ESCOLA RUMO A UM FUTURO SUSTENTÁVEL Izelia Mayara Maia CASTELLAIN 1, Vitória Imai AMORIM 1, Professora coordenadora Michele C. AREND 2 Identificação autores: 1 Aluna Bolsista PIBIC-EM/CNPq IFC-Campus Camboriú, curso de controle ambiental ; 2 Orientador IFC-Campus IFC-Campus Camboriú. 1. INTRODUÇÃO O projeto de extensão em questão apresenta práticas para a educação ambiental nas escolas, com a realização de atividades que contribuem para a sustentabilidade ambiental da mesma e da comunidade como um todo. As atividades utilizam os processos de sensibilização para a condição e a qualidade do meio ambiente em que os alunos e professores estão inseridos e incentiva as atitudes para mudanças necessárias, tendo em vista os benefícios que abrangem a população interna e externa da escola. Proporciona também a expansão e ressalta a importância da prática da educação ambiental, para além dos muros da escola. A importância da educação ambiental está no objetivo de expandir o conhecimento sobre os cuidados com o meio ambiente, com a finalidade de ajudar a preservar os recursos do meio ambiente. Esta deve ser um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do ambiente em que vivem e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e a determinação que os tornam capazes de agir, individualmente ou coletivamente, na busca de soluções para os problemas ambientais da sociedade, presentes e futuros e para a melhoria do meio em que vivem (GUIMARAES. 2012). Segundo Ramos (2009) a sustentabilidade refere-se à manutenção ou a capacidade de superar algo. A preocupação com o ambiente surgiu em meio ao milagre econômico que ocorreu no Brasil na década de 70, o país sofreu grandes críticas em questão ao uso dos recursos naturais, pois era feito de tudo para aumentar o desenvolvimento do país, sem se preocupar com as questões ambientais, e em 1972 no fim da Conferência de Estocolmo, o Brasil assinou sem restrições, a declaração da ONU sobre o meio ambiente. No seguinte ano, a presidência da república criou a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), dentro do ministério do interior, convidando o professor Nogueira Neto para comandá-la. Foi o primeiro órgão nacional do meio ambiente. Entre as atribuições, havia o controle da poluição e a educação ambiental. Uma sociedade sustentável deve ter uma consciência ambiental, deste modo, busca o desenvolvimento no âmbito em que vive com a compreensão do que seja sustentabilidade. A sociedade sustentável só é formada por meio da educação ambiental. Em relação ao exposto, de acordo com Paula (2013), é a partir da capacidade de aprender com o outro que uma sociedade torna-se capaz de superar impasses e promover hábitos e comportamentos sustentáveis. O meio escolar é o melhor espaço para implantar o EA (Educação Ambiental), pois é neste recinto que as crianças e adolescentes aprendem a conviver, a moldar o seu caráter e a construir os seus ideais, segundo a professora Mari (2012). A grande preocupação
da escola é a de fazer com que o aluno partícipe do seu grupo social ativo e efetivamente, apropriando-se de valores, crenças, conhecimentos acadêmicos e referências sócio históricas. Uma apropriação significativa tanto para si como para o outro, os torna pessoas consciente e responsável pela transformação da realidade em que está inserido. Assim, é a escola o melhor local para se inserir este conhecimento, sendo que a criança esta sujeita a aprender novas coisas, diferente dos adultos que são mais difíceis de mudar, já que eles construíram as suas ideias há muito tempo. A necessidade de se incrementar a educação ambiental nas escolas é algo de grande importância, pois a humanidade se encontra em um momento conflituoso com a natureza e desenvolver uma sociedade sustentável é a melhor forma de salvar o planeta em que vivemos. Uma das formas que o homem encontrou para diminuir os resíduos gerados e aumentar a sustentabilidade na terra é a reciclagem a partir da reutilização dos materiais. O reaproveitamento tem uma grande importância para com o meio ambiente, pois além de diminuir os acúmulos de lixo nas áreas urbanas e aterros sanitários, ainda poupam os recursos naturais e geram uma grande economia aos fabricantes, um menor consumo de energia, diminuição do número de aterros e incineradores e consequentemente uma redução da poluição (BARBOSA. 2011). É também a partir do EA que surgem as escolas sustentáveis, que englobam todo o conteúdo citado anteriormente. Sendo assim podemos perceber que a educação é o melhor caminho rumo a uma sociedade sustentável. Porém ainda, em algumas escolas ainda não existe nenhum contato com o EA. Por esta razão foi criado este projeto de extensão chamado Escola Rumo a um Futuro Sustentável ERSF, que busca contribuir para o futuro de uma sociedade em equilíbrio com o meio ambiente, a partir de práticas ambientais e formação de multiplicadores deste conhecimento e habilidades. 2 MATERIAL E MÉTODOS As atividades do projeto estão sendo desenvolvidas e planejadas, de acordo com a disponibilidade da escola onde o projeto está sendo aplicado, tendo as seguintes etapas: 1. Revisão bibliográfica. 2. Planejamento das oficinas e reuniões. 3. Aplicação das oficinas. 3.1 Oficinas com o intuito de práticas recreativas, com o interesse de despertar os discentes fazendo estes se envolverem com os assuntos que serão abordados.
3.2 Oficinas de práticas coletivas relacionadas aos cuidados com o meio ambiente. Esta contempla o preparo de canteiros, dos substratos e o cultivo de hortaliças, tendo como objetivo inicial a restauração da horta presente na escola, onde os alunos terão contato direto com as mudas, desde o plantio até a colheita, assim aprenderão como cuidar de uma horta domiciliar, para que assim esses possam ajudar a manter a horta da escola e possivelmente em suas casas. Paralelo a isso será iniciado o canteiro de flores destinado a cada turma. 3.3 Oficina de aprendizados sobre os resíduos sólidos e a separação e reciclagem do mesmo, com a confecção de artesanato. O objetivo desta oficina é o aprendizado para confecção de artesanatos com materiais recicláveis, este consiste em fabricar desde brinquedos, até objetos de decoração, que poderão ser utilizados tanto pelos alunos quanto pela instituição. Além de ensinar a reutilizar materiais utilizados no cotidiano, também será ensinado como se deve descartar cada tipo de material. As oficinas serão realizadas com os alunos entre 9 e 11 anos, das turmas do quarto e quinto ano da escola básica municipal Artur Sichmann localizada no centro de Camboriú- SC. 3 RESULTADOS PARCIAIS E DISCUSSÃO O projeto se encontra em andamento e os resultados parciais ora apresentados foram coletados a partir das oficinas realizadas nos dias 6 (seis) e 9 (nove) do mês de julho de 2015 e apresentam as seguintes conclusões: As crianças e os bolsistas, por meio dessa atividade apreenderam que materiais geralmente descartados de forma indevida no lixo comum, podem ser utilizados para a elaboração de jogos, brinquedos ou de objetos para decoração. Nos dias 5 (cinco) e 6 (seis) de agosto, foram realizadas visitas dos alunos do quarto e quinto ano respectivamente, da escola Artur Sichmann da cidade de Camboriú ao Instituto Federal Catarinense Campos Camboriú, para que estes pudessem ver as composteiras localizadas na área da agropecuária localizada no Instituto. Na oportunidade foi observado como estas são feitas e para que são utilizadas. Foi observado também a horta e a preparação das mudas de plantas medicinais; Esta visita teve o objetivo der proporcionar conhecimento aos alunos da escola visitante, para que na ocasião for em que for colocado em prática a elaboração da horta da escola, elas já tenham uma noção básica de como se planeja e se elabora uma horta. 4 CONCLUSÃO No que diz respeito às atividades realizadas até o momento, podemos relatar os conhecimentos adquiridos a partir das observações realizadas durante as oficinas. As mesmas foram realizadas pelas bolsistas nas seguintes etapas, primeiro, as mesmas se apresentaram aos alunos; segundo, a atividade foi explicada detalhadamente e o material foi entregue, dentre estes: papelão, papel colorido, cola, tesoura sem ponta, lápis e régua, os alunos foram ajudados com ideias, recorte, colagem. Ao final, as bolsistas puderam observar o
envolvimento e o rendimento alcançados pelos alunos de forma individual quanto coletivo, no sentido que eles demonstraram grande facilidade em ajudar uns aos outros. A pedido da professora responsável pela classe dos alunos, eles fizeram a atividade em duplas para trabalhar o convívio e o respeito entre os colegas. Ao final, as bolsistas recolheram alguns trabalhos para serem expostos nas feiras cientificas como resultado das atividades do projeto desenvolvido. Em relação aos alunos apresentamos a seguir algumas das expressões que os mesmos relataram sobre a oficina a oficina foi importante para mostrar as pessoas à importância da reutilização de materiais que normalmente são jogados no lixo, o projeto é importante para mim por que mostra como devemos reutilizar os materiais e que podemos fazer outras coisas com eles, a oficina foi muito legal por que mostrou que com coisas que jogamos no lixo podemos fazer brinquedos e outras coisas.
5 REFERÊNCIAS GUIMARAES. Denise. A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTENTABILIDADE. Disponível em:<http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wpcontent/uploads/2013/10/danise-guimaraes-da-silva.pdf>. Acesso em: 28 de out de 2014. MARI. Luciane. O papel da Escola e do Educador dos/nos tempos atuais. Disponível em<http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/dc-na-sala-de- aula/noticia/2012/08/opapel-da-escola-e-do-educador-dos-nos-tempos-atuais- 3848036.html>. Acesso em: 12 de set de 2015. BARBOSA. Aurélio. A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. Disponível em: <http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/a-importancia-daeducacao- ambiental-na-escola-nas-series-iniciais.pdf>. Acesso em: 12 de set de 2015. RAMOS, Rogério. DEFINIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE. Disponível em: <http://www.infoescola.com/administracao_/definicoes-de-sustentabilidade/>. Acessado em: 12 de set de 2015. PAULA, Alessandra etal. Uma experiência em EaD: a construção de uma rede virtual colaborativa no projeto escolas sustentáveis. Disponível em : http://www.grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista/article/viewfile/476/323. Acessado em : 12 de set de 2015.