UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS



Documentos relacionados
O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

Proposta para Formataça o de Franquia

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Questionário de entrevista com o Franqueador

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

MODELO PLANO DE NEGÓCIO

PROCESSO DE SELEÇÃO DE EMPRESAS PARA INCUBAÇÃO. Modalidade Associada

COMPONENTES DA ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIO

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

9 Plano de Marketing 9.1 Estratégias de Produto

BRIEFING. Unidade curricular: Organização de uma empresa. Professor: Adm. Roberto da Fonseca.

FAZER ESTES ITENS NO FINAL, QUANDO O TRABALHO ESTIVER PRONTO

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente

Plano de Negócios Faculdade Castro Alves Cursos de Administração.

Roteiro para apresentação do Plano de Negócio. Preparamos este roteiro para ajudá-lo(a) a preparar seu Plano de Negócio.

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

Construindo um Plano de Negócios Fabiano Marques

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

UNIDADE 5 A estrutura de um Plano de Negócios

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

Plano de Negócios. Passo a passo sobre como iniciar um Plano de Negócios para sua empresa. Modelo de Planejamento prévio

SELEÇÃO DE EMPRESAS PARA INCUBAÇÃO NA MODALIDADE ASSOCIADA

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC. Graduação em Administração

PLANO DE NEGÓCIOS. O QUE É?

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

7. Viabilidade Financeira de um Negócio

Programa de Parceria

PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES SOBRE VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

PLANO DE NEGÓCIOS Roteiro

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO

PLANO DE NEGÓCIOS FORMAÇÃO DA REDE DR. MARIDO NEGÓCIOS DO PEQUENO E MÉDIO PORTE, ATRAVÉS DO MODELO HOMME OFFICE, COM RETORNO PROJETADO DE 86% A.A.

Princípios de Finanças

INSTRUMENTO DE APOIO GERENCIAL

BENEFÍCIOS COM A SMALL

Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE

PARTE VI O Plano de Negócios

Edital 1/2014. Chamada contínua para incubação de empresas e projetos de base tecnológica

MAISMKT - Ações em Marketing e uma empresa voltada para avaliação do atendimento, relacionamento com cliente, e marketing promocional.

Uma empresa é viável quando tem clientes em quantidade e com poder de compra suficiente para realizar vendas que cubram as despesas, gerando lucro.

UMA PROPOSTA INOVADORA PARA ENSINAR EMPREENDEDORISMO AOS JOVENS

INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA 1.1

8 dicas para quem vai abrir uma gestora de fundos

LABORATÓRIO DE CONTABILIDADE

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Welcome Call em Financeiras. Categoria Setor de Mercado Seguros

FLUXO DE CAIXA. Dinâmica: O que faço de diferente ou estranho. (Objetivo: Conhecer um pouco cada participante)

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

Procuramos empreendedores com as seguintes características:

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas


CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

GUIA DE ELABORAÇÃO DE PLANO DE NEGÓCIOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIOS

ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA UMA EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS 1

MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO COM A UTILIZAÇÃO PRÁTICA DA CALCULADORA HP12C E PLANILHA ELETRÔNICA

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

MATRIZ SWOT VANTAGENS DE SUA UTILIZAÇÃO NO COMÉRCIO VAREJISTA

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral

APRESENTAÇÃO. Sua melhor opção em desenvolvimento de sites! Mais de 200 clientes em todo o Brasil. Totalmente compatível com Mobile

César Cruz Proprietário [18/04]

CAP. 2 CONSIDERAÇÕES SOBRE OS CRITÉRIOS DE DECISÃO

Compreendendo a dimensão de seu negócio digital

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

MANUAL DE TRANSIÇÃO DE MARCA

O primeiro guia online de anúncios de Guarulhos a se tornar franquia nacional

SESI. Empreendedorismo Social. Você acredita que sua idéia pode gerar grandes transformações?

A Descrição do Produto ou Serviço e a Análise do Mercado e dos Competidores Fabiano Marques

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Etapas para a preparação de um plano de negócios

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

Manual do Integrador. Programa de Formação

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

SITE - INFORMAÇÕES DE FRANQUIA

Com bom planejamento, empresário começa negócio sem dinheiro próprio.

Sistema de Controle de Solicitação de Desenvolvimento

Planejamento e Controle do Lucro Empresas de Pequeno e Médio Porte

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

CIÊNCIAS CONTÁBEIS. A importância da profissão contábil para o mundo dos negócios

Solução Integrada para Gestão e Operação Empresarial - ERP

Opção. sites. A tua melhor opção!

Apresentação ao Shopping

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft.

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E


FACULDADE PITÁGORAS DE UBERLÂNDIA

O SEBRAE E O QUE ELE PODE FAZER PELO SEU NEGÓCIO

Tópicos Abordados. Pesquisa de Mercado. Aula 1. Contextualização

Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS Leandro Campagnolo PLANO DE NEGÓCIOS PARA ABERTURA DE UMA LAN HOUSE NO CENTRO DE PORTO ALEGRE Cyber LAN Porto Alegre 2007

Leandro Campagnolo PLANO DE NEGÓCIOS PARA ABERTURA DE UMA LAN HOUSE NO CENTRO DE PORTO ALEGRE Cyber LAN Trabalho de conclusão do curso de graduação apresentado ao Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Orientador: Profa. Dra. Edi Madalena Fracasso Porto Alegre 2007

Leandro Campagnolo PLANO DE NEGÓCIOS PARA ABERTURA DE UMA LAN HOUSE NO CENTRO DE PORTO ALEGRE Cyber LAN Trabalho de conclusão do curso de graduação apresentado ao Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Administração. Conceito Final:... Aprovado em... de dezembro de 2007. BANCA EXAMINADORA Orientador: Profa. Dra. Edi Madalena Fracasso UFRGS / EA

AGRADECIMENTOS Provavelmente eu não consiga expressar o quanto é gratificante concluir o curso de Administração nesta Universidade que é uma das mais seletas do país. Não poderia ser qualquer universidade, a meta sempre foi a UFRGS. Vários momentos e acontecimentos no passado me afastaram desse caminho a ponto de desistir dos estudos. Em 1993, vindo do interior do estado para fazer cursinho preparatório e tentar a tão sonhada vaga, dificuldades financeiras me fizeram regressar. Em 1994, surgiu novamente a oportunidade de estudar, desta vez, aproveitando a aprovação do vestibular de Análise de Sistemas da Unisinos, entretanto, o elevado investimento e o custo de permanência longe da cidade natal Nova Prata, obrigaram-me a retornar. Naquele momento, a visão transparecia que a única e real possibilidade era continuar trabalhando. A trabalho, fui para outro estado, regressei, consegui um bom emprego e num determinado momento, percebi, muito incentivado por uma antiga amiga, que a evolução requeria qualificação e esta somente poderia vir através do estudo formal. Em 1998, estava decidido, desta vez seria diferente, mas a chance seria única, uma vez que deixaria o atual emprego para me dedicar exclusivamente aos estudos e gastaria todas as reservas disponíveis para pagar o transporte e o curso preparatório na cidade de Caxias do Sul. A aposta era passar no vestibular e posteriormente conseguir emprego em Porto Alegre para suprir as despesas. Ganhei minha própria aposta. Em 1999 passei no vestibular da UFRGS para Engenharia Elétrica e por força do destino, logo no início, percebi que o curso não correspondia com as minhas expectativas e logo fiz a acertada transferência para a Administração. Nessa mesma época, iniciei as atividades na empresa que estou até hoje e tenho muito a agradecer pelas oportunidades de aprendizado, crescimento profissional e gestão, compartilhadas com meus colegas e superiores. A conclusão do curso é um marco na minha vida e representa muito mais que um aprendizado acadêmico, é parte da minha personalidade.

Agradeço muito aos meus pais, Astério e Maria. Eles representam toda minha formação de valores morais e invariavelmente sempre me apoiaram e ajudaram sem medir esforços. Não poderia esquecer de agradecer a Leana, minha única irmã e melhor amiga. Agradeço minha orientadora, professora Edi, que teve uma inesgotável paciência, transmitindo conhecimento e me auxiliando na tarefa que considero a mais importante do curso, o trabalho de conclusão, principalmente por se tratar de um plano de negócios que abrange várias áreas da administração. Ainda, quero agradecer aos demais familiares, meus colegas de trabalho e amigos por fazerem parte da minha vida e a UFGRS por me propiciar o meio para a tão sonhada formação através de seu corpo docente. Agradeço a Deus, porque através de todos os caminhos tortuosos, sem dúvida me tornei uma pessoa melhor.

RESUMO O presente trabalho de conclusão do curso de graduação em Administração, trata da elaboração de um Plano de Negócios que tem por objetivo verificar a viabilidade para abertura de uma lan house localizada no centro de Porto Alegre a qual será denominada Cyber LAN. Na primeira parte, o trabalho aborda brevemente o empreendedorismo como conceito e processo de motivação para a criação de um novo negócio. Em seguida, no segundo capítulo, por meio do referencial bibliográfico, estuda-se a estrutura do plano de negócios. O terceiro capítulo descreve o procedimento de coleta de dados e, através da formação do plano de negócios da Cyber LAN, no quarto capítulo define-se o negócio, o Plano de Marketing, Plano de Recursos Humanos, Plano de Instalação, Plano Operacional e Plano de Financeiro. Após, através das considerações finais, é apresentada a análise e conclusão do plano de negócios para o empreendimento proposto onde será exposto o resultado da viabilidade ou não de iniciar as atividades de abertura da nova empresa. Palavras Chave: Plano de Negócios, empreendedorismo, lan house, Cyber LAN.

ABSTRACT The present conclusion paper of the Administration Graduation Course, deals with a elaboration of a business-oriented plan that has for goal to verify the viability for openning of a Lan House at the Porto Alegre city which will be called Cyber LAN. In the first part, the paper briefly approaches the entrepreneurship as a concept and process of motivation for the creation of a new business. After that, in the second chapter by means of the bibliographical references, it is studied the structed of the business-oriented plan. The third chapter describes the procedure of the collect`s data and, through of the formation of the Cyber Lan`s plan; in the fourth chapter defines the business, the Marketing Plan, Human Resources Plan, Installation Plan, Operational Plan and Financial Plan. After, through the final considerations, the analysis and conclusion of the business-oriented plan are presented and the results will show whether or not to iniciate the openning activities of the new company. Key words: Business Plan, entrepreneurship, Lan House, Cyber Lan.

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 12 1. EMPREENDEDORISMO... 14 2. ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS... 16 2.1 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO... 18 2.2 PLANO DE MARKETING... 19 2.2.1 Análise de mercado... 19 2.2.2 Estratégia de Marketing... 20 2.3 PLANO DE RECURSOS HUMANOS... 22 2.4 PLANO DE INSTALAÇÃO... 23 2.5 PLANO OPERACIONAL... 24 2.6 PLANO FINANCEIRO... 24 2.6.1 Análise da viabilidade de um empreendimento... 25 3. MÉTODO DE COLETA DE DADOS... 28 4. O PLANO DE NEGÓCIOS DA Cyber LAN... 29 4.1 DEFINIÇÃO DO NEGÓCIO... 29 4.1.1 Missão... 29 4.1.2 Visão... 29 4.1.3 O empreendimento... 29 4.1.4 Definição dos objetivos e metas... 30 4.1.5 Produtos e serviços... 30 4.2 PLANO DE MARKETING... 33 4.2.1 Análise do mercado... 33 4.2.1.1 Análise do setor... 33 4.2.1.2 Análise da clientela... 34 4.2.1.3 Análise da concorrência... 34 4.2.1.4 Fornecedores... 36 4.2.1.5 Análise ambiental... 36 4.2.2 Estratégia de marketing... 37 4.2.2.1 Preço... 37 4.2.2.2 Localização... 37 4.2.2.3 Promoção e Propaganda... 39 4.3 PLANO DE RECURSOS HUMANOS... 40 4.4 PLANO DE INSTALAÇÃO... 42 4.5 PLANO OPERACIONAL... 44 4.6 PLANO FINANCEIRO... 46 4.6.1 Investimento inicial... 46 4.6.2 Fonte de recursos... 48

4.6.3 Previsão de despesas e Capital de giro... 48 4.6.4 Previsão de Receitas... 49 4.6.5 Impostos... 52 4.6.6 Apuração dos Resultados... 53 4.6.6.1 Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE)... 53 4.6.6.2 Projeções de Fluxos de caixa... 56 4.6.6.3 Análise de Viabilidade... 58 4.6.6.3.1 Ponto de equilíbrio... 59 4.6.6.3.2 Valor Presente Líquido... 59 4.6.6.3.3 Taxa Interna de Retorno... 60 4.6.6.3.4 Payback... 60 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 61 REFERÊNCIAS... 62 ANEXO A - LEI n 9.725, de 1 de fevereiro de 2005... 63 ANEXO B - Impostos: Tributação pelo Simples Federal... 69

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Pontuação para classificação da concorrência... 35 Tabela 2 - Avaliação dos principais concorrentes instalados no bairro Centro... 35 Tabela 3 - Cargos, funções e salários... 41 Tabela 4 - Investimento Inicial... 46 Tabela 5 - Equipamentos de Informática e Softwares... 47 Tabela 6 - Móveis e Utensílios... 47 Tabela 7 - Fonte de Recursos... 48 Tabela 8 - Custos Fixos (mês)... 48 Tabela 9 - Custos Variáveis (mês)... 49 Tabela 10 - Estimativas anuais de despesas em R$... 49 Tabela 11 - Ocupação média da lan house por intervalo de meia hora... 50 Tabela 12 - Ocupação média diária da Cyber LAN... 50 Tabela 13 - Impressões diárias (páginas)... 50 Tabela 14 - Consumo médio diário de bebidas... 50 Tabela 15 - Receita Mensal: Receitas diárias multiplicadas por 26 dias... 50 Tabela 16 - Estimativas anuais de faturamento em R$... 52 Tabela 17 - Tabela de incidência do Simples Nacional - Serviços e Locação de bens móveis... 52 Tabela 18 - Gastos estimados com Impostos em R$... 53 Tabela 19 - Demonstrativo Resultado do Exercício - Cenário Previsto... 53 Tabela 20 - Demonstrativo Resultado do Exercício - Cenário Pessimista... 54 Tabela 21 - Demonstrativo Resultado do Exercício - Cenário Otimista... 55 Tabela 22 - Fluxo de Caixa para o cenário Previsto... 56 Tabela 23 - Fluxo de Caixa para o cenário Pessimista... 57 Tabela 24 - Fluxo de Caixa para o cenário Otimista... 58 Tabela 25 - Ponto de Equilíbrio... 59 Tabela 26 - Fluxo de caixa descontado e acumulado - Cenário Previsto... 59 Tabela 27 - Fluxo de caixa descontado e acumulado - Cenário Pessimista... 59 Tabela 28 - Fluxo de caixa descontado e acumulado - Cenário Otimista... 60

LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURAS Figura 1 - Localização, Concorrência e Restrição Legal... 38 Figura 2 - Organograma da Cyber LAN... 40 Figura 3 - Layout proposto para a Cyber LAN... 42 Figura 4 - Projeto das bancadas e modelo em produção... 43 Figura 5 - Aplicativo gerenciador... 45 QUADROS Quadro 1 - Análise ambiental da lan house... 36 Quadro 2 - Cronograma de Instalação... 43

12 INTRODUÇÃO Com a popularização da informática a partir da década de 90, novas oportunidades de negócio surgiram. A exemplo, foram criados dois modelos de negócios com origens distintas que atualmente mesclam suas funcionalidades. O segmento que explora o entretenimento eletrônico, mais difundido através dos jogos para computadores, representado pelas lan houses e a área que explora o fornecimento dos recursos em ambiente adequado para pesquisas através da internet, mecanismos de relacionamento virtual, sejam eles por e-mail, voz, imagem ou a combinação destes para quem ainda não pode adquirir tal infraestrutura, representado pelos cyber cafés. Historicamente, a popularização deste modelo de entretenimento teve início na Coréia em 1996 onde amigos alugavam computadores em lojas para jogar uns contra os outros. O conceito de lan house rapidamente difundiu-se no mundo e no Brasil nos anos 90. O nome Lan house une a abreviação de local área network LAN, que é uma nomenclatura normalmente utilizada para descrever uma rede local de computadores com o conceito de casa de jogos e está iniciando uma nova opção de entretenimento, permitindo a interação entre dezenas de jogadores num mesmo ambiente. O negócio caracteriza-se por diversos computadores de última geração conectados em rede, com ar-condicionado e poltronas confortáveis, onde vários jogadores se divertem com as últimas novidades dos jogos eletrônicos, todos conectados em um único ambiente virtual. A lan house funciona como um ponto de encontro dos aficcionados em jogos eletrônicos, que além de trocar experiências podem aprimorar suas técnicas em um ambiente divertido. Muitos preferem ir a Lan houses ao invés de jogar em casa, pois podem jogar em rede tendo os próprios amigos como oponentes e não apenas o computador, o que torna o jogo mais estimulante. Já o cyber café teve sua origem na Inglaterra, no início de 1994. Ivan Pope que recebera a incumbência de desenvolver um evento de internet, criou o conceito de café com acesso à internet nas mesas. Mas o primeiro cyber café

13 iniciou suas atividades no final de 94, por um empreendimento de Eva Pascoe que de acordo com seu relato, a idéia veio amadurecendo desde o início dos anos 90, quando passava muito tempo longe de sua família, quando preparava sua tese de doutorado. Naquela época, ela era uma das poucas pessoas com acesso a uma conta de correio eletrônico, serviço puramente acadêmico, naqueles tempos. Além disto havia o elevado custo com as ligações telefônicas para poder ficar conectada. Foi assim que, estando num café próximo à universidade, imaginou que seria agradável poder acessar de um lugar como aquele, enquanto saía da rotina habitual. (Wikipedia, 2007) Deste modo, unificando os atrativos de uma lan house às funcionalidades de um cyber café, este trabalho tem como objetivos elaborar o plano de negócios e verificar a viabilidade de um estabelecimento que terá a união das características dos dois modelos de empreendimento e denominar-se-á, Cyber LAN. Para atingir este objetivo inicialmente foi feita uma revisão da literatura que aborda no primeiro capítulo uma reflexão sobre o conceito de empreendedorismo e a evolução desta atividade no Brasil. No segundo capítulo aborda-se a estrutura do plano de negócios. O terceiro capítulo descreve o procedimento de coleta de dados e o quarto capítulo apresenta o desenvolvimento do plano de negócios para abertura de uma lan house no centro de Porto Alegre, descrevendo o a definição do negócio, o plano de marketing, o plano de recursos humanos, o plano de instalação, o plano operacional, o plano financeiro e as conclusões sobre a viabilidade do empreendimento.

14 1. EMPREENDEDORISMO Segundo Hisrich e Peters (2004), empreendedorismo é processo de criar algo novo de valor, no qual dedica-se tempo e esforço necessário, assumindo-se riscos financeiros e psicológicos para obter possíveis recompensas de satisfação e independência econômica e pessoal. O empreendedorismo é o processo dinâmico de criar mais riqueza, que é criada por indivíduos que assumem os principais riscos, seja por comprometimento de sua carreira, tempo ou patrimônio em função de algum produto ou serviço. Dolabela (1999) em suas pesquisas, cita que o empreendedorismo é um fenômeno cultural, fruto dos hábitos, práticas e valores das pessoas. Existem famílias mais empreendedoras do que outras, assim como cidades, regiões e países. Na verdade, aprende-se a ser empreendedor através da convivência com outros empreendedores. Empresários de sucesso são influenciados por empreendedores do seu círculo de relações como a família, amigos, líderes ou figuras importantes, tomados como modelo. Famílias de empreendedores têm maior chance de gerar novos empreendedores e empreendedores de sucesso quase sempre têm um modelo, a quem admiram e imitam. (DOLABELA, 1999, p.31) Ainda conforme Dornelas (2001, p. 37), o empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumindo riscos calculados. O autor define também, as características que o empreendedor possui, tais como: a) possui iniciativa e faz o que realmente gosta; b) utiliza recursos que obtêm para transformar o ambiente do novo empreendimento; e c) assume riscos de fracassar.

15 No Brasil, o empreendedorismo e seu estudo começou a ganhar força na década de 1990, durante a abertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, uma condição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores que não conseguiam competir com os importados, como foi o caso dos setores de brinquedos, calçados e confecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o resto do mundo, o país precisou mudar. Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram que modernizar-se para poder competir e voltar a crescer. Segundo o SEBRAE, a cada ano são instaladas no Brasil aproximadamente 500 mil empresas, entretanto, 49,4% das novas empresas encerram as atividades com até dois anos de existência, 56,4% com até três anos e 59,9% não sobrevivem além dos quatro anos. A principal causa desta alta mortalidade é a falta de planejamento. (SEBRAE, 2007) É pelo plano de negócios que o novo empreendedor concebe a estrutura e o funcionamento do novo negócio, para que este possa, assegurar a sua sustentabilidade no mundo. Para tanto, o plano de negócios deve estar estruturado de forma a contemplar todas as funções da empresa. Esta estrutura será discutida no próximo capítulo.

16 2. ESTRUTURA DO PLANO DE NEGÓCIOS O plano de negócios é peça fundamental do processo empreendedor, é uma ferramenta de gestão com múltiplas aplicações que deve ser usada por todo e qualquer empreendedor como forma de expor suas idéias em uma linguagem que os possíveis envolvidos entendam e, principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso do empreendimento. O plano de negócios é um documento usado para descrever o negócio e apresentar a empresa aos fornecedores, investidores, clientes, parceiros e empregados. Ainda, o plano de negócios é um mecanismo de planejamento estratégico com o objetivo de evitar eventuais erros que poderiam ser fatais para o novo negócio. Entende-se por estrutura do plano de negócios, a documentação que se usa para descrever um novo empreedimento. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e criar estratégias para a empresa em crescimento. Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo. Segundo Dornelas (2001), o plano de negócios faz com que o empreendedor passe por um processo de aprendizagem e ainda permite que este situe-se no ambiente de negócios. Mas para Dolabela (1999), o plano de negócios, é todo o planejamento de uma empresa, onde apresentam-se todos os detalhes do novo empreendimento tais como, produto ou serviço, quantos e quais são os clientes, qual é o processo de vendas e de produção, qual a estrutura de gerenciamento e quais são as projeções financeiras. Com essas avaliações é possível analisar se o empreendimento é viável ou não. Além dos riscos que algumas vezes são muito altos, podem existir barreiras legais ou tecnológicas que dificultam o acesso dos novos empreendedores a determinados tipos de negócios e ainda por muitas vezes a rentabilidade pode apresentar-se insuficiente para garantir a abertura do empreendimento. Enfim, o plano de negócios é um importante documento de planejamento para qualquer organização, mas principalmente para as micro e pequenas

17 empresas, tanto nos primeiros momentos de atividade quanto no acompanhamento dos resultados depois de alguns anos de atuação no mercado, possibilitando ao empreendedor compreender o processo de criação e implantação de seu negócio. A estrutura do plano de negócios não possui um padrão único, uma vez que cada negócio possui particularidades únicas apesar de existir semelhança entre negócios do mesmo ramo. Mas segundo Dornelas, "deve possuir um mínimo de seções as quais proporcionarão um entendimento completo do negócio". Define ainda que deve permitir ao leitor "entender como a empresa é organizada, seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia de marketing e sua situação financeira. (DORNELAS, 2005, p.101) O plano de negócios é um guia que norteará todas as ações da empresa, deve ser dinâmico e constantemente ajustado, acompanhando as mudanças de cenário da economia, do mercado, da tecnologia e da concorrência. Segundo Hisrich e Peters (2004), o plano de negócios deve contemplar em estrutura seções que permitam: - desenvolver o conceito de negócio; - através de um plano de marketing observar experiências similares e suas reais oportunidades e riscos através da análise de mercado; - desenvolver um plano operacional; - desenvolver um plano de recursos humanos; - desenvolver um plano financeiro,

18 2.4 DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO a) Nesta seção do plano de negócio, deve-se descrever o empreendimento, iniciando com a declaração da visão e missão; o ramo de atividade do novo negócio, o histórico, se não for um novo empreendimento, a composição societária, aspectos legais tais como tributação e regime jurídico. b) Definição dos objetivos e metas: Nos objetivos e metas, apresenta-se o que a empresa busca alcançar, ou seja, suas intenções de um modo geral. (DORNELAS, 2001). Servem para orientar a direção e indicam as intenções gerais da empresa. São os resultados quantitativos ou qualitativos que a empresa deve alcançar em um determinado período de tempo. c) Produtos e serviços: Neste item serão descritos quais serão os produtos e ou serviços a serem apresentados no novo empreendimento, seu diferencial competitivo, suas qualidades, seus benefícios perante o cliente e ainda a própria satisfação do mesmo.

19 2.2 PLANO DE MARKETING O plano de marketing é o mecanismo pelo qual apresenta-se a exploração do mercado, com o objetivo de adquirir a compreensão necessária das variáveis que se relacionam com o novo negócio. A exploração do mercado para o plano de marketing, é subdividida na área de análise de mercado, o qual analisa os clientes, concorrentes, oportunidades, fornecedores, dentre outros e; a estratégia de marketing que é o planejamento estratégico em si, onde explora-se a oferta do produto ao mercado, o qual explora-se nos 4 p`s definidos por Kotler que são: produto, preço, promoção e praça. (DOLABELA, 1999). 2.2.1 Análise de mercado: Este item divide-se em setor e segmento, análise de clientes, análise da concorrência, análise de fornecedores e por último a análise ambiental. Na análise de setores, faz-se um histórico de como está o mercado nos últimos anos e a tendência que será para os anos seguintes. Deve-se ainda verificar as características do mercado, sua sazonalidade e seu potencial. Devese mostrar o número de clientes, a concorrência e os clientes. (DORNELAS, 2001). a) Análise da clientela Deve-se fazer a descrição da segmentação do mercado em que vai-se trabalhar, definir o público-alvo e seu perfil sendo que deve-se verificar a rentabilidade do mesmo, a faixa etária, sexo, etc.

20 b) Análise da concorrência Deve-se analisar quais e quantos concorrentes há no ramo desejado, quais são seus pontos fortes e fracos, quais são suas estratégias de vendas; enfim, deve-se tentar saber o máximo sobre a concorrência, pois é em cima de seus pontos fracos que ganha-se destaque. c) Análise dos fornecedores Aqui também deve-se verificar os possíveis fornecedores, a qualidade que possuem, capacidade de fornecimento, prazo de pedido e entrega, preços, condições de pagamentos e garantias do seu produto. d) Análise ambiental Conforme Kotler (1998), o empreendedor deve monitorar o ambiente externo e interno e assim poder formular as estratégias. No ambiente externo encontra-se: o mercado, concorrentes, clientes, o governo e a sociedade; no qual pode-se verificar as ameaças e oportunidades, e no mercado interno são avaliadas as forças e fraquezas. 2.2.2 Estratégia de Marketing: No plano de marketing aborda-se a comercialização, preços, vendas, promoções e publicidade. Nesta etapa, os princípios básicos da estratégia devem transformar-se em ações concretas. Segundo a abordagem de Kotler, (1998) por meio da exploração de quatro elementos é possível atingir esse objetivo. São eles os 4 P s do marketing. Produto ou serviço (product), Preço (price), Praça ou Distribuição (placement) e Promoção e Propaganda (promotion). a) Produto ou serviço: Verifica-se a qualidade, garantia, embalagens, diferencial e características.

21 Segundo Dornelas, (2001) é necessário posicionar o produto para atingir o público-alvo escolhido no segmento de mercado. Deste modo, a empresa criará uma imagem do produto tentando diferenciá-lo da concorrência. Para Kotler, (1998) atributos como estilo, embalagem, marca, garantias, qualidade e assistência técnica entre outros serviços, são atributos que devem ser considerados no planejamento do produto. b) Preço: Verifica-se a estratégia de preços, formas de pagamento e descontos. Para Kotler (1998), na maioria dos setores, o mercado geralmente determina o preço máximo que pode variar entre diferentes tipos de clientes e consumidores, enquanto o preço mínimo é determinado pelo custo. Já Dolabela (1999), define tomada de preço como o preço de custo e o preço que o cliente está disposto a pagar, e o preço do mercado. Analisado isto, pode-se chegar a uma tomada de preço correta gerando assim uma margem de lucro. Hoje nota-se que o método mais comum para determinação do preço de venda é o markup. O preço ainda pode ser diferenciado e definido segundo o posicionamento da empresa no mercado, uma vez que esta pode querer entrar num mercado estabelecido ou criar seu próprio mercado. c) Praça: Neste item verifica-se se o produto é acessível ao cliente. O ponto onde está localizado o estabelecimento é de suma importância. Para tal, deve-se analisar se há um grande número de pessoas que circulam próximo ao local escolhido, boa infra-estrutura, fácil acesso e lugar para estacionamento. De acordo com o tipo de produto, (Kotler, 1998) prevê a necessidade de definição se a distribuição será seletiva efetuada por meio de vendas diretas ou intensiva onde é necessário uma distribuição maciça.

22 d) Promoção e propaganda: Refere-se a meios de chamar a atenção do cliente como jornais, revistas, rádios, internet, imagens, enfim; os meios de comunicação que prendem a atenção do público-alvo o consumidor. Para Kotler (1998), os varejistas devem usar ferramentas de promoção que apóiem e reforcem o posicionamento de sua imagem. Já para Corey (1992), as atividades promocionais influenciam o processo de tomada de decisão e visam chamar a atenção do consumidor para o produto. 2.3 PLANO DE RECURSOS HUMANOS Em geral, para um empreendimento novo e de pequeno porte, todas as atividades relacionadas a estruturação da empresa são desempenhadas pelo proprietário e à medida que a empresa se desenvolve, devido a complexidade e aumento das tarefas, outras áreas tornam-se necessárias segundo (HISRICH e PETERS, 2004). Na área de recursos humanos, deve-se verificar a departamentalização de atividades interligadas à gestão de pessoas. Deve-se notar ainda, a definição de recrutamento e seleção de pessoal, a descrição de cargos e funções, remuneração, treinamento, tal como avaliação de desempenho, benefícios adicionais e as integrações. Para Hisrich e Peters, (2004) tradicionalmente o desenho da organização é a indicação formal do que o empreendedor espera dos funcionários e essas expectativas podem ser agrupadas em cinco áreas: 1) Estrutura da organização; 2) Esquemas de planejamento; 3) Compensações; 4) Critérios de seleção e 5) Treinamento. 1) Estrutura da organização: São as relações entre os cargos e atribuições dos funcionários. Podem ser representados pelo organograma da organização.

23 2) Esquemas de planejamento, mensuração e avaliação: São as metas estabelecidas pelo empreendedor que devem ser transmitidas aos funcionários explicando a estes como serão alcançadas, medidas e avaliadas. 3) Compensações: Reconhecimento variável de acordo com o desempenho e resultado. É atribuição da gerência ou proprietários estabelecer os critérios de compensações. 4) Critérios de seleção: É o conjunto de orientações e requisitos para seleção de um indivíduo para determinado cargo. 5) Treinamento: São as atividades que compreendem a educação formal. Podem ser desempenhadas no próprio emprego ou fora dele. Ainda deve-se observar a contratação de um contador ou na empresa ou por serviço terceirizado. 2.4 PLANO DE INSTALAÇÃO No plano de instalação aborda-se os procedimentos e ações necessárias para a abertura do novo empreendimento, tanto para as questões legais como para as instalações propriamente ditas. Para o início das atividades, primeiramente deve-se fazer a abertura da empresa por meio de cadastro na Junta Comercial, inscrição na Secretaria da Fazenda, alvarás a serem pagos pelo estabelecimento. Na seção que descreve as instalações físicas, é importante descrever as atividades relacionadas à reformas e adequações, móveis e equipamentos necessários para o funcionamento do novo negócio proposto.

24 2.5 PLANO OPERACIONAL O plano operacional, segundo Biagio e Batocchio, (2005) descreve a forma da empresa operar, desde a maneira de gerenciar o negócio até a maneira de executar e controlar os produtos e serviços. Neste item, verifica-se as instalações, o sistema de gestão e o sistema de planejamento adotado. Ainda deve apresentar o layout das instalações do novo negócio. 2.6 PLANO FINANCEIRO Segundo os autores Dornelas (2001) e Dolabela (1999), no plano financeiro, devem ser apresentadas todas as receitas e despesas do novo negócio, ainda as ações planejadas e as projeções futuras do estabelecimento, sendo que deve conter os devidos itens: investimento inicial, custo fixo, custo variável, mão-de-obra, comissões, despesas com vendas, matéria-prima, estoque, depreciação, entre outros. Deve haver ainda capital de giro, a lucratividade e o ponto de equilíbrio, deve ser feito ainda um fluxo de caixa, demonstração dos resultados (DRE) e o balanço patrimonial. O capital de giro são os recursos necessários para funcionamento da empresa, sendo estes, a aquisição de mercadorias, pagamento de despesas, clientes entre outros. Ainda nota-se que é no fluxo de caixa que estima-se o capital de giro necessário para o funcionamento da empresa tal como contas a pagar e a receber. Para Dolabela (1999), capital de giro é definido como:...os gastos necessários para iniciar as atividades da empresa, colocá-la em funcionamento. Serão posteriormente cobertos pelas receitas, mas, no início, têm que ser bancados pelo empreendedor.... O demonstrativo dos resultados, é aonde encontra-se a receita bruta de vendas mensais, as deduções, as receitas líquidas, que compreende o custo da mercadoria vendida.

25 Observa-se também o lucro bruto e despesas operacionais ligadas a despesas administrativas e gerais e a depreciação. A projeção de vendas da empresa depende diretamente do plano de marketing a ser executado juntamente com a tomada de preços e a análise de clientes. Dornelas (2001) fala que trabalhar com projeções mensais é uma ótima opção em termos de volume de vendas e preços praticados. 2.6.1 Análise da viabilidade de um empreendimento Para fazer a análise da viabilidade de um novo empreendimento, verificase o que o autor Dornelas (2001) define os seguintes métodos: (VPL) valor presente líquido, (Payback) prazo de retorno sobre investimentos e a (TIR) taxa interna de retorno. a) Valor presente líquido (VPL): O valor presente líquido (VPL), possui como objetivo verificar se o saldo de fluxo de caixa é realmente lucrativo quando trazido para os valores atuais. Desta maneira, percebe-se se o projeto possui valor presente líquido maior a zero; sendo assim, a organização apresenta um retorno maior do que é o custo de capital, e faz então com que o dono na organização possua uma maximização em seus lucros. Conforme (Gitman, 2002), VPL é uma técnica sofisticada de análise de orçamentos de capital, obtida subtraindo-se o investimento inicial de um projeto do valor presente das entradas de caixa, descontadas a uma taxa igual ao custo de capital da empresa. Pode-se dizer então que o valor presente líquido é a diferença ente o valor de mercado de um investimento e seu custo. Sendo assim, o valor presente líquido (VPL), pode ser definido como o dinheiro que sobra depois de pagar o investimento inicial.