INTERNAÇÃO DOMICILIAR: EXPERIÊNCIA EM UM MUNICÍPIO DE MINAS GERAIS BETIM Leila da Cunha Meneses Maria Aparecida Rodegheri
Betim- Minas Gerais
Dados Importantes População : 2010 (IBGE) : 378.089 Orçamento anual saúde: aproximadamente R$390 milhões Rede Hospitalar(Pública):1 Maternidade e 2 Hospitais Unidades de Pronto Atendimento: 4 UAIS 4 EMADS TIPO 2 Unidades Básicas de Saúde: 35 UBS - 35 EMADS TIPO 1 PSF:88 equipes
Objetivos do Trabalho Mostrar a experiência de três anos de funcionamento de uma das equipes do Programas de Internação Domiciliar de Betim/MG, implantado em outubro de 2009 Evidenciar a possibilidade de diminuir a internação hospitalar, já que está instalada em uma unidade de urgência, pré-hospitalar Estimular o modelo de funções duplas para o mesmo profissional (médico horizontal e do PID, simultaneamente) Estimular o fluxo entre privado e público já que os pacientes são provenientes de instituições públicas ou privadas. Estimular a internação de casos agudos em domicílio Incentivar outros municípios a se inserirem nesta modalidade terapêutica, dada sua simplicidade de implantação e execução
Critérios para Admissão no Programa Residir em nossa área de abrangência Domicílio com condições de acesso viáveis Presença do cuidador responsável Condições de saúde estáveis que possibilitem a continuação do tratamento em domicílio.
Metodologia O estudo tem caráter descritivo e retrospectivo. Avaliou-se a experiência do Programa de Internação Domiciliar Sete de Setembro no período de de 27/10/2010 a 27/02/2013 Os dados coletados foram obtidos por meio de consulta aos relatórios mensais. Foram coletados dados como idade, gênero, diagnóstico, bem como a análise da progressão quanto ao número de pacientes internados, neste período.
Resultados Pacientes 600 500 400 300 200 100 0 0-19 20-39 40-59 Acima de 60 Pacientes 16 100 248 576 Idades: 0 a 19 anos: 16 pacientes 20 a 39 anos: 100 pacientes 40 a 59 anos: 248 pacientes Acima de 60 anos: 576 pacientes ( 61%)
Internações 600 500 Evolução da Internações 498 400 300 296 200 100 70 76 185 0 2010(27 out a dez) 2011 2012 2013(jan -fev) 2013(até maio) Tempo médio total de internação: 7,5 dias (evidenciando prevalência de casos agudos)
Tabela de Evolução das Internações- Pacientes 2010(27 OUT a DEZ) 70 2011 296 2012 498 2013(até 27/02) 76 Total 940 pacientes
Divisão por sexo Masculino 445 Feminino 495 Total 940
Divisão por Aparelhos Doenças Respiratórias 376 (40%) Doenças Urinárias 205 (21%) Doenças Cardiovasculares 99 (38 AVE) (10%) UPLC 58 Cuidados Paliativos 53 DMH 5 FO 4 Outros 148 (44 pancreatite e colecistite)
Discussão 61% de idosos (acima de 60 anos)sendo uma excelente alternativa para acompanhamento destes doentes, desafogando o sistema hospitalar e trazendo vários benefícios a eles. Dentre as doenças tratadas, destacam-se as pneumonias (PNM), as infecções do trato urinário (ITU) e o acidente vascular cerebral(avc), prevalente em idosos e levando geralmente à hospitalização. As doenças respiratórias correspondem a 40% do total de patologias encontradas.
Discussão A evolução e crescimento do programa se deram em função dos resultados positivos trazidos para a Unidade de Urgência e para os usuários, o que garantiu uma maior segurança nas admissões e a existência do mesmo profissional médico como horizontal e responsável pelo PID. O estudo teve início a partir do prontuário de número 100, uma vez que não tínhamos dados suficientes registrados nos prontuários anteriores a estes, ou seja, na realidade foram mais de 1040 pacientes assistidos desde a implantação desta modalidade assistencial. Atualizando com os 109 pacientes admitidos a mais nos meses março, abril e maio, totalizamos 1149 pacientes assistidos no programa.faltam ainda 5 meses para completarmos 4 anos de atividade,até outubro,mes de aniversário do PID Sete de Setembro.
Conclusão Ferramenta auxiliar de importância fundamental na otimização dos recursos financeiros públicos Evidencia a sua utilidade para integrá-la no escopo de práticas bem sucedidas Integra de maneira peculiar e indispensável, em um momento onde os leitos hospitalares são insuficientes para atender de maneira satisfatória a demanda crescente de pacientes Resgate da cidadania do paciente em um momento de fragilidade perante sua doença
Conclusão Ressignificação do trabalho dos funcionários envolvidos, pois passam a ser vistos como parceiros, estabelecendo um vínculo que modernamente vem se desgastando nas portas das urgências A resposta terapêutica adquire uma ampliação expressiva, pois ela absorve, além dos medicamentos, a força terapêutica anímica que irá atuar diretamente na imunidade individual, por oferecer bem estar Diante de todos os números significativos de internações hospitalares que foram evitadas, acreditamos que a ampliação do programa em um contexto nacional, deva ser estimulada, como recurso público fundamental e garantia do direito de cidadania, com tratamento dignificado. OBRIGADA!