Warrants Mais opções para o seu benefício



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Transcrição:

Warrants Mais opções para o seu benefício

Introdução 000

INTRODUÇÃO PORQUÊ INVESTIR EM WARRANTS? O QUE SÃO OS WARRANTS? QUANDO E COMO UTILIZÁ-LOS? UMA BOA NOTÍCIA: A ALAVANCAGEM CHEGADA A HORA DO VENCIMENTO... QUANTO SE PAGA? COMO CONHECÊ-LOS EM DETALHE? WARRANTS OU OPÇÕES DE MERCADO ORGANIZADO? COMO COMPRAR? NECESSITA DE ALGUM CONSELHO? COMO SE PROCESSA A TRIBUTAÇÃO DOS WARRANTS? O QUE SIGNIFICA? ONDE INFORMAR-SE? p. 0 p. 1 p. 2 p. 4 p. 8 p. 10 p. 14 p. 22 p. 28 p. 30 p. 31 p. 32 p. 36 p. 38 00

Introdução Bem-vindo ao mundo das oportunidades. Queremos que se familiarize com um dos produtos financeiros mais recentes e atractivos do mercado. Mas permita, em primeiro lugar, que nos apresentemos. A UBS AG é uma instituição de crédito líder na prestação de serviços financeiros à escala mundial que, hoje mais do que nunca, se encontra na melhor posição para proporcionar uma gama completa de produtos e serviços financeiros aos seus clientes particulares e institucionais, públicos e profissionais. No campo dos produtos derivados, trata-se de um dos bancos líderes na Alemanha e na Suíça, os dois países do mundo com melhor acolhimento para os Warrants e onde a UBS iniciou a sua actividade no início da década de 90. A experiência e os conhecimentos alcançados dificilmente serão igualáveis. A UBS AG é a empresa líder do Grupo UBS encontrandose cotada nas bolsas de valores de Zurique, Nova Iorque e Tóquio. 0

Porquê investir em Warrants? Os Warrants proporcionam-lhe a oportunidade de retirar o máximo benefício do seu dinheiro, investindo uma pequena quantia, retirando vantagens da elevada liquidez e da diversificação constantes que lhe estão associadas. Graças ao chamado efeito de Alavancagem, que explicaremos em pormenor mais adiante, poderá multiplicar as possibilidades que lhe oferecem os mercados financeiros mundiais na actualidade, sabendo de antemão que os lucros do seu investimento em Warrants serão potencialmente ilimitados, enquanto que as suas perdas se limitarão ao montante despendido na sua aquisição. Para além disso, a UBS disponibiliza um leque diversificado de Warrants, o que os torna atractivos para qualquer tipo de investidor, desde o mais moderado ao mais ousado, devendo, no entanto, o investidor ter sempre em atenção que os Warrants se enquadram no conjunto de produtos financeiros a que está associado um determinado risco financeiro. Vai perder esta oportunidade? 1

O que Warrants? Opções? Provavelmente o termo "opção" não lhe será inteiramente desconhecido. Uma opção é um instrumento financeiro cuja evolução e comportamento se encontram dependentes de outro activo, designado Activo Subjacente. Por este motivo, as opções são também produtos Derivados. Os Warrants, tal como as opções, conferem ao seu titular (comprador) o direito, mas nunca a obrigação, de comprar ou de vender determinada quantidade de Activo Subjacente em condições previamente estabelecidas e numa data futura igualmente pré-fixada. 2

são os Warrants? Seguindo esta filosofia, a UBS disponibiliza agora, no mercado português as suas emissões de Warrants, as quais já não são um misterioso produto financeiro. Pelo contrário, constituem, cada vez mais, uma parte indispensável das carteiras de investimento com uma gestão moderna. Os Warrants são produtos facilmente acessíveis com uma controlada exposição ao risco o que os torna ainda mais atraentes. Admitimos que, no início e por constituir uma novidade, irão surgir muitas questões. Nesta brochura, nós próprios formulámo-las no seu lugar e apresentamos as respectivas respostas. Se nos permite um conselho, acompanhe-nos e descubra este novo produto emitido pela UBS. Actualmente, já podemos definir os Warrants como um valor mobiliário cotado em bolsa. Este facto significa que os Warrants lhe proporcionam múltiplas vantagens: as que habitualmente se encontram associadas às opções (as possíveis perdas estão limitadas ao prémio pago pela sua aquisição, o que representa uma percentagem muito reduzida do valor do Activo a que se encontram referenciadas) e as relativas aos valores mobiliários mais tradicionais (acções e obrigações, que constituem valores bastante acessíveis e de negociação simples). Os Warrants são um valor mobiliário com cotação oficial numa bolsa de valores. Elementos de um Warrant Activo Subjacente Quando falamos do Activo Subjacente, referimo-nos ao activo financeiro que o titular dos Warrants tem o direito de comprar (Call Warrants) ou vender (Put Warrants) e que pode ser de diversos tipos: acções cotadas em bolsa (nacionais ou estrangeiras), índices (nacionais ou estrangeiros), divisas, taxas de juro,, etc. Em síntese, qualquer Activo financeiro que tenha uma cotação e um mínimo de liquidez pode constituir um potencial Activo Subjacente sobre o qual se podem emitir Warrants. A sua cotação é designada de Spot. Preço de Exercício ou Strike É o preço a que tenho o direito de comprar ou de vender o Activo Subjacente, o qual influi decisivamente no preço do Warrant, pois um Warrant emitido com um Preço de Exercício bastante atractivo relativamente ao preço de mercado do Activo Subjacente, confere-nos o direito de comprar ou vender o Activo Subjacente a esse preço e obter, desta forma, maiores lucros. Este "privilégio" tem um custo, que se reflecte no preço do Warrant. Data de vencimento É a data em que os direitos inerentes aos Warrants expiram. A partir desta data, o Warrant deixa de existir. Em linhas gerais, podemos dizer que quanto mais alargado for o período de vencimento, maior o preço do Warrant (no caso de um Put), dado que ter-se-à mais tempo para que o seu valor aumente. Mais adiante veremos em profundidade como o factor tempo influi nos Warrants. Prémio ou Preço do Warrant Trata-se do preço a que está cotado o Warrant e que varia continuamente segundo diferentes variáveis, como veremos mais adiante. O prémio pago é, no pior dos casos, o máximo que poderemos perder se as condições de mercado forem desfavoráveis. Rácio Indica quantas unidades ou fracções do Activo Subjacente correspondem a um Warrant. Deste modo, um Warrant sobre acções da Portugal Telecom que tenha um rácio de 1:1 significa que um Warrant confere o direito de comprar (Call Warrant) ou vender (Put Warrant) uma acção da Portugal Telecom, isto é, necessitaremos de 10 Warrants para ter controlo sobre 1 acção da Portugal Telecom. Assim, concluímos que, nas emissões com um rácio de 1:1, a cada Warrant equivale a 1 Activo Subjacente (acção, índice, taxa de câmbio, etc.). 3

Quando e como Os Warrants optimizam qualquer tipo de mercado Como referimos anteriormente, o Warrant reveste-se de algumas características idênticas às das opções transaccionadas em bolsa e, como é do conhecimento generalizado, através das opções tem-se a oportunidade de beneficiar de mercados em alta (bull markets), caso adquira Warrants de tipo "Call", e de mercados em baixa (bear markets), caso adquira, Warrants de tipo "Put". A melhor maneira de o demonstrar é através de uma situação hipotética. Estamos convencidos de que os preços da gasolina irão aumentar no próximo ano e vamos considerar este facto como uma estratégia de investimento. Deste modo, contactamos uma empresa petrolífera de reconhecido prestígio que nos estipula 870 euros por cada mil litros de carburante sem chumbo (0,87 euros por litro). A forma de operar habitual seria comprar e conservar este carburante até que o seu preço suba até um valor considerável, para depois o vender e rentabilizar, assim, o nosso investimento. No entanto, se aprofundarmos a estratégia definida e tentarmos a optimização deste investimento, concluiremos que os preços da gasolina podem variar segundo as decisões da OPEP, as condições do mercado, a procura, etc. Poderia então acontecer que a OPEP aumentasse a produção de petróleo e que os preços caíssem, por exemplo, 20%. Ou seja, teríamos mil litros de gasolina adquiridos a 870 euros, pelos quais nos ofereceriam apenas 696 euros (0,69 euros por litro) no mercado. Estaríamos a perder dinheiro (exactamente 20%). Por outro lado, e como tínhamos previsto, poderia acontecer que a OPEP decidisse reduzir a produção e que o preço subisse 15%. Neste caso, se quiséssemos vender os mil litros adquiridos, ser-nos-ia oferecido o valor de 1000,5 euros pelos mesmos. Ganharíamos 130,5 euros, tendo exposto um valor de 870 euros. Seria uma operação com um rendimento de 15%. Até aqui, tudo se passa como é habitual nos mercados. Mas, nesta situação hipotética, a companhia petrolífera oferece-nos uma segunda e surpreendente alternativa: pagar imediatamente apenas 60 euros e manter a opção de comprar os mil litros por 870 euros, dentro de um ano. Ou seja, está a oferecer-nos um Call Warrant. 4

utilizá-los? Call Warrant Vejamos como evoluiria o nosso investimento com o Call Warrant, se o mercado tivesse um comportamento similar ao anteriormente descrito. Caso o mercado descesse 20%, não exerceria o meu direito de compra do Activo a 870 euros (recorde-se que tenho o direito, mas não a obrigação, de comprar), perdendo assim o prémio pago inicialmente: 60 euros. E por que razão não exerceria a minha opção de compra? Simplesmente porque poderia dirigir-me ao mercado e comprar os mil litros ao preço existente, isto é, a 696 euros. Por outro lado, se o mercado tivesse subido 15%, exerceria a minha opção e receberia a diferença entre o preço de mercado e o meu preço de exercício, ou seja: 1000,5 euros - 870 euros = 130,5 euros. Ganharíamos 130,5 euros, tendo gasto apenas 60 euros. Deste modo, o rendimento obtido alcança os 117,5%. Fica demonstrado que, ao comprar Warrants, o nosso risco é bastante inferior, uma vez que pagamos apenas uma pequena percentagem do preço do Activo Subjacente sobre o qual queremos o Warrant. A este termo damos a designação de Prémio ou Preço do Warrant. A representação gráfica do Call Warrant é a seguinte: Lucro O gráfico de um Call Warrant indica-nos, antes de mais, que este tipo de opções tem um lucro potencialmente ilimitado e uma perda limitada ao prémio pago, que, na hipótese atrás formulada, corresponderia a 60 euros. PRÉMIO 60 EUROS STRIKE 870 EUR PRÉMIO 60 EUROS Preço da Gasolina Perda CALL WARRANT 5

Quando e como Put Warrant Adquirida a gasolina, pretendemos agora cobrir a possibilidade de uma descida no preço deste valioso combustível, ou seja, queremos fazer um seguro. Podemos neste caso investir num Put Warrant, o qual confere ao seu titular a possibilidade de vender um Activo (neste caso, a gasolina) em condições previamente fixadas. Teríamos então a seguinte situação: No gráfico, observamos que temos, inicialmente, uma perda: o valor correspondente ao custo do "seguro" (60 euros). Este "seguro" significa que, uma vez chegada a data de vencimento, o investidor tem o direito (mas nunca a obrigação) de vender os mil litros de gasolina por 870 euros, qualquer que seja o preço do combustível no mercado. Se o referido preço tiver descido bastante, o investidor lucrará com o Put adquirido e irá indubitavelmente exercê-lo, uma vez que estará a vender o combustível a um preço superior à realidade do mercado. Lucro PRÉMIO 60 EUROS STRIKE 870 EUR Preço da Gasolina PRÉMIO 60 EUROS Se, pelo contrário, o preço tiver subido, o investidor que detém um Put Warrant não exercerá a opção em causa, uma vez que poderá vender os mil litros de gasolina no mercado por um preço melhor do que aquele que tinha fixado de antemão, perdendo apenas o prémio pago na aquisição deste Put. Em resumo, os Warrants de tipo Put podem ser utilizados como medida de protecção de uma carteira ou para tomar uma posição curta no mercado, isto é, para apostar na descida dos preços dos Activos Subjacentes. Vejamos em pormenor estas duas estratégias: Perda PUT WARRANT 6

utilizá-los? Os Warrants são instrumentos que servem para adoptar principalmente duas estratégias: de posicionamento Direccional ou de Cobertura. Para a estratégia de posicionamento Direccional poderemos lançar mão quer dos Call Warrants, quer dos Put Warrants. Teremos simplesmente que prever a eventual (des)valorização de um Activo concreto e tomar a decisão de investimento que se mostrar adequada. Se, pelo contrário, pretendemos cobrir um determinado Activo, deveremos investir nos Put Warrants com o objectivo de limitar as perdas que possa ter esse Activo (as possíveis perdas que possa ter o Activo são compensadas pelos ganhos do Put). Existem duas possíveis estratégias de cobertura que podemos adoptar: a Cobertura Estática e a Cobertura Dinâmica. Vejamos um exemplo: Temos 110 títulos do BSCH comprados por 11,5 euros. Actualmente, o mercado regista uma cotação de 11,70, mas não estamos seguros da sua evolução. Decidimos comprar um Put Warrant com um Preço de Exercício (Strike) no valor de 11,5 euros e com um vencimento a 6 meses. Terá um Delta* de 54%, um preço de 0,17 euros e um Rácio de 0,1 (são necessários 10 Warrants para ter controlo sobre 1 título do BSCH). Se escolhermos a Cobertura Estática, o que faremos será apenas comprar um conjunto de Warrants (veremos agora como calcular este número) e esperar pelo vencimento. Se o título do BSCH subir, o nosso lucro ver-se-á um pouco reduzido pelo valor que pagámos pelo prémio. Se, pelo contrário, descer, esta redução será limitada a 11,5 euros, que é o valor em que se situa o preço de exercício (Strike) do Put Warrant e que coincide com o preço de compra das acções. COBERTURA ESTÁTICA Nº de Warrants = Nº de Acções a cobrir / Rácio do warrant Nº de Warrants = 110 / 0,10 = 1100 Warrants Teremos de comprar 1100 Warrants para nos assegurarmos de que, no vencimento, estamos cobertos abaixo de 11,50 euros. Na Cobertura Estática, o investidor tem garantido o valor das suas acções ao preço de exercício e na data de vencimento do Warrant. Para uma Cobertura Dinâmica, teremos que ter em conta um parâmetro adicional (Delta), e ir variando a cobertura segundo o que nos indicar o valor Delta. No nosso exemplo seria: COBERTURA DINÂMICA Nº de Warrants = Nº de Acções a cobrir/ (Rácio do Warrant *Delta) Nº de Warrants = 110 / (0,10 * 0,54) = 2.037 Warrants A Cobertura Dinâmica está pensada para proteger a carteira durante um período mais curto do que o vencimento do Warrant, por exemplo, apenas durante uns dias. Para compensar as variações diárias da Acção Subjacente, é necessário ajustar diariamente o número de Warrants para essa protecção, segundo o valor de delta em cada momento, comprando ou vendendo Warrants. Se, a partir desta posição, o Delta aumentar, temos que vender Warrants. Se, pelo contrário, o Delta descer, temos que comprar Warrants para estarmos perfeitamente cobertos. É por esta razão que a este processo se dá o nome de Cobertura Dinâmica. * Este conceito vem explicado na página 23 7

Uma boa No início deste documento referimos que, com os Warrants podemos lucrar com a evolução da cotação bolsista de um título. Agora iremos explicar o chamado efeito de alavancagem deste investimento. A alavancagem implica que o lucro potencial, em termos percentuais, seja potencialmente maior no investimento em Warrants do que no investimento directo no Activo Subjacente. Lamentavelmente, o mesmo não acontece se a nossa previsão sobre a tendência do mercado estiver errada. Neste caso, as perdas no investimento do Warrant são também maiores, em termos percentuais, do que se tivéssemos investido directamente no ActivoSubjacente. Além disso, existem três termos entre os quais se estabelece uma forte relação. Trata-se da Alavancagem, do Risco e da Rendibilidade. O investidor que decidir comprar um Warrant com uma grande alavancagem, terá um perfil de risco elevado; ou seja, estará disposto a incorrer em perdas sempre que os seus lucros potenciais sejam maiores do que noutro investimento com menor alavancagem. Investir o mesmo montante de dinheiro no Activo Subjacente e no Warrant, permite avaliar quantas vezes podemos replicar o Activo Subjacente através do investimento em Warrants. Como se efectua este cálculo? Basta efectuar a seguinte operação de divisão: Alavancagem = Cotação actual do Activo Subjacente / Preço do Warrant (ajustado pelo rácio) 8

notícia: a alavancagem Intuitivamente, chegamos à conclusão de que quanto menor for o preço do Warrant, maior será o efeito de alavancagem do mesmo, uma vez que este efeito se encontra no denominador e, deste modo, estaremos a incorrer num risco superior. Para maior clareza, vejamos um exemplo. Suponhamos que temos dois Warrants sobre as acções da Nokia, um Call com o preço de 2,60 e um Put com o preço de 2,89, em ambos os casos com rácios de 1:1 e uma cotação de 40 euros para as acções da Nokia. Teremos, então, assim: Alavancagem Call = 40 / (2,60 / 1) = 15,38 vezes. Com o mesmo capital, em Warrants, estamos a exercer controlo sobre 15,38 acções da Nokia. Alavancagem Put = 40 / (2,89 / 1) = 13,84 vezes. Com o mesmo capital, em Warrants, estamos a exercer controlo sobre 13,84 acções da Nokia. 9

Chegada a hora Liquidação Financeira ou Entrega Física Quando exercemos os Warrants, geralmente existem duas formas de o fazer: Recebemos o Activo Subjacente contra o pagamento de um preço numa determinada data específica, com as demais condições estabelecidas na data de emissão; ou Recebemos simplesmente a diferença entre a cotação do nosso Activo Subjacente na data de exercício e o Preço de Exercício, método habitual em Portugal. No caso dos Warrants da UBS, para maior comodidade do investidor, a liquidação é sempre financeira. 10

do vencimento... Tipo Europeu ou Tipo Americano? Exercer ou vender? Os Warrants podem ser emitidos sob duas formas distintas: de tipo americano e de tipo europeu. Os Warrants de tipo europeu são os que podem ser exercidos na data de vencimento. Os de tipo americano permitem o seu exercício em qualquer momento, desde a sua aquisição até à data de vencimento. Ao falar sobre estes dois conceitos, temos que distinguir entre exercer e alienar. Quando alienamos os Warrants, fazêmo-lo ao preço a que estão cotados e, como já vimos anteriormente, este preço será composto por um Valor Intrínseco (caso exista) e por um Valor Temporal. Por outro lado, quando exercemos o nosso Warrant, vamos apenas receber o Valor Intrínseco que tiver o Warrant (Spot - Strike, para os Call Warrants, e Strike - Spot, para os Put Warrants). Deste modo, o usual, antes do vencimento, será alienar o Warrant em questão e não exercê-lo (lucraremos mais com a alienação do que com o exercício do Warrant). Vejamos dois exemplos para uma determinada data de vencimento, com rácios diferentes, sendo o primeiro de 1:1 e o segundo de 10:1. Supondo que o Spot do Call Warrant se situa em 100 e que o preço de exercício ou Strike é de 80, ao exercer receberíamos no vencimento: No exemplo 1, (Spot - Strike) x Rácio, 100-80) x 1 = 20 euros. Receberíamos 20 euros por cada Warrant que estivesse na nossa posse. No exemplo 2, (Spot - Strike) x Rácio, (100-80) x 0,10 = 2 euros. Receberíamos 2 euros por cada Warrant adquirido. Seguindo o exemplo anterior, quando alienamos o Warrant, a transacção efectua-se ao preço a que está cotado (composto pelo Valor Temporal e Intrínseco, caso exista) e, quando o exercemos, recebemos apenas o Valor Intrínseco que tiver, se for esse o caso. Deste modo, costuma ser mais rentável alienar o nosso Warrant ao preço a que está cotado (composto pelo Valor Temporal e pelo Valor Intrínseco, segundo as condições de mercado) do que exercê-lo. Se um investidor deseja exercer o seu Warrant antes da data de vencimento, deixará de receber o Valor Temporal que este tem. 11

Chegada a hora O Ponto de Equilíbrio Trata-se de um conceito que é interessante compreender, sempre enquadrado num contexto de vencimento. Por definição, o Ponto de Equilíbrio (ou ponto morto) é o ponto em que as receitas compensam os gastos e a partir do qual começamos a contabilizar lucros, caso o Activo Subjacente evolua favoravelmente. Por este motivo, converte-se automaticamente num método útil para a gestão básica de um warrant. Vejamos, através de alguns exemplos, como se calcula e como se representa graficamente, tendo presente que se trata de gráficos expostos ao vencimento, tanto para um Call Warrant como para um Put Warrant: Lucro 1) Pagamos hoje 0,25 euros pela aquisição de um Call Warrant sobre uma acção da Telefónica com o Preço de Exercício de 20 euros e com vencimento dentro de um ano. O Rácio é de 1:10. Decorrido esse ano, observamos que a acção da Telefónica se situa em 23,5 euros. Quanto ganhamos? A forma de calcular o Ponto de Equilíbrio para o Call Warrant é a seguinte: PE = Strike + (Prémio / Rácio) Deste modo, no nosso caso teremos: PE = 20 + (0,25 / 0,10) = 22,5 euros. Se o Ponto de Equilíbrio se encontra em 22,5 euros e a acção da Telefónica acaba em 23,5 euros, como tínhamos mencionado, teremos ganho 1 euro por cada Warrant na nossa posse. PRÉMIO 0,25 EUROS STRIKE 20 EUROS PRÉMIO 0,25 EUROS PONTO DE EQUILÍBRIO 22.5 EUROS Telefónica CALL WARRANT Perda RÁCIO 1:10 12

do vencimento... 2) Pagamos hoje 0,15 euros pela aquisição de um Put Warrant sobre uma acção da Telefónica com o Preço de Exercício de 20 euros e com vencimento dentro de 14 meses. O rácio é de 1:10. Passado esse período, observamos que a acção da Telefónica se situa em 18,20 euros. Quanto ganhamos? A forma de calcular o Ponto de Equilíbrio para o Put Warrant é a seguinte: PE = Strike (Prémio / Rácio) Deste modo, no nosso caso teremos: PE = 20 - (0,15 / 0,10) = 18,5 euros. Se o Ponto de Equilíbrio se encontra em 18,5 euros e a acção da Telefónica acaba em 18,20 euros, teremos ganho 0,30 euro por cada Warrant na nossa posse. Lucro STRIKE 20 EUROS PRÉMIO 0,15 EUROS Telefónica PRÉMIO 0,15 EUROS Perda PONTO DE EQUILÍBRIO 18,5 EUROS PUT WARRANT RÁCIO 1:10 13

Quanto Referimos anteriormente o preço ou Prémio do Warrant e o facto de este variar segundo diferentes variáveis e condições de mercado. Estas diferentes variáveis e condições introduzem-se numa fórmula matemática elaborada por Black e Scholes, no início da década de 70, e que é normalmente utilizada para avaliar os Warrants de UBS. Nesta fórmula intervêm 6 variáveis, que são, por sua vez, as que compõem o Valor Intrínseco e o Valor Temporal. Veremos em seguida: V A L O R T E M P O R A L DIVIDENDOS TAXAS DE JURO T EM I T L I P O V O L A SPOT STRIKE V A L O R I N T R Í N S E C O 14

se paga? O Valor Intrínseco O Valor Temporal O Valor Intrínseco do Warrant é o valor que teria o Warrant se fosse exercido nesse momento. Como já foi referido, no exercício do Warrant, subtrai-se o Strike ao Spot (no caso de Call Warrants) ou o Spot ao Strike (no caso de Put Warrants). Nestas duas operações, será necessário ter em conta o rácio do Warrant, ou seja: VALOR INTRÍNSECO DE UM CALL WARRANT= (Spot Strike) x Rácio VALOR INTRÍNSECO DE UM PUT WARRANT= (Strike - Spot) x Rácio Por esta razão, no gráfico anterior, referimos que as duas variáveis que influem no Valor Intrínseco são o Preço de Exercício do Warrant ou Strike e o valor do Activo Subjacente ou Spot. Este valor nunca pode ser negativo. Será sempre positivo ou, no pior dos cenários, nulo. Em resumo, o Valor Intrínseco, num determinado momento, (seja para Call ou para Put) irá depender sempre e apenas do valor do Activo Subjacente (Spot) e do Preço de Exercício do Warrant(Strike). Avalia a probabilidade de o Warrant adquirir um valor superior até à data do vencimento. Trata-se de uma variável que reflecte a incerteza relativamente ao facto de o Activo Subjacente poder evoluir até ao ponto que tínhamos considerado. Deste modo, à medida que nos aproximamos da data de vencimento, este Valor Temporal tenderá a diminuir uma vez que as possibilidades de evolução do Activo Subjacente são menores. Esta perda de Valor Temporal, à medida que nos aproximamos do vencimento, não é linear. Pelo contrário, acelera à medida que nos aproximamos da referida data de vencimento. Por outras palavras, o factor tempo joga um papel negativo para os Warrants, pelo que a UBS recomenda o acompanhamento das posições, tanto quanto possível, não as deixando estáticas. Se, no caso de possuirmos um Warrant, o Activo Subjacente permanecer estável durante 2 meses e as outras variáveis continuarem igualmente constantes, o Warrant terá perdido valor porque se reduzem as probabilidades de o Activo Subjacente evoluir conforme esperado, ou seja, a um valor mais elevado para o Warrant. Efectivamente, tem menos dois meses para evoluir até ao ponto pretendido. Quantitativamente, trata-se da diferença entre o Preço do Warrant e o Valor Intrínseco. Preço do Warrant = Valor Intrínseco + Valor Temporal; pelo que: Valor Temporal = Preço do Warrant Valor Intrínseco 15

Quanto Que variáveis influenciam este Valor Temporal? Destacamos as seguintes: A) A Volatilidade A Volatilidade do Activo Subjacente desempenha um papel crucial no preço do Warrant. Estará claro o que é a Volatilidade? Este valor define-se como a variabilidade de preços que tem o Activo Subjacente com referência a uma média num período concreto. Consequentemente, quanto maior a Volatilidade, maior será a probabilidade de o Warrant evoluir até ao ponto que considerámos (seja em alta ou em baixa). Por este motivo, tenderá a ter maior valor no vencimento (independentemente de se tratar de um Call ou de um Put) e maior será o seu preço. 115 110 105 100 5% VOL 10% VOL 95 90 85 16

se paga? Quanto maior for a Volatilidade, maior custo terá o Warrant porque a probabilidade deste evoluir favoravelmente e de ter valor no vencimento será maior. O Warrant relativo ao Activo Subjacente do gráfico A tem dificuldade em atingir os valores do Strike. Diferentemente, o Warrant relativo, por sua vez, ao Activo Subjacente do gráfico B tem maior probabilidade de chegar a níveis de Strike (é mais provável que tenha Valor Intrínseco). Por este motivo, o prémio deste Warrant será maior do que o prémio do Warrant relativo ao Activo Subjacente A. A B STRIKE DO CALL STRIKE DO PUT 17

Quanto Convém esclarecer que existem dois tipos de Volatilidade: Volatilidade Histórica Trata-se da Volatilidade passada e conhecida, pelo que não serve como informação para prever a Volatilidade futura, funcionando unicamente como referência. Obtém -se através de séries históricas de cotações. Para esclarecer o conceito de Volatilidade histórica, vejamos o seguinte exemplo, que é bastante ilustrativo. Trata-se das cotações de 2 títulos, relativos às empresas Gás Natural e Telefónica, durante o período de um ano. No gráfico, observamos como as oscilações da acção da Telefónica, tanto em alta como em baixa, são bastante mais bruscas e fortes do que as da acções da companhia Gás Natural. Isto quer dizer que um título será muito mais volátil do que o outro, os seus movimentos serão mais rápidos e bruscos, pelo que terá mais facilidade em atingir os níveis considerados para strike. Com este exemplo, vemos como a Volatilidade não nos indica a direcção, para a alta ou para a baixa, mas simplesmente quantifica o movimento. 18

se paga? Preço em EUROS Ponto mais alto da Telefónica Ponto mais alto da companhia Gás Natural Ponto mais baixo da companhia Gás Natural Ponto mais baixo da Telefónica 15 Março 30 Março 15 Abril 30 Abril 15 Maio 30 Maio 15 Junho 30 Junho 15 Julho 30 Julho 15 Agosto Poderíamos inferir que a Volatilidade histórica (a 200 dias) da acção da Telefónica tem o valor de 46% e o da sociedade Gás Natural regista o valor de 32%. Volatilidade Implícita Trata-se da Volatilidade futura estimada pelo mercado e utilizada no cálculo do Prémio dos Warrants. Obtém-se através dos preços das opções negociadas no mercado e é a que vai ser utilizada para avaliar os Warrants. Esta variável é influenciada pelas expectativas de mercado. 19

Quanto B) Tempo até ao vencimento Como referimos anteriormente, existem menos probabilidades de o Activo Subjacente evoluir favoravelmente quando faltam 3 meses, do que quando faltam 20 meses. Logicamente, o horizonte temporal será crucial na altura de avaliar um Warrant. Existe uma letra grega (Theta) para medir a influência do tempo sobre o preço do Warrant. Veremos esta variável posteriormente. C) Os Dividendos Embora sejam menos importantes, também têm uma pequena contribuição na definição do preço do Warrant. Quando uma acção distribui dividendos, o mercado desconta o pagamento desses dividendos e ajusta o preço da acção. Como é sabido, se a cotação da acção cai, prejudica os Call Warrants e beneficia os Put Warrants. D) As Taxas de Juro A influência das taxas de juros é pouco significativa. Os Warrants ao conferirem o direito de comprar/vender no futuro, podem ser comparados a um pagamento/crédito a prazo, e por isso, serão influenciados pelas taxas de juros. Por definição, uma subida das taxas de juros encarece os Calls e torna mais barato os Puts; no caso das taxas de juros diminuírem o efeitos será o inverso. 20

se paga? Alguns aspectos técnicos Uma vez explicadas as componentes do preço do Warrant, convém conhecer esta terminologia atendendo unicamente ao Strike (ou Preço de Exercício) e ao Spot (ou Cotação do Activo Subjacente). TIPO CALL PUT Componentes do preço do Warrant In The Money ITM Strike > Spot Spot > Strike Valor Intrínseco + Valor Temporal At The Money ATM Strike = Spot Spot = Strike Apenas Valor Temporal Out of The Money OTM Strike < Spot Spot < Strike Apenas Valor Temporal 21

Como conhecê-los Já conhecemos um pouco melhor o que é e como funciona um Warrant. Agora vamos investigar uma série de variáveis, entre as quais se encontra a Sensibilidade. Como verificamos, o preço de um Warrant é determinado por diferentes parâmetros: o Preço de Exercício, a Cotação do Activo Subjacente, a Volatilidade, etc. Conhecer a fundo estes parâmetros permitir-nos-á prever as variações que pode sofrer o Warrant. Para tal, iremos utilizar ferramentas de cálculo, simbolizadas por letras gregas, entre as quais destacamos as seguintes: 22

em profundidade? Delta Trata-se, sem dúvida, de um elemento de importância crucial para um manuseamento adequado destes instrumentos financeiros. O Delta de um Warrant pode ser definido de duas formas: A) Por exemplo, existe um Warrant da UBS sobre a acções da Electricidade de Portugal (EDP) que tem um preço actual de 0,60 euros, um Delta de 73%, um rácio de 1, tendo as acções da EDP uma cotação actual de 2,88 euros. Temos a convicção de que as acções da EDP irão subir, digamos, até aos 3,88 euros. Quanto valerá então o meu Warrant? Uma vez que a cotação do Activo Subjacente se move uma unidade (por exemplo, 1 euro), o Delta define o efeito que este movimento tem relativamente ao preço do Warrant, expresso numa percentagem sobre o movimento do Activo Subjacente. Ou seja, mede a variação do preço do Warrant face a variações de uma unidade na cotação do Activo Subjacente. Esta definição serve para calcular o preço do Warrant face a variações que irá ter o Activo Subjacente, mantendo constantes as restantes variáveis. Ao colocar em prática esta fórmula, teremos: NPW = ((3,88-2,88) x 73% x 1)) + 0,60 = 1,33 Euros Tal significa que se as acções da EDP subirem efectivamente até aos 3,88 euros, o novo preço do Warrant será de 1,33 euros, sempre e enquanto se mantiverem constantes as restantes variáveis. Quando mencionamos as "restantes variáveis constantes", estamos a referir-nos ao facto de o Delta nunca ser constante e de variar com os movimentos na cotação do Activo Subjacente ou do Spot, assim como com o decorrer do tempo. A fórmula a aplicar é a seguinte: Novo Preço do Warrant = (Valor Final do Activo Subjacente - Valor Inicial do Activo Subjacente) x Delta x Rácio) + Preço actual do Warrant 23

Como conhecê-los B) É a probabilidade de o Warrant acabar "in the money" no vencimento. Temos que tomar em conta o facto de o Delta, em termos percentuais, oscilar entre 0% e 100% para os Call e entre -0% e -100% para os Put Warrants (deve-se ao facto de a subida no Activo Subjacente motivar uma descida no preço do Warrant e, consequentemente, a descida do Delta). Um Warrant com um Delta de 35% terá menor probabilidade de atingir por ter um Valor Intrínseco no vencimento do que um Warrant que tenha um Delta de 83%. Ao mesmo tempo, para um Warrant com um Delta de 50%, a probabilidade de obter um ganho do mesmo no seu vencimento é igual à probabilidade de nada obter. O Delta não é constante. Pelo contrário, varia com o decorrer do tempo. É necessário que fique claro que o Delta do Warrant, no momento do vencimento, ou é 0% ou é 100%, ou seja, ou acaba por ter ou por não ter Valor Intrínseco. Este facto está representado no gráfico pela linha em amarelo escuro. DELTA Exemplo de CALL WARRANT ITM (50%-100%) ATM (50%) OTM (0%-50%) 1 ano 6 meses 3 meses 15 dias Vencimento STRIKE 24

em profundidade? Em termos matemáticos, o Delta é a derivada parcial da função preço referenciado à cotação do Activo Subjacente, pelo que: Delta = Preço do Warrant/ Cotação do Activo Subjacente O Delta, para além de nos indicar a probabilidade de o Warrant se poder converter em dinheiro no vencimento, tem outras duas utilidades: Enquanto método para calcular a cobertura (como vimos na página 6). Como meio utilizado para calcular a Elasticidade ou Sensibilidade dos Warrants. Vejamos esta segunda utilidade do Delta para os Warrants. A Elasticidade ou Sensibilidade vai medir a variação do preço do Warrant face a uma variação de 1% na cotação do Activo Subjacente. O seu cálculo é extremamente simples: Elasticidade = Alavancagem x Delta Consideremos dois Warrants, um Call e um Put, sobre as acções da Terra Networks. O Call tem um preço de 0,85 euros e o Put de 0,71 euros. As acções da Terra Networks têm uma cotação de 20 euros, tendo ambos um rácio de 1 (cada Warrant tem controlo sobre uma acção da Terra Networks). O Call tem um Delta de 16% e um Put de -24%. Calculemos a Elasticidade para ambos: Elasticidade do Call = (20 / (0,85 * 1)) * 0,16 = 3,76%. Por cada 1% que subir o Activo Subjacente, o Warrant acrescerá 3,76%. Elasticidade do Put = (20 / (0,71 * 1)) * -0,24 = -6,76%. Por cada 1% que subir o Activo Subjacente, o Warrant terá uma descida de 6,76%. 25

Como conhecê-los Gamma Representa a velocidade com a qual varia o Delta face a variações de uma unidade no Activo Subjacente. O gráfico seguinte apresenta claramente esta relação: O gráfico indica que o maior Gama que um Warrant pode ter ocorre quando se encontra em posições ATM (onde o Spot e o Strike estão muito próximos ou são iguais). Ao não poder ter posições curtas em Warrants (apenas se podem vender, caso tenham sido comprados anteriormente), o Gama é sempre positivo. Tal como o Delta, este valor não é constante e varia com o decorrer do tempo e com a relação entre o Strike e o Spot. O decurso do tempo, isto é, a aproximação da data de vencimento, aumenta o efeito do Gama das opções ATM ("at the money"). Matematicamente, é a segunda derivada parcial da função preço referenciado à cotação do Activo Subjacente. GAMMA 100% 75% 50% 25% 0% OTM ATM ITM 26

em profundidade? Theta Vega O decurso do tempo é uma das variáveis que desempenha sempre um papel desfavorável relativamente aos Warrants, pelo que não podemos descurar a nossa posição, devendo acompanhá-la permanentemente. O Theta mede a sensibilidade do preço do Warrant no decurso do tempo, que não ocorre de forma constante. Pelo contrário, assemelha-se normalmente a uma função exponencial ao aproximar-se a data de vencimento. VALOR TEMPORAL DIAS ATÉ AO VENCIMENTO O Vega permite-nos medir a variação do preço do Warrant face a variações de 1% na Volatilidade Implícita. Deste modo, se um Warrant tiver um Vega de 0,05 e um preço de 1,28 euros, tal significa que, se a Volatilidade Implícita subir 1%, o Warrant passará a valer 1,33 euros; se, pelo contrário, a Volatilidade Implícita descer 1%, o novo preço do Warrant será de 1,23 euros, sempre e enquanto se mantiverem constantes as restantes variáveis. Em termos matemáticos, trata-se da derivada parcial do preço do Warrant em ordem à Volatilidade do Activo Subjacente. Os Warrants que estão "fora do dinheiro" são mais sensíveis a variações de Volatilidade, ou seja, têm um Vega maior do que os que estão "no dinheiro" ou "dentro do dinheiro". Este leque de possibilidades deve ser ponderado com a devida relevância, uma vez que possíveis variações na Volatilidade não irão influenciar de igual forma Warrants sobre o mesmo Activo Subjacente, mas com diferentes Preços de Exercício, ou seja, Warrants com maior ou menor alavancagem. Como vemos no gráfico, a função de perda do Valor Temporal não é linear, mas sim exponencial à medida que nos aproximamos da data de vencimento. No horizonte temporal de 3 meses, a curva inclina-se vertiginosamente. 27

Warrants Neste capítulo, iremos ver os dois principais mercados de opções orientados para investidores particulares que existem actualmente e quais as condições que cada um deles apresenta. WARRANTS MERCADO ORGANIZADO 1- Mercado extremamente acessível 2- Custos nominais reduzidos 3- Maior leque de Activos Subjacentes 4- Média dos Prazos de Vencimento: 18 meses 5- Liquidação: financeira 6- Diferenciais reduzidos 7- Liquidez imediata 1- Não é tão acessível: depósito de garantias 2- Grandes custos nominais 3- Leque reduzido de Activos Subjacentes 4- Prazos de vencimento mais curtos 5- Liquidação: física 6- Diferenciais muito variáveis 7- Menor liquidez 28

ou opções de Mercado organizado? 1) O mercado de Warrants é facilmente acessível através do nosso intermediário habitual para operações de bolsa. Pelo facto de ser um valor mobiliário, os Warrants não podem ser alienados, caso não tenham sido adquiridos previamente, tal como acontece com as acções. Esta característica não implica, porém, o requisito de depósito de garantias, como acontece no mercado organizado e onde se pode chegar a alcançar importantes valores nominais, conforme o que se tiver contratado. 2) As Opções de Mercado Organizado costumam ter um multiplicador de 100, ou seja, apenas podem ser comprados conjuntos de 100 opções. Cada preço que vemos no Mercado Organizado deve ser multiplicado por 100 para se saber exactamente qual é o seu valor real. Os Warrants costumam corresponder a um multiplicador 1 (cada Warrant equivale a uma acção). Mais uma vez, esta característica facilita a acessibilidade, uma vez que os valores nominais são mais reduzidos, diminuindo os obstáculos à entrada. 3) Em geral, um Warrant pode ter como Activo Subjacente qualquer activo financeiro. Estes podem ser de vários tipos, desde acções de empresas portuguesas ou de outros países até divisas, passando por índices internacionais ou mercadorias. No caso concreto português, a lei limita o tipo de activos susceptíveis de constituir o Activo Subjacente de um Warrant, nomeadamente, no que se refere às mercadorias. Nas opções em Mercado Organizado, encontramos um leque de Activos Subjacentes bastante mais reduzido. 4) Os Warrants costumam ser emitidos com um prazo médio de vencimento de 18 meses (1 ano e meio), se bem que se efectuem também emissões a 12 ou 24 meses. Embora seja certo que as opções no Mercado Organizado possam ter um vencimento até 1 ano, estas não têm uma grande liquidez, uma vez que dependem muito das condições do mercado. 5) Os Warrants, uma vez chegado a data de vencimento e sempre que a diferença seja positiva, como se referiu anteriormente, são liquidados financeiramente, não havendo lugar à entrega física do Activo Subjacente sobre o qual se comprou / vendeu o direito ao preço previamente fixado. A liquidação é feita deste modo, com o objectivo de facilitar o trabalho do investidor. No Mercado Organizado, a liquidação é física sempre que se trate de opções sobre acções. 6) Por diferencial ("spread") entende-se a diferença entre o preço de compra e o preço de venda. Geralmente, os diferenciais dos Warrants são muito reduzidos, oscilando entre 1 e 5 cêntimos de euro. Os diferenciais das opções do mercado organizado são muito variáveis e dependem em larga medida das condições de mercado a cada momento. 7) A UBS, ao actuar como "market maker" (criador de mercado), garante uma liquidez imediata para os seus Warrants (afirmámos anteriormente que o preço dos Warrants se compõe de uma oferta e de uma procura. Se um dos lados sobe um cêntimo, o mesmo acontecerá no outro e vice-versa). Para as opções negociadas no Mercado Organizado, é necessária uma contrapartida que dê liquidez a estas operações o que nem sempre existe. 29

Como comprar? Afirmámos anteriormente que os Warrants são valores mobiliários, ou seja, não podem ser vendidos sem terem sido previamente adquiridos. Deste modo, para comprar os Warrants da UBS apenas necessita de contactar o intermediário financeiro com o qual costuma efectuar as suas operações financeiras e indicar-lhe que está interessado em algum dos nossos Warrants. Como os Warrants se encontram cotados na Bolsa de Valores de Lisboa e Porto, qualquer membro desta bolsa terá a capacidade de adquirir os Warrants da UBS. Se o intermediário financeiro com o qual costuma trabalhar não for membro das referidas bolsas, entrará em contacto com algum membro de modo a realizar a operação. É tão simples quanto isto. Será esse intermediário financeiro e não a UBS que lhe cobrará as comissões por ele praticadas e que costumam ser semelhantes às utilizadas no mercado de acções. 30

Necessita de algum conselho? A UBS deseja aconselhá-lo para que o seu investimento seja o mais satisfatório possível e para que potencie o máximo de lucros. Em primeiro lugar, não descuide o seu investimento. Como vimos, o factor tempo desempenha sempre um papel desfavorável nestes produtos financeiros. Vigie as suas posições; poderá reagir no menor tempo possível e assim rentabilizar ao máximo o seu investimento. Em segundo lugar, não se tratando de um investimento que lhe garanta o retorno da totalidade ou de parte do seu capital, não lhe recomendamos que adquira Warrants com recurso ao crédito. Pode acontecer que as suas previsões de mercado estejam erradas e que perda parte ou a totalidade do capital investido. Invista o montante de dinheiro que estiver disposto a perder caso as coisas não evoluam como previu. Recomendamos que se informe e que compare opiniões com quem considere oportuno sobre o Warrant mais vantajoso para si ou sobre a evolução que poderá ter o mercado num período de tempo concreto. Uma vez analisados todos estes assuntos, pensamos que será útil que seja você a tomar a decisão final de investir, sem se deixar influenciar por uns ou por outros. Na UBS ajudálo-emos a resolver todas as dúvidas que lhe possam surgir e tentaremos orientá-lo para o Warrant que melhor se ajustar ao seu perfil, mas nunca lhe recomendaremos este ou aquele Warrant em concreto. Infelizmente, e apesar da nossa experiência e dos nossos instrumentos, nunca se pode assegurar o que vai acontecer futuramente no mercado. Tenha presente o horizonte temporal do seu investimento. Ao negociar apenas Warrants de tipo americano, ou seja, que se podem exercer em qualquer momento até à data do vencimento, poderá desfazer a sua posição quando achar oportuno, vendendo simplesmente o Warrant. Todos os Warrants são de exercício automático. Tal significa que, chegada a data de vencimento e no caso de liquidação positiva, não terá que se preocupar com o exercício efectivo dos seus Warrants, uma vez que existem métodos e instrumentos que detectam quando existe liquidação positiva e a quem corresponde. Por último, recomendamos que não fique com dúvidas de nenhum tipo, para evitar que, face a imprevistos repentinos, não saiba qual a sua origem. Na UBS temos a noção de que no início lhe poderá parecer algo complexo, mas estamos à sua inteira disposição para que se familiarize totalmente com os Warrants. Descobrirá que é um produto financeiro adaptável a qualquer perfil de investimento. E, por conseguinte, também ao seu perfil. Esperamos sinceramente que todas as perguntas formuladas e respondidas neste folheto tenham contribuído para que os Warrants da UBS sejam para si uma das melhores notícias do mundo financeiro. Efectivamente, o nosso objectivo é proporcionar-lhe cada vez mais opções para o seu benefício. 31

Regime De acordo com a qualificação jurídica atribuída pelo Decreto- Lei n.º 172/99, de 20 de Maio, diploma legal que estabelece o regime jurídico aplicável à emissão, negociação e comercialização dos warrants autónomos, o warrant autónomo é considerado como um valor mobiliário. O Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro, em concreto na alínea e) do n.º 1 do artigo 1.º caracteriza, igualmente, os warrants autónomos como valores mobiliários. A titularidade dos warrants autónomos poderá originar rendimentos de dois tipos: i) rendimentos resultantes da diferença entre o preço do activo subjacente no momento do exercício e preço do exercício fixado na emissão do warrant, na data do exercício do direito de opção conferido pelo warrant autónomo (coincida ou não com a data de maturidade); ii) rendimento derivado da diferença entre o valor da alienação do warrant autónomo e o preço de subscrição do warrant autónomo, previamente à data do exercício. Para o enquadramento fiscal destes dois tipos de rendimentos, derivados dos warrants autónomos, serão tidas em consideração as alterações no regime da tributação dos rendimentos de pessoas singulares e colectivas introduzidas pela Lei n.º 30- G/2000, de 29 de Dezembro. 32

fiscal? Pessoas Singulares a. Residentes i) Na data do exercício O rendimento obtido na data do exercício do direito inerente ao warrant autónomo, em qualquer das suas modalidades (call warrants ou put warrants, com liquidação financeira ou com liquidação física), sendo um rendimento resultante de um investimento prévio na aquisição do warrant autónomo (logo um valor mobiliário), é considerado um rendimento de capital (previsto no artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares de ora em diante apenas designado IRS). O rendimento resultante do exercício do direito inerente ao warrant autónomo é englobado aos restantes rendimentos do sujeito passivo. Sendo englobado, os rendimentos dos warrants autónomos encontram-se sujeitos à taxa progressiva geral do IRS (prevista no artigo 71.º do Código do IRS). Este rendimento encontra-se, ainda, sujeito a retenção na fonte, à taxa de 15%. Esta retenção tem a natureza do imposto devido no final, não liberando o contribuinte de deveres de declaração e de englobamento. ii) Pela alienação Os ganhos obtidos pela alienação do warrant autónomo, previamente ao exercício do direito, serão classificados fiscalmente como mais-valias ou menos-valias. As mais ou menos valias realizadas na alienação dos warrants autónomos integrarão o saldo anual das mais ou menos valias fiscais (artigo 10.º do Código do IRS). Quando o saldo apurado, relativamente à alienação de valores mobiliários, nos quais se incluem os warrants autónomos, for inferior a Esc. 200.000, não há lugar a tributação destes rendimentos, embora estes sejam considerados para efeitos da aplicação da taxa progressiva à totalidade do rendimento colectável do sujeito passivo. O saldo de mais-valia apurado com a alienação warrants autónomos (quando superior a Esc. 200.000) será considerado em 75% do respectivo montante se os valores mobiliários a que respeita forem detidos por período inferior a 12 meses. Para efeitos de tributação em IRS, é indiferente o facto de o ganho resultante do exercício do direito ao warrant autónomo consubstanciar um direito ao valor pecuniário, correspondente à diferença entre o preço de exercício e o preço do activo subjacente no momento do exercício, ou de o mesmo ganho resultar do direito do titular do warrant autónomo à obtenção do activo subjacente pelo preço de exercício (consubstanciando um ganho em espécie). Em qualquer dos casos, o titular do warrant autónomo obtém um rendimento de capital, resultante do investimento inicial num valor mobiliário. 33

Regime Se os valores mobiliários, warrants autónomos, forem detidos por um período superior a 12 meses e até 24 meses, o respectivo saldo de mais-valias será considerado em 60% do respectivo valor. A alienação de valores mobiliários que tinham sido detidos por período entre 24 meses e 60 meses, terá o respectivo saldo considerado em 40% do seu montante. Por último, para valores mobiliários, incluindo os warrants autónomos, detidos durante 60 ou mais meses, será considerado para efeitos de tributação apenas 30% do respectivo saldo de mais-valia pela alienação. ii) Pela alienação As mais-valias realizadas por pessoas singulares não residentes pela alienação de warrants autónomos, antes da data de exercício, serão tributadas à taxa especial de 20% (artigo 75.º do Código do IRS). No entanto, se a pessoa singular não for residente em território a constar da lista a aprovar pelo Ministro das Finanças, as mais-valias realizadas com a alienação de warrants autónomos encontram-se isentas de tributação (n.º 3 do artigo 33.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais). b. Não Residentes i) Na data do exercício Tratando-se de pessoas singulares não residentes, os ganhos obtidos na data de exercício do warrant autónomo encontram-se sujeitos a uma taxa liberatória de 20% (artigo 74.º do Código do IRS). 34

fiscal? Pessoas Colectivas a. Residentes i) Na data do exercício Os rendimentos de pessoas colectivas obtidos na data de exercício dos warrants autónomos serão considerados componentes positivos do respectivo lucro tributável, para efeitos de tributação pelo Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (adiante IRC). Aqueles rendimentos durante o exercício de 2001 à taxa de 32% e, a partir de 1 de Janeiro de 2002, serão tributados à taxa de 30% (em qualquer dos casos acresce à taxa de IRC a Derrama Municipal). Os rendimentos negativos obtidos pelo exercício dos warrants autónomos são dedutíveis ao lucro tributável das pessoas colectivas. ii) Pela alienação As mais ou menos-valias apuradas por pessoas colectivas pela transmissão de onerosa de warrants autónomos são considerados proveitos para efeitos da determinação do lucro tributável, sendo tributados conforme acima indicado. b. Não Residentes i) Na data do exercício Os rendimentos de pessoas colectivas não residentes, derivados do exercício dos warrants autónomos, são tributados à taxa liberatória de 20% (n.º 2 do artigo 69.º do Código do IRC). ii) Pela alienação De acordo com o disposto no artigo 33.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, não serão tributados em Portugal, os rendimentos derivados da alienação de warrants por entidades não residentes e sem estabelecimento estável em Portugal, que não sejam detidos em mais de 25% por entidades residentes. O regime de tributação previsto no artigo 33.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais não é aplicável às entidades residentes em territórios constantes de lista a publicar pelo Ministro da Finanças. As mais-valias derivadas da alienação de warrants autónomos realizadas por entidades não residentes que não se encontrem sujeitas ao regime de tributação do artigo 33.º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, serão tributadas em IRC à taxa de 25% (n.º 2 do artigo 69.º do Código do IRC). 35