacho proferido pelo Sr. Chefe do Serviço de Finanças do seixal 2 em e notificado em e, consequentemente, tal despacho ser substituído por outro despacho ordenando o cancelamento da penhora constante da apresentação n.º 936 de 2012/03/06 do prédio n.º 5339, fracção F, freguesia. concelho do Seixal, como é de Justiça! 2 Não foram apresentadas contra-alegações. 3 - O Excelentíssimo Procurador-Geral Adjunto junto deste Tribunal emitiu o parecer de fls. 211 a 212 dos autos, concluindo no sentido da improcedência do recurso e da confirmação do julgado recorrido. Com dispensa dos vistos, dada a natureza urgente do processo, vêm os autos à conferência. - Fundamentação - 4 Questão a decidir É a de saber se bem andou a sentença recorrida ao julgar improcedente a reclamação judicial deduzida do indeferimento do pedido de cancelamento da penhora incidente sobre imóvel que foi em partilha atribuída ao cônjuge do executado que requereu a separação judicial de bens. 5 Matéria de facto Na sentença objecto de recurso foram dados como provados os seguintes factos: A) Em 17/12/2005 foi instaurado no Serviço de Finanças de Seixal 2 em nome de B., Lda., o processo de execução fiscal nº por dívida de IRC do ano de 2003 e 2004 no montante total de ,28 (cfr. fls. 1/3 do processo executivo apenso). B) Em 06/12/2007 foi proferido despacho de reversão da execução mencionada na alínea anterior, contra C., na qualidade de responsável subsidiário, tendo sido citado (4 of 12) :34:51

5 em 10/12/2004 como consta de fls. 24 e 26/28 do apenso. C) Em 05/03/2012 foi lavrado o auto de penhora da fracção F do prédio sito na., n.º..,.,... inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 2532 da freguesia e descrito na Conservatória do Registo Predial de... sob o n.º 5339/ F, com o valor patrimonial de ,00 (cfr. fls. 115 do apenso). D) Em 31/05/2012 foi efectuada a citação de A com o seguinte teor De harmonia com o disposto no art. 220.º do CPPT, fica V. Exª devidamente citada, para no prazo de 30 dias requerer a separação de bens ou juntar certidão comprovativa da pendência de acção em que a separação já tenha sido requerida, uma vez que o bem penhorado na execução é o seguinte: IMÓVEL PENHORADO Prédio inscrito na matriz predial urbana da freguesia., sob o artigo 2532, fracção F sito na, nº..,.,., (cfr. fls. 129 e assinatura do aviso de recepção de fls. 131 do apenso). E) Em 26/06/2012 A... apresentou junto do Serviço de Finanças de Seixal 2 requerimento a comunicar ter requerido junto do Tribunal de Comarca, de Família e de Menores do Seixal a respectiva acção de separação e bens, com o n.º 3878/12.1TBSXL (cfr. fls. 134/142 do apenso). F) Em 26/09/2012 foi proferido despacho no qual consta ( ) notifique-se ficando os autos suspensos até à sentença a proferir no pedido de separação de bens e inventário. Emita-se auto de penhora de eventuais tornas que o executado venha a ter direito na separação ( ) (fls. 177 do apenso). G) Em 28/09/2012 foi lavrado o auto de penhora da expectativa jurídica a favor de C.. ( ) referente às tornas que eventualmente poderão advir à sua esfera jurídica na pendência do processo de inventário/partilha dos bens em casos especiais n.º 3878/12.1TBSXL que corre termos junto do 2.º Juízo do Tribunal de Família e Menores e de comarca do Seixal ( ) (cfr. fls. 178/179 do apenso). H) Em 12/11/2012 foi lavrada a acta de conferência de (5 of 12) :34:51

6 interessados no processo de inventário na qual constam os seguintes quinhões: Verbas 1 a 3 (mobiliário da casa de morada de família, estabelecimento comercial e quota na sociedade D, Lda) atribuídas a C. pelos valores que constam da relação de bens ( 500, ,00 e 1.666,68 respectivamente), Verba 4 (fracção autónoma designada pela letra F ) adjudicada a A pelo valor que consta da relação ( ,00) e que C.. prescinde do pagamento de tornas pela parte de A. (como consta de fls. 195/203 do apenso). I) Em 10/12/2012 foi proferida sentença que validou a transacção celebrada entre as partes quanto à partilha dos bens comuns tendo-lhes sido adjudicado os bens em conformidade com o acordado (cfr. fls. 205 do apenso). J) Em 28/03/2013 foi recebido no Serviço de Finanças de Seixal 2 requerimento em nome de A. no qual solicita o cancelamento da penhora sobre a fracção F (cfr. fls. 206/208 do apenso). K) Em 03/04/2013 foi proferido despacho sobre o requerimento mencionado na alínea anterior com o seguinte teor A penhora só será levantada caso existam bens que possam ser apreendidos para pagamento dos autos nos termos do n.º 7 do artigo 825 do CPC, pois a transmissão dos bens nos termos do art. 819º do C. Civil são inoponíveis à execução os actos de disposição, oneração ou arrendamento dos bens penhorados. Indefiro o pedido Notifique-se. Emita-se ordem de penhora em bens do executado susceptíveis de garantir os valores em dívida (cfr. fls. 209 do apenso). L) Em 08/04/2013 foi a ora reclamante notificada do despacho referido na alínea anterior (cfr. fls. 210/212 do apenso). M) Em 22/04/2012 foi recebido no Serviço de Finanças de Seixal 2 novo pedido de cancelamento da penhora em nome da ora reclamante como resulta do teor de fls. 216/226 do apenso. (6 of 12) :34:51

7 N) E em 29/04/2013 foi proferido despacho pela chefe do serviço de Finanças que a seguir se transcreve Analisada a exposição apresentada e atento o referido nos pontos 2 e 3, concordo com o requerido devendo ser notificada a mandatária da contribuinte do teor do despacho proferido em 03/04/2013. O despacho é mantido na íntegra uma vez que apesar do alegado, não foi incluído no mapa da relação de bens a dívida existente em nome do Sr. C.., tendo em tempo sido remetida ao tribunal informação sobre o valor da dívida que consta aliás da petição inicial apresentada no tribunal nos seus pontos 11, 12 e 13 pela requerente com cópia junta aos autos. A penhora de vencimento existente no valor de 125, o direito ao trespasse constante da verba 2, que face à situação económica do país não tem valor real definido e a quota que o executado por reversão detém sobre a firma D.., Lda., que desde já se ordena a penhora, não são bens susceptíveis de garantir o pagamento da dívida existente em seu nome que é do valor global de ,75, sendo que nos presentes autos é de ,27. A parte pertencente ao executado por reversão do bem imóvel comum e penhorado em data anterior à partilha, visava garantir que as expectativas do credor Fazenda Nacional com a obtenção de valor para pagamento das dívidas não sejam frustradas. E pelo menos nessa parte a transmissão dos bens nos termos do art. 819.º do CC são inoponíveis à execução. O n.º 7 do art. 825.º do CPC visa assegurar que até à existência de bens que possam ser apreendidos, a penhora se mantenha, mas é certamente no espírito da lei que esses mesmos bens a existirem, tenham valor semelhante aos bens que couberem na partilha ao outro cônjuge e não que os mesmos tenham valores tão diferentes subtraindo assim o bem penhorado à legítima expectativa da Fazenda Nacional na obtenção de valor suficiente para pagamento das dívidas do executado. Por isso mantenho o despacho já proferido em 03/04/2013. Do teor do presente despacho cabe reclamação nos termos do art. 276.º do (7 of 12) :34:51

8 CPPT. (cfr. fls. 223 e 223/verso do apenso). O) Em 15/05/2013 foi enviada à mandatária da ora reclamante notificação dos despachos mencionados nas alíneas K) e N) como consta de fls. 224/225 do apenso. P) À data de 26/04/2013 o valor da dívida exequenda no processo nº é de ,27 (cfr. fls. 223 do apenso). 6 Apreciando 6.1 Do alegado erro de julgamento da sentença recorrida. A sentença recorrida, a fls. 126 a 132 dos autos, julgou improcedente a reclamação deduzida pela ora recorrente contra o despacho da Chefe do Serviço de Finanças do Seixal 2, que lhe indeferiu o pedido de levantamento da penhora incidente sobre imóvel que lhe foi adjudicado no processo de partilha/separação de bens, fundamentando o decidido nos seguintes termos (sentença recorrida, a fls. 131 e 132 dos autos): «( ) Atendendo ao disposto no n.º 7 do artigo 825º do CPC aplicável à data, Apensado o requerimento em que se pede a separação, ou junta a certidão, a execução fica suspensa até à partilha; se, por esta, os bens penhorados não couberem ao executado, podem ser penhorados outros que lhe tenham cabido, permanecendo a penhora até nova apreensão. (de salientar que esta disposição legal se manteve no novo CPC actualmente o n.º 2 do art. 740.º). Na verdade o acordo efectuado entre a ora reclamante e o executado prejudicou as expectativas do credor Fazenda Nacional porquanto foi efectuada uma partilha de bens com valores desequilibrados, sendo certo que, tendo o executado prescindido de tornas, quando já impendia uma ordem de penhora das mesmas por parte da administração tributária veio diminuir as garantias de pagamento da dívida exequenda. Assim, e porque os bens já penhorados (penhora vencimento de 125) ou que venham a ser penhorados decorrentes da partilha (mobiliário da casa de morada de família, quota da sociedade e estabelecimento comercial) são manifestamente insuficientes para o pagamento da dívida exequenda da responsabilidade do revertido (que à data de 26/04/2013 era de ,27 nos presentes autos de execução fiscal), a penhora da fracção deve permanecer até que seja efectuada nova apreensão de bens (8 of 12) :34:51

9 (penhora) que permita o pagamento da dívida exequenda ou do acrescido. E essa permanência da penhora não é afastada pelo facto de a administração tributária não ter deduzido reclamação contra a partilha dos bens nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 1406º do CPC (actualmente revogado). Na verdade de acordo com a parte final do n.º 7 do art. 825.º do CPC a permanência da penhora não está dependente da apresentação ou não de reclamação da partilha por parte do credor. Por outro lado o art. 819º do Código Civil determina que, sem prejuízo das regras de registo, são inoponíveis em relação à execução os actos de disposição, oneração ou arrendamento dos bens penhorados. Ora a administração tributária já tinha penhorado a parte do imóvel da propriedade do executado em data anterior à da partilha (cfr. alínea C) do probatório), pelo que o acto de atribuição da totalidade do bem à ora reclamante, sem qualquer contrapartida, decorrente da partilha, é inoponível à administração tributária nos termos do referido artigo 819.º do Código Civil. Tal como invoca a Fazenda Pública na sua resposta, veja-se o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 25/03/2004 rec. 04B584 ao afirmarse que ( ) II. O direito que assiste aos comproprietários de exigirem a divisão do prédio comum não pode contender com o direito do exequente/ penhorante. III. São ineficazes em relação ao exequente os actos de disposição ou oneração dos bens penhorados, v.g. uma qualquer alteração da consistência ou subsistência da penhora em termos de que resulte diminuição das garantias do credor art. 819º do C. Civil. IV. O devedor pode livremente alienar ou onerar os bens penhorados, mas a execução prosseguirá o seu normal curso, como se esses bens, tal como foram penhorados) continuassem a pertencer ao executado. V. Aquela ineficácia opera ope legis, não dependendo da intervenção do executado no acto da penhora. VI. Todo e qualquer negócio de carácter onerante ou translativo (nestes incluídos os actos de adjudicação voluntariamente acordados em acção de divisão de coisa comum) são ineficazes, ou, se se quiser, inoponíveis, ao exequente. Em face do exposto conclui-se que o despacho ora reclamado que indeferiu o pedido de levantamento da penhora, com a fundamentação vertida nas alíneas K) e N) do probatório mostra-se correcto e não padece de qualquer ilegalidade devendo manter-se na ordem jurídica, pelo que improcece todos os fundamentos invocados pela reclamante.» (fim de (9 of 12) :34:51

10 citação). Discorda do decidido a recorrente alegando que o artigo 825º nº 7 do CPC apenas refere que podem ser penhorados outros bens que tenham cabido ao executado, não estabelecendo qualquer limite, requisito ou valor mínimo necessário para que seja aplicada a 2ª parte do referido preceito, que o artigo 819.º do Código Civil é inaplicável ao caso dos autos, porquanto a partilha não constitui um acto de disposição de bens, pois a Recorrente já era titular da sua meação dos bens e que não tendo a Administração fiscal deduzido oposição ou reclamação à partilha no prazo legal, a partilha efectuada judicialmente é eficaz em relação a ela, defendendo que uma vez que, a dívida é da responsabilidade exclusiva do Executado, não responde pela mesma a fracção que foi atribuída à Recorrente, mas apenas os bens que ao mesmo foram atribuídos em partilha. E tem razão a recorrente. A dívida garantia por penhora é uma dívida da exclusiva responsabilidade do executado, daí que a cônjuge deste tenha sido notificada, nos termos do artigo 220.º do Código de Procedimento e de Processo Tributário (CPPT), para, querendo, requerer a separação de bens, o que fez, instaurando a respectiva acção. Este tipo de inventário para a separação de bens visa essencialmente proteger o interesse do cônjuge do executado, permitindo-lhe proceder à separação dos bens do casal e salvaguardar a sua meação nos bens do casal. Ora, sendo tempestivamente requerida a separação, a execução suspende-se até à partilha, mantendo-se a penhora se os bens vierem a caber ao executado, ou, se assim não suceder, passando a incidir sobre outros que lhe forem adjudicados (cfr. o artigo 825.º, n.º 7 do CPC, actual n.º 2 do artigo 740.º do CPC e o Acórdão do STJ de 4 de Novembro de 2010, proc. n.º 829/04.OTBSSB-C.L1.S1). A Administração tributária absteve-se de intervir no processo judicial de inventário e partilha para salvaguarda do seu direito enquanto credor, não tendo deduzido reclamação contra a partilha dos bens nos termos da então alínea d) do n.º 1 do artigo 1406º do CPC, mas pretendendo agora manter a penhora sobre bem adjudicado à cônjuge do executado, que não é responsável pela dívida. (10 of 12) :34:51

11 Mas não pode fazê-lo. Pode, sim, e deve, penhorar os bens que tenham sido adjudicados ao cônjuge responsável pela dívida na partilha (artigo 825.º, n.º 7 do CPC, actual n.º 2 do artigo 740.º do CPC), mas não poderá manter a penhora sobre o bem que não responde já pela dívida exequenda porque da exclusiva propriedade de cônjuge que por ela não é responsável. Se queria acautelar o seu crédito cabia-lhe o dever de exigir o depósito das tornas no processo de inventário para separação de meações para que se pudesse penhorar esse bem ao executado. E, podia, ainda, ter lançado mão de processo de impugnação pauliana como meio conservatório contra a violação da sua garantia patrimonial, provando aí a necessária má-fé, caso entendesse que a partilha, porque desproporcionada foi fraudulenta e visou prejudicar a sua garantia patrimonial (cfr. Acórdão do STJ de 9 de Fevereiro de 2012, processo n.º 2233/07.0TBCBR.C1.S1). No que ao artigo 819.º do Código Civil respeita, como bem diz a recorrente trata-se de norma inaplicável ao caso dos autos, porquanto a partilha não constitui um acto de disposição ou de oneração de bens, pois a Recorrente já era titular da sua meação nos bens comuns do casal. É que se a separação de meações fosse inoponível ao exequente nos termos do artigo 819.º do Código Civil não haveria razão notificar o cônjuge do executado para requerer a separação de bens e suspender a execução até à partilha, caso a separação tenha sido requerida, antes se justificando que a execução pudesse prosseguir o seu curso normal. Entendemos, pois, que o decidido não poderá manter-se, sendo que, no provimento do recurso, se haverá que revogar a sentença recorrida, julgando procedente a reclamação deduzida pela ora recorrente, anulando o despacho reclamado de indeferimento do cancelamento da penhora. - Decisão Termos em que, face ao exposto, acordam os juízes da Secção de Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo, em conceder provimento ao recurso, revogar a sentença recorrida e julgar procedente a reclamação judicial deduzida pela ora recorrente, anulando o despacho reclamado. Custas pela recorrida, apenas em 1.ª instância, pois não contra-alegou neste Supremo Tribunal. (11 of 12) :34:51

12 Lisboa, 29 de Janeiro de Isabel Marques da Silva (relatora) - Pedro Delgado - Ascensão Lopes. (Vencido por propender a concordar com a doutrina expressa no ac. do S.T.J. de 25/03/2004 rec. 04B584 e com a interpretação que ali se faz do disposto no artº 819º do C. Civil). (12 of 12) :34:51

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