12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO FRENTE À TEMÁTICA: DOENÇA RENAL CRÔNICA

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Transcrição:

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃ ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA O CONHECIMENTO DA POPULAÇÃO FRENTE À TEMÁTICA: DOENÇA RENAL CRÔNICA Erica Moleta (erica_moleta_@hotmail.com) Loriane Cotovicz (lori-cotovicz2011@hotmail.com) Lorena Gusmão Barcelar (lozinha8@hotmail.com) Lilian Mie Mukai Cintho (miemukai@hotmail.com) Marlene Harger Zimmermann (marlene_hz@yahoo.com.br) RESUMO A Doença Renal Crônica (DRC) constitui um problema de saúde pública mundial. Este estudo objetiva avaliar o conhecimento da população sobre a DRC, seus riscos e identificar o recebimento de informações anteriores sobre o tema. Pesquisa descritiva e quantitativa realizada por acadêmicos do curso de Bacharelado em Enfermagem, em Agosto de 2013, no evento Expoflor em Ponta Grossa. Participaram do estudo 129 pessoas, das quais 53% afirmaram não saber nada sobre o tema DRC, 68% desconhecem quais são os seus fatores de risco e 71% responderam que nunca receberam qualquer tipo de orientações sobre prevenção DRC. Ressalta-se a importância da educação em saúde, exames periódicos para os indivíduos do grupo de risco e a mudança de hábitos de vida para a prevenção de DRC. PALAVRAS-CHAVE Prevenção de Doenças. Conhecimento. População. Doença Renal Crônica. Introdução No inicio do século XXI, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) tem sido a causa de 45,9% da carga mundial de doenças e estima-se que em 2020 dois terços dessa carga sejam atribuídos as DCNT. (CAMPOS & NETO, 2009). A Doença Renal Crônica (DRC) considerada uma DCNT vem aumentando consideravelmente, tornando-se um problema de saúde pública mundial (ROSO; BEUTER; JACOBI, 2013). Os rins desempenham funções em nosso organismo como a excreção de produtos finais de diversos metabolismos, produção de hormônios, controle do metabolismo ácido-base e da pressão arterial, sendo considerados órgãos reguladores da homeostase do corpo humano. Assim, a diminuição progressiva da função renal implica em um comprometimento de todo o

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 sistema complementar. A função renal é avaliada pela taxa de filtração glomerular (FG) e sua diminuição é observada na DRC (GAYTON; HALL, 2006). A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) define como portador de DRC, qualquer indivíduo que apresente FG <60 ml/min/1,73 m² ou algum tipo de lesão definida por anormalidades estruturais ou funcionais com ou sem diminuição da FG por um período igual ou superior a três meses (BASTOS; BREGMAN; KIRSZTAJN, 2010). Os estágios da DRC são classificados de acordo com a FG, como mostra a Tabela 01: Tabela 01: Estagiamento da DRC Estágio Descrição FG* 1 Lesão renal com FG normal ou aumentada >90 2 Lesão renal com FG levemente diminuída 60-89 3.a Lesão renal com FG moderadamente 45-59 diminuída 3.b Lesão renal com FG moderadamente 30-44 diminuída 4 Lesão renal com FG severamente diminuída 15-29 5 Falência Funcional Renal (estando ou não em terapia renal substitutiva) <15 *FG= Filtração Glomerular em ml/min/1,73m² Fonte: BRASIL, 2013 É importante saber quem são os indivíduos que apresentam maior suscetibilidade para desenvolver a DRC, com o intuito de se obter um diagnóstico precoce. Pertencem ao grupo de risco pacientes diabéticos (tipo 1 ou 2), hipertensos (pressão arterial acima de 140/90 mmhg), idosos (acima de 60 anos), portadores de obesidade (IMC >30 Kg/m²), histórico de doença no aparelho circulatório, histórico de DRC na família, tabagistas e usuários de agentes nefrotóxicos (BRASIL,2013). A maioria dos indivíduos que apresentam estágios iniciais de DRC não sabe ser portador da doença, devido seu progresso ser silencioso, que muitas vezes destrói a maior parte da função renal antes de causar qualquer sintoma. A detecção precoce da função renal é fundamental porque permite o tratamento adequado para evitar os danos irreversíveis aos rins,

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 ou que a deterioração se manifeste por meio de outras complicações como anemia, acidose metabólica e alterações endócrinas e imunológicas (BASTOS & KIRSZTAJN, 2011). Assim, a identificação precoce da DRC oportuniza intervir na evolução da doença e reduzir a mortalidade precoce (MAGACHO; ANDRADE; COSTA et. al. 2012). O diagnóstico precoce de uma alteração na função renal, principalmente àqueles que pertencem ao grupo de risco para desenvolverem DRC, é realizado por meio de exames de urina e de sangue (Creatinina) regularmente, e calculado a taxa de FG (ARAÚJO; BORDIGNON; LASTA et. al. 2011). Nesse contexto, é fundamental que a população tenha o conhecimento sobre as formas de prevenção da DRC e quais são os fatores de risco que a predispõe. Reforça-se a importância da educação continuada desenvolvida pelos profissionais de enfermagem com o intuito de promover o autocuidado da sociedade (PACHECO; SANTOS; BREGMAN, 2006). Objetivos O presente estudo objetiva avaliar o conhecimento da população sobre a Doença Renal Crônica, seus riscos e identificar o recebimento de informações anteriores sobre o tema. Referencial teórico-metodológico A base metodológica que fundamentou esse estudo foi à pesquisa descritiva com abordagem quantitativa. A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e ordena dados, sem manipulá-los, isto é, sem interferência do pesquisador. Assim, para coletar tais dados, utilizase de técnicas específicas, dentre as quais se destacam a entrevista, o formulário, o questionário, o teste e a observação. A pesquisa quantitativa considera tudo que pode ser traduzido em números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las (PRODANOV; FREITAS, 2013). Realizado em um parque em Ponta Grossa no evento Expoflor em Agosto de 2013. A coleta de dados foi realizada por acadêmicos do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa- PR. Os participantes da pesquisa passavam por três estações divididas para preenchimento de um questionário com perguntas fechadas, aferição da pressão arterial, verificação do peso, altura e circunferência abdominal e por último para receber orientações sobre a DRC, sintomas e a importância da prevenção. Os dados foram tabulados no programa Excel, do pacote Windows 2007.

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Resultados Participaram dessa pesquisa 129 pessoas, destas 39% eram do sexo masculino e 61% do sexo feminino, com idade variando entre 11 e 70 anos. Frente ao questionamento Você sabe o que é DRC? 53% dos participantes afirmaram não saber nada sobre o tema. Na próxima questão Conhece os fatores de risco para a DRC? 68% desconheceram quais são os fatores de risco. Sobre o recebimento de orientações prévias de DRC 71% responderam que nunca receberam qualquer tipo de orientações. Tabela 02: Questões sobre o conhecimento da DRC Perguntas Sim % Não % Total de Participantes Sabe o que é DRC 61 47% 68 53% 129 Conhece os fatores de risco 41 32% 88 68% 129 da DRC Recebeu orientação sobre 38 29% 91 71% 129 prevenção de DRC Fonte: Pesquisa de Campo Considerações Finais Neste estudo verificou-se que a população possui um conhecimento muito vago sobre DRC, um fato preocupante por se tratar de uma doença de inicio assintomática e progressiva, porém tratável se diagnosticada precocemente. Por se tratar de uma doença insidiosa e começar a demonstrar os primeiros sintomas quando já há uma lesão renal instalada, o conhecimento dos fatores de risco e dos hábitos de vida é fundamental para prevenir a DRC, além do acompanhamento médico e a realização dos exames regularmente. Ressalta-se a importância da educação da saúde para a prevenção da DRC não só no ambiente hospitalar de tratamento renal e sim na atenção básica a todos os indivíduos que estão sob risco de desenvolverem DRC, para que estejam orientados e possam esclarecer todos os questionamentos e dúvidas sobre como prevenir a DRC. O diagnóstico e tratamento precoce da DRC possibilita evitar a progressão da doença e consequentemente a perda irreversível da função renal. Referências

12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 ARAÚJO, C.P.; BORDIGNON, J.S.; LASTA, L.D. et. al. Insuficiência Renal Crônica: Um enfoque na Prevenção do Problema Emergente no Brasil. Revista Contexto Saúde, v. 10, n. 20, p. 1045-1048, 2011. BASTOS, M.G. KIRSTAJN, G.M. Doença Renal Crônica: importância do diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e abordagem interdisciplinar estruturada para melhora do desfecho em pacientes ainda não submetidos à diálise. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 33, n. 1, 2011. BASTOS, M.G.; BREGMAN, R.; KIRSTAJN, G.M. Doença Renal Crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Revista Associação Medica Brasileira, v. 56, n. 2, p. 248-253, 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção à Saúde. Consulta Pública nº 16, de 21 de agosto de 2013. Diretrizes Clínicas para o cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica- DRC no Sistema Único de Saúde. Disponível no site <http://www.saude.gov.br/sas. Acesso em: 09 de abril de 2014. CAMPOS, M.O.; NETO, J.F.R. Doenças crônicas não transmissíveis: fatores de risco e repercussão na qualidade de vida. Revista Baiana de Saúde Pública, v. 33, n. 4, p. 561-581, 2009. GAYTON, A.C.; HALL, E.H. Tratado de Fisiologia Médica, 11ª edição, Elsivier editora Ltda, 2006. MAGACHO, E.J.; ANDRADE, L.C.F.; COSTA, T.J.F. et. al. Tradução, adaptação cultural e validação do questionário Rastreamento da Doença Renal Oculta (Screening For Occult Renal Disease - SCORED) para o português brasileiro. Jornal Brasileiro de Nefrologia, v. 34, n. 3, p. 251-258, 2012. PACHECO, G.S.; SANTOS, I.; BREGMAN, R. Características de clientes com Doença Renal Crônica: evidências para o ensino do autocuidado. Revista de Enfermagem UERJ, v. 14, n.3, p. 434-439, 2006. PRODANOV, C.C; FREITAS, E.C. Metodologia do trabalho cientifico: Métodos e Técnicas da pesquisa e do Trabalho Acadêmico. 2ª Edição, editora Feevale, 2013. ROSO, C.C.; BEUTER, M.; JACOBI, C.S. et. al. Progressão da Insuficiência Renal Crônica: Percepções de pessoas em pré-dialise. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 3, n. especial, p. 581-588, 2013.