Possíveis Aprimoramentos na Formação do PLD Preço de Liquidação das Diferenças no Mercado Brasileiro Brasilia, 23 de setembro de 2008 Roberto Castro Assessor da VP Gestão de Energia CPFL Energia
Agenda 1. Volatilidade do Preço de Liquidação das Diferenças PLD 2. Energia Natural Afluente 3. Balanço Energético: Oferta X Demanda 4. Propostas da ABCE: Aprimoramentos do PLD 5. Conclusões
Volatilidade 300% 250% 200% 150% 100% 50% 0% Volatilidade do PLD jan-06 fev-06 mar-06 abr-06 mai-06 jun-06 jul-06 ago-06 set-06 out-06 nov-06 dez-06 jan-07 fev-07 mar-07 abr-07 mai-07 jun-07 jul-07 ago-07 set-07 out-07 nov-07 dez-07 jan-08 fev-08 mar-08 abr-08 mai-08 IBOV SE/CO
Evolução Histórica do Preço no Curto Prazo Associação com Energia Armazenada - Sudeste VOLATILIDADE DO PREÇO DA ENERGIA - TARIFA MARGINAL DE OPERAÇÃO (TMO) RELAÇÃO COM A ENERGIA ARMAZENADA 800 100 700 90 600 500 400 300 200 80 70 60 50 40 30 20 100 Jan/97 Mar/97 Mai/97 Jul/97 Set/97 Nov/97 Jan/98 Mar/98 Mai/98 Jul/98 Set/98 Nov/98 Jan/99 Mar/99 Mai/99 Jul/99 Set/99 Nov/99 Jan/00 Mar/00 Mai/00 Jul/00 Set/00 Nov/00 Jan/01 Mar/01 Mai/01 Jul/01 Set/01 Nov/01 Jan/02 Mar/02 TMO (R$/MWh) Armazenamento (%) 10 0 0 TMO Armazenamento Preço de Curto Prazo precisa ser sinal adequado.
Volatilidade do PLD Volatilidade do PLD é maior do que a do índice BOVESPA PLD é calculado X Índice BOVESPA por BID com muitos ofertantes Preços determinados por BID são menos voláteis Volatilidade causa instabilidade para o setor Decisões de curto prazo afetam as de longo prazo Grande volatilidade impede que o sinal de curto prazo seja entendido pelo mercado no longo prazo Wolak, F. A. - "Market design and price behavior in restructured electricity markets: an international comparison", Program on Workable Energy Regulation - POWER. PWP - 051, University of California Energy Institute, Berkeley, agosto de 1997. [pag. 86]
Agenda 1. Volatilidade do Preço de Liquidação das Diferenças PLD 2. Energia Natural Afluente 3. Balanço Energético: Oferta X Demanda 4. Propostas da ABCE: Aprimoramentos do PLD 5. Conclusões
Energia Natural Afluente no Sudeste PMO de Jan/08 (feito em dez/07) ENA Média (PMO: Jan/08) 80.000 60.000 ENA [MWmédio] 40.000 20.000 0 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 Meses Programa Newave
Energia Natural Afluente no Sudeste PMO de Fev/08 (feito em jan/08) ENA média (PMO: jan/2008) ENA Verificada ENA média (PMO: fev/08) 80.000 60.000 ENA [MWmédio] 40.000 20.000 0 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 Meses Programa Newave
Redução da ENA de jan08 para fev08 ENA média Futura Decremento da ENA média 32.000 31.000 30.000 ENA [MWmédios] 29.000 28.000 30.777 3.676 27.000 26.000 27.101 25.000 ENA média (PMO: jan/08) ENA média (PMO: fev/08) Em 1 mês a ENA tirou 3 Usinas Angra 2 do Sudeste O que poderia acontecer com o preço?
Projeções de PLD PLD Médio (PMO: jan/2008) PLD Verificado PLD Médio (PMO: fev/08) 569,57 477,22 Claro... Subir muito! O PLD médio subiu 63% num único mês 384,87 PLD [R$/MWh] 292,52 200,17 107,82 15,47 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 Meses Programa Newave
Energia Natural Afluente no Sudeste PMO de Mai/08 (feito em abr/08) ENA média (PMO: jan/2008) ENA Verificada ENA Média (PMO: maio/08) 80.000 60.000 ENA [MWmédio] 40.000 20.000 0 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 Meses Programa Newave
Aumento da ENA de jan08 para mai08 ENA média Futura Acréscimo da ENA média 37000 36000 35.721 35000 ENA [MWmédios] 34000 33000 32000 31000 4.944 30000 29000 30.777 28000 ENA média (PMO: jan/08) ENA média (PMO: maio/08) Em 5 meses a ENA colocou 1,5 Sto Antônio no Sudeste E agora, o que poderia acontecer com o preço?
Projeções de PLD PLD Médio (Deck: jan/2008) PLD Verificado PLD Médio (PMO: maio/08) 569,57 477,22 Claro... Cair muito! O PLD médio caiu 96% em 5 meses 384,87 PLD [R$/MWh] 292,52 200,17 107,82 15,47 jan/08 jan/09 jan/10 jan/11 jan/12 Meses Programa Newave
Energia Natural Afluente De janeiro para fevereiro o modelo de cenários de energia afluente retirou 3700 MWmed de energia do sistema. Equivalente a 3 usinas Angra II De fevereiro para maio de 2008 a energia afluente aumentou em 8600 MWmed, o equivalente a uma UHE Itaipu Esta variação não encontra respaldo na realidade meteorológica e nem na realidade operativa do setor elétrico em tão curto Prazo
Agenda 1. Volatilidade do Preço de Liquidação das Diferenças PLD 2. Energia Natural Afluente 3. Balanço Energético: Oferta X Demanda 4. Propostas da ABCE: Aprimoramentos do PLD 5. Conclusões
Balanço Energético: Oferta X Demanda Balanço equilibrado 95% de confiança no Atendimento a Demanda Segurança estrutural (Oferta) Baixa dependência da conjuntura hidrológica Balanço desequilibrado Risco acima de 5% no Atendimento a Demanda Forte dependência da conjuntura hidrológica
Balanço Energético: Oferta X Demanda Fonte: PSR Configuração de oferta e demanda do Plano mensal de Operação (PMO) de Fevereiro de 2008 crescimento da demanda = 4,7% a.a.
Balanço Energético: Oferta X Demanda Situação de desequilíbrio da oferta leva a maior volatilidade do PLD Operação do sistema circunda regiões de maior variação do preço das termoelétricas Pequenas variações na energia natural afluente têm repercussão potencializada nos preços em período de escassez
Agenda 1. Volatilidade do Preço de Liquidação das Diferenças PLD 2. Energia Natural Afluente 3. Balanço Energético: Oferta X Demanda 4. Propostas da ABCE: Aprimoramentos do PLD 5. Conclusões
Possíveis Aprimoramentos: Linhas gerais da Proposta Definir uma estratégia de solução composta de ações de Curto, Médio e Longo prazos Sem impactos de curto prazo sensíveis no método e modelos de formação de preço e tampouco nas instituições do setor Manter atual Política de Operação do sistema Fundamental uma adequada formação do Custo Marginal de Operação - CMO (PLD) que norteia a operação do sistema Adotar no longo prazo uma Solução Operativa de Referência: Solução Ótima Operativa resultante da otimização determinística previsão perfeita de Demanda e ENA (Vazões Afluentes) Despacho Termelétrico o mais constante possível Resulta em CMO (e PLD) estável
Ações de Curto Prazo Premissas básicas: Preservar a utilização dos modelos computacionais pelo ONS; Busca por soluções no âmbito da CCEE Procedimentos adicionais a fim de estabilizar o PLD. ABCE apresenta três alternativas para a formação do PLD O PLD deve ser recalculado no âmbito da CCEE Na hipótese de utilizar Bandas de variação, as eventuais diferenças financeiras causadas podem ser rateadas (ESS, ou outro mecanismo)
Ações de Curto Prazo Alternativa 1: Média Projetada Com base nos N PMO s (ou revisões de PMO) anteriores Aplica-se um média (ponderada) dos CMO s projetados PLDs = ƒ (CMOs,s; CMOs,s-1; CMOs,s-2; CMOs,s-I; CMOs,s-n) onde: PLDs = PLD da semana s ƒ = função que relaciona os valores de CMO CMOs,s = CMO da semana s calculado na semana s CMOs.s-i = CMO da semana s calculado na semana s-i (PLD min CMO PLD max ) Propõe-se avaliar inicialmente para n = 6
Ações de Curto Prazo Alternativa 2: Termo Inercial (TI) no PLD Pondera-se o PLD (t+1) com o PLD (t) Alternativa 3: Média Móvel Pondera-se os N PLD anteriores Nas 3 alternativas pode-se calcular adicionalmente uma Banda de Variação limite para o PLD para acrescentar um fator de segurança contra variações abruptas. A alternativa das Bandas precisa melhor avaliação
569,57 Alternativa 1: Média Projetada Exemplo de cálculo - janeiro de 2008 PMO: ago/07 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) 477,22 PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 132,55 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 15,47 102,09 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 144,61 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 PMO: nov/07 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 212,13 107,82 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 PMO: nov/07 PMO: dez/07 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 128,32 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 PMO: nov/07 PMO: dez/07 PMO: jan/08 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 299,47 107,82 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 PMO: nov/07 PMO: dez/07 PMO: jan/08 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PMO: ago/07 PMO: set/07 PMO: out/07 PMO: nov/07 PMO: dez/07 PMO: jan/08 569,57 477,22 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) PLD [R$/MWh] 384,87 292,52 200,17 107,82 169,86 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Alternativa 1: Média Projetada PLD Verificado PLD - Alter. 1: Média Prejetada 569,57 477,22 502,45 Utilização do Newave Considera n = 6 (meses) 384,87 PLD [R$/MWh] 292,52 200,17 169,86 236,10 233,90 229,70 200,42 204,30 107,82 124,70 68,80 46,77 15,47 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 Meses
Ações de Curto Prazo Paralelamente, levantamento: métodos de definição do preço de curto prazo em mercados de energia elétrica em outros países especificidades do setor elétrico brasileiro nos seguintes aspectos: Instituicionais, Regulatórios e legais, Patrimoniais, Governança, Técnicos, Modelo Comercial Indicações de potenciais aprimoramentos no sistema brasileiro Subsídios adicionais para as Ações de Médio e Longo prazos
Ações de Médio Prazo Premissas básicas: Preservar a utilização dos modelos computacionais de otimização pelo ONS; Aprimoramento dos modelos computacionais relativos a definição de tendências hidrológicas e de geração de séries de energia afluente. Sugere-se, uma melhor representação da tendência hidrológica (cenário conjuntural) Aperfeiçoamento dos modelos GEVAZP e PREVIVAZ Modelos paramétricos lineares Estudar a Utilização de modelos matemáticos não-lineares paramétricos (da teoria estatística) não-paramétricos (sistemas inteligentes: redes neurais, fuzzy e neuro-fuzzy; sistemas dinâmicos, teoria do caos, etc.)
Ações de Longo Prazo Premissas básicas: Possível mudança no paradigma: Operação (do SIN) x formação do preço (PLD); Aprimoramentos nos modelos computacionais de otimização usados pelo ONS. Poderá evoluir para a formação do preço e despacho pelo Lance (Bid) dos agentes de geração
Ações de Longo Prazo Duas alternativas podem ser consideradas Inversão da lógica atual de formação de preço: PLD e Despacho Termelétrico: definidos no âmbito da CCEE Dados de entrada para o procedimento de Operação ONS operar de forma otimizada o Parque Hidrelétrico e de Transmissão
Ações de Longo Prazo Alternativa 1: Termo Inercial (TI) nas Termelétricas duas etapas de otimização: Etapa 1: Define-se a Geração Total Termelétrica por um modelo de otimização: GT total (t+1) Pondera-se a GT total (t+1) com a GT total (t) Etapa 2: Despacho das Usinas Termelétricas por ordem de mérito Despacho das Usinas Hidrelétricas por um modelo de otimização
Ações de Longo Prazo Alternativa 2: PLD por Lance (Bid) PLD seria definido pelo mercado PLD passaria a ser formado como resultado de lances no mercado de energia a exemplo do que ocorre em boa parte dos mercados de energia desregulados de todo o mundo (Espanha, Austrália, Nord Pool, etc.)
Agenda 1. Volatilidade do Preço de Liquidação das Diferenças PLD 2. Energia Natural Afluente 3. Balanço Energético: Oferta X Demanda 4. Propostas da ABCE: Aprimoramentos do PLD 5. Conclusões
Conclusões A ABCE entende que não se deva ter alterações substanciais de Curto Prazo no processo de formação de preços Julga importante preservar e acentuar a atuação das instituições envolvidas nesse processo, especialmente ONS e CCEE, Devem ser preservados no curto prazo, os atuais métodos e modelos computacionais utilizados no cálculo do PLD Para uma solução consistente da volatilidade de preços, a associação propõe que sejam coordenadas ações consistentes e determinadas de Curto, Médio e Longo prazos, conforme mostradas neste trabalho