Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC): Um estudo de consensos para definição das intervenções de âmbito psicoterapêutico em Portugal

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Transcrição:

Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC): Um estudo de consensos para definição das intervenções de âmbito psicoterapêutico em Portugal Francisco Sampaio Porto, 22 de dezembro de 2015

Objetivos da Investigação a) Identificar as intervenções de Enfermagem presentes na NIC que podem ser consideradas como sendo de âmbito psicoterapêutico; b) Identificar os diagnósticos de Enfermagem a que as intervenções de âmbito psicoterapêutico presentes na NIC podem, potencialmente, dar resposta. 2

Fase 1 Reunião de Focus Group; Amostragem: Não probabilística, por seleção racional; Critérios de Inclusão para docentes de Enfermagem e para enfermeiros a exercer funções na prática clínica; Amostra: seis enfermeiros a exercer funções na prática clínica e cinco docentes de Enfermagem. 3

Fase 1 Critérios para Intervenção Psicoterapêutica em Enfermagem a) Intervenção estruturada, sistematizada, progressiva e sequencial b) Intervenção realizada por um enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica ou por um enfermeiro de cuidados gerais com formação específica e competências certificadas pela Ordem dos Enfermeiros c) Intervenção baseada em um ou mais racionais teóricos d) Intervenção resultante da identificação de um diagnóstico de Enfermagem no âmbito da Saúde Mental e) Intervenção cujo cliente tenha um papel ativo e alguma consciência de si f) Intervenção com um número de sessões entre três e doze g) Intervenção que tenha na sua base a relação terapêutica e a comunicação interpessoal entre o enfermeiro e o cliente h) Intervenção cujo objetivo é a mudança ou redução de um estado percebido como negativo pelo cliente, através da definição prévia de metas mútuas entre o enfermeiro e o cliente 4

Fase 1 Intervenções Psicoterapêuticas NIC (Domínio Comportamental) Terapia Comportamental Terapia Cognitiva Assistência no Coping Promoção do Conforto Psicológico Arteterapia (4330) Assistência no Controlo da Raiva (4640) 5 Melhoria da Imagem Corporal (5220) Imaginação Guiada (6000) Treino da Assertividade (4340) Biblioterapia (4680) Aconselhamento (5240) Hipnose (5920) Controlo do Comportamento (4350) Modificação do Comportamento (4360) Treino de Controlo de Impulsos (4370) Musicoterapia (4400) Assistência na Automodificação (4470) Assistência para Parar de Fumar (4490) Tratamento do Uso de Drogas (4510) Reestruturação Cognitiva (4700) Intervenção na Crise (6160) Redução da Ansiedade (5820) Estimulação Cognitiva (4720) Facilitação do Processo de Perdão (5280) Treino Autogénico (de Schultz) (5840) Terapia pela Reminiscência (4860) Facilitação do Processo de Pesar/Luto (5290) Treino da Memória (4760) Redução do Stress por Mudança (5350) Orientação para a Realidade (4820) Melhoria da Autocompetência (5395) Fortalecimento da Autoestima (5400) Terapia de Grupo (5450) Melhoria do Desempenho do Papel (5370)

Objetivo Fase 2 Redefinição de objetivos, no sentido de ir de encontro às considerações tecidas pelo júri do Gabinete de Apoio e Consultadoria à Investigação: Realizar a conversão das intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico para linguagem classificada da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE ) Versão 2. 6

Fase 2 Método Delphi; Amostragem probabilística, por seleção racional; Critérios de inclusão: a) Ser enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; b) Ter o mínimo de cinco anos de experiência na utilização da linguagem classificada CIPE. Amostra: 21 enfermeiros e docentes de Enfermagem. Análise de Dados: Método de Fehring (1987) 7

Fase 2 NIC CIPE Nível de Consenso Treinamento da Assertividade Treinar o Comportamento Assertivo Consenso Elevado (89%) Fortalecimento da Autoestima Promover a Autoestima Consenso Elevado (87%) Treinamento para Controle de Impulsos Controle do Comportamento Reestruturação Cognitiva Treinar o Autocontrolo Impulso Consenso Elevado (86%) Promover o Autocontrolo do Comportamento Executar [Reestruturação Cognitiva] Consenso Elevado (85%) Consenso Elevado (85%) Facilitação do Processo de Pesar Apoiar o Processo de Luto Consenso Elevado (85%) Treinamento da Memória Terapia de Recordações Executar Técnica de Treino da Memória Implementar Terapia pela Reminiscência Consenso Elevado (83%) Consenso Elevado (82%) Terapia de Grupo Executar Terapia de Grupo Consenso Elevado (81%) Melhora do Papel Treinamento da Autossugestão Facilitar a Capacidade para Desempenhar um Papel Executar Técnica de Treino Autogénico 8 Consenso Elevado (81%) Consenso Elevado (80%)

Fase 2 NIC CIPE Nível de Consenso Musicoterapia Executar Musicoterapia Consenso Moderado (79%) Intervenção na Crise Executar Terapia na Crise Consenso Moderado (79%) Melhora da Autocompetência Reforçar a Autoeficácia Consenso Moderado (79%) Arterapia Executar Arteterapia Consenso Moderado (77%) Estimulação Cognitiva Estimular a Cognição Consenso Moderado (77%) Orientação para a Realidade Modificação do Comportamento Providenciar Orientação para a Realidade Assistir o Indivíduo a Alterar o Comportamento Consenso Moderado (77%) Consenso Moderado (74%) Assistência no Controlo da Raiva Assistir no Controlo da Raiva Consenso Moderado (74%) Biblioterapia Executar Biblioterapia Consenso Moderado (74%) Melhora da Imagem Corporal Assistir o Indivíduo a Melhorar a Imagem Corporal Consenso Moderado (73%) Redução da Ansiedade Gerir a Ansiedade Consenso Moderado (73%) 9

Fase 2 NIC CIPE Nível de Consenso Aconselhamento Aconselhar o Cliente Consenso Moderado (71%) Tratamento do Uso de Drogas Estimulação da Imaginação Assistência para Parar de Fumar Facilitação do Processo de Perdão Redução do Estresse por Mudança Assistir o Indivíduo a Interromper o Abuso de Substâncias Executar Técnica de Imaginação Guiada Assistir o Indivíduo a Suprimir o Abuso de Tabaco Consenso Moderado (68%) Consenso Moderado (68%) Consenso Moderado (67%) Atenuar a Culpa Consenso Moderado (63%) Assistir o Indivíduo a Minimizar o Stress Disfuncional por Mudança de Ambiente Consenso Moderado (61%) Assistência na Automodificação (Sem Tradução) Consenso Moderado (58%) Hipnose Hipnotizar o Indivíduo Consenso Moderado (54%) 10

Objetivo Fase 3 Ausência de exequibilidade (metodológica) do objetivo b) inicialmente traçado; Redefinição do objetivo identificar: a) a frequência da execução das intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico; b) a relação percebida pelos enfermeiros entre a formação e os conhecimentos e competências para executar as intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico; c) a forma de execução habitual das intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico; d) os fatores facilitadores e dificultadores da execução das intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico. 11

Fase 3 Estudo descritivo transversal; Amostragem não probabilística, por redes; Critérios de inclusão: a) Ser enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; b) Exercer funções na prática clínica. Amostra: 83 enfermeiros 12

Fase 3 Caraterização Sociodemográfica Idade: Média=38,64; DP=7,07 Género: Feminino=70,8% Masculino=29,2% Serviço: Saúde Mental/Pedopsiquiatria=66,2% Cuidados de Saúde Primários=14,7% Tempo de Experiência Profissional: Média=15,63 DP=6,80 Grau Académico: Licenciatura=40,3% Mestrado=59,7% 13

Fase 3 Nunca Executo 1 Vez por Ano 1 Vez por Mês 1 Vez por Semana Frequência Execução Hipnose (%) Frequência Execução Musicoterapia (%) Frequência Execução Arteterapia (%) 97,2 68,1 65,3 1,4 5,6 15,3 0,0 11,1 8,3 1,4 12,5 5,6 Diariamente 0,0 2,8 5,6 Nunca Executo 1 Vez por Ano 1 Vez por Mês 1 Vez por Semana Frequência Execução Aconselhamento (%) Frequência Execução Fortalecimento Autoestima (%) Frequência Execução Controlo Comportamento (%) 4,2 5,6 13,9 5,6 11,1 4,2 6,9 8,3 11,1 23,6 18,1 22,2 Diariamente 59,7 56,9 48,6 14

Fase 3 Formação Hipnose (%) Formação Arteterapia (%) Formação Assistência Parar Fumar (%) Formação Aconselhamento (%) Formação Terapia Grupo (%) Formação Imaginação Guiada (%) Não tive Formação 73,6 58,3 52,8 Não tive Formação 12,5 11,1 18,1 Discordo Totalmente Discordo Parcialmente Não Concordo Nem Discordo Concordo Parcialmente Concordo Totalmente 12,5 9,7 11,1 4,2 9,7 8,3 1,4 0,0 5,5 4,2 15,3 15,3 4,2 6,9 6,9 Discordo Totalmente Discordo Parcialmente Não Concordo Nem Discordo Concordo Parcialmente Concordo Totalmente 15 6,9 8,3 8,3 8,3 8,3 6,9 12,5 11,1 8,3 30,6 40,3 37,5 29,2 20,8 20,8

Fase 3 Forma Autónoma Forma Colaborativa Forma Interdependente Utilização Tratamento Uso Drogas (%) Utilização Intervenção Crise (%) Utilização Reestruturação Cognitiva (%) 15,3 47,2 43,1 27,8 22,2 16,7 23,6 15,3 13,9 Não Executo 33,3 15,3 26,4 Utilização Orientação Realidade(%) Utilização Aconselhamento (%) Utilização Fortalecimento Autoestima (%) Forma Autónoma 76,4 75,0 70,8 Forma Colaborativa Forma Interdependente 6,9 6,9 12,5 8,3 8,3 5,6 Não Executo 8,3 9,7 11,1 16

Fase 3 Fatores Dificultadores (%) Ratio Enfermeiro/Cliente 76,4 Organização do Serviço 50,0 Carga de Trabalho 48,6 Condições Físicas do Serviço Défice de Conhecimentos e Competências 38,9 33,3 Tipologia das Patologias 16,7 Outros Profissionais 5,6 17 Fatores Facilitadores (%) Motivação Individual 84,7 Conhecimentos e Competências Motivação Coletiva (Equipa) Influência Enfermeiro- Chefe 62,5 43,1 36,1 Organização do Serviço 30,6 Ratio Enfermeiro/Cliente 25,0

Fase 3 Tempo de Experiência Profissional vs. Forma de Execução do Treino de Controlo Impulsos: F(3, 68)=3,29; p=0,019. M colaborativa =19,05; DP=7,18. M não executo =12,27; DP=6,88. Execução Aconselhamento Serviço Saúde Mental vs. Execução Aconselhamento Serviço Médico- Cirúrgico: U= 22,50; p=0,002; M 1 =4,51; M 2 =2,60. Tempo de Experiência Profissional vs. Frequência de Execução do Fortalecimento da Autoestima: r s =0,31; N=72; p=0,021. Formação sobre Reestruturação Cognitiva vs. Frequência de Execução da Reestruturação Cognitiva: r s =0,27; N=72; p=0,023. 18

Discussão dos Resultados Fase 1: As intervenções de cariz educativo não foram consideradas de âmbito psicoterapêutico, o que sublinha a diferença entre intervenção de âmbito psicoeducadional e de âmbito psicoterapêutico; As intervenções de cariz comunicacional parecem ser encaradas pelos enfermeiros como boas práticas, não tendo per si uma finalidade psicoterapêutica. 19

Discussão dos Resultados Fase 2: As propostas que conversão que apresentaram um consenso moderado inferior a 65% devem ser alvo de uma reanálise futura, na medida em o nível de consenso é demasiado reduzido para que os resultados possam ser entendidos como definitivos; Seria relevante, num futuro próximo, requerer junto do International Council of Nurses a realização de uma revisão (inclusiva) de termos do domínio da Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica na CIPE. 20

Discussão dos Resultados Fase 3: Existem correlações estatisticamente significativas entre a formação e a frequência da execução de diversas intervenções NIC de âmbito psicoterapêutico, pelo que os défices formativos parecem explicar, parcialmente, a relativamente reduzida frequência de execução das mesmas; As instituições de Ensino Superior de Enfermagem devem procurar que os CPLEESMP permitam dotar os enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica das competências descritas no Regulamento n.º 129/2011. 21

Grato pela Atenção! Francisco Sampaio Francisco.Sampaio@hospitaldebraga.pt 22