SAÚDE. Investimentos, tecnologia e gestão mudam o perfil da saúde pública POLÍTICA DE RESULTADOS



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Transcrição:

SAÚDE POLÍTICA DE RESULTADOS Investimentos, tecnologia e gestão mudam o perfil da saúde pública Atenção permanente à saúde pública investindo em educação, moradia, saneamento básico e desenvolvimento urbano. A partir de 1999 o governo estadual atuou em duas vertentes na área da saúde. As ações, projetos e programas implementados pela administração, em todos os setores, tiveram foco na melhoria da qualidade de vida dos goianos, com reflexos positivos na área da saúde. Consciente dos desafios, foi implementada uma política de saúde voltada para o bem-estar do cidadão, incluindo esforço concentrado com o objetivo de mudar a realidade de longas filas e atendimento precário. Só na manutenção da rede pública de saúde são investidos mensalmente cerca de R$ 16 milhões. Uma das inovações foi a implantação de 52 ambulatórios 24 horas de alta resolutividade em 48 municípios estratégicos, em parceria com as prefeituras. A agilização do atendimento ajudou a desafogar as unidades hospitalares de urgência, oferecendo à população serviços básicos como raio X, ultra-sonografia, aerosol e pequenas cirurgias. Foto: Yosikazu Maeda Hospital de Urgências de Goiânia Construído na administração de Henrique Santillo, Hugo é referência no atendimento de urgência na capital. Somente em 2005 foram 318 mil atendimentos. Esse número demonstra a confiança da população na qualidade dos serviços prestados 66

Outra ação que dimensiona bem os avanços nos serviços de saúde pública na atual administração é a implementação da Central de Medicamentos de Alto Custo Juarez Barbosa, destinada a fornecer gratuitamente remédios para tratamento de patologias crônicas e severas, com custo superior a R$ 500,00. O sucesso da central pode ser medido pelo número de pessoas cadastradas para receber os medicamentos, que passou de 4 mil para 25 mil beneficiados. Os números impressionam: 963 mil famílias receberam atendimento do Programa Saúde da Família (PSF) até dezembro de 2005. Voltado à prevenção de doenças e à promoção da saúde, por meio do acompanhamento junto às famílias carentes por uma equipe médica formada por um médico, um enfermeiro e agentes comunitários de saúde. Enquanto no início de 1999 o PSF contemplava apenas sete municípios, hoje conta com 963 equipes que cobrem mais de 3 milhões de pessoas em 243 municípios. O trabalho desenvolvido em parceria com os municípios tem servido de modelo para os demais Estados da Federação, com freqüentes elogios do Saúde da Família Os números do programa impressionam. Quase 1 milhão de famílias são atendidas Ministério da Saúde. O PSF em Goiás saiu à frente também na implantação da assistência odontológica. Já no primeiro ano de sua administração, o governo do Estado ofereceu incentivo às prefeituras para acrescentar odontólogos às equipes multiprofissionais. Atualmente, 620 equipes de saúde bucal trabalham em 235 municípios goianos e o Ministério da Saúde tanto aprovou que levou a experiência goiana para todo o Brasil. Atuação do PSF em Goiás 963 equipes médicas 645 equipes odontológicas 7.383 agentes comunitários 963 mil famílias atendidas 246 municípios Fotos: Yosikazu Maeda Atendimento ao trauma e emergências Serviço criado pelo atual governo é sinônimo de eficiência Saúde bucal Área específica merece atenção especial da saúde pública JANEIRO/MARÇO 2006 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 67

Foto: Yosikazu Maeda Novo conceito em atendimento Pacientes do HDT recebem tratamento o mais humanitário possível. Unidade de saúde tem sido premiada pela qualidade Qualidade impulsiona mudanças no HDT A implementação de Programas de Qualidade está mudando a cultura e a filosofia de trabalho nas unidades de saúde da rede pública. Um dos destaques é o Hospital de Doenças Tropicais Anuar Auad, vencedor do Prêmio da Qualidade do Governo de Goiás, por três ciclos. Referência nacional no tratamento de doenças infecto-contagiosas, inclusive Aids, o HDT atende mais de 5 mil pacientes por mês. Anualmente, entre consultas e internações, o atendimento ultrapassa 60 mil pacientes. Entre os investimentos realizados nos últimos sete anos estão aquisição de equipamento, instalação de uma UTI pediátrica com cinco leitos e a modernização dos equipamentos da UTI destinada a pacientes adultos. O ambulatório foi remodelado e a recepção informatizada. No HDT, tudo é feito para que os pacientes em tratamento tenham a assistência mais humanizada possível. O pessoal que atua na unidade passa por treinamentos e cursos de capacitação constantemente e o programa de qualidade implantado no local contribuiu para mudar todo o conceito de tratamento médico. Modernidade Móveis e ambientes nem parecem estar inseridos no contexto de um hospital Foto: Yosikazu Maeda 68

Humanização, a nova ordem no Hugo O projeto de humanização dos serviços, que inclui sala de convivência para acompanhantes dos pacientes resultou em profundas mudanças na filosofia de atendimento do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), que só em 2005 registrou 318 mil atendimentos. A administração estadual fez elevados investimentos em equipamentos, melhorias e adaptações no espaço físico do hospital. A aquisição de um novo tomógrafo e de um aparelho de videoendoscopia, que com assessórios custaram mais de meio milhão de reais, possibilitou a realização de exames mais complexos. Também foram adquiridos quatro novos equipamentos de raio X, equipamentos cirúrgicos e mais de 60 monitores cardíacos. A consolidação do Programa de Qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) tem como meta a Investimentos permanentes Hospital de Urgências de Goiânia tem recebido diversos equipamentos novos Foto: Yosikazu Maeda informatização total do hospital, possibilitando, entre outras melhorias, a implantação de um sistema de digitalização de imagens que tornará o atendimento aos pacientes mais ágil e eficiente. Convênio para realizar cirurgias em pessoas com seqüelas de queimaduras Convênio da Secretaria Estadual da Saúde com o Núcleo de Proteção aos Queimados (Associação de Assistência e Proteção às Vítimas de Queimaduras) tem propiciado a esses pacientes a possibilidade de passarem por cirurgias reparadoras gratuitas. Desde setembro de 2005 foram atendidas cerca de 70 pessoas. A estimativa é de que o atendimento en- volva recursos da ordem de R$ 1 milhão e beneficie cerca de mil portadores de seqüelas de queimaduras que sejam comprovadamente carentes. Os pacientes interessados no tratamento se cadastram no Núcleo e depois passam por uma entrevista com profissionais da área de serviço social. Em seguida são atendidos pela área de psicologia. Cumpridas essas etapas, passam por consulta com um médico do núcleo para avaliação do caso, verificação do procedimento a ser adotado e solicitação dos exames necessários. Se não houver qualquer problema, são realizadas a cirurgia e a assistência pós-operatória, que inclui a doação de cremes e roupas especiais e até novos procedimentos cirúrgicos, caso isso seja necessário. JANEIRO/MARÇO 2006 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 69

Hospital Materno Infantil Modernização da unidade de saúde garante a melhoria constante das condições de atendimento, tanto às crianças quanto às mães Tudo pela criança no Materno Infantil Referência no atendimento à criança, o Hospital Materno Infantil está passando por ampla reforma, cujas obras incluem pintura geral, melhorias na recepção, troca das redes hidráulica e elétrica, substituição dos pisos e revestimentos internos, esquadrias externas, central de esterilização e aumento do número de salas do centro cirúrgico. Entre 300 e 350 crianças são atendidas diariamente na unidade, que trata também cerca de 100 mulheres no setor de ginecologia e obstetrícia. Somente na compra de novos equipamentos para duas UTIs (pediátrica e neonatal), o governo estadual investiu cerca de R$ 1,5 milhão. Também foram feitos investimentos no setor de lavanderia, na construção e aquisição de equipamentos para a UTI materna e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). Fotos: Yosikazu Maeda Foto: Yosikazu Maeda Procedimentos de primeiro mundo Cirurgia de separação das siamesas Larissa e Lorraine foi muito bem-sucedida A marca da modernidade Tem sido alvo de investimento constante 70

No Hospital Geral de Goiânia (HGG), cirurgias para transplante de órgãos Equipado com tecnologia de ponta, o Hospital Alberto Rassi (HGG) registra, em média cerca de 15 mil consultas, 500 cirurgias e 20 mil exames por mês. Entre os procedimentos estão serviços altamente especializados como cirurgias laparoscópicas ou videocirurgias. O hospital é referência nacional em cirurgia bariátrica (de redução de estômago) e já começou a desenvolver um ousado programa de transplantes e captação de órgãos. A unidade, que já iniciou a realização de transplantes renais, se prepara para realizar transplantes de fígado, pâncreas e córnea. Um dos hospitais mais tradicionais da capital, o HGG foi reaberto em 1998 após sete anos de fechamento. Em 1999, a unidade estava parcialmente equipada e funcionando com apenas 10% da capacidade. Em 2001, foi escolhido pelo Ministério da Saúde como o hospital público da região Centro-Oeste que melhor atendeu às expectativas dos clientes. Criada em março de 1998, a Central de Notificação, Distribuição e Captação de Órgãos promoveu diversas ações que resultaram no aumento do número de transplantes no Estado. Uma das principais ações foi o estabelecimento de uma lista única de espera. Foram criadas 18 comissões intra-hospitalares de transplantes e credenciados no Ministério da Saúde 11 centros de transplantes, com 16 equipes e 110 médicos. Inovação na saúde pública Referência em ações de alta complexidade e também em transplante Hospital Geral de Goiânia Unidade realiza 15 mil consultas, 500 cirurgias e 20 mil exames todos os meses A partir de 2002, a central passou a exercer efetivamente a função de reguladora da atividade de transplantes em Goiás, implementando cursos de formação, tanto para médicos, quanto para coordenadores intra-hospitalares. Fotos: Yosikazu Maeda JANEIRO/MARÇO 2006 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 71

Campanha de Olho na Visão atende quase 1 milhão de pessoas Iniciativa inédita no Brasil, o governo de Goiás desencadeou a Campanha de Olho na Visão, em parceria com o Centro de Referência Oftalmológica da Universidade Federal de Goiás, que já atendeu a quase 1 milhão de pessoas de 2002 até dezembro de 2005. No total foram examinadas 907.596 pessoas, das quais foram triadas 49.452 e atendidas em ações concentradas em 26 municípios-pólo. Nesses locais foram realizadas 1.552 cirurgias de catarata e doados 14.114 óculos. Outros 3.510 pacientes foram encaminhados para atendimento especializado no Cerof, em Goiânia. O resultado foi o restabelecimento da visão de 20.177 pessoas. De olho na visão Uma ação da saúde pública de fundamental importância para a população mais carente Paralelamente a Fundação Banco de Olhos viabilizou exames de acuidade visual em 670.217 alunos da rede pública de ensino, com 25.164 consultas. O resultado foi a doação de 19.800 óculos aos alunos com problemas de visão. Outras etapas do progrma atenderam milhares de pessoas em vários municípios. Foto: Yosikazu Maeda Ambulatório 24 horas, diferencial no atendimento emergencial à população O atendimento da população por meio do Ambulatório 24 horas, implementado pelo governo estadual, conta com 52 unidades em funcionamento em 48 municípios de Goiás. O programa é mantido em par- ceria com as administrações municipais. O Estado garante a qualidade das instalações e entra com incentivo financeiro para pagamento dos profissionais e o fornecimento de um kit mensal de medicamentos e insumos básicos. Na manutenção desse serviço o governo estadual gasta, em média, R$ 20 mil mensais. Em todo o período de funcionamento dos Ambulatórios 24 horas já foram investidos R$ 95 milhões. 72

Tratamento com uso da fitoterapia no Hospital de Medicina Alternativa Referência nacional e internacional em alternativas terapêuticas no serviço público, o Hospital de Medicina Alternativa atende a pacientes com consultas e medicamentos produzidos a partir de plantas medicinais cultivadas na própria unidade. Na unidade, os pacientes contam também com tratamentos alternativos como acupuntura, quiropraxia e homeopatia. Também há oferta de serviços de fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais. No hospital são cultivadas 60 espécies de plantas, com atendimento diário de 150 pessoas e aviamento de 300 receitas. Maternidade Nossa Sra. de Lourdes A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes foi a primeira maternidade pública de Goiás a receber o título de Hospital Amigo da Criança. A distinção é concedida pelo Ministério da Saúde e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância aos hospitais que cumprem uma série de medidas na prestação de atendimento diferenciado aos pacientes. A Maternidade possui 42 leitos e realiza cerca de 200 partos mensais. Entre as obras de melhoria está a inauguração da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), que recebe bebês que necessitam de cuidados especiais. Tratamento fitoterápico Hospital de Medicina Alternativa produz matéria-prima que depois vira remédios Parcerias garantem R$ 39 milhões a hospitais e entidades filantrópicas No período de 1999 a 2005, o governo do Estado firmou parcerias com outros hospitais e entidades filantrópicas no valor global de R$ 39 milhões, com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento e melhorar a assistência médico-hospitalar à população do Estado. Essas unidades oferecem benefícios que incluem o Programa Ambulatório 24 horas, incluindo custeio, manutenção, reformas e aquisição de equipamentos. Foram beneficiados hospitais e entidades como a Associação de Combate ao Câncer (Hospital Araújo Jorge), com repasse de cerca de R$ 6 milhões, Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (em torno de R$ 6 milhões), Santa Casa de Anápolis, de Buriti Alegre e de Catalão, Hospital de Caridade São Pedro de Alcântara da Cidade de Goiás, Hospital Pio X de Ceres, Maternidade Dr. Adalberto Pereira, de Anápolis, Fundação Hospitalar de Silvânia, Asilo São Vicente de Paula e muitas outras. Ao todo foram beneficiadas 50 entidades e hospitais em todo o Estado. JANEIRO/MARÇO 2006 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 73

Fotos: Eduardo Castro Hospital que faz a difer erença ença Em 1998, ninguém imaginava que Goiás pudesse contar com uma unidade de saúde para atender especificamente pessoas com necessidades especiais. Hoje, o CRER é uma realidade, graças à ousadia do atual governo estadual Reabilitação e esperança no CRER Inaugurado em setembro de 2002, o Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) tem cumprido a missão de fornecer serviço de excelência às pessoas com necessidades especiais, oferecendo atendimento multifuncional, terapias de reabilitação, serviço de diagnóstico e internação, oficina ortopédica, nos moldes do Instituto de Readaptation de Montreal Canadá, referência mundial em reabilitação e readaptação. São atendidos diariamente cerca de 800 pacientes e realizados até 2.500 procedimentos nas áreas de fisioterapia, fonoterapia, musicoterapia, equoterapia, terapia ocupacional, psicologia e serviço social. Nos registros do CRER constam cerca de 20 mil pacientes atendidos e a realização de mais de 400 mil procedimentos especializados. 74

Interior ganha unidades hospitalares A construção do Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo, de Anápolis, com capacidade para atender cerca de 300 pacientes por dia, é sem dúvida, um marco para o município, que reflete a política de descentralização dos serviços de saúde no Estado. A obra física custou ao Tesouro Estadual R$ 3.455.874,00. Só em equipamentos hospitalares foram investidos R$ 10.664.681,94. O hospital foi equipado com tomógrafo importado da Alemanha, no valor de R$ 1 milhão e com uma moderna UTI, no valor de 1,5 milhão. Com o funcionamento da unidade, inaugurada em agosto de 2005, a demanda no Hospital de Urgências de Goiânia foi reduzida em cerca de 10%. O governo do Estado realiza investimentos para a conclusão de mais quatro unidades de saúde: o Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia, com 78 leitos, tem 4.007,21 metros quedrados de área construída, com investimentos no valor de R$ 5.300.536,04; o Hospital Regional de Santo Antônio do Descoberto, com l00 leitos, no valor de R$ 6.617.621,00 e o Hospital Regional de Valparaíso, com 46 leitos e investimentos de R$ 1.077.150,63. Até o final de 2006, devem ficar prontos os Hospitais Regionais de Novo Gama e Trindade, com 56 leitos e área construída de 1.611 metros quadrados. Respectivamente, essas unidades irão custar R$ 1.617.000,00 e R$ 1.271.305,66. A Agetop concluiu 20.157 obras na área de saúde e 867 estão em andamento, incluindo kits sanitários. O valor total investido é de R$ 56.041.740,00. Entre os prédios beneficiados estão 16 hospitais, sendo 10 com reforma concluída. Anápolis Hospital de Urgências está em funcionamento e desafogou o Hugo em Goiânia Aparecida de Goiânia Breve será inaugurado o Hospital de Urgências, nova opção de atendimento Trindade Hospital Regional de Trindade deverá ser concluído até o fim deste ano Fotos: Cleomar Nascimento JANEIRO/MARÇO 2006 ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO 75

Laboratório complementa diagnósticos Os investimentos do Estado em capacitação profissional, a partir de 1999 colocaram o Laboratório de Saúde Pública Giovanni Cysneiros (Lacen) em posição de destaque na Rede Nacional de Laboratórios de Saúde Pública e no cenário brasileiro de Ciência e Tecnologia. Foram implantadas novas técnicas de alta complexidade com a meta de avançar em qualidade, eficácia e precisão em programas nacionais e municipais integrados à vigilância sanitária, saúde do trabalhador, controle de qualidade e monitoramento de medicamentos, cosméticos, alimentos e toxicologia. Em sete anos, o governo investiu mais de R$ 7 milhões no Lacen. Laboratório de Saúde Pública Equipamentos sofisticados e precisos fazem da unidade uma referência nacional Avanço na produção de medicamentos Com capacidade para produzir 700 milhões de unidades de medicamentos por ano, a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) produz 24 dos 46 medicamentos fornecidos gratuitamente à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O faturamento anual da empresa está na ordem de R$ 60 milhões. Entre 1999 e 2005 foram realizados investimentos, com recursos próprios e do Ministério da Saúde, no valor total de R$ 23 milhões. A indústria passa por ampla e profunda reestruturação, modernizando a linha de produção, investindo em equipamentos, matérias-primas e treinamento de pessoal. No período de sete anos, desde 1999, os investimentos realizados na Iquego superam R$ 20 milhões. Fotos: Yosikazu Maeda Produção de medicamentos Iquego produz a maior parte de todos os remédios usados no Sistema Único de Saúde. Destaque é a qualidade dos produtos 76