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Apresentamos as notas explicativas que integram o conjunto das demonstrações financeiras da Companhia, distribuídas da seguinte forma:

Demonstrações Contábeis Referentes ao Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2012 e Relatório dos Auditores Independentes CNPJ

Transcrição:

Demonstrações Financeiras Referentes ao Exercício findo em 31 de Dezembro de 2014 e Relatório dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

Deloitte Touche Tohmatsu Av. Dr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, 150-5º andar Campinas - SP - 13091-611 Brasil Tel: + 55 (19) 3707-3000 Fax:+ 55 (19) 3707-3001 www.deloitte.com.br RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aos Acionistas da Rodovias das Colinas S.A. Rodovia Marechal Rondon, km 112, Marginal Oeste Itu - SP Examinamos as demonstrações financeiras da Rodovias das Colinas S.A. ( Sociedade ) que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2014 e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações financeiras A Administração da Sociedade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Sociedade para planejar os procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela Administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Deloitte refere-se à sociedade limitada estabelecida no Reino Unido Deloitte Touche Tohmatsu Limited e sua rede de firmas-membro, cada qual constituindo uma pessoa jurídica independente. Acesse www.deloitte.com/about para uma descrição detalhada da estrutura jurídica da Deloitte Touche Tohmatsu Limited e de suas firmas-membro. Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Expressa em milhares de reais - R$) Nota Nota ATIVOS explicativa 31/12/2014 31/12/2013 PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO explicativa 31/12/2014 31/12/2013 ATIVOS CIRCULANTES PASSIVOS CIRCULANTES Caixa e equivalentes de caixa 3 125.730 186.275 Debêntures 7 59.577 41.512 Contas a receber 4 33.221 31.442 Fornecedores e prestadores de serviços 8 20.351 24.039 Despesas antecipadas 1.543 1.498 Partes relacionadas 5 6.481 2.960 Impostos a recuperar 1.823 1.550 Obrigações tributárias 9 30.859 31.469 Instrumentos financeiros 20 2.534 - Credor pela concessão 10 8.896 8.488 Outros ativos 728 1.034 Provisão para manutenção 11 37.374 13.339 Total dos ativos circulantes 165.579 221.799 Obrigações sociais e trabalhistas 3.137 2.796 Instrumentos financeiros 20-21.169 Dividendos a pagar 14 41.370 - ATIVOS NÃO CIRCULANTES Outras contas a pagar 13.208 11.221 Impostos a recuperar 578 - Total dos passivos circulantes 221.253 156.993 Debêntures - partes relacionadas 5 526.868 468.351 Contas a receber - partes relacionadas 5 261.792 229.532 PASSIVOS NÃO CIRCULANTES Contas a receber - poder concedente 4 14.837 8.490 Debêntures 7 861.522 889.154 Depósitos judiciais 1.247 744 Credor pela concessão 10 30.100 35.566 Intangível 6 626.144 603.606 Provisão para manutenção 11 40.168 30.982 Total dos ativos não circulantes 1.431.466 1.310.723 Provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas 12 252 750 Imposto de renda e contribuição social diferidos 13 55.451 72.020 Total dos passivos não circulantes 987.493 1.028.472 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 14 Capital social 226.145 226.145 Reservas de lucros 162.154 120.912 Total do patrimônio líquido 388.299 347.057 TOTAL DOS ATIVOS 1.597.045 1.532.522 TOTAL DOS PASSIVOS E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.597.045 1.532.522 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Em milhares de reais - R$, exceto o lucro líquido do exercício por ação básico e diluído) Nota explicativa 31/12/2014 31/12/2013 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 15 492.558 438.439 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS 16 (188.990) (130.271) LUCRO BRUTO 303.568 308.168 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Gerais e administrativas 16 (24.166) (23.309) Outras receitas operacionais, líquidas 16 882 330 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 280.284 285.189 RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 147.703 131.389 Despesas financeiras (163.269) (160.332) 17 (15.566) (28.943) LUCRO OPERACIONAL E ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 264.718 256.246 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CORRENTES 13 (107.100) (84.725) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DIFERIDOS 13 16.569 (2.532) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 174.187 168.989 LUCRO POR AÇÃO BÁSICO E DILUÍDO - R$ 18 2,35 2,28 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Em milhares de reais - R$) 31/12/2014 31/12/2013 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 174.187 168.989 Outros resultados abrangentes - - RESULTADO ABRANGENTE TOTAL DO EXERCÍCIO 174.187 168.989 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Expressa em milhares de reais - R$) Reservas de lucros Nota Capital Reserva Lucros Lucros explicativa social legal retidos acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 226.145 20.888 6.873-253.906 Lucro líquido do exercício - - - 168.989 168.989 Constituição de reserva legal - 8.449 - (8.449) - Dividendos distribuídos (R$ 0,09 por ação) 14 - - (6.873) - (6.873) Dividendos distribuídos (R$ 0,93 por ação) 14 - - - (68.965) (68.965) Transferência para lucros retidos - - 91.575 (91.575) - SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 226.145 29.337 91.575-347.057 Lucro líquido do exercício - - - 174.187 174.187 Constituição de reserva legal - 8.709 - (8.709) - Dividendos distribuídos (R$1,23 por ação) 14 - - (91.575) - (91.575) Dividendos mínimos obrigatórios 14 - - - (41.370) (41.370) Transferência para lucros retidos - - 124.108 (124.108) - SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 226.145 38.046 124.108-388.299-17% - As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 6

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Expressa em milhares de reais - R$) Nota explicativa 31/12/2014 31/12/2013 Fluxo de caixa de atividades operacionais: Lucro líquido do exercício 174.187 168.989 Ajustes para conciliar o lucro líquido ao caixa oriundo das atividades operacionais: Imposto de renda e contribuição social diferidos 13 (16.569) 2.532 Amortização do intangível e depreciação do imobilizado 6 40.078 44.480 Baixa do intangível 6 110 - Juros sobre debêntures 117.116 98.782 Juros sobre contas a receber e debentures com partes relacionadas 5 (90.777) (69.560) (Reversão) Constituição da provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas 12 32 (3.107) Provisão para manutenção 11 55.985 27.521 Instrumentos financeiros derivativos não realizados (7.313) (1.796) Variação monetária e juros com credor pela concessão 3.041 4.325 Variações nos ativos e passivos operacionais: Contas a receber (1.779) (4.459) Contas a receber - poder concedente (6.347) (4.213) Despesas antecipadas, impostos a recuperar e outros ativos (590) (1.165) Depósitos judiciais (503) (130) Fornecedores e prestadores de serviços e partes relacionadas (9.192) (104) Obrigações sociais e trabalhistas 341 109 Obrigações tributárias (610) 12.848 Apropriação da outorga variável 57 (490) Utilização da provisão para manutenção 11 (22.764) (32.164) Utilização da provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas 12 (530) (570) Juros pagos (84.368) (116.490) Outras contas a pagar 1.987 4.132 Caixa oriundo das atividades operacionais 151.592 129.470 Fluxo de caixa de operações de investimentos: Aquisição de ativo imobilizado e intangível 6 (53.701) (20.283) Caixa aplicado nas atividades de investimentos (53.701) (20.283) Fluxo de caixa de atividades financeiras: Debêntures: Captações - 916.035 Pagamentos de principal (42.315) (850.000) Distribuição de dividendos (91.575) (78.129) Liquidação de instrumentos financeiros (16.390) - Pagamento de credor pela concessão 10 (8.156) (7.618) Caixa aplicado nas atividades financeiras (158.436) (19.712) Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa (60.545) 89.475 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 186.275 96.800 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 125.730 186.275 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 7

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. DEMONSTRAÇÃO DOS VALORES ADICIONADOS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa 31/12/2014 31/12/2013 RECEITAS Receita de arrecadação com pedágio 15 493.201 466.152 Receita de construção 15 39.861 10.341 Outras receitas 5.403 5.151 538.465 481.644 INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS Custo dos serviços prestados por terceiros 86.711 42.948 Credor pela concessão 8.461 12.068 Custo dos serviços de construção 16 39.861 10.341 Materiais, energia, serviços de terceiros 14.015 15.280 Outros 5.574 11.338 154.622 91.975 VALOR ADICIONADO BRUTO 383.843 389.669 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO 6 40.078 44.480 VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO 343.765 345.189 VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas financeiras 147.703 131.388 147.703 131.388 VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR 491.468 476.577 DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal e encargos: Remuneração direta 12.103 10.704 Benefícios 3.783 3.885 FGTS 1.007 1.030 Impostos, taxas e contribuições: Federais 112.337 108.177 Estaduais 51 7 Municipais 24.833 23.390 Remuneração de capitais de terceiros: Juros 117.164 92.421 Outros 46.002 67.974 Remuneração de capitais próprios: Dividendos 14-68.965 Lucros retidos 174.188 100.024 491.468 476.577 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 8

RODOVIAS DAS COLINAS S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014. (Expressas em milhares de Reais - R$, exceto quando de outra forma mencionado) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Rodovias das Colinas S.A. ( Sociedade ), está sediada no Brasil, na Rodovia Marechal Rondon, km 112, Marginal Oeste, Itu, SP. Constituída em 26 de fevereiro de 1999, iniciou efetivamente suas operações em 2 de março de 2000, de acordo com o Termo de Contrato de Concessão Rodoviária firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem - D.E.R., regulamentado pelo Decreto Estadual nº 41.773, de 12 de maio de 1997. A Sociedade tem como atividade a operação, as ampliações e a manutenção do Lote 13 - Malha Rodoviária Estadual de ligação, entre as cidades de Rio Claro, Piracicaba, Tietê, Jundiaí, Itu e Campinas. Em 25 de abril de 2013 a Sociedade obteve registro como, Sociedade aberta junto à CVM. O Contrato de Concessão tem como objetivo a execução, a gestão e a fiscalização dos serviços delegados, serviços de apoio aos serviços não delegados e dos serviços complementares, pelo prazo pré-determinado de 240 meses, com início em março de 2000, sendo que as cláusulas contratuais vêm sendo devidamente cumpridas. Em dezembro de 2006, por meio do Termo Aditivo e Modificativo nº 19/06 do Contrato de Concessão nº 012/CR/00, foi autorizada pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP a prorrogação do prazo de concessão por mais 100 meses, sem alteração do valor do ônus fixo bem como do prazo de pagamento original, ficando o prazo da concessão de 340 meses com término em 30 de junho de 2028, reconhecido pelo Termo Aditivo e Modificativo 18/06. Em complemento ao desequilíbrio econômico, reconhecido no Termo Aditivo e Modificativo 18/06, a Sociedade formalizou a compensação nas parcelas mensais do ônus fixo, das diferenças de majoração supervenientes de COFINS (2% para 3%), a partir de março de 2007 até fevereiro de 2020. As tarifas de pedágio são reajustadas anualmente no mês de julho com base na variação do Índice Geral de Preços do Mercado ( IGP-M ) ocorrida até 31 de maio de cada ano. Em decorrência da Deliberação do Conselho Diretor da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo ( ARTESP ou Poder Concedente ), de 27 de junho de 2011, o Poder Concedente elaborou e a Sociedade concordou com o Termo Aditivo e Modificativo ( TAM ) n 25 de 1º de dezembro de 2011, que definiu a substituição do índice de reajuste das tarifas de pedágio do IGP-M para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), a fim de uniformizar toda a sistemática de reajuste de tarifas de pedágios de rodovias, sendo mantida a periodicidade anual e mês de referência do ajuste. A alteração do índice do reajuste implicará na revisão contratual em base anual, junto ao Poder Concedente, para verificação de existência de desequilíbrio econômico decorrente da utilização do novo índice, que poderá determinar o reequilíbrio em favor da Sociedade ou do Poder Concedente, através de alteração do prazo de concessão ou por outra forma definida em comum acordo entre as partes. As cláusulas deste TAM passariam a vigorar a partir de 1º de julho de 2013. Entretanto, por Deliberação Extraordinária do Conselho Diretor da ARTESP de 27 de junho de 2013, a ARTESP autorizou o reajuste das tarifas de pedágio a partir de 1º de julho de 2013 mantendo como índice o IGP-M conforme previsto nos termos originais do contrato de concessão. 9

Contudo, conforme determinação do governador do Estado de São Paulo, o reajuste das tarifas não foi repassado aos usuários, sendo o ônus desta medida assumido pelo Estado. A compensação dos impactos destas medidas está sendo analisada pela ARTESP. Até o momento foram determinados os seguintes procedimentos de compensação: (i) redução de 50% dos pagamentos variáveis mensais efetuados (ônus variável) por prazo indeterminado e (ii) implantação da cobrança dos eixos suspensos para caminhões. A apropriação contábil da redução do ônus variável deverá ser formalizada através de uma TAM específica e a cobrança dos eixos suspensos para caminhões está em vigor desde a publicação da resolução do Governo do Estado de São Paulo. Outras medidas em estudo para a compensação dos impactos do não repasse do reajuste das tarifas são: (i) utilização de eventuais créditos que o Poder Concedente detenha contra a Sociedade e (ii) se houver necessidade, utilização do pagamento dos valores fixos mensais (ônus fixo) devido. Para que estas medidas entrem em vigor é necessária a aprovação do Poder Concedente. Em 28 de junho de 2014, através de publicação no DOU - Diário Oficial da União, foi autorizado o reajuste das tarifas de pedágio, a parir de 1 de julho de 2014, em 5,51%, percentual este em desacordo com o que prevê o TAM - Termo Aditivo Modificativo 22 de 2011 que prevê o reajuste das tarifas pela variação do IPCA com base em maio. A Sociedade desconhece a forma de cálculo utilizada para a definição do reajuste, o que evidencia a unilateralidade da medida, e irá negociar o reajuste correto com a ARTESP, para assegurar seus direitos contratuais. Pela exploração do sistema rodoviário a Sociedade assumiu o compromisso de pagar: Valor fixo a ser liquidado em 240 parcelas mensais e consecutivas, tendo sido paga a primeira parcela em março de 2000. Este valor tem sido reajustado pela mesma fórmula e nas mesmas datas em que o reajustamento é aplicado à tarifa de pedágio, com vencimento no último dia útil de cada mês. Esta obrigação está registrada na rubrica Credor pela Concessão e foi ajustada a valor presente a partir do início da concessão à taxa de juros de 5% a.a., definida pela Administração com base na taxa de captação de recursos obtidos de terceiros naquela data. A contrapartida do ajuste a valor presente foi lançada na rubrica Direito de Exploração, classificada no ativo intangível. Valor variável correspondente a 1,50% da receita de pedágio e 23,50% das receitas acessórias efetivamente obtidas mensalmente, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. A Sociedade assumiu os seguintes principais compromissos decorrentes da concessão: Obras a serem executadas: Rodovia SP- 300 - Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto e Marechal Rondon Duplicações do km 132,5 ao km 135 (Porto Feliz). Duplicações do km 135 ao km 158,65 (Porto Feliz/Itu), sendo dividida nas seguintes etapas: km 135 ao 136,6 (Porto Feliz); km 140,825 ao km 144,120 (Porto Feliz/Tietê); km 149,96 ao km 152,3 (Porto Feliz/Tietê); km 155,345 ao km 157,4 (Porto Feliz/Tietê). Implantações: Viadutos e dispositivos de retorno no km 135 (Porto Feliz); no km 140,7 - Tietê e no km 150,4 - Porto Feliz. 10

Rodovia SP-127 - Rodovia Professor Francisco da Silva Pontes, Rodovia Antonio Romano Schincariol, Rodovia Cornelio Pires, Rodovia Fausto Santomauro Duplicações: km 51 ao km 83 (Saltinho/Tietê), sendo dividida nas seguintes etapas: km 82,08 ao 83 (Tietê), km 82,08 ao km 83 (Tietê); km 62,3 ao km 63,64, km 55,3 ao km 58,48, km 51 ao km 52,2 (Saltinho/Tietê). Duplicação do km 88 ao 105,9 (Cerquilho/Tatuí), sendo dividida nas seguintes etapas: km 91,5 ao km 97,04 (Cerquilho), km 98,47 ao km 105,9 (Cerquilho). Implantações: ponte km 82,4 (Rio Tietê); dispositivos de retorno viaduto no km 58,5 (Rio das Pedras), km 62,85 (Tietê), km 95,05 (Cerquilho), km 96,9 (Cerquilho) e km 105,13 (Tatuí). SP 280 - Rodovia Presidente Castelo Branco Implantação de faixas adicionais do km 110 ao km 122,7 pista leste Boituva e do km 104,1 ao km 122,7 - pista oeste Porto Feliz/Boituva. Obras concluídas: Rodovia SP- 300 - Rodovia Dom Gabriel Paulino Bueno Couto e Marechal Rondon Duplicações: km 64,60 ao km 103 (Trecho Jundiaí/Itu); km 108,90 ao km 135 (Itu); km 132,5 ao km 135 (Porto Feliz); km 157,40 ao km 158,65 (Porto Feliz/Tietê). Adicionalmente, foram implantados dispositivos de retorno além de outros melhoramentos determinados pelo Poder Concedente quando da assinatura do contrato. Rodovia SP-127 - Rodovia Professor Francisco da Silva Pontes, Rodovia Antonio Romano Schincariol, Rodovia Cornelio Pires, Rodovia Fausto Santomauro Duplicações: km 39,90 ao km 50,52 (Piracicaba/ Rio das Pedras/ Saltinho); km 51 ao km 83 (Saltinho/Tietê) com a seguinte etapa: km 76 ao 81,2 (Porto Feliz); km 83 ao km 88 (Tietê/ Cerquilho); km 97,04 ao km 98,47 (Cerquilho). Implantação de vias marginais km 77,9 ao km 79. Adicionalmente foram implantados dispositivos de retorno além de outros melhoramentos e recuperação e manutenção do Contorno de Piracicaba - SP 127. SPI 102/300 - Anel Viário Itu Implantação de 7,1 km do Anel Viário de Itu, ligando as rodovias SP 300 do km 102 a SP 075 na altura do km 32 com a execução de obras de arte especiais. SP075 - Rodovia Santos Dumond, José Ermírio de Moraes, Deputado Archimedes Lammoglia, Prefeito Helio Steffen e Engenheiro Ermênio de Oliveira Penteado Duplicação do km 36,60 ao km 38,85 além da implantação de passarelas e outros elementos de segurança. Reformulação do Trevo de Salto no km 39. A Sociedade estima, em 31 de dezembro de 2014, o montante aproximado de R$125.667, referente ao investimento em infraestrutura e R$129.265, referente a gastos para recuperações e manutenções, a valores atuais, para cumprir com as obrigações até o final do contrato de concessão. As intervenções para recuperação e manutenção do sistema rodoviário ocorrem, em média, a cada quatro anos. A Sociedade está no terceiro ciclo de manutenção, que se encerrará em 2015. A próxima intervenção será iniciada em 2017. Estes valores poderão ser alterados em razão de adequações e revisões periódicas das estimativas de custos no decorrer do período de concessão. 11

As estimativas de investimentos são calculadas a partir de laudo contratado com peritos independentes e são segregadas levando-se em consideração os investimentos que não geram receitas adicionais àquelas previstas originalmente e os investimentos que geram potencial de receita adicional, os quais são registrados somente quando a prestação de serviço de construção está concluída. Em 31 de dezembro de 2014, não há previsão de investimentos a serem realizados considerando tais critérios. A Sociedade, independentemente da manutenção e conservação necessárias para manter o nível de serviços adequado durante o período de concessão, deverá devolver os sistemas rodoviários em bom estado, com a atualização adequada à época da devolução e garantia de prosseguimento da vida útil por cinco anos das estruturas em geral, principalmente do pavimento. Nesse período, subsequente à devolução, não deverá ocorrer a necessidade de serviços de recuperação ou reforços nas obras-de-arte especiais, em virtude das manutenções destinadas a preservar as estruturas das rodovias. Com a finalidade de atender as obrigações de conservação do pavimento do contrato de concessão a Administração revisou em dezembro de 2014 o plano de investimento da Sociedade. Os trabalhos de manutenção profunda que garantem maior durabilidade do pavimento foram antecipados a fim de garantir um melhor aproveitamento de recursos, maior benefício econômico financeiro e operacionalidade da infraestrutura. Extinta a concessão, retornam ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração dos sistemas rodoviários transferidos à concessionária ou por ela implantados no âmbito da concessão. A reversão será sem ônus ao Poder Concedente e automática, com os bens em perfeitas condições de operacionalidade, utilização e manutenção e livres de quaisquer ônus ou encargos. A Sociedade terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado das obras e dos bens cuja construção ou aquisição, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos cinco anos do período da concessão, desde que realizadas para garantir a continuidade e a atualidade dos serviços abrangidos pela concessão. A Sociedade apresenta o valor do passivo circulante superior ao valor do ativo circulante, entretanto esta situação será revertida com a geração de caixa do próximo exercício. 2. BASE PARA APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS Declaração de conformidade As demonstrações financeiras estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, que compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos, as orientações e as interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC e pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM. Base de mensuração, moeda funcional e moeda de apresentação As demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico, exceto se indicado de outra forma e são apresentadas em Real - R$, que é a moeda funcional da Sociedade. Todos os valores das demonstrações financeiras apresentadas foram arredondados para milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma. 12

Uso de estimativa e julgamento A preparação das demonstrações financeiras exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de práticas contábeis e valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os resultados Reais podem divergir dessas estimativas. As informações sobre incertezas, premissas e estimativas que possuam um risco significativo de resultar em um ajuste material dentro do próximo período estão relacionadas, principalmente, aos seguintes aspectos: projeção da curva de tráfego estimada para o período de concessão para a amortização dos ativos intangíveis, determinação da taxa utilizada na mensuração de certos ativos e passivos de curto e longo prazos a valor presente, determinação de provisões para manutenção, provisões para riscos tributários, cíveis e trabalhistas e o cronograma esperado de desembolsos, elaboração de projeções para teste de realização de imposto de renda e contribuição social diferidos que, apesar de refletirem o julgamento da melhor estimativa possível por parte da Administração, relacionada à probabilidade de eventos futuros, podem eventualmente apresentar variações em relação aos dados e valores Reais. Estimativas e premissas são revistas de maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no período em que as estimativas são revisadas e em quaisquer períodos futuros afetados. As informações sobre julgamentos e estimativas críticos, referentes às práticas contábeis adotadas que apresentam efeitos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras, estão descritas abaixo: a) Contabilização do contrato de concessão Na contabilização do contrato de concessão, conforme determinado pela Interpretação Técnica do Comitê de Pronunciamentos Contábeis - ICPC 01, a Sociedade efetua análises que envolvem o julgamento da Administração, substancialmente no que diz respeito a: aplicação da interpretação do contrato de concessão, determinação e classificação dos gastos de melhoria e construção como ativo intangível e avaliação dos benefícios econômicos futuros para fins de determinação do momento de reconhecimento dos ativos intangíveis gerados no contrato de concessão. O contrato de concessão recebeu o tratamento contábil de ativo intangível devido às características mencionadas na nota explicativa nº 1. b) Momento de reconhecimento do ativo intangível A Administração da Sociedade avalia o momento de reconhecimento dos ativos intangíveis com base nas características econômicas do contrato de concessão. A contabilização de adições subsequentes ao ativo intangível somente ocorre quando da prestação de serviço de construção relacionado com ampliação ou melhoria da infraestrutura, que apresente potencial de geração de receita adicional. Para esses casos, a obrigação da construção não é reconhecida na assinatura do contrato, mas no momento da incorporação da construção, tendo como contrapartida o ativo intangível. c) Determinação de amortização anual dos ativos intangíveis oriundos do contrato de concessão A Sociedade reconhecia o efeito de amortização dos ativos intangíveis decorrentes do contrato de concessão linearmente, com base no prazo da concessão até 30 de setembro de 2013. A partir de 1º de outubro de 2013, a amortização passou a ser reconhecida no resultado por meio da projeção de curva de tráfego estimada para o período de concessão a partir da data em que estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que mais reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. 13

d) Determinação das receitas de construção Quando a Sociedade presta serviços de construção deve reconhecer a receita correspondente pelo valor justo e os respectivos custos transformados em despesas relativas ao serviço de construção prestado. Na contabilização da receita de construção, a Administração avalia questões relacionadas à responsabilidade primária pela prestação de serviços de construção, mesmo nos casos em que haja a terceirização desses serviços, aos custos de gerenciamento e de acompanhamento da obra e da empresa do grupo que efetua os serviços de construção. Todas as premissas descritas são utilizadas para fins de determinação do valor justo das atividades de construção. e) Provisão para manutenção referente ao contrato de concessão A contabilização da provisão para manutenção, reparo e substituições nas rodovias é calculada com base na melhor estimativa de gasto para liquidar a obrigação presente na data do balanço, em contrapartida de despesa de manutenção do período ou recomposição da infraestrutura a um nível especificado de operacionalidade. O passivo, calculado a valor presente, deve ser progressivamente registrado e acumulado para fazer face aos pagamentos a serem feitos durante a execução das obras. As práticas contábeis descritas a seguir, em detalhes, têm sido aplicadas de maneira consistente em todos os períodos apresentados nestas demonstrações financeiras. As principais práticas contábeis adotadas pela Sociedade são: 2.1. Instrumentos financeiros ativos Os instrumentos financeiros ativos podem ser classificados nas seguintes categorias específicas: ativos mantidos para negociação por meio de resultado, investimentos mantidos até o vencimento, ativos financeiros na categoria disponíveis para venda e empréstimos e recebíveis. A classificação depende da natureza e finalidade dos instrumentos financeiros ativos e é determinada na data do reconhecimento inicial. A Sociedade reconhece instrumentos financeiros ativos classificados na categoria empréstimos e recebíveis, descritos como segue: Empréstimos e recebíveis São incluídos nessa classificação os ativos financeiros não derivativos com recebimentos fixos ou determináveis, não cotados em um mercado ativo. São registrados no ativo circulante, exceto nos casos com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço, em que são classificados como ativo não circulante. Os saldos desses ativos financeiros da Sociedade são formados por caixa e equivalentes de caixa (nota explicativa nº 3), contas a receber (nota explicativa nº 4), depósitos judiciais, contas a receber de partes relacionadas (nota explicativa n 5) e outros ativos, sendo os principais critérios adotados descritos como segue: a) Caixa e equivalentes de caixa Consistem basicamente em valores mantidos em caixa, bancos e outros investimentos de curto prazo com liquidez imediata, em montante conhecido de caixa, sujeito a um insignificante risco de mudança de valor e maturação por período inferior a 90 dias da data da aquisição. 14

b) Contas a receber Apresentadas pelo seu valor de realização nas datas dos balanços, registradas com base nos valores nominais e não ajustadas a valor presente por apresentarem vencimento de curto prazo e efeito irrelevante nas demonstrações financeiras. A Sociedade apresenta valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. decorrentes da arrecadação pedágios pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio ( Sem Parar ). A Sociedade possui carta de fiança firmada por instituição financeira para garantir a arrecadação das contas a receber com a CGMP. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída, se necessário, com base em estimativas históricas de perda. A Sociedade não constitui provisão para redução de contas a receber por não haver histórico de perdas. 2.2. Ativo intangível Ativo intangível oriundo dos contratos de concessão A Sociedade reconheceu ativo intangível vinculado ao direito de cobrar pelo uso da infraestrutura da concessão, mensurado pelo valor justo no reconhecimento inicial. Após o reconhecimento inicial, o ativo intangível é mensurado pelo custo, que inclui os custos de empréstimos capitalizados deduzidos da amortização acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável. A amortização dos ativos intangíveis era reconhecida no resultado linearmente, até 30 de setembro de 2013, com base no prazo remanescente de concessão. A partir de 1º de outubro de 2013, a amortização passou a ser reconhecida no resultado por meio da projeção de curva de tráfego estimada para o período de concessão a partir da data em que estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que mais reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. Ativos intangíveis adquiridos separadamente Ativos intangíveis com vida útil definida, adquiridos separadamente, são registrados ao custo, deduzido da amortização e das perdas acumuladas por redução ao valor recuperável. Até 30 de setembro de 2013 a amortização era reconhecida no resultado linearmente com base no prazo remanescente de concessão. A partir de 1º de outubro de 2013 a amortização passou a ser reconhecida no resultado por meio da projeção de curva de tráfego estimada para o período de concessão a partir da data em que estes estão disponíveis para uso, já que esse método é o que mais reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados no ativo. 2.3 Redução ao valor recuperável de ativos tangíveis e intangíveis No fim de cada período, a Sociedade revisa o valor contábil de seus ativos tangíveis e intangíveis para determinar se há alguma indicação de que tais ativos sofreram alguma perda de seu valor recuperável. Se houver tal indicação, o montante recuperável do ativo é estimado para mensurar a perda. Por tratar-se de uma única concessão, a Sociedade não estima o montante recuperável de um ativo individualmente, mas calcula o montante recuperável dos ativos da concessão como um todo com base em seu valor em uso. 15

16 Na avaliação do valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados a valor presente por uma taxa que reflita, antes dos impostos, a avaliação atual de mercado do valor da moeda no tempo e os riscos específicos do ativo para o qual a estimativa de fluxos de caixa futuros não foi ajustada. Caso o montante recuperável de um ativo (ou unidade geradora de caixa) calculado for menor que seu valor contábil, ele é reduzido ao seu valor recuperável. A perda por redução ao valor recuperável é reconhecida imediatamente no resultado. 2.4. Empréstimos e financiamentos Os custos de empréstimos atribuídos diretamente à aquisição, construção ou produção de ativos qualificados, os quais levam, necessariamente, um período de tempo substancial para ficarem prontos para uso, são incluídos no custo de tais ativos até a data em que estejam prontos para o uso pretendido. Os ganhos decorrentes da aplicação temporária dos recursos obtidos com empréstimos específicos e ainda não gastos com o ativo qualificável são deduzidos dos custos com empréstimos qualificados para capitalização. Todos os outros custos com empréstimos são reconhecidos no resultado do período, quando incorridos. 2.5. Instrumentos financeiros passivos a) Classificação de instrumentos de dívida ou patrimônio Instrumentos de dívida ou instrumentos patrimoniais são classificados de uma forma ou de outra de acordo com a substância dos termos contratuais. b) Empréstimos e financiamentos e debêntures Na data da contratação, são demonstrados pelo valor justo, líquido dos custos de transação incorridos, e são subsequentemente mensurados ao custo amortizado usando o método da taxa de juros efetiva. c) Credor pela concessão Corresponde preponderantemente às parcelas fixas a serem pagas ao Poder Concedente, ajustadas a valor presente à razão de 5% a.a., conforme critérios divulgados na nota explicativa n 1. O montante da obrigação ajustado a valor presente, calculado na época em que as transações se originaram, foi registrado em contrapartida do ativo intangível, onde está registrado o direito de exploração. A reversão do ajuste a valor presente das contas no passivo tem como contrapartida a rubrica Despesas financeiras, pelo transcorrer do prazo da concessão. d) Instrumentos de hedge A Sociedade designa certos instrumentos de hedge relacionados a risco com juros e correção monetária das debêntures como hedge de valor justo. No início da relação de hedge, a Sociedade documenta a relação entre o instrumento de hedge e o item objeto de hedge com seus objetivos na gestão de riscos e sua estratégia para assumir variadas operações de hedge. Adicionalmente, no início do hedge e de maneira continuada, a Sociedade documenta se o instrumento de hedge usado em uma relação de hedge é altamente efetivo na compensação das mudanças de valor justo ou fluxo de caixa do item objeto de hedge, atribuível ao risco sujeito a hedge. A nota explicativa nº 20 traz mais detalhes sobre o valor justo dos instrumentos derivativos utilizados para fins de hedge de valor justo.

Hedge de valor justo: hedge de exposição às alterações no valor justo de ativo ou passivo reconhecido ou de compromisso firme não reconhecido, ou de parte identificada de tal ativo, passivo ou compromisso firme, que seja atribuível a um risco particular e possa afetar o resultado. Mudanças no valor justo dos derivativos designados e qualificados como hedge de valor justo são registradas no resultado juntamente com quaisquer mudanças no valor justo dos itens objetos de hedge atribuíveis ao risco protegido. A contabilização do hedge é descontinuada prospectivamente quando a Sociedade cancela a relação de hedge, o instrumento de hedge vence ou é vendido, rescindido ou executado, ou quando não se qualifica mais como contabilização de hedge. O ajuste ao valor justo do item objeto de hedge, oriundo do risco de hedge, é registrado no resultado a partir dessa data. 2.6. Imposto de renda e contribuição social - correntes e diferidos O imposto de renda e a contribuição social são apurados dentro dos critérios estabelecidos pela legislação fiscal vigente. Impostos correntes As provisões para imposto de renda e a contribuição social são calculadas sobre a base tributável, com base nas alíquotas vigentes no fim dos períodos. A base tributável difere do lucro apresentado na demonstração do resultado, porque exclui receitas ou despesas tributáveis ou dedutíveis em outros períodos, além de excluir itens não tributáveis ou não dedutíveis de forma permanente. Impostos diferidos O imposto de renda e a contribuição social diferido ativo são registrados com base nos saldos de prejuízos fiscais, bases de cálculo negativas da contribuição social e diferenças temporárias entre os livros fiscais e os contábeis, quando aplicável, considerando as alíquotas de 25% para o imposto de renda e 9% para a contribuição social. O imposto de renda e a contribuição social diferido passivo são registrados com base nos ajustes a valor presente decorrentes do direito de concessão, dos riscos cíveis e trabalhistas e dos ajustes referentes a mudanças de práticas contábeis, conforme a nota explicativa nº 13. Os tributos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias e os tributos diferidos ativos somente quando for provável que a Sociedade apresentará lucro tributável futuro em montante suficiente para sua realização. 2.7. Provisões Reconhecidas para obrigações presentes (legal ou construtiva) resultantes de eventos passados, em que seja possível estimar os valores de forma confiável e cuja liquidação seja provável. As provisões para ações judiciais são reconhecidas quando a Sociedade tem uma obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança. Estão atualizadas até a data do balanço pelo montante estimado das perdas prováveis, observadas suas naturezas e apoiadas na opinião dos advogados da Sociedade. O fundamento e a natureza das provisões para riscos cíveis e trabalhistas estão descritos na nota explicativa nº 12. 17

2.8. Passivos ajustados ao seu valor presente Para determinados passivos a Administração avalia e reconhece os efeitos de ajustes a valor presente levando em consideração o valor do dinheiro no tempo e as incertezas a eles associadas. Os passivos sujeitos a ajustes a valor presente, assim como as principais premissas utilizadas pela Administração para sua mensuração e reconhecimento, são como segue: Provisão para manutenção: decorrente dos gastos estimados para cumprir com as obrigações contratuais da concessão relacionadas à utilização e manutenção das rodovias em níveis preestabelecidos de utilização, quando aplicável, e divididas em ciclos durante o prazo da concessão. A mensuração dos respectivos valores presentes, quando aplicável, é calculada pelo método do fluxo de caixa descontado, considerando as datas em que se estima a saída de recursos para fazer frente às respectivas obrigações, e descontada pela aplicação de taxas calculadas pela Administração. A determinação da taxa de desconto utilizada pela Administração está baseada na taxa de juros real livre de risco, uma vez que as projeções de fluxos das obrigações são preparadas por seus valores Reais e não consideram riscos adicionais de fluxo de caixa. Credor da concessão: decorrentes das obrigações assumidas pela Sociedade relacionadas ao direito de outorga. A mensuração dos respectivos valores presentes foi calculada pelo método do fluxo de caixa descontado, considerando as datas em que se estima a saída de recursos para fazer frente às respectivas obrigações, e descontada pela aplicação da taxa de 5% ao ano. A determinação da taxa de desconto utilizada pela Administração está baseada na taxa de juros efetiva livre de risco, e deve ser adotada consistentemente desde o registro inicial da concessão até a realização das obrigações. 2.9. Reconhecimento de receita Receitas oriundas das cobranças de pedágios ou tarifas decorrentes dos direitos de concessão É mensurada pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, deduzida de quaisquer estimativas de deduções. A receita é reconhecida no período de competência, ou seja, quando da utilização dos bens públicos objeto da concessão pelos usuários. Receita de construção A receita relacionada aos serviços de construção ou melhoria sob o contrato de concessão de serviços é reconhecida baseada no estágio de conclusão da obra realizada e nos custos incorridos. Receita e despesas financeiras Substancialmente representadas por juros e variações monetárias decorrentes de aplicações financeiras, depósitos judiciais, empréstimos e financiamentos e debêntures e passivo com credor pela concessão e efeitos dos ajustes a valor presente. 18

2.10. Resultado básico e diluído por ação O resultado por ação básico é calculado dividindo-se o resultado do período atribuído aos acionistas da Sociedade pela média ponderada da quantidade de ações do capital social na data do balanço. O resultado por ação diluído é calculado ajustando-se o lucro ou prejuízo e a média ponderada da quantidade de ações levando-se em conta a conversão de todas as ações potenciais com efeito de diluição. 2.11. Dividendos A proposta de distribuição de dividendos efetuada pela Administração, que estiver dentro da parcela equivalente ao dividendo mínimo obrigatório, é registrada como passivo na rubrica Dividendos a pagar, por ser considerada como uma obrigação legal. O lucro remanescente, após as destinações estipuladas por Lei, é classificado na rubrica Lucros Retidos e tem sua destinação decidida em Assembleia Geral Ordinária. 2.12. Demonstração do valor adicionado - DVA A DVA foi preparada a partir das informações contábeis que servem de base à preparação das demonstrações financeiras e seguindo as disposições contidas no pronunciamento técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira apenas para Sociedades abertas e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Em sua primeira parte apresenta a riqueza criada pela Sociedade, representada pelas receitas (receita bruta das vendas, incluindo os tributos incidentes sobre esta, as outras receitas e efeitos da provisão para créditos de liquidação duvidosa), pelos insumos adquiridos de terceiros (custo das vendas e aquisições de materiais, energia e serviços de terceiros, incluindo os tributos incluídos no momento da aquisição, os efeitos das perdas e recuperação de valores ativos, e a depreciação e amortização) e pelo valor adicionado recebido de terceiros (resultado da equivalência patrimonial, receitas financeiras e outras receitas). A segunda parte da DVA apresenta a distribuição dessa riqueza entre pessoal, impostos, taxas e contribuições, remuneração de capitais de terceiros e remuneração de capitais próprios. 2.13. Pronunciamentos contábeis e interpretações emitidos recentemente e ainda não aplicados pela Sociedade Os pronunciamentos contábeis do IASB, a seguir, foram publicados ou revisados, mas ainda não têm adoção obrigatória, além de não terem sido objeto de normatização pelo CPC e, dessa forma, não foram aplicados antecipadamente pela Sociedade em suas demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014. A Sociedade adotará tais pronunciamentos à medida que sua aplicação se tornar obrigatória, não sendo esperados efeitos relevantes nas demonstrações financeiras. Pronunciamento Descrição Vigência IFRS 9 - Instrumentos Financeiros IFRS 15 Receita de Contratos IAS 16 e IAS 38 Depreciação e amortização de ativos IFRS 11 Contabilização para aquisições de participações em operações em conjunto Contém exigências para (i) classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros; (ii) metodologia de redução ao valor recuperável e (iii) contabilização geral de hedge. Estabelece um único modelo abrangente a ser utilizado pelas entidades na contabilização de receitas resultante de contratos com clientes. As alterações a IAS 16 proíbem as entidades de utilizarem um método de depreciação com base na receita para itens do imobilizado. As alterações a IAS 38 introduzem uma presunção refutável de que as receitas não contribuem base adequada para fins de amortização do intangível. A alteração estabelece que os princípios relevantes da contabilização de combinações de negócios devem ser adotados Exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2018. Exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2017. Exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2016. Exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2016. 19

Adicionalmente, os pronunciamentos e interpretações do International Financial Reporting Interpretations Committee - IFRIC listados a seguir entraram em vigor no presente exercício e, portanto, foram adotados pela Sociedade em suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2014. Os referidos pronunciamentos não causaram efeitos relevantes nas presentes demonstrações. Pronunciamento Descrição Vigência IAS 32 - Modificações a IAS 32 Compensação de Ativos e Passivos Financeiros Exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. IFRS 10 e 12 e IAS 27 - Entidades de investimento Exceção à exigência de consolidar as controladas de uma entidade de investimento e exigência de divulgação para entidades de investimento Exercícios iniciados em ou após 1º de janeiro de 2014. Em decorrência do compromisso do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de normas emitidas com base nas atualizações e modificações feitas pelo IASB, é esperado que estas alterações e modificações sejam editadas pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória. 3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31/12/2014 31/12/2013 Caixa e contas bancárias 9.351 7.540 Aplicações financeiras (a) 116.379 178.735 Total 125.730 186.275 (a) As aplicações financeiras são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Estas aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósito Bancário - CDB com remuneração média de 101,37% do Certificado de Depósito Interbancário - CDI. 4. CONTAS A RECEBER E CONTAS A RECEBER PODER CONCEDENTE 31/12/2014 31/12/2013 Pedágio eletrônico (*) 30.668 29.882 ARTESP - ponto a ponto (**) 14.837 8.490 Numerário a receber 423 106 Outras 2.130 1.454 48.058 39.932 Circulante 33.221 31.442 Não circulante 14.837 8.490 (*) Vide nota explicativa nº 20 c. (**) Contas a receber do Poder Concedente referente à implantação do sistema ponto a ponto do pedágio que, devido às perspectivas de recebimento a longo prazo foram reclassificadas para o ativo não circulante. A Administração da Sociedade não identificou a necessidade de reconhecimento de provisão para perdas com recebíveis. O prazo médio de vencimento, exceto ARTESP, é de 30 dias. 20

5. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações realizadas e os saldos correspondentes estão demonstrados a seguir: Saldos patrimoniais 31/12/2014 31/12/2013 Ativo não circulante: Controladora indireta: Infra Bertin Participações S.A. (b) 261.792 229.532 Controladora direta: Debêntures: Atlantia Bertin Concessões S.A. (a) 526.868 468.351 788.660 697.883 Passivo circulante Fornecedores de serviços: Controladora direta: Atlantia Bertin Concessões S/A 6.426 2.905 Partes relacionadas: Concessionária SPMAR S.A. 6 6 Monte Verde de Lins Empresa Im. Ltda. 49 49 6.481 2.960 Transações 31/12/2014 31/12/2013 Custos: Controladora direta: Atlantia Bertin Concessões S/A 8.057 6.057 Receitas financeiras: Controladora indireta: Infra Bertin Participações S.A. 32.260 21.680 Controladora direta: Atlantia Bertin Concessões S.A. 58.517 47.880 90.777 69.560 (a) Debêntures Em 29 de junho de 2012, a controladora, Atlantia Bertin Concessões S.A., emitiu 1.800 debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com valor unitário de R$500 e com vencimento original em 29 de dezembro de 2013. A Sociedade adquiriu 800 debêntures, remuneradas a 100% da variação acumulada das taxas CDI, acrescida de juros que variam de 2,80% a 3,20% ao ano, que serão pagos integralmente na data de vencimento. Esta conta a receber da controladora está vinculada à emissão, por parte da Sociedade, das Debêntures Privadas descritas na nota explicativa n 7. Estas debêntures foram repactuadas em 11 de dezembro de 2013 e seu vencimento prorrogado para 28 de janeiro de 2014 e posteriormente para 15 de outubro de 2020. Os juros remuneratórios das debêntures foram alterados para 3,20% entre os dias 24 de abril de 2013 a 31 de janeiro de 2014, 1,35% de 1 de fevereiro de 2014 a 14 de agosto de 2017 e 1,6448% de 15 de agosto de 2017 até a data de seu vencimento. Os juros remuneratórios serão pagos integralmente na data do vencimento sendo incorporados a cada período de capitalização. 21

Os recursos repassados à controladora, através da aquisição das referidas debêntures, serão investidos no sistema de concessão do Rodoanel Leste, a ser operado por empresa que pertence a um dos controladores da Sociedade. O resgate destas debêntures ocorrerá, primariamente, através do caixa gerado pela operação do Rodoanel Leste, bem como pela operação das demais empresas concessionárias de rodovias controladas pelo Grupo. (b) Saldo de mútuo com sua controladora anterior Cibe Investimento e Participações S.A. transferido, em 29 de junho de 2012, para a Infra Bertin Participações S.A., sobre o qual incidem juros de 30% acima das taxas médias diárias dos depósitos interfinanceiros - DI de um dia, expressa de forma percentual ao ano, base 252 dias úteis, tendo como vencimento o prazo de 5 anos, podendo ser renovável por igual período. As demais transações efetuadas entre partes relacionadas estão vinculadas a contratos específicos os quais definiram os serviços a serem realizados, assim como os preços destes serviços. A remuneração dos principais administradores, que compreendem administrador e empregados com autoridade e responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das atividades da Sociedade, é composta exclusivamente de benefícios de curto prazo, cujo montante destinado e reconhecido como despesa no exercício findo em 31 de dezembro de 2014 foi de R$1.440 (R$1.143 em 2013), conforme aprovado na Assembleia Geral. A Sociedade não oferece benefícios de longo prazo, de rescisão de contrato de trabalho, plano de previdência privada ou remuneração baseada em ações. 6. INTANGÍVEL A movimentação é como segue: Custo Intangível em rodovias - obras e serviços (a) Direito de outorga da concessão (b) Direito de uso e outros Total Saldos em 31.12.2012 818.632 32.782 5 851.419 Adições 20.293-29 20.322 Transferência (c) 9.968-2.457 12.425 Saldos em 31.12.2013 848.893 32.782 2.491 884.166 Adições 62.480-246 62.726 Baixas (112) - - (112) Saldos em 31.12.2014 911.261 32.782 2.737 946.780 Amortização acumulada Saldos em 31.12.2012 (208.839) (17.285) - (226.124) Amortização (d) (42.611) (950) (919) (44.480) Transferência (c) (8.484) - (1.472) (9.956) Saldos em 31.12.2013 (259.934) (18.235) (2.391) (280.560) Amortização (d) (38.882) (1.127) (69) (40.078) Baixas 2 - - 2 Saldos em 31.12.2014 (298.814) (19.362) (2.460) (320.636) Intangível líquido Saldos em 31.12.2013 588.959 14.547 100 603.606 Saldos em 31.12.2014 612.447 13.420 277 626.144 Taxa média 4,27% 2,96% 20% - 22

(a) Refere-se a itens que retornarão ao Poder Concedente quando da extinção da concessão, conforme mencionado na nota explicativa n 1. Até 30 de setembro de 2013 a amortização era efetuada pelo prazo remanescente da concessão. A partir de 1 de outubro de 2013 a amortização passou a ser calculada com base na projeção da curva de tráfego estimada para o período da concessão. (b) Refere-se ao valor assumido para a exploração do sistema rodoviário, conforme mencionado na nota explicativa nº 1. Este valor foi ajustado a valor presente, na data do seu registro original. Até 30 de setembro de 2013 a amortização era efetuada pelo prazo remanescente da concessão. A partir de 1 de outubro de 2013 a amortização passou a ser calculada com base na projeção da curva de tráfego estimada para o período da concessão. (c) No primeiro trimestre de 2013, todos os itens classificados no imobilizado foram transferidos para o intangível conforme interpretação do contrato de concessão de que os mesmos retornarão ao poder concedente quando da extinção da concessão. (d) Até 30 de setembro de 2013 a amortização era reconhecida no resultado linearmente com base no prazo remanescente de concessão. Em 1º de outubro de 2013 a Sociedade adotou a projeção da curva de tráfego estimada para o período de concessão para a amortização dos ativos intangíveis. A taxa de amortização é determinada através de estudos econômicos que projetam o crescimento de trafego das rodovias. A Administração da Sociedade não identificou a necessidade de registro de provisão para redução desses ativos ao valor de recuperação em 31 de dezembro de 2014. 7. DEBÊNTURES Série Quantidade emitida Taxas contratuais (%) Vencimentos 31/12/2014 31/12/2013 4 a emissão: 1 a série 57.132 CDI a 100% + 1,50% a.a. Outubro/2020 551.153 584.155 2 a série (a) 12.368 IPCA a 100% + 5,00% a.a. Outubro/2020 110.525 126.957 3 a série (a) 25.500 IPCA a 100% + 5,70% a.a. Abril/2023 292.209 256.660 953.887 967.772 Custo de transação (32.788) (37.106) Saldo líquido 921.099 930.666 Circulante 59.577 41.512 Não circulante 861.522 889.154 (a) Estas operações estão sendo mensuradas aos valores justos por meio do resultado, de acordo com os métodos da contabilidade de hedge de valor justo (nota explicativa nº 20). Quarta emissão Em 15 de abril de 2013, a Sociedade efetuou a 4ª emissão de debêntures nominativas e escriturais, não conversíveis em ações, em três séries (57.132 na primeira série e 12.368 na segunda série e 25.500 na terceira série), da espécie quirografária, a ser convolada em espécie com garantia real, com valor unitário de R$10, perfazendo o montante de R$950.000 na data de emissão. As séries possuem as seguintes características: Primeira série: o valor nominal unitário não será atualizado e serão remuneradas com 100% da variação da taxa DI - Depósitos Interfinanceiros e juros de 1,50% a.a. O valor nominal unitário será amortizado em 13 parcelas semestrais e sucessivas iniciando-se em outubro de 2014 e os juros remuneratórios serão pagos semestralmente, nos meses de abril e outubro, ocorrendo o primeiro pagamento em outubro de 2013. 23

Segunda série: o valor nominal unitário será atualizado pelo IPCA e serão remuneradas com juros de 5,00% a.a. incidentes sobre o saldo devedor do valor nominal. O valor nominal unitário será amortizado em 7 parcelas anuais e sucessivas iniciando-se em outubro de 2014 e os juros remuneratórios serão pagos anualmente, no mês de outubro, ocorrendo o primeiro pagamento em outubro de 2014. Terceira série: o valor nominal unitário será atualizado pelo IPCA e serão remuneradas com juros de 5,70% a.a. incidentes sobre o saldo devedor do valor nominal. O valor nominal unitário será amortizado em 3 parcelas anuais e sucessivas iniciando-se em abril de 2021 e os juros remuneratórios serão pagos anualmente, no mês de outubro, ocorrendo o primeiro pagamento em abril de 2014. As debêntures da 4ª emissão contêm cláusulas restritivas que implicam vencimento antecipado e requerem o cumprimento de determinados índices financeiros. Em 31 de dezembro de 2014 e 31 de dezembro de 2013, a Sociedade não apresentava desvios em relação ao cumprimento das condições contratuais pactuadas, cujas principais cláusulas restritivas estão mencionadas a seguir: a. Ocorrência de protesto legítimo de títulos contra a Emissora, no mercado local ou internacional, cujo valor, individual ou agregado, seja igual ou superior a R$10.000.000,00 (dez milhões de Reais) ou o equivalente em outras moedas, reajustado a cada período de 12 (doze) meses contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro índice que venha substituí-lo, salvo se, no prazo de 10 (dez) dias úteis contados do recebimento pela Emissora do referido protesto, seja validamente comprovado pela Emissora: (a) que o protesto foi efetuado por erro ou má-fé de terceiros e tenha sido tomada a medida judicial adequada para anulação ou sustação dos efeitos do protesto e desde que tal medida judicial não tenha sido indeferida ou julgada improcedente; (b) que o protesto foi cancelado; (c) que foram prestadas garantias em juízo; ou, ainda, (d) que o valor objeto do protesto foi devidamente quitado; b. Pedido de recuperação judicial, extrajudicial ou autofalência da Emissora, independentemente de deferimento ou de seu processamento, para os casos de recuperação, ou do pedido de autofalência; c. Liquidação, dissolução, extinção, ou insolvência da Emissora; d. Inadimplemento pela Emissora das obrigações pecuniárias devidas nos termos desta Escritura e/ou dos Contratos de Garantia, nas respectivas datas de pagamento, não sanado no prazo de 1 (um) dia útil contado da data do respectivo inadimplemento; e. Inadimplemento de obrigações pecuniárias da Emissora, cujo valor individual ou agregado seja superior a R$10.000.000,00 (dez milhões de Reais) (ou seu equivalente em outras moedas), reajustados a cada período de 12 (doze) meses, contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro que venha a substituí-lo, não sanado ou não repactuado no prazo previsto no respectivo contrato ou instrumento ou, em sua falta, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da data do respectivo inadimplemento; f. Vencimento antecipado de dívidas financeiras da Emissora, cujo valor individual ou agregado seja superior a R$10.000.000,00 (dez milhões de Reais) (ou seu equivalente em outras moedas), reajustados a cada período de 12 (doze) meses, contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro que venha a substituí-lo, não sanado ou não repactuado no prazo previsto no respectivo contrato ou instrumento ou, na sua falta, no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da data do respectivo inadimplemento. 24

g. Caso a Emissora seja inscrita em quaisquer cadastros dos órgãos de proteção ao crédito, inclusive, mas não se limitando ao SPC e SERASA, Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo - CCF ou Sistema de Informações de Crédito do Banco Central, em montantes, individual ou conjuntamente considerados, superiores a R$10.000.000,00 (dez milhões de Reais), reajustados a cada período de 12 (doze) meses, contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro que venha a substituí-lo, não cancelado no prazo de 10 (dez) dias úteis contados da respectiva inscrição; h. Descumprimento, pela Emissora, de qualquer obrigação não pecuniária prevista nesta Escritura e/ou nos Contratos de Garantia, não sanada no prazo previsto no respectivo contrato ou instrumento ou, em sua falta, em 15 (quinze) dias úteis; i. Realização de redução de capital social sem prévia anuência de Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação, reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim, nos termos do artigo 174, 3º, da Lei das Sociedades por Ações; j. Amortização de ações da Emissora, ou, ainda, reembolso de ações de acionistas da Emissora, nos termos do artigo 45 da Lei das Sociedades por Ações, após a data de assinatura da presente Escritura, sem prévia anuência de Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim; k. Fusão, cisão, incorporação, capitalização ou qualquer forma de reorganização societária da Emissora, sem que haja anuência prévia dos Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim; l. Alienação e/ou alteração do atual controle direto ou indireto da Emissora, sem prévia anuência de Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim, exceto se o controle indireto da Emissora for mantido pela Atlantia S.p.A.. Para fins desta Escritura, adota-se a definição de controle estabelecida no artigo 116 da Lei das Sociedades por Ações; m. Pedido de falência formulado por terceiros em face da Emissora não devidamente elidido(s) no prazo legal pela Emissora; n. Não manutenção, pela Emissora, do seguinte índice financeiro, devidamente auditado e revisado, conforme o caso, semestralmente pelos auditores independentes da Emissora, com base nas demonstrações financeiras consolidadas da Emissora relativas a 30 de junho e 31 de dezembro. O índice obtido pela divisão de Dívida Líquida por EBITDA inferior a 3,5 até a Data de Vencimento. Para os fins deste item n (i), são utilizadas as definições abaixo: (a) Dívida Líquida : significa a soma do saldo dos empréstimos e financiamentos, incluindo todas as Debêntures em circulação no âmbito da Oferta, bem como avais, fianças e demais garantias prestadas em benefício de empresas não consolidadas nas demonstrações financeiras, diminuído de disponibilidades de curto prazo; 25

(b) EBITDA : significa o valor calculado, pelo regime de competência, ao longo dos últimos 12 (doze) meses, igual à soma das receitas líquidas deduzidas das receitas de construção ICPC, diminuídas de: (i) custo dos serviços prestados; e (ii) despesas administrativas, gerais e demais despesas operacionais exceto financeiras, acrescidas de: (A) despesas de depreciação e amortização; (B) provisão para manutenção referente à obrigação contratual de manutenção das condições de conservação da Malha Rodoviária; e (C) custos de construção; o. Não manutenção, pela Emissora, do seguinte índice financeiro, devidamente auditado e revisado, conforme o caso, semestralmente pelos auditores independentes da Emissora, com base nas demonstrações financeiras consolidadas da Emissora relativas a 30 de junho e 31 de dezembro, por dois períodos consecutivos. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida ( ICSD ) superior ou igual a 1,2 até a Data de Vencimento. Para os fins deste item (ii), são utilizadas as definições abaixo: (a) considera-se como ICSD, o resultado da seguinte equação: ICSD = (Disponibilidades + FCAO) / Dívida de Curto Prazo (b) Disponibilidade significa os saldos de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras registrados no ativo circulante; (c) FCAO significa o Fluxo de Caixa de Atividade Operacionais conforme indicado nas demonstrações financeiras auditadas da Emissora dos últimos 12 (doze) meses; e (d) Dívida de Curto Prazo significa a soma do saldo dos empréstimos e financiamentos e outras dívidas financeiras onerosas, incluindo, sem limitação, as debêntures, o saldo líquido das operações ativas e passivas com derivativos em que a Emissora seja parte, bem como avais, fianças e demais garantias prestadas em benefício de empresas não consolidadas nas demonstrações financeiras auditadas da Emissora, classificadas no passivo circulante da Emissora. Para os casos de avais, fianças e outras garantias prestadas mantidas fora do balanço da Emissora, considerar-se-ão como dívida de curto prazo as coobrigações vincendas nos 12 (doze) meses subsequentes ao período de apuração do índice de cobertura do serviço de dívida. (Não serão considerados os passivos relacionados a Credores pela Concessão). p. Não cumprimento pela Emissora de qualquer decisão ou sentença judicial transitada em julgado ou arbitral definitiva em valor individual ou agregado igual ou superior a R$10.000.000,00 (dez milhões de Reais), ou seu valor equivalente em outras moedas convertido com base no câmbio da moeda estrangeira, na data do descumprimento, reajustados a cada período de 12 (doze) meses, contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro que venha substituí-lo; q. Transformação da Emissora em sociedade limitada; r. Extinção de Concessão sob qualquer das hipóteses previstas no artigo 35 da Lei nº 8.987 de 13 de fevereiro de 1995 ( Lei das Concessões ), bem como no Contrato de Concessão, perda da permissão ou autorização da Concessão detida pela Emissora, ou ainda a rescisão do Contrato de Concessão por qualquer motivo; 26

s. Decretação de intervenção pelo poder concedente na Concessão detida pela Emissora não elidida no prazo de 60 (sessenta dias); t. Transferência ou qualquer forma de cessão ou promessa a terceiros, pela Emissora, das obrigações assumidas nesta Escritura e/ou nos Contratos de Garantia sem prévia expressa anuência dos Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim; u. Provarem-se falsas ou revelarem-se incorretas ou enganosas, quaisquer declarações ou garantias prestadas pela Emissora nesta Escritura e/ou nos Contratos de Garantia; v. Não utilização, pela Emissora, dos recursos obtidos com a Emissão, estritamente nos termos da Cláusula 3.5.1; w. Realização de transações com partes relacionadas, exceto: (i) se contratadas em parâmetros de mercado, no caso de prestação de serviços; (ii) se previamente autorizadas pelos Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim; e (iii) mútuos celebrados em parâmetros de mercado com a Atlantia Bertin Concessões S.A. em valor unitário ou agregado de até R$250.000.000,00 (duzentos e cinquenta milhões de Reais) no período entre a Data de Emissão e a Data de Vencimento ou, se houver, da Data do Resgate Antecipado Facultativo Total das Debêntures, ressalvadas as transações com partes relacionadas da Emissora constantes das Informações Trimestrais (ITR) da Emissora de 30 de junho de 2012 que somavam R$500.000.000,00 (quinhentos milhões de Reais), as quais poderão ser mantidas pela Emissora e eventualmente aditadas, inclusive quanto ao prazo e à taxa de remuneração, independentemente da aprovação dos Debenturistas, desde que mantidas em padrões de mercado; x. Realização de investimentos superiores a R$130.000.000,00 (cento e trinta milhões de Reais) nos últimos 12 (doze) meses de cada verificação semestral, reajustados a cada período de 12 (doze) meses, contados de 23 de abril de 2012, com base no IPCA ou outro que venha a substituí-lo, salvo se previamente aprovado pelos Debenturistas representando 75% (setenta e cinco por cento) das Debêntures em circulação reunidos em Assembleia Geral de Debenturistas especialmente convocada para esse fim; y. Caso os Contratos de Garantia ou seu objeto, integral ou parcialmente, por qualquer fato, (i) sejam objeto de decisões judiciais, arbitrais e/ou administrativas que prejudiquem ou impactem o objeto dos Contratos de Garantia; (ii) sejam objeto de demanda judicial, arbitral ou administrativa legítima pela Emissora ou por terceiros; e/ou (iii) tornem-se inválidos, inexequíveis, inábeis ou impróprios para assegurar o pagamento das Obrigações Garantidas; z. Autuação pelos órgãos governamentais de caráter fiscal, ambiental ou de defesa da concorrência, contra a qual não tenham sido interpostos os recursos competentes, bem como qualquer decisão judicial ou administrativa, que possa a vir a afetar de maneira relevante a capacidade operacional, legal ou financeira da Emissora, que não tenha sido obstada no prazo legal; e 27

aa. Pagamento de dividendos, juros sobre o capital próprio ou qualquer outra forma de pagamento aos seus acionistas, tal como participação no lucro prevista no Estatuto Social da Emissora, caso a Emissora esteja em mora com qualquer de suas obrigações pecuniárias estabelecidas nesta Escritura, ressalvado, entretanto, o pagamento do dividendo mínimo obrigatório previsto no artigo 202 da Lei das Sociedades por Ações. As debêntures são garantidas conforme demonstrado abaixo e não temos cláusula de repactuação: 1. Alienação fiduciária de 100% das ações de emissão da emissora. 2. Cessão Fiduciária de todos e quaisquer direitos presentes e futuros, decorrentes da exploração da concessão objeto do contrato de concessão mencionado na nota explicativa n 1. 8. FORNECEDORES E PRESTADORES DE SERVIÇOS 31/12/2014 31/12/2013 Fornecedores de serviço - construção 18.005 22.107 Fornecedores de serviços - operacionais 2.346 1.932 20.351 24.039 9. OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS 31/12/2014 31/12/2013 Imposto de renda e contribuição social 26.655 25.462 COFINS 1.326 1.254 PIS 287 272 ISS 2.392 2.364 IRRF 40 22 Outros 159 456 Parcelamentos fiscais - PIS e COFINS (1) - 1.639 30.859 31.469 (1) Refere-se ao parcelamento de PIS e COFINS baseado nas Leis n o 10.522/02 e n o 10.637/02. Em 15 de outubro de 2009 a Sociedade requereu o parcelamento dos débitos junto a Secretaria da Receita Federal. O valor original dos débitos parcelados é de R$4.782 referente à COFINS e R$1.036 referente a débitos de PIS. Os débitos foram atualizados por multa de R$1.163 e juros de R$227 sendo o total de débitos parcelados R$7.209 (R$5.925 de COFINS e R$1.284 de PIS). O parcelamento foi realizado em 60 parcelas mensais e o valor de cada parcela mensal era acrescido de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) para títulos federais, acumulada mensalmente. O parcelamento foi liquidado em setembro de 2014. No decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 foram pagos, respectivamente, os montantes de R$ 1.674 (R$274 referentes ao parcelamento de PIS e R$1.400 ao de COFINS) e R$1.800 (R$345 referentes ao parcelamento de PIS e R$ 1.455 a COFINS). 28

10. CREDOR PELA CONCESSÃO Refere ao saldo do ônus da concessão, composto pelos valores devidos ao D.E.R./SP pela outorga da concessão. O valor do ônus da concessão será liquidado em 240 parcelas mensais e consecutivas, tendo sido paga a primeira parcela em março de 2000. Os montantes são reajustados conforme mencionado na nota explicativa n 1. O montante do ônus por concessão é apresentado como segue: Circulante Valor presente Valor nominal (*) Direito de outorga (1) 8.163 7.811 8.483 8.021 Parcela variável (2) 733 677 733 677 Total 8.896 8.488 9.216 8.698 Não circulante Direito de outorga (1) 30.101 35.566 35.428 42.335 (*) Valores nominais atualizados até a data de encerramento do exercício, inseridos somente como informação adicional. (1) Refere-se ao preço da delegação do serviço público, representado pelo valor fixo conforme mencionado na nota explicativa nº 1. O montante ajustado a valor presente foi determinado conforme segue: Circulante: apurado com base nas 12 parcelas a vencer de janeiro a dezembro de 2015. O valor dessas parcelas foi determinado tomando-se por base o último reajuste da tarifa de pedágio. Não circulante: atualizados com base na variação do IGP-M desde o último reajuste de pedágio até a data do balanço. O saldo total devido em 31 de dezembro de 2014 corresponde a 62 parcelas mensais. (2) Saldo variável correspondente a 1,5% da receita de pedágio e 23,5% das receitas acessórias efetivamente auferidas mensalmente, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. Conforme mencionado na nota explicativa n 1, pelo fato do reajuste das tarifas de pedágio não terem sido repassados aos usuários, este percentual foi reduzido em 1,50% por prazo indeterminado, devendo esta redução ser formalizada através de TAM específica. No decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 foram pagos ao Poder Concedente os montantes de R$16.560 (R$8.156 referentes a direito de outorga fixo e R$8.404 variável) e R$20.175 (R$7.618 referentes a direito de outorga fixo e R$12.557 variável). 29

As parcelas relativas ao valor nominal atualizado do direito de outorga, classificadas no passivo circulante e não circulante, apresentam o seguinte cronograma anual de vencimento: 31/12/2014 31/12/2013 Ano 2014-8.021 Ano 2015 8.483 8.194 Ano 2016 8.503 8.194 Ano 2017 8.503 8.194 Ano 2018 a 2020 18.422 17.753 43.911 50.356 11. PROVISÃO PARA MANUTENÇÃO Os valores registrados como provisão para manutenção estão ajustados a valor presente à taxa de 11% ao ano, taxa esta que é revisada anualmente pela Administração da Sociedade. São provisionados a cada trecho de rodovia, com intervenções que ocorrem, em média, a cada quatro anos. A intervenção atual será finalizada em 2015 e a próxima intervenção ocorrerá a partir de janeiro de 2017. Conforme mencionado na nota explicativa n 1 em dezembro de 2014 a Sociedade revisou seu plano de investimento em conservação do pavimento antecipando trabalhos de manutenção profunda que ocorrerão durante a próxima intervenção. A movimentação do saldo das provisões para manutenção é conforme segue: 31/12/2014 31/12/2013 Saldo inicial 44.321 48.964 Adição 55.985 27.521 Utilização (22.764) (32.164) Saldo final 77.542 44.321 Circulante 37.374 13.339 Não circulante 40.168 30.982 12. PROVISÃO PARA RISCOS CÍVEIS E TRABALHISTAS A Sociedade tem reclamações judiciais pendentes de resolução e correspondentes, fundamentalmente, a ações derivadas de responsabilidade civil em relação aos usuários das rodovias, bem como a processos trabalhistas. A Administração constituiu, com base na opinião de seus advogados, uma provisão para cobrir as perdas que provavelmente possam decorrer das referidas ações judiciais e estima que a decisão final destas não afete significativamente o fluxo de caixa, a posição financeira e o resultado de suas operações. 30

A movimentação do saldo dos riscos cíveis, trabalhistas e tributários é conforme segue: 31/12/2013 Adições Reversões Utilizações Atualização 31/12/2014 Cíveis (1) 729 150 (122) (522) - 235 Trabalhistas (2) 21 4 - (8) - 17 Total 750 154 (122) (530) - 252 31/12/2012 Adições Reversões Utilizações Atualização 31/12/2013 Cíveis (1) 3.976 729 (3.593) (382) - 729 Trabalhistas (2) 451 8 (257) (187) 6 21 Total 4.427 737 (3.850) (570) 6 750 (1) Correspondem substancialmente a processos envolvendo pleitos de indenização por perdas e danos, oriundos de acidentes ocorridos nas rodovias. (2) Correspondem, principalmente, a pleitos de indenizações por danos materiais e morais e reclamações de horas extras e aviso prévio, não existindo processo de valor individual relevante. A estimativa de desembolsos relacionados às provisões para riscos, com base na opinião dos advogados, será de R$252 em 2015. Adicionalmente, a Sociedade é parte em processos cíveis (indenizações por perdas e danos causados por acidentes nas rodovias) no valor de R$21.599 (R$17.026 em 31 de dezembro de 2013), processos trabalhistas (horas extras, aviso prévio, dentre outros) no valor de R$10.716 (R$2.959 em 31 de dezembro de 2013) e processos administrativos (contestação de notificações aplicadas pelo poder concedente referente a gerenciamento de indicadores contratuais, discussão de alíquota de ISS por prefeituras e discussão sobre incidência de contribuições previdenciárias) no valor de R$31.425 (R$28.709 em 31 de dezembro de 2013) ainda em andamento, advindos do curso normal de suas operações, classificados como de risco possível por seus advogados, para os quais não foram constituídas provisões. O aumento do valor dos processos cíveis e administrativos, com probabilidade de risco de possível, deve-se basicamente a reversão dos valores provisionados, no caso dos processos cíveis, pela comparação do resultado dos processos com natureza semelhante e, no caso dos processos administrativos, deve-se a notificações apresentadas pelo Poder Concedente que estão em fase de recurso administrativo. Adicionalmente, o aumento dos valores das demandas trabalhistas classificadas como possíveis se justifica pelo recebimento de novas ações judiciais próprias e de terceiros e valores expressivos da causa que envolvem pedidos de danos morais, materiais, pensão mensal e outros, decorrentes de acidentes de trabalho. 13. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS a) Imposto de renda e contribuição social diferidos Crédito de imposto 31/12/2014 31/12/2013 Diferença temporária: Provisão para riscos cíveis, trabalhistas e tributários 252 750 Mudança de prática contábil (ICPC-01 e OCPC-05) (a) 150.175 127.527 Base de cálculo 150.427 128.277 Alíquota nominal combinada 34% 34% Total do crédito 51.145 43.614 31

Débito de imposto 31/12/2014 31/12/2013 Diferença temporária: Ajuste ao valor presente líquido (b) 5.648 6.979 Encargos financeiros antecipados (c) 32.788 37.106 Instrumentos financeiros 21.377 1.796 Diferenças de taxa de amortização (d) 253.704 294.218 Base de cálculo 313.517 340.099 Alíquota nominal combinada 34% 34% Total do débito 106.596 115.634 Débito de imposto de renda e contribuição social diferidos, líquido (55.451) (72.020) (a) O montante líquido de R$ 150.175 em 31 de dezembro de 2014 (R$127.527 em dezembro de 2013), foi gerado com base nas diferenças de critérios contábeis e fiscais. (b) O montante de R$ 5.648 em 31 de dezembro de 2014 (R$6.979 em 31 de dezembro 2013), corresponde ao ajuste a valor presente líquido entre o direito de exploração e as obrigações com o Poder Concedente. Esse valor foi adicionado ao Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR e é realizado mensalmente até o prazo final da concessão. (c) Referem-se às deduções de debêntures, comissões e IOF - Imposto sobre Operações Financeiras, retidas na liberação das debêntures, conforme nota explicativa nº 7. (d) Corresponde à diferença temporária entre a depreciação fiscal, suportada por laudo preparado por avaliadores externos para os itens classificados como intangível em rodovia, e amortização contábil. Este laudo foi preparado com base na vida útil remanescente dos itens, cuja estimativa é comparável com as taxas de vida útil publicada pelo DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. A Administração estima que a realização dos créditos de imposto de renda e contribuição social será como segue: 31/12/2014 31/12/2013 2014-6.886 2015 14.769 5.490 2016 8.256 4.540 2017 4.365 3.992 2018 1.976 3.626 Acima de 2018 21.779 19.080 51.145 43.614 b) Reconciliação dos impostos O imposto de renda e a contribuição social líquidos correntes e diferidos são reconciliados com a alíquota de imposto, conforme demonstrado a seguir: 31/12/2014 31/12/2013 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 264.718 256.246 Alíquota nominal combinada 34% 34% Expectativa de despesa de imposto de renda e contribuição social (90.004) (87.124) Diferenças permanentes (526) (133) Despesa de imposto de renda e contribuição social (90.531) (87.257) 32

31/12/2014 31/12/2013 Representada por: Despesa de imposto de renda e contribuição social: Corrente (107.100) (84.725) Diferida 16.569 (2.532) (90.531) (87.257) Em 14 de maio de 2014, foi publicada a Lei Federal nº 12.973, em conversão à MP nº 627/2013, que alterou a legislação tributária federal para adequá-la à legislação societária e as novas normas contábeis, entre outras providências. A Sociedade, apoiada por seus assessores, analisou os dispositivos desta Lei e os impactos que poderiam gerar sobre as demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2014, concluindo que não há efeitos significativos a serem registrados e decidiu por não fazer a adoção da Lei de forma antecipada. 14. PATRIMÔNIO LÍQUIDO O capital social em 31 de dezembro de 2014 e de 2013 é de R$ 226.145 e está representado por 74.220.000 ações ordinárias sem valor nominal, detidas diretamente pela Atlantia Bertin Concessões S.A. Reservas de lucros e distribuição de dividendos: A reserva legal é calculada no final de cada exercício social, no montante equivalente a 5% do lucro líquido, até o valor máximo estabelecido em Lei. O lucro remanescente, após as destinações previstas em Lei e destinação de dividendos mínimos obrigatórios de 25%, é classificado na rubrica Lucros Retidos e tem sua destinação decidida em Assembleia Geral Ordinária. O cálculo dos dividendos propostos em 31 de dezembro de 2013 está assim demonstrado: 31/12/2014 31/12/2013 Lucro do exercício 174.187 168.989 (-) Constituição de reserva legal - 5% (8.709) (8.449) Lucro base para cálculo de dividendos mínimos obrigatórios 165.478 160.540 Dividendos mínimos obrigatórios - 25% 41.370 40.135 Dividendos antecipados - 68.965 Em 29 de janeiro de 2013, a Assembleia Geral Ordinária aprovou distribuição de dividendos propostos pela Sociedade em 31 de dezembro de 2012 no valor de R$2.291 e aprovou a distribuição de dividendos adicionais de R$6.873 referente ao saldo remanescente da rubrica de Lucros retidos. Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 15 de agosto de 2013 e registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP em 8 de outubro de 2013, foi aprovada a distribuição de dividendos intermediários, no montante de R$68.965, tendo como base os lucros acumulados até 30 de junho de 2013. Parte deste valor, R$60.000 foi distribuído em 11 de outubro de 2013 e o restante em novembro de 2013. Em Assembleia Geral Ordinária realizada em 5 de março de 2014, foi aprovada a distribuição de dividendos de R$91.575 referente ao saldo remanescente da rubrica de Lucros retidos apurados em 2013. 33

15. RECEITA LÍQUIDA A receita é composta conforme abaixo: 31/12/2014 31/12/2013 Receita com arrecadação de pedágio 493.201 466.152 Outras receitas 4.521 4.820 Receita de serviços de construção 39.861 10.341 Receita bruta 537.583 481.313 Impostos sobre a receita (43.253) (40.851) Outras deduções (1.772) (2.023) Receita líquida 492.558 438.439 16. CUSTOS E DESPESAS POR NATUREZA 31/12/2014 31/12/2013 Serviços de terceiros - conservação, manutenção e operação das rodovias (64.352) (27.441) Despesas de depreciação e amortização (40.078) (44.480) Despesas com o ônus variável da concessão (8.461) (12.068) Despesas com prestadores de serviços (27.729) (26.656) Despesas com funcionários (19.680) (18.618) Despesas com materiais e equipamentos (8.292) (7.184) Custos com construção (39.861) (10.341) Reversão de provisão para riscos cíveis e trabalhistas 497 3.677 Outras despesas (5200) (10.469) Outras receitas 882 330 (212.274) (153.250) Classificadas como: Custo dos serviços prestados (188.990) (130.271) Gerais e administrativas (24.166) (23.309) Outras receitas operacionais, líquidas 882 330 Total (212.274) (153.250) 17. RESULTADO FINANCEIRO 31/12/2014 31/12/2013 Receita com rendimentos de aplicação financeira e outras 13.188 12.225 Juros com partes relacionadas 90.777 69.560 Resultado com operações de instrumentos financeiros 7.313 1.796 Variação monetária do direito de outorga de concessão - ônus fixo (1.709) (2.527) Variação do ajuste a valor presente 7.036 (1.879) Juros e variações monetárias sobre debêntures (117.116) (92.242) Ônus fixo 5.424 4.794 Comissões bancárias e outras (20.291) (20.721) Outras despesas financeiras, líquidas (188) 51 (15.566) (28.943) 34

18. LUCRO BÁSICO E DILUÍDO POR AÇÃO As tabelas a seguir reconciliam o lucro líquido e a média ponderada do valor por ação, utilizados para o cálculo do lucro básico e do lucro diluído por ação. Básico e diluído 31/12/2014 31/12/2013 Lucro líquido do exercício 174.187 168.989 Quantidade média ponderada de ações ordinárias, utilizada na apuração do lucro diluído por ação 74.220 74.220 Lucro por ação - básico e diluído (em R$) 2,35 1,29 A quantidade média ponderada de ações ordinárias usadas no cálculo do lucro por ação básico é idêntica à quantidade média ponderada de ações ordinárias usadas na apuração do lucro básico por ação. 19. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Informações suplementares 31/12/2014 31/12/2013 Caixa desembolsado durante o período referente a imposto de renda e contribuição social 105.915 71.114 Transações de investimentos e financiamentos que não envolveram caixa - fornecedores de intangível (9.025) (2.125) Transferência de depósitos judiciais referentes a desapropriações para o intangível - 2.164 Transferência de outros ativos - ativo circulante para contas a receber poder concedente - ativo não circulante - 2.717 Transferência de adiantamento a fornecedores - partes relacionadas para partes relacionadas - passivo circulante - 1.500 20. INSTRUMENTOS FINANCEIROS De acordo com a sua natureza, os instrumentos financeiros podem envolver riscos conhecidos ou não, sendo importante a avaliação potencial dos riscos. Os principais fatores de risco que podem afetar os negócios da Sociedade estão apresentados a seguir: Gestão de risco de capital A Administração gerencia seus recursos a fim de assegurar a continuidade dos negócios além de prover retorno aos acionistas. A estrutura de capital da Sociedade consiste em passivos financeiros, caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e patrimônio líquido, compreendendo o capital social, as reservas de lucros e dividendo adicional proposto. Os objetivos da Sociedade ao administrar seu capital são de salvaguarda da capacidade e continuidade das operações, oferecendo retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de manter uma estrutura de capital ideal para reduzir custo e maximizar os recursos para aplicação em novos investimentos e investimentos nos negócios existentes. 35

Índice de endividamento O índice de endividamento no final do exercício é o seguinte: 31/12/2014 31/12/2013 Dívida 953.887 967.772 Caixa e equivalentes de caixa Dívida Líquida (125.730) 828.157 (186.275) 781.497 Patrimônio líquido 388.299 347.057 Índice de endividamento líquido 2,13 2,25 A Sociedade possui índice de endividamento líquido de 2,13 em 31 de dezembro de 2014 (2,25 em 31 de dezembro de 2013), como resultado da emissão de debêntures privadas, posteriormente substituídas pela emissão de debêntures públicas (nota explicativa nº 7), cujos recursos foram destinados para amortização de dívidas de curto e longo prazos, bem como para a aquisição de debêntures simples emitidas por sua controladora com o objetivo de financiar investimentos em outra concessionária de rodovias (nota explicativa n 5). Valor justo dos instrumentos financeiros a) Instrumentos financeiros registrados ao custo amortizado: Os instrumentos financeiros mantidos pela Sociedade são registrados ao custo amortizado e aproximam-se de seu valor justo, devido ao que segue: 1. O caixa, os equivalentes de caixa e as aplicações financeiras vinculadas estão substancialmente indexados ao CDI. 2. As contas a receber de clientes e as contas a pagar a fornecedores possuem prazo médio de 30 dias. 3. As contas a receber de partes relacionadas possuem prazo superior a um ano e estão atreladas a operações futuras de empresas vinculadas a um de seus controladores, conforme apresentado na nota explicativa n 5 e incorporam os juros a receber até a data do balanço. 4. Credor pela concessão refere-se ao compromisso assumido com o Poder Concedente, conforme mencionado na nota explicativa n 10 e estão atualizados monetariamente e ajustados a valor presente até a data do balanço. Uma vez que a natureza, a característica e as condições contratadas estão refletidas nos saldos contábeis, os saldos elegíveis são ajustados a valor presente quando aplicável. A seguir são apresentados os saldos de instrumentos financeiros mantidos pela Sociedade conforme suas características: Ativos 31/12/2014 31/12/2013 Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa 125.730 186.275 Contas a receber 33.221 31.442 Contas a receber - partes relacionadas 261.792 229.532 Debêntures - partes relacionadas 526.868 468.351 Outros ativos 2.271 2.533 36

Passivos Passivos financeiros ao custo amortizado Fornecedores e prestadores de serviços e partes relacionadas 26.832 26.999 Debêntures - 4ª. emissão - 1ª. série 551.153 584.155 Credor pela concessão 38.996 44.054 Outras contas a pagar 13.207 11.221 b) Instrumentos financeiros derivativos registrados pelo valor justo As contratações de instrumentos financeiros derivativos na Sociedade têm o objetivo de proteção ao risco de variação da inflação de suas debêntures que possuem correção indexada ao IPCA, conforme demonstrado na nota explicativa n 7 e foram firmados com várias contrapartes. Os derivativos avaliados com técnicas de avaliação com informações observáveis de mercado são principalmente swaps de taxa de juros. A Sociedade utiliza a seguinte hierarquia para determinar e divulgar o valor justo de instrumentos financeiros por técnica de avaliação: Nível 1: são obtidas de preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos ou passivos idênticos. Nível 2: são obtidas por meio de outras variáveis além dos preços cotados incluídos no Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, com base em preços). Nível 3: são as obtidas por meio de técnicas de avaliação que incluem variáveis para o ativo ou passivo, mas que não têm como base os dados observáveis de mercado (dados não observáveis). Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade mantinha os instrumentos financeiros mensurados pelo valor justo determinados de acordo com o Nível 2 pois considera outras variáveis na mensuração, e não apenas o preço dos produtos. A Sociedade contratou swap para troca de taxa prefixada de 5,00% a 5,70% ao ano adicional à variação do IPCA, por variação CDI mais 0,279 a 0,66% a.a. Essa operação, assim como a dívida (objeto do hedge) está sendo avaliadas de acordo com a contabilidade de hedge de valor justo. O método de valoração utilizado para o cálculo do valor justo dos instrumentos derivativos foi o fluxo de caixa descontado considerando expectativas de liquidação ou realização de passivos e ativos às taxas de mercado vigentes na data do balanço. Os valores justos são calculados projetando os fluxos futuros das operações, utilizando as curvas da BM&FBovespa e trazendo a valor presente utilizando as taxas de DI de mercado para swaps, divulgadas, também, pela BM&FBovespa. Os contratos de swap são designados e efetivos como hedge de valor justo em relação à taxa de juros. Durante o período, o hedge foi 100% efetivo na exposição do valor justo às mudanças de taxas de juros e, como consequência, o valor contábil das debêntures foi ajustado em R$4.102 e reconhecido no resultado como despesa financeira no mesmo momento em que o valor justo de swap de taxa de juros era reconhecido no resultado. 37

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A posição desses derivativos em aberto, em 31 de dezembro de 2014, é como segue: Descrição Data de início dos contratos Data de vencimento Posição (valor de referência) Valor de referência (nocional) Valor justo ( fair value ) 31.12.2013 Valor justo ( fair value ) 31.12.2014 Efeito acumulado Valor a receber (pagar) Contratos ponta ativa Taxa pós Banco Santander (Brasil) S.A. 12/06/2013 15/10/2020 IPCA+5,00% 40.000 40.824 40.008 (816) 12/06/2013 17/04/2023 IPCA+5,70% 100.000 102.696 111.112 8.415 Banco Itaú S.A. 12/06/2013 15/10/2020 IPCA+5,00% 54.778 55.905 54.789 (1.116) 12/06/2013 17/04/2023 IPCA+5,70% 157.265 161.502 174.740 13.237 Banco BTG Pactual 12/06/2013 15/10/2020 IPCA+5,00% 30.000 30.618 30.006 (612) Total 382.043 391.545 410.654 19.110 Contrato Ponta Passiva Taxa pós Banco Santander (Brasil) S.A. 12/06/2013 15/10/2020 CDI+0,25% 40.000 42.365 38.762 3.604 12/06/2013 17/04/2023 CDI+0,69% 100.000 109.186 111.774 (2.588) Banco Itaú S.A. 12/06/2013 15/10/2020 CDI+0,294% 54.778 58.119 53.157 4.961 12/06/2013 17/04/2023 CDI+0,669% 157.265 171.218 175.320 (4.101) Banco BTG Pactual 12/06/2013 15/10/2020 CDI+0,29% 30.000 31.825 29.109 2.717 Total 382.043 412.714 408.121 4.593 Instrumentos financeiros, líquido 23.703 Ajuste de valor justo das debêntures (item protegido) 4.102 Pagamento de instrumento financeiro 16.390 Efeito acumulado 3.221 39

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A Sociedade não possuía contratos de derivativos embutidos. Riscos de mercado a) Exposição a riscos cambiais Em 31 de dezembro de 2014, a Sociedade não apresentava saldo relevante de ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira. b) Exposição a riscos de taxas de juros sem hedge A Sociedade está exposta a riscos normais de mercado. Em 31 de dezembro de 2014, a Administração efetuou análise de sensibilidade, conforme determinado pela Instrução CVM 475/08 que requer que sejam apresentados dois cenários e foram considerados aumentos de 25% e de 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de debêntures, líquidos das aplicações financeiras que poderão gerar impacto nos resultados e nos caixas futuros da Sociedade, conforme descrito a seguir: Cenário base: manutenção nos níveis de juros nos mesmos níveis observados em 31 de dezembro de 2014. Cenário adverso: aumento de 25% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado em 31 de dezembro de 2014. Cenário remoto: aumento de 50% no fator de risco principal do instrumento financeiro em relação ao nível verificado em 31 de dezembro de 2014. Indicadores Cenário I (base) Cenário II (adverso) Cenário III (remoto) Variação do CDI (*) 12,96% 16,20% 19,44% Variação do IPCA (**) 6,38% 7,98% 9,57% Receita de aplicações financeiras 100.419 125.523 150.628 Juros sobre debêntures a incorrer - série CDI (***) (80.768) (98.893) (117.018) Juros sobre debêntures a incorrer - série IPCA - pós swap (***) (****) (57.223) (70.956) (84.689) Juros a incorrer, líquidos (37.572) (44.326) (51.079) Swap X debêntures: - - - Derivativos (risco queda IPCA) 12.000 30.662 63.612 Debentures (risco aumento IPCA) (12.000) (30.662) (63.612) (*) Fonte: Boletim de índices financeiros da BM&F Bovespa. (**) Fonte: Boletim de índices financeiros da BM&F/Bovespa - Para o cenário I foi utilizada a Média da curva de IPCA projetada para o período do Hedge, para o cenário 2 um aumento de 25% na média da curva e para o cenário 3 um aumento de 50% na média da curva. 41

(***) Referem-se ao cenário de juros a incorrer para os próximos 12 meses ou até a data do vencimento do contrato, o que for menor. (****) Considera o efeito da variação do CDI, para os próximos 12 meses ou até a data de vencimento do contrato, o que for menor, sobre as debentures (nota explicativa n 7) emitidas originalmente em IPCA (2ª e 3ª. Séries), após o efeito do Swap que efetivou a troca do indexador de IPCA para CDI. c) Risco de crédito Esse risco advém da possibilidade da Sociedade não receber valores decorrentes de operações de vendas ou de créditos detidos com instituições financeiras, gerados por operações de investimento financeiro. Com relação às aplicações financeiras, a Sociedade, mantêm contas correntes bancárias e aplicações financeiras, aprovadas pela Administração, de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito. A Sociedade apresenta valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. conforme descrito na nota explicativa n 4, decorrentes da arrecadação de pedágios pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio ( Sem Parar ). A Sociedade possui carta de fiança firmada por instituição financeira para garantir a arrecadação das contas a receber com a CGMP. d) Risco de liquidez O risco de liquidez é monitorado por um modelo de gerenciamento que determina as necessidades de captação e gestão de liquidez no curto, médio e longo prazo. A Administração gerencia o risco de liquidez mantendo adequadas reservas, linhas de crédito bancário para captação de empréstimos que julgue adequados, através do monitoramento contínuo dos fluxos de caixa, previstos e Reais, e pela combinação dos perfis de vencimento dos ativos e passivos financeiros. A tabela a seguir mostra em detalhes o prazo de vencimento contratual restante dos passivos financeiros não derivativos da Sociedade e os prazos de amortização contratuais. A tabela foi elaborada de acordo com os fluxos de caixa não descontados dos passivos financeiros com base na data mais próxima em que a Sociedade deve quitar as respectivas obrigações. A tabela inclui os fluxos de caixa dos juros e do principal. Na medida em que os fluxos de juros são pós-fixados, o valor não descontado foi obtido com base nas curvas de juros no encerramento do semestre. O vencimento contratual baseia-se na data mais recente em que a Sociedade deve quitar as respectivas obrigações: Modalidade Taxa de juros efetiva % a.a. 2015 2016 2017 2018 2019 2020 em diante Total Debêntures - 4ª. emissão: 1ª. série 1,50% a.a. 59.817 79.985 68.558 102.838 114.264 125.690 551.152 2ª. Série 5,00% a.a. 12.511 19.023 16.306 24.459 27.176 29.894 129.369 3ª. Série 5,70% a.a. 11.406 - - - - 280.803 292.209 Credor pela concessão 5,00% a.a. 8.483 8.503 8.503 8.503 8.503 1.416 43.911 Total 92.217 107.511 93.367 135.800 149.943 437.803 1.016.641 42

As debêntures passivas, conforme mencionado na nota explicativa n 7, foram emitidas tendo em vista o pagamento e alongamento dos empréstimos e financiamentos existentes, além do repasse de recursos à controladora, conforme mencionado na nota explicativa n.5. 21. INFORMAÇÃO POR SEGMENTO A operação da Sociedade consiste na exploração de concessão pública de rodovia, sendo este o único segmento de negócio e maneira em que as decisões e recursos são feitas. A área de concessão da Sociedade é dentro do território brasileiro, as receitas são provenientes de cobrança de tarifa de pedágio dos usuários das rodovias e, portanto, nenhum cliente individualmente contribui de forma significativa para as receitas da Sociedade. 22. SEGUROS CONTRATADOS A Sociedade adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Os seguros são contratados conforme os preceitos de gerenciamento de riscos e seguros geralmente empregados por empresas do mesmo ramo. Em 31 de dezembro de 2014, as coberturas de seguros são resumidas como segue: Modalidade Riscos cobertos Limites de indenização Vencimento contrato Riscos de engenharia Riscos patrimoniais 19.480 Setembro/2015 Riscos de engenharia Perda de receita 41.520 Setembro/2015 Responsabilidade civil Responsabilidade civil concessionária de rodovias 40.000 Setembro/2015 Seguro garantia Garantia de ampliação de concessão 25.258 Setembro/2015 Seguro garantia Garantia de pagamento de ônus fixo 7.920 Setembro/2015 Seguro garantia 23. EVENTOS SUBSEQUENTES Garantia de pagamento das funções operacionais, de conservação e do ônus variável 214.501 Setembro/2015 Setembro/2015 Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de janeiro de 2015, foi aprovada a distribuição de dividendos adicionais no montante de R$30.000, tendo como base o saldo remanescente da rubrica de Lucros retidos apurados em 30 de junho de 2014. 24. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Sociedade e autorizadas para emissão em 27 de fevereiro de 2015. 43

Relatório da Administração Itu (SP), 30 de março de 2015 A Rodovias das Colinas S.A. ( Companhia ), concessionária que administra 307 quilômetros de rodovias no Estado de São Paulo, divulga hoje seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2014 ( 4T14 ) e ao ano de 2014. Concessionária A Rodovias das Colinas S.A. está sediada no Brasil, na Rodovia Marechal Rondon, km 112, Marginal Oeste, Itu, SP. Constituída em 26 de fevereiro de 1999, iniciou efetivamente suas operações em 2 de março de 2000, de acordo com o Termo de Contrato de Concessão Rodoviária firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem - D.E.R., regulamentado pelo Decreto Estadual nº 41.773, de 12 de maio de 1997. A Sociedade tem como atividade a operação, as ampliações e a manutenção do Lote 13 - Malha Rodoviária Estadual de ligação, entre as cidades de Rio Claro, Piracicaba, Tietê, Jundiaí, Itu e Campinas, que totalizam 307 km de extensão. Em 25 de abril de 2013 a Sociedade obteve registro como, Sociedade aberta junto à CVM. AB Concessões (holding) A Rodovia das Colinas S.A. é uma controlada (100%) da AB Concessões, uma holding que nasceu da união dos ativos no Brasil do grupo italiano Atlantia, um dos maiores em concessões rodoviárias do mundo, e do grupo brasileiro Bertin, em 29 de junho de 2012. A AB Concessões tem por objeto social a participação no capital de outras sociedades como acionista ou quotista, cujo objeto social seja a exploração de rodovias por meio de concessões públicas, ou por meio de outras modalidades de investimento, como a subscrição ou aquisição de debêntures, bônus de subscrição ou outros valores mobiliários emitidos por sociedades direta ou indiretamente atuantes no setor de concessões rodoviárias. Atualmente a AB Concessões é responsável pelas concessionárias paulistas Triângulo do Sol (100%), Rodovias das Colinas (100%) e Rodovias do Tietê (50%) e, no Estado de Minas, a Nascentes das Gerais (100%) ( Subsidiárias ), sendo responsável pela administração de mais de 1.500 km de rodovia.

DESTAQUES» A receita com arrecadação de pedágio da companhia cresceu 4,1% no quarto trimestre de 2014 ( 4T14 ) quando comparado ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 129,5 milhões. Em termos anuais, em 2014 a receita de pedágio cresceu 5,8% em relação a 2013, alcançando R$ 493,2 milhões.» A Receita Líquida 1 atingiu R$ 118,9 milhões no 4T14, ante R$ 114,1 milhões no 4T13, o que representa crescimento de 4,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida do ano de 2014 foi de R$ 452,7 milhões. No comparativo com o ano de 2013, este valor representa acréscimo de 5,7% da receita líquida obtida pela companhia.» O Tráfego da Companhia no 4T14 foi de 15.909 milhares de eixos equivalentes 2, volume 1,4% menor do que o mesmo trimestre de 2013. Entretanto, no comparativo anual, o tráfego de 2014 foi de 62.058 milhares de eixos equivalentes, com crescimento de 2,8% em relação ao ano de 2013 (60.350 milhares de eixos equivalentes).» EBITDA Ajustado 3 no 4T14 foi de R$ 101,3 milhões, o que representa uma variação positiva de 9% comparado ao mesmo trimestre do ano anterior. No ano de 2014, o EBITDA ajustado cresceu 7,7% quando comparado ao ano de 2013, atingindo o valor de R$ 384,7 milhões.» A Companhia realizou, em 15 de abril de 2014, o pagamento de juros da 1ª e 3ª Série de sua 4ª Emissão de Debêntures no valor de R$ 47,6 milhões. Em 15 de outubro deste mesmo ano, houve amortização de R$ 42,3 milhões do principal da 1ª e 2ª Série de sua 4ª Emissão de Debêntures e pagamento de R$ 45,1 milhões referentes aos juros das mesmas séries. 1 Exclui as Receitas de Construção 2 Eixo equivalente é uma unidade básica de referência em estatísticas de cobrança de pedágio no mercado brasileiro. Veículos leves, tais como carros de passeio, correspondem a uma unidade de eixo equivalente. Veículos pesados, como caminhões e ônibus são convertidos em eixos equivalentes de acordo com o número de eixos do veículo, conforme estabelecido nos termos de cada contrato de concessão. 3 O EBITDA Ajustado é calculado a partir do EBITDA, excluindo provisão para manutenção de rodovias. A Administração da Companhia entende que o EBITDA Ajustado é um indicador mais adequado para análise do desempenho econômico operacional da Companhia, já que exclui as alterações contábeis sem efeito caixa que podem afetar pontualmente os resultados. A Margem EBITDA ajustada é a divisão entre o EBITDA ajustado e a Receita Líquida (excluindo a receita de construção).

Tráfego» Veículos Tráfego em milhares de veículos 4T13 4T14 Variação Leves 7.706 7.851 1,9% Pesados 2.230 2.153-3,4% Total 9.936 10.005 0,7% Tráfego em milhares de veículos 2013 2014 Variação Leves 28.942 30.025 3,7% Pesados 8.867 8.506-4,1% Total 37.809 38.531 1,9%» Eixos Equivalentes Tráfego em milhares de eixos equivalentes 4T13 4T14 Variação Leves 7.715 7.860 1,9% Pesados 8.412 8.050-4,3% Total 16.127 15.909-1,4% Tráfego em milhares de eixos equivalentes 2013 2014 Variação Leves 28.976 30.059 3,7% Pesados 31.374 31.999 2,0% Total 60.350 62.058 2,8% Em 2014, o tráfego da Companhia em eixos equivalentes cresceu 2,8 % quando comparado a 2013, passando de 60,3 milhões para 62,1 milhões de eixos equivalentes. O crescimento no número de veículos que transitaram pelas rodovias da Concessionária foi de 1,9%, passando de 37,8 milhões em 2013 para 38,5 milhões de veículos em 2014. O crescimento dos eixos equivalentes dos veículos pesados está relacionado ao início da cobrança dos eixos suspensos no final de julho de 2013, conforme explicado em relatórios anteriores. Embora o tráfego de veículos pesados tenha diminuído no 4T14 quando comparado ao mesmo período do ano anterior, o tráfego anual apresentou crescimento de 2% entre 2013 e 2014. Este crescimento é reflexo do início da cobrança dos eixos suspensos. O tráfego da Companhia tem sua maior concentração nas rodovias SP 280 (Castello Branco) e SP 075 (Santos Dumont), as quais compreenderam aproximadamente 65% do volume de tráfego total, em eixos equivalentes. O corredor da Rodovia SP 280 é uma importante via de ligação entre a região que engloba o Centro e Oeste do Estado de São Paulo e o Estado do Mato Grosso do Sul, grandes produtoras de commodities do agronegócio, e a região metropolitana da cidade de São Paulo e o Porto de Santos, sendo cerca de 60% do seu tráfego representado por eixos pesados.

Na Rodovia SP 075, o tráfego é representado, em grande parte, pelo deslocamento regional entre as cidades no entorno de Campinas e Sorocaba, bem como pelo tráfego para o Aeroporto de Viracopos, sendo que os eixos leves representam 57% do seu tráfego total.» Histórico Eixos Equivalentes (mil) 15.952 16.127 13.854 14.417 15.324 15.192 15.632 15.909 6.901 7.482 8.580 8.412 7.973 7.793 8.183 8.050 6.953 6.935 7.372 7.715 7.351 7.399 7.449 7.860 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 Leve Pesado Veículos (mil) 9.027 9.163 9.683 9.936 9.456 9.465 9.606 10.005 2.082 2.235 2.320 2.230 2.115 2.074 2.165 2.153 6.945 6.928 7.363 7.706 7.341 7.391 7.441 7.851 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 Leve Pesado Eixos por Veículo Pesado⁴ 2.082 2.235 2.320 2.230 2.115 2.074 2.165 2.153 3,31 3,35 3,70 3,77 3,77 3,76 3,78 3,74 1T13 2T13 3T13 4T13 1T14 2T14 3T14 4T14 Veículos Eixos por Veículo 4 4 O valor de eixos por veículo pesado é o resultado da divisão de eixos equivalente (mil) por veículos (mil)

» Tráfego por praça em 2014 Itupeva 18,4% Tráfego por praça Porto Feliz 6,4% Boituva (Principal + Bloqueio) 33,0% Rio das Pedras 5,1% Rio Claro 8,1% Indaiatuba (Principal + Bloqueio) 29% Tarifa Média 5 A tarifa média por eixo equivalente da Companhia, que no 4T14 foi R$ 8,14, apresentou crescimento de 5,5% em relação ao mesmo período de 2013, quando foi de R$ 7,72. O valor da tarifa de pedágio foi reajustado em 5,5% no mês de julho de 2014, conforme publicação Diário Oficial do Estado de São Paulo. A tabela abaixo apresenta a tarifa de cada praça de pedágio da concessionária no 4T14. Praça de pedágio Tarifa Boituva 7,90 Indaiatuba 11,10 Itupeva 6,00 Rio Claro 5,00 Porto Feliz 6,30 Rio das Pedras 8,10 Bloqueio Boituva 7,90 Bloqueio Indaiatuba 11,10 5 A tarifa média é obtida através da divisão entre a receita de pedágio e o número total de eixos equivalentes.

Receita Receita (R$ mil) 4T13 4T14 Variação 2013 2014 Variação Receita com arrecadação de pedágio 124.499 129.548 4,1% 466.152 493.201 5,8% Receita de construção 6.103 6.839 12,1% 10.341 39.861 285,5% Outras receitas 779 1.160 48,9% 4.820 4.521-6,2% Receita bruta 131.381 137.547 4,7% 481.313 537.583 11,7% Imposto sobre a receita e outras deduções -11.215-11.785 5,1% -42.874-45.025 5,0% Receita operacional líquida 120.166 125.762 4,7% 438.439 492.558 12,3% Receita operacional líquida (ex receita construção) 114.063 118.923 4,3% 428.098 452.697 5,7% A Receita com Arrecadação de Pedágio da Companhia cresceu 4,1% no 4T14 em relação ao 4T13. Em base anual, 2014 apresentou crescimento de 5,8% em relação ao ano de 2013. O valor de receita com arrecadação no 4T14 atingiu o valor de R$ 129,5 milhões e R$ 493,2 milhões no acumulado de 2014. Em 2014, 67,4% da receita de pedágio foram arrecadadas por meio de dispositivos eletrônicos e apenas 32,6% pelo meio manual. Em 2013 a proporção entre os meios de arrecadação era de 62,9% (AVI) e 37,1% (Manual). Meios de Pagamento - 2014 Visanet 2,6% Dbtrans 1,4% Dinheiro 28,6% AVI 67,4%

Custos e Despesas Operacionais Custos Inerentes à Operação 4T13 4T14 Variação 2013 2014 Variação Funcionários -4.891-5.201 6,3% -18.618-19.680 5,7% Materiais e Equipamentos -1.813-2.802 54,6% -7.184-8.292 15,4% Ônus variável da concessão -2.656-2.216-16,6% -12.068-8.461-29,9% Prestadores de Serviços -8.113-6.580-18,9% -26.656-27.729 4,0% Reversão de provisão de contingência -454-140 -69,2% 3.677 497-86,5% Outras Despesas -3.184-1.717-46,1% -10.469-5.200-50,3% Outras Receitas Operacionais 46 87 89,1% 330 882 167,3% Sub Total -21.065-18.569-11,8% -70.988-67.983-4,2% Depreciação e Amortização -10.823-10.812-0,1% -44.480-40.078-9,9% Sub Total -31.888-29.381-7,9% -115.468-108.061-6,4% Despesas relacionadas a ampliações e manutenção 4T13 4T14 Variação 2013 2014 Variação Conserva Especial -12.916-4.005-69,0% -32.164-22.764-29,2% Constituição da Provisão para Manutenção -8.413-43.333 415,1% -27.441-64.352 134,5% Utilização da Provisão para Manutenção 12.916 4.005-69,0% 32.164 22.764-29,2% Despesas com Construção -6.103-6.840 12,1% -10.341-39.861 285,5% Sub Total -14.516-50.173 245,6% -37.782-104.213 175,8% Total Custos e Despesas Operacionais -46.404-79.554 71,4% -153.250-212.274 38,5% Em relação às despesas inerentes à operação, as principais variações foram: (i) Queda de 29,9% na conta de Ônus variável da Concessão devido à redução em 50% dos pagamentos variáveis mensais efetuados à Artesp, como meio de compensação pelo não repasse do reajuste anual da tarifa, em julho de 2013, equivalente a 6,22%, aos usuários da rodovia, conforme determinação do governador do Estado de São Paulo, publicada no Diário Oficial de São Paulo de 27/06/2013. (ii) As variações nas despesas relacionadas à Conserva Especial e Construção decorrem do plano de investimento, conservação e obras de arte previstos no contrato entre a concessionária e poder concedente (Artesp). (iii) Com o objetivo de atender o plano de conservação do pavimento previsto no contrato de concessão, a administração revisou em dezembro de 2014 o plano de investimento da concessionária e a estratégia de manuntenção. O novo plano prevê intervenções mais profundas que por sua vez garantem mais durabilidade do pavimento e propiciam benefícios econômicos por meio do melhor aproveitamento dos recursos e redução de custos operacionais.

EBITDA EBITDA (R$ Mil) 4T13 4T14 Variação 2013 2014 Variação Receitas Líquida 120.166 125.762 4,7% 438.439 492.558 12,3% Receita de Construção -6.103-6.839 12,1% -10.341-39.861 285,5% Receita Líquida (ex Receita de Construção) 114.063 118.923 4,3% 428.098 452.697 5,7% Custos Operacionais -46.404-79.554 71,4% -153.250-212.274 38,5% Custos de Construção 6.103 6.839 12,1% 10.341 39.861 285,5% Custos Operacionais (ex Custos de Construção) -40.301-72.715 80,4% -142.909-172.413 20,6% EBIT 73.762 46.208-37,4% 285.189 280.284-1,7% Depreciação e Amortização 10.823 11.805 9,1% 44.480 40.078-9,9% EBITDA 84.585 58.013-31,4% 329.669 320.362-2,8% Provisão Manutenção 8.413 43.333 415,1% 27.441 64.352 134,5% EBITDA Ajustado 92.998 101.346 9,0% 357.110 384.714 7,7% Margem EBITDA Ajustada 81,5% 85,2% 4,5% 83,4% 85,0% 1,9% O EBITDA Ajustado 6 da Companhia métrica utilizada para melhor refletir a geração de caixa, pois exclui efeitos contábeis da provisão para manutenção futura atingiu R$ 384,7 milhões em 2014, valor 7,7% maior do que o apresentado em 2013. A Margem EBITDA Ajustada apresentou acréscimo devido à combinação positiva da redução dos custos e despesas inerentes à operação e o aumento da receita de arrecadação de pedágio. Resultado Financeiro Resultado Financeiro (R$ Mil) 4T13 4T14 Variação 2013 2014 Variação Receitas Financeiras 43.849 44.891 2,4% 83.581 107.186 28,2% Juros e Variações Monetárias sobre Empréstimos -47.827-48.869 2,2% -112.575-122.564 8,9% Outras Despesas Financeiras Líquidas 44-44 200,0% 51-188 468,6% Resultado Financeiro -3.934-4.022 2,2% -28.943-15.566-46,2% O Resultado Financeiro da Companhia apresentou uma melhora de 46,2% em 2014 quando comparado a 2013. Os principais fatores que impactaram a variação entre os períodos foram os juros e variações monetárias das aplicações financeiras, depósitos judiciais e debêntures credoras, e os efeitos dos ajustes a valor presente das provisões. 6 O EBITDA Ajustado é calculado a partir do EBITDA, excluindo provisão para manutenção de rodovias. A Administração da Companhia entende que o EBITDA Ajustado é um indicador mais adequado para análise do desempenho econômico operacional da Companhia, já que exclui as alterações contábeis sem efeito caixa que podem afetar pontualmente os resultados. A Margem EBITDA ajustada é a divisão entre o EBITDA ajustado e a Receita Líquida (excluindo a receita de construção).

Endividamento Endividamento 31/12/2013 31/12/2014 Variação 4a emissão (primeira série) 584.155 551.153-5,6% 4a emissão (segunda série) 126.957 110.525-12,9% 4a emissão (terceira série) 256.660 292.209 13,9% Custos da Transação -37.106-32.788-11,6% Dívida Bruta 930.666 921.099-1,0% Caixa 186.275 125.730-32,5% Dívida Líquida 744.391 795.369 6,8%» Cronograma de Amortização das Dívidas Cronograma de Amortização das Debêntures 61,0% 6,0% 10,5% 9,0% 13,5% 2015 2016 2017 2018 2019 em diante Eventos» A Companhia, em 15 de abril de 2014, conforme previsto na Escritura da 4ª Emissão de Debêntures Simples, realizou os seguintes eventos: Ativo: RDCO14 - Pagamento de Juros Valor unitário: R$ 561,42155000 Ativo: RDCO34 - Pagamento de Juros Valor unitário: R$ 610,00902430» A Companhia, em 15 de outubro de 2014, conforme previsto na Escritura da 4ª Emissão de Debêntures Simples, realizou os seguintes eventos: Ativo: RDCO14 - Amortização do principal e Pagamento de Juros Valor unitário (amortização): R$ 600,00000000 Valor unitário (pagamento de juros): R$ 610,11951000 Ativo: RDCO24 - Amortização do principal e Pagamento de Juros Valor unitário (amortização): R$ 652,08876000 Valor unitário (pagamento de juros): R$ 832,01037362

Rating Rating em escala nacional Fitch S&P Dívida AA (bra) AAA (bra) Última atualização Fev/15 Abr/14 Derivativos A Companhia contratou, em junho de 2013, operações de swap para a troca de taxa da variação do IPCA mais 5,0% e 5,7% ao ano (2ª e 3ª séries da 4ª Emissão de Debêntures, respectivamente), por variação do CDI mais 0,25% e 0,69% ao ano.» Contratos Ponta Ativa Derivativos (R$ Mil) Início Vencimento Posição Valor justo (31/12/2013) Valor justo (31/12/2014) Efeito acumulado 12/06/13 15/10/20 IPCA+5,0% 40.824 40.008-816 12/06/13 17/04/23 IPCA+5,7% 102.696 111.112 8.416 12/06/13 15/10/20 IPCA+5,0% 55.905 54.789-1.116 12/06/13 17/04/23 IPCA+5,7% 161.502 174.740 13.238 12/06/13 15/10/20 IPCA+5,0% 30.618 30.006-612 Total 391.545 410.655 19.110» Contratos Ponta Passiva Derivativos (R$ Mil) Início Vencimento Posição Valor justo Valor justo Efeito (31/12/2013) (31/12/2014) acumulado 12/06/13 15/10/20 CDI+0,25% 42.365 38.762-3.603 12/06/13 17/04/23 CDI+0,69% 109.186 111.774 2.588 12/06/13 15/10/20 CDI+0,294% 58.119 53.157-4.962 12/06/13 17/04/23 CDI+0,669% 171.218 175.320 4.102 12/06/13 15/10/20 CDI+0,29% 31.825 29.109-2.716 Total 412.713 408.122-4.591 Lucro Líquido O lucro líquido passou de R$ 169 milhões em 2013 para R$ 174,2 milhões em 2014, apresentando uma variação positiva de 3,1%. Eventos Subsequentes Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de janeiro de 2015, foi aprovada a distribuição de dividendos adicionais no montante de R$30.000, tendo como base o saldo remanescente da rubrica de Lucros retidos apurados em 30 de junho de 2014. No dia 19 de fevereiro de 2015, a agência de risco Fitch Ratings reafirmou seus ratings de longo prazo e de sua quarta emissão de debêntures, no valor de R$ 950 milhões, em braa. A perspectiva do rating de emissor permanece Positiva.

Governança Corporativa Em alinhamento com as melhores práticas de governança corporativa aplicadas no mercado, bem como recomendações emitidas pelos órgãos reguladores existentes, destacamos as principais práticas adotadas atualmente pela Companhia:» Conselho de Administração Formado por membros com experiência em finanças, operações rodoviárias e engenharia para conduzir os temas referentes aos aspectos contábeis, financeiros e operacionais do negócio; Formado por membros distintos da diretoria da Companhia, indicados pelos acionistas; Com regimento referente a periodicidade de reuniões; Com o cargo de presidente do Conselho ocupado por pessoa distinta da Direção do Negócio.» Auditoria e Demonstrações Financeiras Completa independência dos auditores no intuito de se evitar conflito de interesses; Adoção dos princípios de contabilidade conforme normas internacionais e as vigentes no Brasil; Apreciação das recomendações dos auditores pelos membros do Conselho de Administração e demais executivos da organização para fins de adoção das melhorias propostas.» Relacionamento com Investidores A Companhia mantém um relacionamento aberto, transparente e sistemático com o mercado de capitais, incluindo potenciais investidores e bancos de investimentos. Os principais canais de comunição e ações da área de R.I. são: Existência de website da área de Relações com Investidores para divulgação de forma transparente das informações e resultados da empresa; Divulgação de forma tempestiva das informações trimestrais e anuais do negócio; Utilização de práticas financeiras reconhecidas para divulgação de resultados e para a tomada de decisões.

Responsabilidade Socioambiental A prestação de um ótimo serviço associada a ações para a melhoria contínua do meio ambiente, saúde e segurança dos colaboradores e usuários é uma preocupação contínua da Companhia. Dentre todas as ações realizadas pela Companhia, destacam-se:» Ciclista na Via É realizada desde 2006 nos pontos de maior movimento de ciclistas, em especial nas passarelas. Tem como objetivo orientar os usuários quanto às condições de tráfego enfrentadas e as atitudes preventivas a serem tomadas para a travessia de rodovias. Além disso, são entregues folhetos com dicas preventivas, é feita colagem de adesivo refletivo nas bicicletas e os ciclistas abordados são cadastrados pelas equipes que realizam a ação. Já foram atendidos cerca de 24 mil ciclistas desde o início da ação.» Pedestre na Via Uma ação realizada desde 2009 para abordar pedestres e orientá-los a fazer a travessia segura, utilizando a passarela. A equipe da Rodovias das Colinas conversa e distribui folhetos com dicas preventivas. Um café da manhã também é oferecido aos usuários. Há ainda a orientação para que os pedestres utilizem com prudência, além das passarelas, as travessias sinalizadas existentes nas rodovias. A Colinas já atendeu cerca de 3 mil pessoas desde o início da campanha.» Caminhoneiro na Via Esta ação, que acontece desde 2005, é realizada nos Postos Gerais de Fiscalização (PGFs), mais conhecidos como balanças. Nestes locais, os usuários participam de atividades gratuitas como aferição de pressão arterial, exame de diabetes, corte de cabelo, acuidade visual, orientação bucal e inspeção veicular e elétrica dos caminhões. Além disso, os caminhoneiros ainda recebem instruções e orientações de educação ao volante e segurança nas vias. Desde 2005, mais de 9 mil caminhoneiros foram atendidos durante as edições do Caminhoneiro na Via.

Apresentação dos Resultados As informações financeiras e operacionais são apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As informações Trimestrais foram preparadas e estão sendo apresentadas de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards IFRS), emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), e com as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Declaração dos Diretores sobre o parecer dos auditores independentes De acordo com artigo 25 da instrução CVM n 480/09, a diretoria declara que revisou este relatório com a opinião dos Auditores Independentes sobre as Demonstrações Financeiras relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2014 da Rodovias das Colinas S.A., e, baseado nas discussões subsequentes, concordamos que tal opinião e parecer sobre as Demonstrações financeiras refletem adequadamente todos os aspectos relevantes da Companhia. Declaração dos Diretores sobre as demonstrações financeiras De acordo com artigo 25 da instrução CVM n 480/09, a diretoria declara que revisou as Demonstrações Financeiras relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2014 da Rodovias das Colinas S.A., e, baseado nas discussões subsequentes, concordamos que tais Demonstrações refletem adequadamente a posição patrimonial e financeira da empresa e todos os demais aspectos relevantes correspondentes aos períodos apresentados.

Demonstração do resultado DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO (em milhares de reais - R$) 31/12/2014 31/12/2013 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 492.558 438.439 CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (188.990) (130.271) LUCRO BRUTO 303.568 308.168 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS Gerais e administrativas (24.166) (23.309) Outras receitas operacionais, líquidas 882 330 LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO 280.284 285.189 RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras 147.703 131.389 Despesas financeiras (163.269) (160.332) (15.566) (28.943) LUCRO OPERACIONAL E ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 264.718 256.246 IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CORRENTES (107.100) (84.725) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DIFERIDOS 16.569 (2.532) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 174.187 168.989 LUCRO POR AÇÃO BÁSICO E DILUÍDO - R$ 2,35 2,28

Balanço patrimonial BALANÇO PATRIMONIAL (em milhares de reais - RS) 31/12/2014 31/12/2013 ATIVOS ATIVOS CIRCULANTES Caixa e equivalentes de caixa 125.730 186.275 Contas a receber 33.221 31.442 Despesas antecipadas 1.543 1.498 Impostos a recuperar 1.823 1.550 Instrumentos financeiros 2.534 - Outros ativos 728 1.034 Total dos ativos circulantes 165.579 221.799 ATIVOS NÃO CIRCULANTES Impostos a recuperar 578 - Debêntures - partes relacionadas 526.868 468.351 Contas a receber - partes relacionadas 261.792 229.532 Contas a receber - poder concedente 14.837 8.490 Depósitos judiciais 1.247 744 Intangível 626.144 603.606 Total dos ativos não circulantes 1.431.466 1.310.723 TOTAL DOS ATIVOS 1.597.045 1.532.522 PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO PASSIVOS CIRCULANTES Debêntures 59.577 41.512 Fornecedores e prestadores de serviços 20.351 24.039 Partes relacionadas 6.481 2.960 Obrigações tributárias 30.859 31.469 Credor pela concessão 8.896 8.488 Provisão para manutenção 37.374 13.339 Obrigações sociais e trabalhistas 3.137 2.796 Instrumentos financeiros - 21.169 Dividendos a pagar 41.370 - Outras contas a pagar 13.208 11.221 Total dos passivos circulantes 221.253 156.993 PASSIVOS NÃO CIRCULANTES Debêntures 861.522 889.154 Credor pela concessão 30.100 35.566 Provisão para manutenção 40.168 30.982 Provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas 252 750 Imposto de renda e contribuição social diferidos 55.451 72.020 Total dos passivos não circulantes 987.493 1.028.472 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social 226.145 226.145 Reservas de lucros 162.154 120.912 Total do patrimônio líquido 388.299 347.057 TOTAL DOS PASSIVOS E DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.597.045 1.532.522

Demonstração dos fluxos de caixa (em milhares de reais R$) DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (em milhares de reais - R$) 31/12/2014 31/12/2013 Fluxo de caixa de atividades operacionais: Lucro líquido do exercício 174.187 168.989 Ajustes para conciliar o lucro líquido ao caixa oriundo das atividades operacionais: Imposto de renda e contribuição social diferidos (16.569) 2.532 Amortização do intangível e depreciação do imobilizado 40.078 44.480 Baixa do intangível 110 - Juros sobre debêntures 117.116 98.782 Juros sobre contas a receber e debentures com partes relacionadas (90.777) (69.560) (Reversão) Constituição da provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas 32 (3.107) Provisão para manutenção 55.985 27.521 Instrumentos financeiros derivativos não realizados (7.313) (1.796) Variação monetária e juros com credor pela concessão 3.041 4.325 Variações nos ativos e passivos operacionais: Contas a receber (1.779) (4.459) Contas a receber - poder concedente (6.347) (4.213) Despesas antecipadas, impostos a recuperar e outros ativos (590) (1.165) Depósitos judiciais (503) (130) Fornecedores e prestadores de serviços e partes relacionadas (9.192) (104) Obrigações sociais e trabalhistas 341 109 Obrigações tributárias (610) 12.848 Apropriação da outorga variável 57 (490) Utilização da provisão para manutenção (22.764) (32.164) Utilização da provisão para riscos cíveis, tributários e trabalhistas (530) (570) Juros pagos (84.368) (116.490) Outras contas a pagar 1.987 4.132 Caixa oriundo das atividades operacionais 151.592 129.470 Fluxo de caixa de operações de investimentos: Aquisição de ativo imobilizado e intangível (53.701) (20.283) Caixa aplicado nas atividades de investimentos (53.701) (20.283) Fluxo de caixa de atividades financeiras: Debêntures: Captações - 916.035 Pagamentos de principal (42.315) (850.000) Distribuição de dividendos (91.575) (78.129) Liquidação de instrumentos financeiros (16.390) - Pagamento de credor pela concessão (8.156) (7.618) Caixa aplicado nas atividades financeiras (158.436) (19.712) Aumento (Redução) de caixa e equivalentes de caixa (60.545) 89.475 Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 186.275 96.800 Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 125.730 186.275