Beatriz Almeida Bruna Petrini Gabriel Montanha Mariana Oliveira Renan Barbosa William Galvão

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Transcrição:

Micotoxinas

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" LFN - Departamento de Fitopatologia e Nematologia LGN0225 Microbiologia Geral Beatriz Almeida Bruna Petrini Gabriel Montanha Mariana Oliveira Renan Barbosa William Galvão

1. Introdução a. Definição b. Descoberta 2. Principais gêneros dos fungos 3. Tipos de micotoxinas 4. Micotoxinas em alimentos no Brasil a. Principais micotoxinas b. Prevenção c. Legislação

Introdução O QUE SÃO MICOTOXINAS? Metabólitos secundários formados durante o crescimento dos fungos

Introdução Entendendo... Metabólitos primários: essenciais ao crescimento (aminoácidos, acetato, piruvato, etc.) Metabólitos secundários: formados durante o final da fase exponencial de crescimento pouco significante para o crescimento ou metabolismo do organismo produtor. Síntese de micotoxinas: redução da quantidade de precursores metabólicos dos fungos

Introdução Produzidos por fungos toxigênicos ; Mutagenicidade, carcinogenicidade e teratogenicidade; Efeitos tóxicos em plantas e animais (incluindo o homem): Associados à mudança na natureza física do alimento (sabor, odor e aparência); Produzidos em ambiente com condições favoráveis: umidade, temperatura, ph, composição química e potencial redox do local de infecção;

Descoberta Década de 1960: surto com centenas de milhares de mortes de aves (perus) no Reino Unido: Turkey X Disease - Amendoim utilizado na ração (importados da África e Brasil) estava contaminado com uma substância produzida pelo fungo Aspergillus flavus; - Descoberta das aflotoxinas; Aspergillus flavus em MEV

Principais gêneros causadores de micotoxinas Aspergillus Fusarium Alternaria Penicillium

Tipos de micotoxinas Aflatoxinas Citrinina Ocratoxina Patulina Alcalóides Ergóticos Fumonisina Tricotecenos Zearalenona

Foto: cpt.com.br Tipos de micotoxinas Aflatoxina Mais amplamente estudadas Produzidas pelo Aspergillus favus entre outras espécies 18 toxinas relacionadas Toxicidade das 6 toxinas mais potentes: B1 > M1 > G1 > B2 > M2 = G2. Encontradas em carne fresca, presunto, bacon, leite, cerveja, chocolate, produtos a base de soja, amendoim, entre outros. Fatores que mais impactam na produção da Aflatoxina são umidade e temperatura. Mutagenicidade ocasionada devido a ligações com os ácidos nucleicos e em especifico para a B1, ligação covalente com DNA mitocondrial de células do fígado (carcinomas hepatocelulares)

Tipos de micotoxinas Aflatoxina Letalidade da aflotoxina B1 Estrutura das Aflotoxinas Foto: farmaciabquimica.blogspot.com.br Foto: farmaciabquimica.blogspot.com.br

Foto: bioser.com Tipos de micotoxinas Citrinina Produzida principalmente pelos fungos Penicillium citrinum e P. viridicatum Encontradas em: arroz polido, pão mofado, presunto, trigo, aveia, centeio, entre outros. Sob luz ultravioleta, a Citrinina fluoresce amarelo-limão. Carcinogênica Doses cima de 0,25 mg.ml podem inibir a síntese de algumas proteínas relacionadas ao sistema imunológico.

Tipos de micotoxinas Citrinina Estrutura da Citrinina Foto: farmaciabquimica.blogspot.com.br

Tipos de micotoxinas Ocratoxina Compõem um grupo de no mínimo sete metabólitos secundários; Ocratoxina A (AO) é a mais conhecida e tóxica Produzidas pelas espécies fúngicas Aspergillus e Penicillium e seus diferentes gêneros; O tipo A é uma toxina hepatotóxica e nefrotóxica; São encontradas em: Milho, feijão seco, grãos de café e soja, cevada, frutas cítricas, amendoins e castanhas; Termicamente estável, ou seja, não pode ser desnaturada por procedimentos normais de cocção;

Foto: nutricionanimal.info Foto: sites.google.com/ Foto: boletinagrario.com Ocratoxina Uva Estrutura da Ocratoxina Amendoim

Foto: aditivosingredientes.com.br Tipos de micotoxinas Patulina Produzidas por uma variedade grande de fungos dos gêneros Penicillium, Aspergillus e Bissochlamys; Alguns fungos podem produzi-la em temperaturas abaixo de 2ºC; Ocasionam aberrações cromossomais em células animais e vegetais; Carcinogênicas; Essa micotoxina tem sido encontrada em pães mofados, linguiças, frutas (incluindo bananas, pêras, abacaxis, uvas e pêssegos), suco de maçã, sidras e outros produtos.

Foto: bustermed.pl Foto: freshplaza.es/ Foto: scielo.br Patulina Estrutura da Patulina Maçã Pêra

Tipos de micotoxinas Alcalóides Ergóticos Produção ocorre nos escleródios de diversas espécies de fungo do gênero Claviceps; Encontrado em grãos de centeio e produtos derivados, gramíneas; Efeitos toxicológicos no homem conhecidos desde a idade média onde os sintomas foram denominados como fogo-sagrado ou fogo-de-santo-antônio ; Comum sob formas de epidemia, causando gangrena dos membros, convulsões e morte por Sepse.

Tipos de micotoxinas Alcalóides Ergóticos O ergotismo apresenta duas formas clássicas: Gangrenoso: sensação de queimaduras na pele bolhas apodrecimento das extremidades Convulsiva: loucura alucinações paralisia formigamento

Ergotismo: Doença ocasionada pelos Alcalóides Ergóticos Gangrenoso Convulsivo Foto: patologiaveterinaria12.blogspot.com.br Foto: pt.slideshare.net Ameaça em animais suscetíveis: Gado, ovinos, porcos e aves.

Curiosidade Esporão do centeio Foto: pt.slideshare.net LSD Escleródios desses fungos possuem uma gama de alcalóides, onde os mais importantes derivam do ácido lisérgico Foto: pt.slideshare.net

Tipos de micotoxinas Fumonisina Produzidas por fungos do gênero Fusarium em milhos e outros grãos; Importância econômica devido a grande perda de cereais; Concentrações mensuráveis no milho; Bloqueio da biossíntese de esfingolipídios (expressão gênica, ativação/desativação de proteínas e indução a apoptose); Relacionada com câncer esofágico em humanos; Leucoencefalomalacia (ELEM) em cavalos, edema pulmonar em suínos, toxicidade renal em ovelhas, ratos e coelhos;

Tipos de micotoxinas Fumonisina Estrutura da Fumosina Fonte: qualfood.com/

Fumonisina Milho Foto: vinayakcorporation.com Foto: taper.es

Tipos de micotoxinas Tricotecenos Constituem um grupo de aproximadamente 150 metabólitos produzidos por fundos do gêneros Fusarium, Myrothecium, Phomopsis, Stachybotrys, Trichoderma, Trichotecium e Verticimonosporium; Comum em sementes de cártamo, cevada, centeio e trigo; Os tricotecenos mais importantes são: DON, NIV, toxina T2, toxina HT2 e DAS; Forte capacidade de inibição da síntese proteica eucariótica; Em animais, pequenas quantidades ocasionam: náusea, diarreia, vômitos, perda de peso e recusa alimentar; Em Humanos esta relacionada com: Aleuquia tóxica alimentar, micotoxicose, pneumonia hemorrágica e estaquibotriose agricultores) (doença ocupacional de

Tipos de micotoxinas Tricotecenos Constituem um grupo de aproximadamente 150 metabólitos produzidos por fungos do gêneros Fusarium, Myrothecium, Phomopsis, Stachybotrys, Trichoderma, Trichotecium e Verticimonosporium; Comum em sementes de cártamo, cevada, centeio e trigo; Os tricotecenos mais importantes são: DON, NIV, toxina T2, toxina HT2 e DAS; Forte capacidade de inibição da síntese proteica eucariótica; Em animais, pequenas quantidades ocasionam: náusea, diarreia, vômitos, perda de peso e recusa alimentar; Em Humanos esta relacionada com: Aleuquia tóxica alimentar, micotoxicose, pneumonia hemorrágica e estaquibotriose (doença ocupacional de agricultores)

Fonte: tricotecenosfungos.blogspot.com.br Tricotecenos Estrutura dos Tricotenos Pão embolorado Fonte: tricotecenosfungos.blogspot.com.br

Foto: sossuinos.com.br Foto: razasporcinas.com Tipos de micotoxinas Zearalenona Produzidas pelo fungo Fusarium; Comuns em milho (mas também cevada, centeio e gergelim) onde invadem a planta no estagio da floração, especialmente em períodos chuvosos; Possuem propriedades estrogênicas em camundongos e hiperestrogenismo em suínos; Estrutura da Zearzelona

Principais micotoxinas em alimentos produzidos no Brasil Grãos, cereais e derivados: Variados índices de contaminação. Aflatoxinas em amendoim e algumas frutas secas. Fumonisina em milho e subprodutos. Desoxinivalenol em trigo. Produtos de origem animal: Neste caso ocorre contaminação da ração por micotoxinas. Aflatoxina em aves, ovos e leite. Outros: Ocratoxina em café. Patulina em uva, suco de maçã e tomate. Fumonisina e ocratoxina em cerveja (níveis considerados toleráveis).

Prevenção O controle da contaminação por micotoxinas em alimentos é feito prevenindo o crescimento de fungos, através da adoção de boas práticas de produção de alimentos. Secagem de produtos, logo após a colheita, e conservação sem umidade é uma alternativa eficaz para o impedimento do crescimento de fungos. Condições apropriadas de armazenamento. Controle de insetos. Aplicação de produtos químicos - amônia, solução de peróxido de hidrogênio, hidróxido de cálcio, bissulfeto de sódio, carbonato de sódio, cal, calor, etc. - nem sempre uso destes produtos é viável. Inibição da produção de micotoxinas através de microrganismos: fungos, bactérias.

Legislação brasileira Resolução RDC no 274, da ANVISA (Ministério da Saúde) - limite máximo para aflatoxinas em alimentos para o consumo humano. Portaria MA/SNAD/SFA no 183, do Ministério da Agricultura - limite máximo para aflatoxinas em alimentos para consumo animal (qualquer matéria-prima, para alimentação direta ou como ingrediente para rações). Há pesquisas em andamento com a citrinina, as fumonisinas, a ocratoxina A, a patulina, os tricotecenos e outras.

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Referências BRASIL, Food Ingredients. As micotoxinas. Revista Food Ingredients Brasil. Editora Insumos Ltda, n. 7, p. 32-40, 2009. FREIRE, F. C. O. et. al. Micotoxinas: importância na alimentação e na saúde humana e animal. Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, 2007. IAMANAKA, B. T.; OLIVEIRA, I. S.; TANIWAKI, M. H. Micotoxinas em alimentos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, Recife, vol. 7, p.138-161, 2010. JOBIM, C. C.; GONÇALVES, G. D.; SANTOS, G. T. Qualidade sanitária de grãos e forragens conservadas versus desempenho animal e qualidade de seus produtos. Anais do Simpósio Sobre Produção e Utilização de Forragens Conservadas, Maringá, p. 242-261, 2001. MAZIERO, M. T.; BERSOT, L. S. Micotoxinas em alimentos produzidos no Brasil. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.12, n.1, p.89-99, 2010.