BRASIL: A ESCASSEZ HÍDRICA E SEUS IMPACTOS ECONÔMICOS
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- Geovane Custódio de Caminha
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1 BRASIL: A ESCASSEZ HÍDRICA E SEUS IMPACTOS ECONÔMICOS
2 Panorama Hídrico O Brasil é muito rico em recursos hídricos......mas tem distribuição regional muito desigual; A economia brasileira tem muita dependência do regime de chuvas: - Agronegócio: 23% do PIB e consome 73% da disponibilidade hídrica; - Matriz energética altamente dependente da hidroeletricidade; Hidrologia foi desfavorável nos últimos anos, mas nem tanto: - Piora concentrada no sudeste; - No consolidado do país, a seca não foi tão profunda. População Bacia Disponibilidade do Paraná Brasileira de água Precipitação potável por Anual país (mm*) Rest of the World 44% Brazil 12% Russia Nordeste 9% 28% Canada 6% Precipitação Anual Média Disponibilidade Hídrica Brasil - Indicador de Indonesia Precipitação Atlântico São Anual (mm*) 6% Atlântico Sul Nordeste Francisco Outros ,3% 1,5% 1,6% China 3,4% 6% India 3% Paraguai 1,3% Peru Paraná 4% 6,4% Sul 14% Centro- Oeste 7% Sudeste 42% Uruguai 2,3% USA 4% Norte 8% Colombia 5% 1.0 Tocantins/Ar Fonte: Review of world water resources by country Food and Amazônica aguaia Agriculture Organization (UN) 73,6% Elaboração: Itaú Indicador Asset 7,6% Management, IAM Chuva março de 15 Média Fonte: ANA - Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil, 13. Fonte: Somar. Elaboração: Itaú Asset Management, janeiro de 15 Elaboração: Itaú Asset Management, março de 15 *Milimetros cúbicos de chuva por ano
3 Panorama do Setor Elétrico Diferentemente de 01, o sistema elétrico hoje é interligado: menos vulnerável à sazonalidade e variações regionais......no entanto, ainda dependemos muito de fontes hídricas; Adicionalmente, nossas térmicas não foram projetadas para operar continuamente; Conclusão: somos tão ou mais dependentes do regime de chuvas que há 15 anos; Outra forma de visualizar o problema: - Os anos têm começado com níveis cada vez mais baixos nos reservatórios. Hidrologia recente explica parte mas não todo o problema; Relação Nível Despacho Matriz dos Energética Estoque/Demanda Reservatórios Energético mensal de Agregado Energia (%(meses) do total) Nuclear 3% Fóssil 7% Crise 00/01 Nuclear 3% Fóssil 23% 3 Matriz Energética Nuclear 2% Fóssil 16% Biomassa 0% Eólica 0% Biomassa 1% Eólica 1% Hídrica 90% Fonte: ONS Elaboração: Itaú Asset Management, março de 15 Capacidade de Armazenamento / Carga mensal Média 1996 a Energia Armazenada / Carga mensal Hídrica Fonte: ONS Elaboração: Itaú Asset Management, março de 15 80% Fonte: ONS Elaboração: Itaú Asset Management, março de 15 Fonte: ONS Elaboração: Itaú Asset Management, março de 15 Eólica 1% Hídrica 74% Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
4 jan-11 jan-15 jan-11 jan-15 jul-11 jul-11 jul-11 abr-15 abr-15 jan-12 jul-12 jul-12 jul-15 jul-15 jan-13 out-15 jul-13 jul-13 out-15 jan-14 jan-16 jan-16 jul-14 jul-14 jul-14 jan-15 abr-16 jan-15 abr-16 jul-15 jul-15 jul-15 jul-16 jul-16 jan-16 jan-16 jul-16 out-16 jul-16 jul-16 out-16 Qual a Probabilidade de um Racionamento? Expectativa mediana para a ENA em 15 e 16; Trajetória esperada para o nível dos reservatórios: Nível crítico se situa em torno de 15% - Abaixo deste patamar médio, provavelmente o sistema se tornaria incapaz de atender a picos de demanda; Repetição do exercício, agora supondo um racionamento: - 10% de economia entre maio/15 e jan/16; (%) Nível Projeção Quantis Probabilidade Médio de do Projeção dos Nível de Reservatórios atingimento de dos ENA* atingimento Reservatórios do nível do SIN nível SIN na crítico crítico ausência (% (Mar/15-Jan/16) sem Vol. Racionamento com Total) de Racionamento com - % Racionamento do MLT (-10% (10% da na Demanda) demanda) Trajetória mais favorável do nível dos reservatórios diminuiria a probabilidade de racionamento. Fonte: ONS, até fevereiro de 15 Fonte: Itaú Asset Management, março de 15 Fonte: Projeções: ONS, Itaú Asset Itaú até Asset fevereiro Management, Management, de 15 março março de 15 de 15 * ENA: Energia Natural Afluente Energia obtível a partir da vazão natural afluente de um determinado período, consolidada de todo o sistema integrado.
5 Cenário Alternativo: muita chuva no curto prazo ou Resseção Acentuada em 15 jan-11 jan-15 jul-11 mar-15 mai-15 jan-12 jul-15 jul-12 set-15 jan-13 nov-15 jul-13 jan-16 jan-14 mar-16 jul-14 mai-16 jan-15 jul-16 jul-15 set-16 jan-16 nov-16 jul-16 Alguns fatores podem diminuir as chances de que os reservatórios atinjam o nível crítico de 15%. Cenário alternativo: Projeção Probabilidade do Nível (%) dos de Atingimento Reservatórios do SIN Nível % Vol. Crítico Total (Cenário (Cenário Alternativo) - Regime de Chuvas de curto prazo mais favorável: ENA de 85% em março e % em abril; - Recessão mais pronunciada; - Forte alta dos preços de eletricidade e campanha de racionalização levando à redução voluntária; Conclusão: a probabilidade de racionamento pode cair sobremaneira; Fonte: Itaú Itaú Asset Asset Management, março de de 15 15
6 Impactos Macroeconômicos PIB 15 (%real) IPCA 15 Selic** Antes*** -0.10% 7.5% 13.0% Depois -1.0% 8.5% 13.5% Variação -0,9 p.p. +1,0 p.p. +0,5 p.p. * 10% de redução na carga entre maio de 15 e janeiro de 16 ** dezembro 15 Resumo dos Efeitos de um Racionamento* de Energia e Água *** estimativas da IAM antes da incorporação do racionamento no cenário-base Modelagem baseada na crise hídrica 00/01; - Impacto no PIB: Modelo isolou os evento exógenos da época (atentados terroristas e crise argentina); - Conclusão: efeito recessivo do da crise hídrica em 01 foi de 1,5 p.p., para um racionamento de % da demanda; - Supondo linearidade entre 01 e 15, um racionamento de 10% pelo mesmo tempo teria efeito de 0,75 p.p. Incluindo Sul e Norte, equivaleria a 0,8 p.p.; - Racionamento concomitante de água, em SP: avaliação qualitativa indica efeito de 0,1 p.p.; - Inflação: modelagem semelhante chega a 1 p.p. de impacto para cima na inflação;
7 Impactos Microeconômicos Metodologia ESG: - Ferramenta Proprietária para avaliar impacto de variáveis sócio-ambientais e de governança no valor das empresas; - Dimensão Água, Energia e Materiais : valor presente da universalização da cobrança pelo uso de recursos hídricos de todas as bacias nacionais, abatido dos ganhos de eficiência gerados pela cobrança dos recursos;
8 Impactos Microeconômicos Impactos setoriais da cobrança pelo uso dos recursos hídricos Alto Impacto Médio Impacto Baixo ou nenhum impacto Saneamento Construtoras Aviação Mineração Petroquímico Bancos Siderurgia Papel e Celulose Elétrico - Transmissão Alimentos Bens de Capital Concessões Rodoviárias Elétrico - Geração Elétrico - Distribuição Telecom Bebidas Seguradoras Sucro-acoleiro Laboratórios de Análises Bens de Consumo Cosméticos Fonte: Itaú Asset Management
9 Disclaimer A Itaú Asset Management é a área responsável pela gestão dos fundos do conglomerado Itaú Unibanco. O Itaú Unibanco não se responsabiliza por qualquer decisão de investimento que venha a ser tomada com base nas informações aqui mencionadas. Leia o prospecto e o regulamento antes de investir. Dúvidas, reclamações e sugestões, utilize o SAC Itaú: , todos os dias, 24 horas, ou o Fale Conosco ( ou a Ouvidoria Corporativa Itaú: , dias úteis, das 9h às 18h, Caixa Postal , CEP Defi cientes auditivos ou de fala, 24 horas por dia, 7 dias por semana,
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