MANIFESTO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS À REDE DE HOSPITAIS PÚBLICOS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO
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- Carmem Sousa Ribas
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1 MANIFESTO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS À REDE DE HOSPITAIS PÚBLICOS FEDERAIS DO RIO DE JANEIRO O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão editou a portaria n 292 no dia 4 de julho de 2012 que autoriza a realização do concurso público, a partir de dezembro de 2012, para a substituição de trabalhadores contratados por intermédio de organizações não governamentais que executam atividades não previstas no decreto n de julho de Embora compreendendo a premência que o Ministério da Saúde tem em cumprir obrigações junto ao Ministério Público do Trabalho, bem como sanar o déficit de profissionais na atenção à saúde da população indígena, não podemos deixar de registrar a necessidade de Terapeutas Ocupacionais nos Hospitais Públicos Federais do Rio de Janeiro. Considerando que: O Decreto Lei 938 de 13 de outubro de 1969 que regulamenta a profissão de Terapeuta Ocupacional; A Lei 6.316, de 17 de Setembro de 1975, que cria o CONSELHO FEDERAL e os CONSELHOS REGIONAIS DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; A Portaria nº 21, de 27 de janeiro de 1999, da Secretaria de Assistência à Saúde, referente a instituições de Cuidados Prolongados e Pacientes Crônicos, que dispõe sobre a atuação do terapeuta ocupacional na
2 equipe técnica multiprofissional para prestar atendimento multidisciplinar e integral aos pacientes internados; A Portaria SAS/MS n 72, de 02 de março de 2000, referente ao atendimento ao recém-nascido de Baixo Peso, que prevê a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional; A Portaria nº 3.535/GM, de 02 de setembro de 1998, que estabelece critérios para cadastramento de centros de atendimento em oncologia e que prevê nos serviços de suporte, o profissional especialista na área de Terapia Ocupacional; A Portaria MS nº 2.414, de 23 de março de 1998, que estabelece requisitos para credenciamento de Unidades Hospitalares e critérios para atendimento em regime de hospital-dia geriátrico e que dispõe sobre a inclusão do acompanhamento de Terapia Ocupacional no atendimento a pacientes idosos; A Portaria MS/SAS nº 227, de 05 de Abril de 2002, que dispõe sobre as normas de Classificação e Cadastramento de Centros de Referência em Assistência Cardiovascular de Alta Complexidade e Hospitais Gerais com Serviço de Implante de Marcapasso Cardíaco Permanente e que prevê que devem contar com o serviço profissional de Terapia Ocupacional; A Portaria MS nº 251, de 31 de Janeiro de 2002, que estabelece diretrizes para a assistência hospitalar em Psiquiatria e que, nas normas
3 referentes aos recursos humanos para o atendimento hospitalar, dispõe sobre a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional; A Portaria MS nº 1.101, de 12 de junho de 2002, que Estabelece os parâmetros de cobertura assistencial no âmbito do Sistema Único de Saúde SUS, que inclui as consultas de Terapia Ocupacional e prevê a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional e a Resolução COFFITO n 418, de 4 de junho de 2012, que fixa e estabelece os parâmetros assistenciais terapêuticos ocupacionais nas diversas modalidades prestadas pelo terapeuta ocupacional e dá outras providências; A Portaria MS n 931, de 02 de maio de 2006, que aprova o Regulamento Técnico para Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas e que prevê que o serviço deve contar com o terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional; A Portaria SAS/MS nº 666, de 26 de setembro de 2002, referente à inclusão do serviço de Atenção à Saúde do Trabalhador, no Sistema de Informações ambulatoriais do Sistema Único de Saúde - SIA/SUS, e que compreende a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional especializada, que atende e acompanha pacientes portadores de agravos à saúde relacionados ao trabalho (acidente e doença) e de sequelas determinadas por agravos à saúde relacionados ao trabalho; A Portaria MS/SAS NR n 913, de 25 de novembro de 2002, que aprova o Protocolo clínico e as diretrizes terapêuticas para tratamento de
4 esclerose lateral amiotrófica e que dispõe sobre a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional; A Resolução COFFITO 324, de 25 de abril de 2007, que dispõem sobre a atuação do terapeuta ocupacional na brinquedoteca e outros serviços inerentes e sobre o uso dos recursos terapêuticos ocupacionais do brincar e do brinquedo; A Portaria MS n 1.683, de 12 de julho de 2007, que aprova a Norma de Orientação para Implantação do Método Canguru, que deverá ser implantada nas Unidades Médicos-Assistenciais integrante do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde SUS e que prevê a inclusão do terapeuta ocupacional na equipe multiprofissional; A Lista de Procedimentos da Terapia Ocupacional, publicado no Diário Oficial da União nº 141, de 24 de julho de 2007, que refere no seu Grupo IX: atendimento hospitalar, atendimento ambulatorial, atendimento domiciliário, instituições de longa permanência e outros contextos; A RDC-ANVISA n 07, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de unidades de terapia intensiva e que, no que se refere aos Recursos Humanos (seção III), especifica que deve ser garantida a assistência em Terapia Ocupacional à beira do leito, para UTI Adulta e Pediátrica e; O Terapeuta Ocupacional para o trabalho em equipes multiprofissionais e interdisciplinares e na gestão de serviços é de fundamental importância;
5 Correlacionamos os dados obtidos no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) com parâmetros assistenciais acima relatados, comprovando a necessidade da adequação do quantitativo de Terapeutas Ocupacionais nos Hospitais da Rede Federal localizados no Rio de Janeiro conforme demonstrativo que se segue: Hospitais Federais Terapeutas Ocupacionais * Total de Leitos * Necessidade de contratação Quantitativo mínimo necessário** Hospital Geral do Andaraí Hospital Geral de Bonsucesso Hospital Geral dos Servidores Hospital Geral de Ipanema Hospital Geral Cardoso Fontes Hospital Geral da Lagoa Instituto Nacional de Cardiologia Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad *Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CNS 2012 disponível no site **Parâmetro tendo em vista o numero de leitos (não considerada a demanda ambulatorial)
6 Neste contexto, a adequação do número de terapeutas ocupacionais nos Hospitais Federais é uma questão de direito do cidadão. Sendo assim, é necessário atender às exigências mínimas baseadas nos princípios fundamentais do Sistema Único de Saúde para que se garanta o acesso do usuário em todos os níveis de complexidade e na integralidade das ações. Dessa forma, a ATOERJ como entidade de representação dos terapeutas ocupacionais de todo o Estado do Rio de Janeiro, vem através deste manifesto informar a população e solicitar aos gestores competentes às adequações que fazem necessárias. Lycia Christina Machado Feitosa PRESIDENTE DA ATOERJ ASSOCIAÇÃO DOS TERAPEUTAS OCUPACIONAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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