A FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA DE PEDAGOGOS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL NA UNINASSAU-FAP TERESINA.

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Transcrição:

A FORMAÇÃO INICIAL E CONTÍNUA DE PEDAGOGOS EM EDUCAÇÃO ESPECIAL NA UNINASSAU-FAP TERESINA. Autor: Bárbara Andrômeda Araújo Soares; Orientador: Profª Celene Vieira Fortes Lustosa Faculdade Maurício de Nassau UNINASSAU Campus FAP Faculdade Piauiense. andromedabarbara@gmail.com Introdução A presente pesquisa tem como objetivo geral discutir a relevância da formação contínua de professores e os programas de extensão na formação inicial dos mesmos, contudo, principalmente na área de Educação Especial e no curso de Pedagogia ofertado na UNINASSAU-FAP Teresina. Este estudo teve como objetivos específicos: 1) Investigar quais programas de extensão relacionados à Educação Especial são ofertados na unidade, que se caracterizam como um estímulo a formação no campo da Educação Inclusiva e, 2) Verificar quais cursos de pós-graduação a instituição oferece para especializações posteriores destes alunos em Educação Especial. Nesta ótica, é possível destacar a relevância da especialização de professores para o desempenho profissional em sala de aula, Nóvoa (1995) relata em sua obra, que a formação de professores traz não somente novas atribuições técnicas e de conhecimentos, mas novas perspectivas de socialização e configuração profissional. Em termos de base legal, no decreto 7.611 do ano de 2011, é expressa a garantia da formação contínua dos profissionais da educação, neste sentido é necessário que universidades possam estar aptas a receber professores que almejam uma especialização, dado que essa garantia é destacada em lei, seriam viáveis bolsas de estudo integrais a cursos de pós-graduações em campus universitários de todo país. Porém, para que esse professor possa sentir-se apto a escolher a área em que pretende especializar-se, é necessário que haja incentivo e conscientização do campo profissional no qual deseja atuar, devendo ser realizado ainda na formação inicial deste educador, então, é possível notar a relevância do papel dos trabalhos de extensão que são desenvolvidos em campus universitários, os quais geram uma familiarização do discente e futuro professor com o tema estudado. Segundo Sousa (2000), diz que os programas de extensão são necessários na instituição de Ensino Superior e, que a pesquisa e o ensino devem estar articulados entre si levando o mais próximo das aplicações úteis na sociedade. Com projetos de extensão desenvolvidos no campo da Educação Especial, o graduando

pode captar a relevância que este tema repercute socialmente, proporcionando confiança e domínio ao assunto estudado, estimulando-o a formação nesta área. Para que o professor apresente as habilidades necessárias para ensinar, é preciso que o ensino deste tenha sido ministrado com competência, Segundo Baumel (2003), relata que, desde 1988, o comitê da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) discute em seus relatórios, que a qualidade do ensino está relacionada com a preparação dos professores, e que deve ser feito o incentivo a participação dos mesmos em programas de pósgraduação na Educação Especial. Também para que seja possível a expansão na oferta de profissionais especialistas em Educação Inclusiva, é preciso que se tenha uma oferta proporcional à demanda dos interessados no curso. Nesse sentindo, pode-se vislumbrar a importância da análise proposta, pois o modo em que a instituição tem trabalhado a conscientização aos discentes de Pedagogia, sobre o papel do professor na Educação Inclusiva, repercute na sua escolha a futura especialização, neste caso, em Educação Especial, tornando-o mais seguro de suas decisões, conseguintemente será possível uma expansão na oferta de profissionais especialista ao atendimento a crianças portadoras de necessidades especiais, em centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que garantem um reforço pedagógico em contraturnos escolares da rede do Ensino Infantil. Metodologia A coleta de dados foi realizada junto ao campo de pesquisa da UNINASSAU-FAP com sede no bairro Jóquei Clube, na cidade de Teresina, Piauí. A pesquisa junto à instituição contribuiu significativamente para o trabalho, enriquecendo o delineamento dos assuntos pautados no estudo. A metodologia da pesquisa de campo caracteriza-se por um estudo qualitativo, onde este método apresentou as formas que o estudo necessitou, sendo possível a participação nos processos. Para levantamento de dados fora elaborado um roteiro de entrevista, formulado especificamente para ser apresentado à coordenação do Curso de Pedagogia oferecido na instituição. O objeto da pesquisa apresentado à coordenação teve relevância na coleta de informações comprobatórias, certo que estes elementos arrecadados, terão valor informacional no decorrer do estudo. O sujeito da pesquisa, neste caso, a coordenadora do Curso de Pedagogia da faculdade, recebeu a proposta da pesquisa na unidade com cordialidade. As perguntas presentes no roteiro foram apresentadas a participante da pesquisa em forma de entrevista, garantindo respostas satisfatórias a

análise do caso. Os dados secundários foram obtidos por meio de pesquisas bibliográficas com autores que explanam a relevância da formação em Educação Especial. Resultados e Discussão No desenvolvimento do estudo de campo, a participante da pesquisa recebeu questionamentos enquanto a existência de cursos de especialização em Educação Especial, respondeu que atualmente a unidade conta com o Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia presencial e que apesar de não ser uma formação especificamente voltada para o ensino em AEE, tem em sua grade curricular a disciplina de Avaliações e Estratégias no Atendimento das Dificuldades de Aprendizagem. A especialização conta com estágios extracurriculares, garantindo que posteriormente este profissional possa trabalhar em escolas com atendimento especializado aos portadores de necessidades especiais. A unidade também oferece o curso de Pós-Graduação em Educação Especial, porém em modalidade de Ensino a Distância (EAD) o que não garante a ofertada de estágios aos estudantes. Ademais relata que não há existência de bolsas de estudos para esse tipo de pós-graduação, neste caso, é necessário que o aluno interessado na área faça um investimento financeiro mensal no decorrer do curso. Em torno dos graduandos de Pedagogia, a coordenadora foi indagada se existe um incentivo aos estudantes de Pedagogia a formação na Educação Especial, ela prontamente respondeu sim e, que a direção junto ao corpo docente da faculdade, tem se preocupado em esclarecer aos discentes ainda em sala de aula sobre a importância do professor neste campo. Dando continuidade em seu relato, a participante do estudo acredita que programas de extensão, seria uma ação positiva na ascendência a especialização na área, portanto já realiza projetos como congressos, minicursos e fóruns que discutem a temática da Educação Inclusiva e, acrescenta que existe uma necessidade nas escolas de profissionais qualificados em Educação Especial, a participação nesses eventos fará o discente acreditar que é possível a inclusão de crianças especiais na escola e que essas certificações já contarão em seu currículo profissional. Dentro desta ótica, Mantoan (2005, p. 81, grifo nosso) diz que: Alguns professores já têm claro que a inserção é possível, porque tiveram experiências que lhes demonstram essa possibilidade. Essa citação reforça o que a coordenadora declarou, já que a participação desses eventos proporciona aos graduandos o desenvolvimento de habilidades para lidar com crianças especiais diariamente em sala de aula. Neste sentido, é necessário que no período inicial de sua formação, o professor tenha que desenvolver competências para atuar nesta modalidade de ensino, Baumel (2003, p. 25) assinala: Durante a formação inicial de professores, deveriam ser definidas metas precisas relativas aos

diversos componentes da competência de organização e gestão da classe. Com isso, é justificável destacar a relevância do incentivo a esta formação ainda no decorrer do Curso de Licenciatura em Pedagogia, com a realização de programas de extensão. Conclusões Através deste estudo, foi possível relatar a importância que a pesquisa de campo prestou na coleta de dados, abrangendo o desenvolvimento dos programas de extensão e especializações no campo da Educação Especial na UNINASSAU-FAP. Esta abordagem conseguiu captar informações que responderam aos questionamentos levantados no roteiro de entrevista, contribuindo para o enriquecimento dos assuntos debatidos. As perguntas levantadas a participante do estudo, tornou possível a obtenção de resultados precisos, possibilitando discussão teórica para reforço da pesquisa. Os programas de extensão promovidos pela coordenação seriam um incentivo a formação inicial na Educação Especial e, os cursos de pós-graduação mencionados permitem que os alunos possam dar continuidade a especializações no mesmo ramo. No decorrer da análise no campus da faculdade, foram levantados pontos que precisam ser melhorados: Primeiramente, ainda não existe a oferta de bolsas de estudo nos cursos de pósgraduação citados pela coordenadora. Em contrapartida Brasil (2011), diz que, é preciso a garantia a contínua especialização de professores, até mesmo no desenvolvimento da educação para estudantes portadores de necessidades especiais, com a extensão na perspectiva da Educação Inclusiva e a criação de vínculos interpessoais. Uma alternativa a oferta dessas bolsas seria a possibilidade de parcerias governamentais, dado que essa garantia é expressa na lei 7.611/11, anteriormente citada, o que se caracteriza como dever do poder público ofertar constantes especializações aos professores na área do atendimento educacional a cidadãos com necessidades especiais. O outro a ponto a ser ressaltado, é a ausência do curso de Pós-Graduação em Educação Especial em modo presencial, Alonso (2013), ressalta que no processo de inclusão escolar, alunos com deficiências (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla), transtornos globais e altas habilidades, converte diversas formas de ensino pelas equipes de profissionais da educação. Esta especialização possui toda matriz curricular voltada para o trabalho com esses diferentes tipos de deficiências e garante a formação específica aos docentes nos diversos modos de ensino em classes AEE, o fato de ser ofertada na modalidade EAD, torna inviável a possibilidade de estágios supervisionados, os quais garantem uma experiência prévia ao educador antes do trabalho em sala de aula.

Concluindo, este trabalho trouxe novas informações ao tema pesquisado, demonstrando como a UNINASSAU-FAP tem trabalhado a formação inicial de pedagogos na Educação Especial, realizando projetos de extensão como congressos, minicursos, fóruns que discutem sobre a inserção dos portadores de necessidade especial no meio escolar e, a continuidade na formação destes profissionais, com a oferta dos cursos de Pós-Graduação em Psicopedagogia e Educação Especial, que formará novos profissionais especialistas ao atendimento em classes AEE. Referências Bibliográficas ALONSO, Daniela. Os desafios da Educação inclusiva: foco nas redes de apoio. De 2013. Disponível em:https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nasredes-de-apoio. Acesso em: 27 de set. de 2017. BAUMEL, Roseli Cecília Rocha de Carvalho. Formação de Professores: Algumas Reflexões, In Maria Luísa Sprovieri Ribeiro & Roseli R. de Carvalho Baumel (orgs.). Educação Especial do Querer ao Fazer. São Paulo, Avercamp, 2003, Cap.2, p.28 BRASIL, Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Planalto, Brasília, DF, 17 de nov. 2011. Art. 5, 2, inciso 4. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 30 de set. de 2017. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Caminhos pedagógicos da Educação Inclusiva, In Roberta Gaio & Rosa G. Krob Meneghetti (orgs.). Caminhos pedagógicos da Educação Especial. Rio de Janeiro, Petrópolis, Cap. 2, 2005. NÓVOA, Antônio. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1995, p.18 SOUSA, Ana Luzia Lima. A História da Extensão Universitária. Ed. 1. Editora: Alínea. Campinas, 2000, p. 138