Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

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1 Página 1 de 10 Acórdãos STA Processo: 0185/14 Data do Acordão: Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: PEDRO DELGADO Descritores: Sumário: Nº Convencional: JSTA000P18199 Nº do Documento: SA Data de Entrada: Recorrente: FAZENDA PÚBLICA Recorrido 1: A... Votação: UNANIMIDADE Aditamento: Texto Integral Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo IRS REGIME SIMPLIFICADO DE TRIBUTAÇÃO ALTERAÇÃO I Em sede de IRS, o período mínimo de permanência no regime simplificado de tributação é o de três anos, prorrogável por iguais períodos, excepto se o sujeito passivo comunicar a alteração do regime pelo qual se encontra abrangido (nº 5 do art. 28º do CIRS). II De acordo com o nº 6 deste mesmo normativo, na redacção do DL n.º 211/2005, de 7.12, a abrangência por esse regime simplificado cessa quando tiver sido ultrapassado, em dois períodos de tributação consecutivos, algum dos limites a que se refere o nº 2 ou se, num único exercício, o for em montante superior a 25%, caso em que a tributação pelo regime de contabilidade organizada opera a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos. Texto Integral: Acordam na Secção do Contencioso Tributário do Supremo Tribunal Administrativo 1 Vem a Fazenda Pública recorrer para este Supremo Tribunal da sentença do Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra de fls. 224 a 233, que julgou totalmente procedente a impugnação judicial deduzida por A, contra o acto de liquidação de IRS de 2007 e, em consequência, anulou esse acto quanto à liquidação do tributo e dos juros compensatórios e condenou a entidade liquidadora a pagar ao impugnante juros indemnizatórios. Termina as suas alegações de recurso, formulando as seguintes conclusões: «I. Visa o presente recurso reagir contra a douta sentença que julgou procedente a impugnação judicial deduzida por

2 Página 2 de 10 A, NIF, contra o Despacho de Indeferimento que recaiu sob a Reclamação Graciosa apresentada contra a Liquidação de IRS n , relativa ao exercício de 2007, no montante de II. A sentença recorrida considerou, em síntese, que a liquidação impugnada foi efectuada em violação do art. 28. do CIRS na medida em que os rendimentos auferidos não ultrapassaram o valor de ,58 em dois exercícios consecutivos do triénio anterior, nem ultrapassaram, em qualquer dos exercícios, um valor superior a 25% desse limite. III. A Meritíssima Juiz de Direito entendeu que o n. 6 do art. 28 constitui um limite ao n. 2 do art 28. do CIRS, pelo que o regime simplificado só deveria cessar se algum dos limites a que se refere o referido preceito tivesse sido ultrapassado em dois períodos de tributação consecutivos (entenda-se, dois exercícios seguidos) ou num exercício em montante superior a 25% desses limites, caso em que a tributação se faria, então, a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos, pelo regime da contabilidade organizada. IV. Não se pode concordar com esta interpretação. V. Socorrendo-nos dos três elementos interpretativos (o elemento sistemático, o elemento histórico e o elemento teleológico) verificamos, primeiramente, que o legislador pretendeu, dentro de um conjunto de políticas de combate à evasão e fraude fiscais, alcançar uma maior eficiência da Administração Fiscal na arrecadação da receita e, consequentemente, uma maior equidade entre os contribuintes. VI. Em seguida, e procurando uma conjugação entre os n. 2 e n. 6 do art 28 do CIRS concluímos que o impugnante por ter declarado valor superior ao previsto na al. b) do n. 2 do art 28 do CIRS deve ser enquadrado automático do sujeito passivo, no regime da contabilidade organizada. VII. Esta é a única forma de atribuir sentido útil ao n. 2 e de não ver uma interpretação extensiva do n. 6 esvaziar o seu conteúdo. VIII. Mais, esta é também a forma do espírito da lei estar ressalvado. IX. Recorde-se que o n. 6 teve a sua redacção inalterada desde a sua aprovação pelo Decreto-Lei n. 198/2001, de 3 de Julho. Esta norma, fixada pelo Governo em funções, apenas teve a primeira revisão, sete anos depois pela Assembleia da República, através da Lei n. 64-A/2008 de

3 Página 3 de de Dezembro. X. Esta alteração legislativa tem sido vista (erradamente, na nossa opinião) como uma interpretação autêntica da lei. XI. Salvo melhor opinião, uma interpretação só pode ser vista como autêntica quando é efectuada dentro da mesma legislatura, garantindo assim que mesmo havendo algumas alterações ao nível da configuração do Parlamento ou da composição do Governo que se mantém a mesma orientação político-legislativa. XII. Assim, só o Governo e a Administração Pública (Fiscal) estariam em condições de fazer a autointerpretação do conteúdo do n. 6 do art. 28 do CIRS. XIII. A interpretação feita pelos Tribunais (interpretação jurisprudência!) não pode ignorar todos estes factos, nomeadamente a verdadeira interpretação autêntica feita pelo autor da lei (Governo), bem como a interpretação administrativa, feita pela gestora da Rés Publica, a Administração Pública. XIV. Em face do exposto, conclui-se que a Administração Fiscal andou bem ao enquadrar o impugnante no regime da contabilidade organizada para o exercício de 2007, por este ter obtido, em 2006, como total de prestação de serviços e outros rendimentos o montante de ,00 por obrigação e não por opção. XV. A liquidação impugnada respeitou a lei, em especial o art 28. do CIRS, pelo que não existem motivos para a sua ilegalidade, nem para a condenação da Administração Fiscal no pagamento de juros indemnizatórios XVI. Assim, na douta Sentença recorrida não foi obtido o melhor julgamento, pelo que acompanhando o douto Parecer do Digníssimo Magistrado Público, junto deste Processo, pugna-se pela substituição daquela decisão por uma outra que, com as legais consequências, considere totalmente correcta e legal a posição da Administração Fiscal na interpretação do art. 28. do CIRS, bem como na liquidação de IRS, ora impugnada. Termos em que, concedendo-se provimento ao recurso deve a decisão recorrida ser revogada e a impugnação judicial julgada totalmente improcedente, PORÉM V. EXAS DECIDINDO FARÃO A COSTUMADA JUSTIÇA.» 2 Contra alegou o recorrido, pugnando pela manutenção do decidido em primeira instância. 3 O Exmº Procurador Geral Adjunto emitiu douto parecer a fls. 335/336, no sentido do não provimento do recurso,

4 Página 4 de 10 sufragando-se para o efeito na jurisprudência da Secção de Contencioso Tributário deste Supremo Tribunal Administrativo - acórdãos de processo n 127/09 e de processo n 1032/09 - e na fundamentação constante do respectivo sumário doutrinário. 4 Colhidos os vistos legais, cabe decidir. 5 Em sede factual apurou-se em primeira instância a seguinte matéria de facto: A) O Impugnante, em sede de IRS, encontrou-se abrangido pelo regime simplificado de tributação terminando em 2006 o segundo triénio (2001 a 2003 e 2004 a 2006). B) O Impugnante na Declaração de Rendimentos do ano de 2006, declarou no Anexo B o montante de ,00 relativo a prestação de serviços e outros rendimentos. (Doc. fls. 285 do processo administrativo tributário apenso) C) Em , o Impugnante tomou conhecimento de que se encontrava enquadrado no Regime de Contabilidade Organizada desde (Cfr. art. 1 da p.i. e Doc. fls.248 a 250 do processo administrativo tributário apenso) D) Em , o Impugnante apresentou uma exposição escrita dirigida à Direcção de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares na qual solicitava que fosse enquadrado no regime simplificado de tributação em sede de IRS para o ano de (Doc. n. junto à p.i.) E) Em , o Impugnante foi notificado do despacho proferido pela Diretora de Serviços do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas que indeferiu a pretensão a que alude a al. D) do probatório. (Doc. n. 3 junto à p.i.) F) Em , o Impugnante interpôs recurso hierárquico do despacho mencionado na alínea E) do probatório. (Doc. n. 4 junto à p.i.) G) Em , foi emitida a liquidação de IRS n , relativa ao ano de 2007, no montante de ,71. (Doc. fls. 76 dos autos e 145 do processo tributário apenso) H) Em , o Impugnante deduziu reclamação graciosa contra a liquidação de IRS a que alude a al. G) do probatório. (Doc. fls 77/92 dos autos 96/107 do processo tributário apenso) I) No âmbito da reclamação graciosa a que alude a al. H)

5 Página 5 de 10 do probatório foi emitida informação, da qual se destaca: «Analisando a situação em apreço, verifica-se que o reclamante no triénio 2004/2006 esteve enquadrado no regime simplificado de tributação como estipula o artigo 28 nº 5 do CIRS (...). Para o exercício de 2007 e uma vez que se inicia um novo triénio, o enquadramento faz-se em conformidade com as regras estabelecidas no artigo 28 n.2 alíneas a) e b) do CIRS, ou seja com base no volume de vendas ou no valor ilíquido dos restantes rendimentos da categoria B obtidos no último exercício da sua actividade. Nestes termos como o reclamante no exercício do ano de 2006 obteve como total de prestação de serviços e outros rendimentos o montante de ,00 (fls.285 dos autos), ficará enquadrado no exercício de 2007 no regime de contabilidade organizada por obrigação e não por opção, pelo que a entrega do modelo C - (rendimentos profissionais e empresariais categoria B, abrangidos pelo regime da contabilidade organizada), juntamente com a declaração modelo 3 de IRS do ano de 2007 está correta.» (Doc. fls.428/430 do processo administrativo tributário apenso)» J) Em , o Diretor de Finanças Ajunto da Direção de Finanças de Lisboa exarou na informação a que alude a al. I) do probatório o seguinte despacho: «Concordo, pelo que, convolo em definitivo o projeto de decisão com os fundamentos constantes daquele, bem como da presente informação, Inferido o pedido da reclamante». (Doc. fls.428/430 do processo administrativo tributário apenso) L) Em , o Impugnante foi notificado da decisão a que alude a al. J) do probatório. (Doc. fls. não numeradas do processo administrativo tributário apenso) M) A Impugnante prestou garantia na modalidade de depósito caução, no valor de ,17, para efeitos de suspensão do processo de execução n ao montante aposto na liquidação a que alude a al. G) do probatório. (Doc. fls. 105/106 dos autos) N) Em , deu entrada em juízo a petição inicial que originou os presentes autos. (Cfr. fls.2 dos autos). 6. Face às conclusões das alegações a fls. 245/256 dos autos que, como é sabido delimitam o objecto e o âmbito do recurso, a única questão que a Fazenda Pública que vem submeter à apreciação deste Tribunal refere-se à interpretação do artº 28º, nº 6 do CIRS, na redacção do DL

6 Página 6 de 10 nº 211/2005 de 7 de Dezembro, que versa sobre os pressupostos legais que determinam a passagem obrigatória ao regime geral de contabilidade organizada. A sentença recorrida, ancorando-se na jurisprudência desta secção, nomeadamente os dois acórdãos já citados, considerou que, no caso, o impugnante, se encontrava abrangido pelo regime simplificado de tributação no triénio 2004/2006, sendo que, por força do nº 5 do mesmo art. 28, o período mínimo de permanência nesse regime é de três anos, prorrogável por iguais períodos, excepto se tivesse comunicado, até ao fim do mês de Março, a alteração do regime pelo qual se encontrava abrangida Mais ponderou que, uma vez inserido no regime simplificado, o contribuinte tem de aí permanecer por três anos. Findo este prazo tem, então, nova possibilidade de optar pelo regime da contabilidade organizada (art. 280, n 4, al. b). Mas, se não o fizer, terá de permanecer neste regime durante, pelo menos, mais três anos. Para concluir que, não tendo o impugnante optado pela referida alteração, foi automaticamente prorrogado, por igual período (triénio de 2007/2009), o período de permanência no regime simplificado, nos termos do n 5 do art. 28 do CTRS, mantendo-se nesse regime até que aquela opte pela determinação do rendimento com base na contabilidade ou até que cesse pela verificação de alguma das situações previstas no n 6 do mesmo artigo. Contra o assim decidido se insurge a Fazenda Pública alegando em síntese que, por força da aplicação conjugada dos n. 2 e 6 do art 28 do CIRS o impugnante, por ter declarado valor superior ao previsto na al. b) do n. 2 do art 28 do CIRS, deveria ter sido enquadrado automaticamente no regime da contabilidade organizada. Mais alega que esta é a única forma de atribuir sentido útil ao n. 2 do referido normativo e que interpretação do nº 6 acolhida na sentença recorrida, e na jurisprudência em que se apoia, é uma interpretação extensiva que esvazia o conteúdo daquele nº 2. Entendemos, porém, que carece de razão. Vejamos. Sob a epígrafe formas de determinação dos rendimentos empresariais e profissionais estipulava o art. 28º, nºs 1 a 6 do CIRS, na redacção aplicável à data, do DL n.º 211/2005, de 7.12, o seguinte: 1 - A determinação dos rendimentos empresariais e profissionais, salvo no caso da imputação prevista no

7 Página 7 de 10 artigo 20.º, faz-se: a) Com base na aplicação das regras decorrentes do regime simplificado; b) Com base na contabilidade. 2 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos que, no exercício da sua actividade, não tenham ultrapassado no período de tributação imediatamente anterior qualquer dos seguintes limites: a) Volume de vendas: ,37; b) Valor ilíquido dos restantes rendimentos desta categoria: , Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado podem optar pela determinação dos rendimentos com base na contabilidade. 4 - A opção a que se refere o número anterior deve ser formulada pelos sujeitos passivos: a) Na declaração de início de actividade; b) Até ao fim do mês de Março do ano em que pretendem alterar a forma de determinação do rendimento, mediante a apresentação de declaração de alterações. 5 - O período mínimo de permanência em qualquer dos regimes a que se refere o n.º 1 é de três anos, prorrogável por iguais períodos, excepto se o sujeito passivo comunicar, nos termos da alínea b) do número anterior, a alteração do regime pelo qual se encontra abrangido. 6 - Cessa a aplicação do regime simplificado quando algum dos limites a que se refere o n.º 2 for ultrapassado em dois períodos de tributação consecutivos ou se o for num único exercício em montante superior a 25% desse limite, caso em que a tributação pelo regime de contabilidade organizada se faz a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos. 7(...)». No caso em apreço o recorrido encontrava-se abrangido pelo regime simplificado de tributação terminando em 2006 o segundo triénio (2004 a 2006). Ora o período mínimo de permanência no regime simplificado é de 3 anos, prorrogável automaticamente por iguais períodos salvo se o sujeito passivo comunicar, nos termos da alínea b) do n.º 4 a opção pelo regime da contabilidade organizada (artigo 28.º/5 do CIRS) ou se for ultrapassado algum dos limites a que se refere o número 2 em dois períodos de tributação consecutivos ou se o for num único exercício em montante superior a 25% desse limite, caso em que a tributação pelo regime de contabilidade organizada se faz a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos (artigo 28.º nº6 do CIRS).

8 Página 8 de 10 Só verificados os referidos pressupostos é que o sujeito passivo deixa de estar enquadrado no regime simplificado de tributação cf. neste sentido Professor Rui Duarte Morais, Sobre o IRS, 3ª edição, páginas 89/90 ainda, Manuel Faustino, «OE 2007 alterações ao IRS e benefícios fiscais», Fiscalidade nº 28 (2006) pp. 34 a 91. Como esclarece Rui Morais, ob. citada, pags. 89/90, o sujeito passivo é obrigatoriamente excluído do regime simplificado - passando a estar sujeito ao regime normal - se, em dois exercícios consecutivos, ultrapassar um dos limites previstos no art. 28º, nº 2 ou se, num único exercício, ultrapassar em mais de 25% um desses limites (art. 28º, nº 6)». Neste mesmo sentido, podem, aliás, confrontar-se os seguintes arestos que ilustram a jurisprudência uniforme que vem sendo prolatada pelo Supremo Tribunal Administrativo sobre esta matéria: Acórdãos de , proferido no recurso 127/09 de , recurso 1032/09, de , recurso 210/11, de , recurso 11/13 e de , recurso 736/12, todos in dgsi.pt. Não desconhecendo, por certo, estes arestos, a Fazenda Pública alega também que interpretação do nº 6 acolhida na sentença recorrida e na jurisprudência em que se apoia, é uma interpretação extensiva que esvazia o conteúdo daquele nº 2. Fica-se porém pela afirmação, sem que ofereça fundamentação bastante. Como é sabido na interpretação extensiva, o intérprete chega à conclusão de que a letra do texto fica aquém do espírito da lei. A fórmula verbal diz menos do que aquilo que se pretendia dizer. Segundo BAPTISTA MACHADO, o intérprete «alarga ou estende então o texto, dando-lhe um alcance conforme ao pensamento legislativo, isto é, fazendo corresponder a letra da lei ao espírito da lei» (Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, (11.ª reimpressão), pags ). Ora no caso, ao invés do que alega a Fazenda Pública, para se chegar à referida conclusão o sujeito passivo é obrigatoriamente excluído do regime simplificado - passando a estar sujeito ao regime normal - se, em dois exercícios consecutivos, ultrapassar um dos limites previstos no art. 28º, nº 2 ou se, num único exercício, ultrapassar em mais de 25% um desses limites - nenhuma interpretação extensiva precisa o intérprete de fazer

9 Página 9 de 10 decorrer do referido nº 6 do artº 28º, porque tal é o que decorre expressamente da sua letra. Acresce referir, por último, que a Lei do Orçamento de Estado para 2009 (Lei n. 64-A/2008, de 31 de Dezembro), no seu art. 66., alterou a redacção do n. 6 do artº 28º do CIRS, da seguinte forma: Cessa a aplicação do regime simplificado apenas (Sublinhado nosso.) quando algum dos limites a que se refere o n. 2 for ultrapassado em dois períodos de tributação consecutivos ou se o for num único exercício em montante superior a 25% desse limite, caso em que a tributação pelo regime de contabilidade organizada se faz a partir do período de tributação seguinte ao da verificação de qualquer desses factos. Assim confirmando o único sentido possível do art. 28., n. 6, do CIRS quanto aos pressupostos que determinam a passagem obrigatória ao regime geral de contabilidade organizada, já amplamente reconhecido pela jurisprudência desta Secção, ou seja de que apenas quando algum dos limites fixados no n. 2 do art. 28. do CIRS for ultrapassado em dois períodos de tributação consecutivos ou se o for num único exercício em montante superior a 25%, cessa obrigatoriamente a aplicação do regime simplificado. Neste contexto e considerando que: - o recorrido não optou pelo regime de contabilidade organizada, - não foi ultrapassado qualquer um dos limites referidos no artigo 28.º nº 2 do CIRS em dois exercícios consecutivos, - nem num único exercício em montante superior a 25% desse limite, forçoso é concluir que bem decidiu a primeira instância ao julgar que a Administração Tributária não podia enquadrar o recorrido no regime da contabilidade organizada em 1 de Janeiro de A sentença recorrida não merece, pois, censura, pelo que improcedem as alegações de recurso. 7. Decisão: Nestes termos acordam, em conferência, os juízes da Secção de Contencioso Tributário deste Supremo Tribunal Administrativo em negar provimento ao recurso, confirmando o julgado recorrido. Custas pela recorrente.

10 Página 10 de 10 Lisboa, 12 de Novembro de Pedro Delgado (relator) Isabel Marques da Silva Dulce Neto.

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