UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA



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Transcrição:

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA ARMAZENAGEM DOS ESTOQUES Por: Sheila Carvalho de Vasconcelos Brito Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2011

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA ARMAZENAGEM DOS ESTOQUES Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Logística Empresarial Por:. Sheila Carvalho de Vasconcelos Brito.

3 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus, que sempre me deu força para concluir este grande passo, aos meus parentes e amigos, para elaboração deste trabalho.

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu esposo José Airton que sempre me incentivou e apoiou todas as minhas decisões para o meu crescimento profissional, a minha filha Julia que compreendeu a minha ausência aos pais, meus irmãos, amigos, pela confecção deste trabalho.

5 RESUMO A armazenagem é realmente importante em uma a empresa? Esta pergunta que procuramos responder no decorrer do trabalho. O conteúdo do trabalho ressalta como a armazenagem é importante na logística de uma empresa, desempenhando um papel em destaque na produtividade industrial e comercial. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento antieconômico. Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o maior cuidado possível. Racionalizar a altura ocupada foi à solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material. A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande importância na obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o material, ou de como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem. A importância da Armazenagem na Logística é que ela leva soluções para os problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. Além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem correta fornece muitos outros benefícios indiretos tais como centralização de remessas, o que aumenta a visibilidade dos pedidos, fornecendo informações que não eram capturadas.

6 METODOLOGIA O Assunto abordado foi escolhido ao longo do curso durante as aulas ministradas por professores qualificados e o mercado de trabalho. Primeiramente foi realizada uma pesquisa explorática, na qual foi levantado todo material referente ao assunto em pauta. Após uma pesquisa de mercado com o objetivo de mostrar a importância da armazenagem dos estoques. Foi utilizado como referências bibliografias, pesquisas em livros, internet, visitas a biblioteca e entrevista a funcionária da empresa de cosméticos. Assegurando assim um maior aprofundamento do tema em estudo.

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Conceito de Armazenagem 09 CAPÍTULO II - Centro de Distribuição 22 CAPÍTULO III Gestão de Estoque 28 CONCLUSÃO 34 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39 ÍNDICE 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

8 INTRODUÇÃO Muitas das oportunidades de aumento da lucratividade de uma empresa e da eficiência do seu sistema logístico e da cadeia de suprimentos onde está inserida é a função de Administração de Materiais, mais especificamente àquelas atividades de estocar e armazenar materiais, normalmente chamada de armazenamento de produtos. A atividade logística de armazenagem refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. A armazenagem e manuseio de mercadorias são então, componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas. Ao contrário do transporte, que ocorre entre locais e tempos diferentes, a armazenagem e o manuseio de materiais ou produtos acontece na grande maioria das vezes, em algumas localidades fixadas. Portanto, os custos destas atividades estão intimamente associados à seleção destes locais. A influência dos equipamentos e sistemas para a armazenagem na produtividade industrial pode ser observado em todas as suas frentes. Um método adequado para estocar matéria-prima, produtos em processamentos ou acabados permite diminuir o custo da operação, onde podemos melhorar a qualidade dos produtos e aceleração dos ritmos dos trabalhos. Com a evolução do processo de armazém e distribuição (procedimentos logísticos) os almoxarifados passaram a ser reconhecidos como Centro de Distribuição na sua maioria para produtos acabados, porém os princípios são os mesmos: recebimento, estocagem e distribuição. A Eficiência de um sistema para estocagem de produtos e o capital depende da escolha do sistema. Não para isso uma fórmula pré-fabricada, o sistema de almoxarifado deve ser adaptado as condições especificas da armazenagem e da organização.

9 CAPÍTULO I CONCEITO DE ARMAZENAGEM A função da administração de estoque é maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas e o ajuste do planejamento de produção. (DIAS, 2004, p.19) A armazenagem ou estoque é um fator muito importante para a organização por se tratar da armazenagem dos produtos que serão comercializados para o consumidor final, podemos dar inúmeras definições: Armazenamento é a administração de materiais enquanto eles ainda esta armazenados. Inclui as atividades de armazenamento, distribuição, pedidas e contabilidade de todos os materiais e produtos acabados desde o inicio até o fim do processo de produção. As instalações de armazenamento podem variar de pequenos depósitos a grandes instalações de armazenamento altamente mecanizadas. (GAITLER E FRAZIER, 2005, p. 442). Sendo assim, para a estocagem é necessário ter um espaço físico adequado para cada produto que está sendo guardado. Para no momento que se necessitar movimentar o estoque possa este estar bem distribuído, e agilizar ao Maximo a reposição dos produtos. O fator estocagem será um ponto a ser estipulado pela gerência. Dependendo no ramo em que a organização estiver inserida será necessário um grande ou pequeno estoque. Como afirma Corrêa e Corrêa (2006, p.517), Nos dias atuais, se entende de forma mais clara de que se deve buscar incessantemente não ter um grama a mais de estoques do que aquela quantidade estritamente necessária estrategicamente.

10 A quantidade de estoque será levada em consideração de acordo com o consumo dos consumidores finais; que envolve desde sua regularidade ou irregularidade de consumo ou até mesmo a sazonalidade, que é período de elevação da demanda, e para isso deverá ser realizado um levantamento das saídas e estoques para realizar a gestão do estoque. Gestão é o conjunto de atividades que visa por meio das respectivas políticas de estoques, ao pleno atendimento das necessidades da empresa, com a máxima influência e o menor custo, através do maior giro possível para o capital investido em matérias. (VIANA, 2000, p. 117). Para a administração de estoques obterem sucesso, deve sempre buscar um meio termo entre a saída de matérias-primas e o que se possui em estoque, para ai realizar, a aquisição de matérias de maneira que os recursos financeiros possam girar a favor da organização, mantendo-a ativa no mercado. Os termos "armazenagem" e "estocagem" são freqüentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas podemos distinguir os dois, referindo-se à guarda de produtos acabados como "armazenagem" e à guarda de matériasprimas como "estocagem". A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de suprimentos é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos. No processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às exigências e flutuações do mercado.

11 A importância da Armazenagem na Logística é que ela leva soluções para os problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. O planejamento desta integração deve ser efetuado segundo as variáveis estratégica, através de estudos de localização aspecto técnico, através de estudos de gerenciamento e planejamento operacional através de estudos de equipamentos de movimentação, armazenagem e layout. Além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem correta fornece muitos outros benefícios indiretos tais como centralização de remessas, o que aumenta a visibilidade dos pedidos, fornecendo informações que não eram capturadas. Podemos utilizar o Sistema de Relatório de Pedido em Aberto e medir o impacto dos atrasos de produção em operações de remessas e atendimento ao cliente, enquanto rastreamos questões de pedidos em aberto. Essas informações são usadas para identificar e corrigir problemas durante o processo de armazenagem assim como para manter os clientes informados do status de seu pedido. Permitindo que a empresa gerencie as questões de pedidos em aberto, a equipe de vendas perde menos tempo resolvendo problemas, tendo assim mais tempo para vender. 1.1 Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de produtos O processo de utilização de um sistema de gerenciamento de armazém como reposicionamento estratégico devido a grande expansão do volume de produtos estocados a operação ficaria lenta para ser controlada sem um sistema de gerenciamento que analise a influência entre a implantação de sistemas e as dificuldades encontradas no decorrer do processo, assunto esse abordado na área de sistemas de informações, administração de materiais

12 especificamente, podendo ainda ser aplicados em grande variedade de indústrias tais como: terceirização logística, automotivas, alta tecnologia e etc... Analisando a influência da posição geográfica do fornecedor em relação a seu cliente, assunto esse abordado na área de administração de materiais ( logística ) e administração de produção. Qual o impacto no que diz respeito a posição geográfica do fornecedor em uma decisão do departamento de compras? Tendo em vista que a função tomada de decisão não só no departamento de compras mais também em toda organização é de fundamental importância, surge agora a oportunidade de acompanharmos de perto os passos a serem seguidos para um total cumprimento dessa função, pois nela envolve desenvolvimento de um relacionamento entre as duas partes (cliente e fornecedor), de tal forma que a parceria e a cooperação proporcionam melhores resultados do que o interesse próprio e o conflito. Desta forma o termo posição geográfica do fornecedor será entendido como sua localização em relação ao seu cliente e quais as implicações a serem consideradas em uma definição do departamento de compras, sendo que existe uma série de avaliações a serem estudadas e que contribuem diretamente para o fechamento ou não de um pedido de compras. Podemos dizer que nos dias atuais a posição geográfica ( localização ) dos fornecedores em relação a seu cliente passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das empresas, pois o tempo para o cliente é uma vantagem competitiva, sendo que diretamente envolve custo, que com certeza força as empresas a reduzir os estoques e paralelamente um melhor desenvolvimento para com seus fornecedores. Qualquer pessoa, como consumidor, tem claro o que espera dos produtos que compra: querem produtos que cada dia atendam melhor às suas

16 A terceirização: muitas empresas utilizam a chamada teoria de valor, segundo a qual a empresa deve concentrar seus esforços, recursos e inversões naquilo que agrega valor ao que faz, ou seja, aquilo que somente ela pode fazer e que constitui uma vantagem competitiva. Neste contexto, a terceirização está em moda, porém envolve certos riscos se não implementá-la de um modo controlado. Antes de chegar a terceirização é necessário ter passado pela criação de sistemas próprios que, uma vez funcionando, podem ser externalizados. No que diz respeito à cadeia logística, atualmente, grande parte da mesma está terceirizada: armazéns, transporte, distribuição do produto, incluindo o fluxo interno e os abastecimentos aos postos de trabalho. A transferência do estoque para o fornecedor: existem muitas formas de transferir o estoque para o fornecedor. Quando o fornecedor está longe, e não pode adaptar-se à entrega em pequenos lotes, se utiliza, frequentemente, a estratégia do estoque no depósito. O fornecedor deve depositar seu estoque em um armazém próximo ao cliente ou muitas vezes dentro do próprio cliente. Este estoque é considerado propriedade do fornecedor até que o cliente o consuma, momento no qual se fatura. Esta estratégia tem unicamente benefícios financeiros para o cliente, já que o estoque continua estando ali e com ele os problemas que acarreta outra forma de deslocar o estoque é mediante a sub-contratação de sub-conjuntos volumosos de fornecedores próximos. Desta maneira é o fornecedor que se encarrega da gestão do estoque de sub-componentes e é ele que disponibiliza o espaço de armazém. Em algumas ocasiões o provedor é também responsável pela compra destes sub-componentes, em outras este material está consignado pelo cliente. Ambas estratégias podem ser usadas com objetivos pontuais como economizar espaços na fábrica, mas geralmente não solucionam o problema do estoque, somente o escondem. Centralização: esta técnica afeta toda a cadeia de distribuição. Quando se têm muitos canais distintos e se produz de forma específica para cada um deles, se é, obrigado a manter um estoque específico para cada canal. Se a demanda

17 deste canal flutua muito, podemos encontrar, em um determinado momento, um sobre-estoque ou uma ruptura de estoque. Se centralizarmos a demanda flutuante de vários canais, de modo geral, a demanda total é muito mais estável. Aqui reside a vantagem de adiar operações: se fabrica uma referência genérica e as particularizações se realizam no canal de distribuição, em função da demanda real, no próprio armazém do produto determinado. Estas e outras inúmeras estratégias logísticas estão fazendo com que as empresas foquem ou prosperem na condução de seus negócios. 1.2 A importância Controle de Entrada e Saída de Produto O estoque é um item que deve ser bem administrado dentro de uma organização e quando não administrado adequadamente pode trazer sérios danos às finanças da empresa, pondo em risco a saúde financeira da mesma. Alguns empresários administram os estoques no olhômetro ficando difícil responder àquelas perguntas. Outros questionamentos acerca do estoque podem ser como; Você sabe qual o valor do seu estoque hoje? Você sabe quantas unidades de cada produto existem hoje em seu estoque? Ou Você sabe qual é o seu estoque mínimo? Ou ainda, Você sabe qual é o seu estoque máximo? Todos estes questionamentos são muito pertinentes e a má administração dos estoques pode levar uma empresa a enfrentar sérios problemas financeiros, como a falta de Capital de Giro em dinheiro que afeta em cheio o Fluxo de Caixa, obrigando o empresário a tomar capital de terceiros para honrar compromissos. Ou seja, transformou disponibilidade em estoque sem saber de quanto em quanto tempo é o Giro do Estoque, sem saber qual o Estoque Mínimo que deveria ter daquela mercadoria ou qual o Estoque Máximo tolerável daquele produto sem comprometer as disponibilidades da empresa.

18 Conhecendo-se os Estoques Mínimos e Máximos de cada produto, além do Giro, tornar-se-á mais fácil administrar uma parte das finanças de uma empresa. O estoque de uma empresa pode ser monitorado através do Controle Permanente ou do Controle Periódico. O Controle Permanente, como o próprio nome diz, monitora o estoque permanentemente. Isso quer dizer que há qualquer momento que se desejar saber o saldo existente de uma determinada mercadoria em estoque é só acessar o sistema e identificar a quantidade existente, pois, ele faz um controle individual das quantidades existentes de cada item do estoque através da Ficha Controle de Estoque. É como se você estivesse em sua empresa neste momento e desejasse saber qual a quantidade do item tal que tem no estoque neste momento; você acessaria o sistema e o mesmo lhe diria a quantidade existente neste momento. A partir deste momento é só fazer a contagem e ver se está batendo com a informação obtida no sistema. O Controle Permanente utiliza uma ficha para cada produto, onde está identificado à data da movimentação, o histórico (compra, venda ou devolução), entradas, saídas e saldo existente. Este sistema necessita de um controlador de estoque para atualizá-lo constantemente, dando entrada das mercadorias que foram adquiridas e entraram para o estoque, bem como fazendo as baixas das mercadorias que foram vendidas e ou devolvidas. Caso o sistema não seja abastecido com as informações de entrada e saída de mercadoria, de nada adianta o sistema. O modelo da ficha de controle de estoque pode ser visualizado abaixo:

19 O controle através da Ficha Controle de Estoque facilita em muito a vida da gerência em termos de auditoria interna. Periodicamente, semanal ou quinzenalmente, a gerência poderá realizar auditorias e verificar se as quantidades estão batendo com os registros contábeis. O Controle Permanente possibilita, também, de a empresa fazer a contagem de todo o estoque em períodos pré-determinados (mensal, bimensal, trimestral, semestral, anual) confrontado os registros contábeis com as quantidades contadas no estoque. Este procedimento periódico facilita para a gerência no acompanhamento de perdas no estoque, inclusive podendo determinar metas de redução de perdas a serem atingidas pela empresa com o monitoramento e a redução a ser atingida. Em suma, o Controle Permanente possibilita saber as quantidades existentes no estoque a qualquer momento, desde que provido o sistema de informações. Existem três processos utilizados para este tipo de controle que são o PEPS (Primeira mercadoria que Entrou, Primeira a Sair), UEPS (Última mercadoria que Entrou, Primeira a Sair) e o PMP (Preço Médio Ponderado). O mais utilizado pelas empresas é o PMP que é um meio termo entre os outros dois processos em relação ao Estoque Final, Custo da Mercadoria Vendida e o Lucro Bruto. O UEPS, que é restringido pela Receita Federal, proporcionará um Lucro Bruto menor entre os três processos, pois considerará um CMV (Custo da Mercadoria Vendida) maior em relação aos outros. O PEPS proporcionará um Lucro Bruto maior entre os três processos, pois considerará um CMV menor em relação aos outros processos. Abaixo um comparativo entre os três processos; Mas apesar de ser um controle altamente eficiente, se o controlador do estoque não ficar atento ao Estoque Mínimo, Estoque Máximo e ao Giro do Estoque, o controle não será tão eficiente quanto desejamos. 1.3 Funções da Armazenagem Muitas das oportunidades de obtenção de maiores lucros encontram-se atualmente na esfera da administração de materias. E, nesta, o setor de armazenagem oferece economias significativas. As funções do armazém não

22 CAPÍTULO II CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO A escolha do posicionamento e da função das instalações de armazenagem é uma definição estratégica. É parte de um conjunto integrado de decisões, que envolvem políticas de serviço ao cliente, políticas de estoque, de transporte e de produção que visam prover um fluxo eficiente de materiais e produtos acabados ao longo de toda a cadeia de suprimentos (LACERDA, 2000). Atualmente, esta definição tem passado por transformações profundas, envolvendo serviços que vão muito além da tradicional estocagem de curto e médio prazo. As empresas procuram cada vez mais agilizar o fluxo de materiais, comprimindo o tempo entre o recebimento e a entrega dos pedidos, para reduzir os investimentos em estoque. Neste ambiente, o papel da armazenagem está voltado para prover capacidade de resposta rápida e muitos dos serviços executados visam justamente reduzir as necessidades de estoque. Acompanhando esse cenário, o mercado está migrando para a centralização de estoque, facilitando a entrega direta e contínua em cada ponto de venda, fazendo com que os CDs assumam um papel de relevância logística. O Centro de Distribuição é uma configuração regional de armazém onde são recebidas cargas consolidadas de diversos fornecedores. Essas cargas são fracionadas a fim de agrupar os produtos em quantidade e sortimento corretos e então, encaminhados para os pontos de venda, mais próximos, como pode ser ilustrado pela Figura 1.

23 CD é um conceito moderno, cuja função ultrapassa as tradicionais funções dos depósitos, galpões ou almoxarifados, as quais não são adequadas dentro do sistema logístico. Alves (2000, p.139) aponta uma grande diferença entre os depósitos e os CDs: os depósitos, operados no sistema push, são instalações cujo objetivo principal é armazenar produtos para ofertar aos clientes ; já os CDs, operados no sistema pull, são instalações cujo objetivo é receber produtos just-in-time modo a atender às necessidades dos clientes. As funções básicas de um CD, segundo Calazans (2001), são: recebimento, movimentação, armazenagem, separação de pedidos e expedição.

24 A mercadoria chega do fornecedor e é recebida pelo CD; essa pode ser armazenada para futura expedição ou pode ser diretamente encaminhada para expedição (crossdocking - é a operação na qual o produto é recebido e encaminhado diretamente para a expedição, de acordo com Apte & Viswanathan (2000), com o mínimo de tempo possível a fim de não manter estoque); quando destinada à armazenagem, a mercadoria é movimentada até o seu devido local no estoque, até que seja solicitada em um determinado pedido; é então separada e encaminhada para expedição, onde será transportada até o destino adequado. 2.1 Etapas de Armazenamento no CD As etapas realizadas no CD são detalhadas: Recebimento, movimentação, armazenagem, separação de pedidos e expedição. Recebimento - A atividade de recebimento é a primeira etapa da trajetória do produto no CD. Essa etapa é essencial para a realização das outras atividades, envolvendo o descarregamento das cargas e a conferência da quantidade e da qualidade dos produtos entregues pelos fornecedores. Após registrar os produtos, o sistema de gerenciamento do armazém (Warehouse Management Systems) indica o endereço na área de armazenagem ou em outras áreas organizacionais onde os produtos deverão ser alocados. Movimentação - A movimentação interna dos produtos é o transporte de pequenas quantidades de produtos no armazém. Invariavelmente, a movimentação e o manuseio de materiais absorvem tempo, mão - de- obra e dinheiro. Assim, é preciso minimizar o manuseio dos materiais, a fim de não provocar movimentos desnecessários, além de aumentar o risco de dano ou perda do produto. A oportunidade de reduzir a intensidade da mão-de-obra e aumentar sua produtividade reside nas novas tecnologias de movimentação e manuseio de materiais que estão emergindo atualmente. Segundo Moura (1998), o tipo de

25 equipamento utilizado na movimentação de materiais afeta a eficiência e o custo de operação do CD. Armazenagem - A armazenagem é a guarda temporária de produtos para posterior distribuição. Os estoques são necessários para o equilíbrio entre a demanda e a oferta. No entanto, as empresas visam manter níveis de estoques baixos, pois estes geram custos elevados: custos de pedir custos administrativos associados ao processo de aquisição das mercadorias; custos de manutenção referentes a instalações, mão-de-obra e equipamentos; custo de oportunidade associado ao emprego do capital em estoque (HONG, 1999). área de armazenagem dos CDs é composta, segundo Calazans (2001), por estruturas como porta-paletes, drive-in, estanterias e racks, que são separadas por corredores para ter acesso às mercadorias. Esses corredores são sinalizados para facilitar a operação do CD. Separação de pedidos - A separação de pedidos (picking) é a coleta do mix correto de produtos, em suas quantidades corretas da área de armazenagem para satisfazer as necessidades do consumidor (LIMA, 2002 p.2). É uma etapa fundamental do ciclo do pedido, pois consome cerca de 60% dos custos operacionais de um CD (TOMPKINS, 1996). A área de estocagem na maioria dos armazéns ocupa um grande espaço, devido ao acondicionamento dos estoques. Assim, a separação de pedidos, que é realizada nessa área, implica em grandes deslocamentos por parte dos operadores. No entanto, existem algumas alternativas intermediárias, segundo Lima (2002), para diminuir esse tempo gasto com o deslocamento, como: algoritmos para definição das rotas de coleta, lógicas de endereçamento e métodos alternativos de organização do trabalho.

28 CAPÍTULO III GESTÃO DE ESTOQUE Segundo Wanke (2003) é crescente a importância atribuída à gestão de estoques como elemento fundamental para a redução e o controle dos custos totais e melhoria do nível de serviços prestados pela a empresa. Os estoques aparecem na cadeia sob diversas formas: matéria-prima, produtos em processos, semi elaborados e produtos acabados. Os estoques são encontrados freqüentemente em lugares como armazéns, pátios, chão de fabricas, veículos e prateleiras das lojas de varejo (BALLOU, 2001) As empresas buscam cada vez mais reduzir os níveis de estoques sem comprometer o nível de atendimento de seus clientes. Os principais fatores complicadores para o alcance dos objetivos e indicadores de giro de estoque e redução no ativo em estoque são: crescente aumento do número de produtos e insumos, alterações do portfólio de produtos, elevado custo de oportunidades em função das taxas de juros do Brasil, crescente foco na redução do capital circulante líquido (diferença entre o ativo circulante e passivo circulante) (WANKE, 2003). Uma cadeia de suprimentos não pode ser eficiente e eficazmente administrada, sem que os estoques recebam um enfoque prioritário. A gestão de estoques é um elemento gerencial essencial na administração de hoje e do futuro (BERTAGLIA, 2003; BALLOU, 2001). A maneira como uma organização administra os seus estoques influencia a sua lucratividade e a forma como compete no mercado (BERTAGLIA, 2003). A utilização de modernas técnicas de gerenciamento de estoques adequadas à realidade da empresa possibilita meios de minimizar impactos financeiros negativos pela imobilização desnecessária de capital em estoques, assegurando máximos níveis de atendimento aos clientes.

29 Diferentes profissionais como gerentes, planejadores, analistas, compradores e pessoas-chave das áreas de materiais de diferentes ramos como empresas industriais, incluindo áreas de manutenção, assistência técnica e distribuição, empresas comerciais, incluindo atacadistas e varejistas e empresas de serviços fazem uso destas técnicas. Um dos princípios básicos de gestão de estoques é como os investimentos em estoques impactam os negócios da empresa o que representa capital imobilizado e sem liquidez imediata, representando custos financeiros para a empresa. Muitas vezes encarado como vilão, o estoque pode ser um dos maiores aliados do lojista. Mas, antes de tudo, é preciso lembrar que uma empresa de sucesso, para se manter de pé e ativa no mercado, precisa preservar seus clientes, que devem ser muito bem atendidos e satisfeitos. Por isso, o foco dos negócios sempre deve estar no cliente - sem jamais, obviamente, deixar de lado os resultados positivos e os lucros. E por falar em lucros, a gestão eficaz dos estoques é uma mina de ouro para aumentar a receita de qualquer empresa. Sem dúvida, o maior desafio é minimizar o risco entre a sobra ou a falta de produtos para atender o cliente, mas esse risco sempre existirá; o segredo está em minimizá-lo. A seguir, alguns dos fatores que podem auxiliar a reduzir tal risco em relação ao estoque: Nível de serviço ao cliente: Resumidamente falando, esse nível de serviço ao cliente é medido pelas vendas perdidas por falta de mercadoria, que pode gerar vários impactos negativos. Pesquisas indicam que apenas 11% desistem da compra quando não encontram o produto que desejam e menos de 20% decidem adiá-la. Em contrapartida, mais de 30% trocam de loja ou fornecedor e 40% trocam por outro produto ou marca. Em óptica, a troca por produtos e

30 marcas substitutos ocorre freqüentemente em função da grande variedade disponível e da falta de estabilidade nos prazos de reposição e entrega das mercadorias. Relações entre indústria e varejo: Há bons indicadores nesse sentido para melhorar tal quadro. Do lado da indústria, a evolução crescente dos sistemas de distribuição e logística fará o produto chegar mais rápido ao lugar certo e na hora certa. Do lado do varejo, a necessidade de administrar seus estoques de forma sistemática e profissional, passando a avaliar as suas necessidades de reposição de forma mais acurada e realista, garante ordens de compra com prazo suficiente para produção e entrega. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio para acabar com a fama de "tudo para ontem" do varejo e a de "tudo para depois de amanhã" da indústria. Também é importante destacar a necessidade cada vez maior de melhorar o relacionamento entre indústria e varejo, para que ambos compartilhem informações que só irão melhorar as previsões de demanda e venda, diminuindo os riscos de estoque. Representantes de venda: Eles nunca foram tão importantes como hoje. O verdadeiro valor de suas visitas está na compreensão cada vez maior das necessidades de seus clientes. Cabe a esse "novo representante" a apresentação de novidades, além de características e diferenciais tanto da empresa quanto dos produtos e das marcas que representa. É pura orientação de marketing: não basta mais vender e entregar mercadorias, a ordem agora é "atender o cliente", no sentido mais completo da expressão. Cobertura de estoque: Outro fator importante, que compreende o tempo necessário para manter mercadorias em estoque e cobrir as vendas previstas. Gestão de estoque e planejamento de compras andam todo o tempo juntos. A gestão de estoque eficaz vai por água abaixo se não houver antes o planejamento das compras. E, para isso, o primeiro passo é enxergar além das grandes categorias, como armações de receituário e óculos solares, por exemplo. A estratégia de compra muda se o produto for de moda, básico, sazonal, ou ainda de "evento", como os produtos vendidos somente em

31 ocasiões específicas, como as lentes de contato estampadas para o Halloween ou a grande variedade de produtos lançados por ocasião da Copa do Mundo - nesse caso, o que foi vendido, foi; para o que não se vendeu, resta esperar mais um período para o tal evento se repetir ou amargurar as sobras. É necessário planejar, sim! Planejamento é solo fértil para minimizar os riscos e garantir o sucesso dos negócios, além de ser a base para decisões importantes. Cadeia de suprimentos: Quando um produto passou pelo caixa e definitivamente chegou às mãos do cliente, pressupõe-se que tudo correu muito bem nesse longo caminho. É um processo complexo que, na óptica, envolve desde o fornecedor de minúsculos parafusos até a loja, com eficácia em todas as suas etapas. Só assim, todos estarão satisfeitos. Esse é o mundo ideal da cadeia de suprimentos. Mas nem sempre é assim. Para o seu perfeito funcionamento, deve-se combinar eficiência em vários processos como velocidade de reposição, tempo de comunicação das quantidades de compra, tempo de produção, tipo de transporte, processos de recebimento, conferência e inspeção de mercadorias, entre outros. Colaboração, nesse caso, é fundamental. E colaboração em negócios é compartilhar muito: informações, conhecimento, riscos etc. E com transparência, no melhor sentido de parceria, em uma relação em que todos os lados ganhem. Tudo com a meta de reduzir custos, tempo de atendimento e estoque e repassar melhores resultados em benefício do cliente final para, principalmente, deixá-lo muito satisfeito e mantê-lo fiel. Sincronização também é importante. Cada vez mais, os clientes querem escolher o melhor entre uma incrível variedade de produtos, com o melhor preço, que atenda as suas necessidades e desejos em termos de quantidade, tempo e lugar. E, diante de todos esses quereres, tem de ocorrer um verdadeiro "abastecimento sincronizado" em todas as etapas da cadeia. Tudo deve acontecer no tempo certo e, quanto menos imprevistos houver, melhor.

32 Em resumo, quando o assunto é melhorar resultados por meio de ferramentas como gestão de estoques, varejo e indústria estão diante de processos complexos que envolvem até mudanças comportamentais. Segundo Corrêa e Corrêa (2004), os estoques estão em geral no topo da agenda de preocupações, não só dos gestores de operações, mas também dos gestores financeiros, que se preocupa com a qualidade de recursos financeiros que os estoques empatam e seus correspondentes custos, prejuízos do não atendimento aos clientes, custos fabris, e custos que uma possível falta de matéria prima pode acarretar. Ao mesmo tempo, é freqüente encontrar operações com altos níveis de estoques e, contrariamente ao que se poderia esperar, também com baixos níveis de atendimentos aos seus clientes. Em outras palavras, muitas vezes por imperfeições no uso de técnicas e conceitos de gestão de estoque, acaba-se gerando um excesso de estoques de certos itens ao mesmo tempo em que se tem a falta de estoques de outros itens. Diversos estudos recentes enfatizam a otimização dos custos na cadeia através da gestão dos estoques (ELLRAM, 2002; KAUFFMAN, 2004). Nos sistemas tradicionais os níveis de estoque são considerados úteis para o sistema produtivo evitando que imprevistos possam parar o fluxo produtivo. Porém, no Just in time, que é considerado como filosofia, pois abrange aspectos gerais como qualidade, segurança, organização do trabalho, programa 5S, kanban, redução do tempo de preparação de máquinas (setups), manutenção produtiva total ou Total Productive Maintenance (TPM) e gestão de pessoas, isso é encarado de outra maneira. O sistema de puxar a produção ao longo do processo, de acordo com a demanda e com níveis de estoques mais baixos representa menos investimento em capital. O sistema JIT trabalha com lotes econômicos de pedido para a produção e para a compra de materiais, onde se tem, entre outros, uma otimização dos custos de manutenção de estoques, custos referentes à preparação de equipamento para a produção, custos fixos do processo de compra de materiais e descontos obtidos por quantidade comprada (OHNO, 1997; TUBINO, 2000).

35 encontram também ao longo das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado, pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas etapas do processo produtivo para se transformarem em materiais acabados ou em PAs. Estoques de Materiais Acabados ou Componentes- Os estoques de materiais acabados - também denominados componentes referem sea peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou montadas que, quando juntadas,constituirão o PA. Estoques de produtos acabados (PÁS) - Os Estoques de Pas se referem aos produtos já prontos e acabados, cujo processamento foi completado inteiramente. Constituem o estágio final do processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP, materiais em processamento, materiais semiacabados, materiais acabados e Pás. Servem para regular diferenças entre as taxas de produção do processo produtivo (suprimento) e de demanda de mercado. Essas diferenças podem ocorrer por causa das incertezas do processo ou da demanda.

36 CONCLUSÃO Armazéns ou Centrais de Distribuição executam um papel-chave para aumentar a eficiência da movimentação de mercadorias. Permitem a compensação eficaz dos custos de estocagem em menores custos de transportes, ao mesmo tempo em que mantém ou melhoram o nível de serviço. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento antieconômico. Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com maior cuidado possível. Racionalizar a altura ocupada foi à solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material. As funções básicas se concentram nas atividades de guardar (estocar) temporariamente os itens necessários ao abastecimento do processo produtivo, ou da prestação de serviços, em quantidades devidamente dimensionadas, e da sua distribuição ou entrega nos pontos em que a organização vai utilizá-lo, dentro dos padrões de qualidade, pontualidade, para garantir a satisfação dos solicitantes (usuários, clientes internos, clientes externos). Se hoje em dia a atividade de armazenagem já tem uma importância muito maior que alguns anos atrás, a tendência é que para os próximos anos, essas atividades se tornem ainda mais expressiva. O e-commerce (comércio eletrônico) que é uma tendência mundial, já está começando a se desenvolver aqui no Brasil. Diante dessa realidade os pedidos de entrega se tornarão ainda mais pulverizados, exigindo uma maior competência do processo de armazenagem, principalmente no que se refere a separação de materiais. Por outro lado, as apertadas margens de contribuição continuarão sendo uma realidade, tornando a acurácia das informações de custo cada dia mais importante.

37 Muitas das oportunidades de aumento da lucratividade de uma empresa e da eficiência do seu sistema logístico e da cadeia de suprimentos onde está inserida é a função de Administração de Materiais, mais especificamente àquelas atividades de estocar e armazenar materiais, normalmente chamada de armazenamento de produtos. Em síntese é possível entender, pelo exposto acima que, um armazém, cumpre além de seu papel fundamental de manter e mover materiais, muitas outras funções fazendo parte hoje da estratégia da empresa em sua busca por diferenciação e melhores performances no meio ambiente empresarial.

ANEXOS 38

39 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ARNALD, J. R. Tony. Administração de materiais: Uma introdução. São Paulo:Atlas, 1999. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. São Paulo: Atlas, 1993. HONG, Yuh Ching. Gestão de estoques na cadeia logística integrada. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimento. 4. Ed. Porto Alegre:Bookman, 2001, 532p. BERTAGLIA, P.R; Logística e Gerenciamento da Cadeia de suprimentos 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2003, 509 p. CORRÊA, H. L; CORRÊA, C. A; Administração de Produção e Operações: manufatura e serviços uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004, 690 p. GUIA DE LOGÍSTICA. Dicionário de Logística. Disponível em: HTTP://www.guiadelogistica.com.br Acesso em 20nov. 2003. WANKE, P; Gestão de estoques na cadeia de suprimentos São Paulo: Editora Atlas, 2003 (coleção coppead de administração) 176 p. 242/Publico/MiguelEng%20Prod.pdf http://www.revistaportuaria.com.br/site/?home / http://www.biblioteca.pucpr.br/tede/tde_arquivos/9/tde-2005-11-28t122653z- http://www.metodista.br/ppc/revista-ecco/revista-ecco-01/gestao-estoques-nacadeia-de-suprimentos

40 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I ARMAZENAGEM ESTRATÉGICA 9 1.1 - Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de produtos 11 1.2 A importância Controle de Entrada e Saída de Produto 15 1.3 - Funções da Armazenagem 19 CAPÍTULO II CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO 22 2.1 - Etapas de Armazenamento no CD 24 2.2 - Identificação do material 26 2.3 Layout 27 CAPÍTULO III GESTÃO DE ESTOQUE 28 3.1 Funções dos Estoques 33 3.2 Classificação dos Estoques 34 CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39 ÍNDICE 40 FOLHA DE AVALIAÇÃO 41

41 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Título da Monografia: A Importância da Armazenagem dos Estoques Autor: Sheila Carvalho de Vasconcelos Brito Data da Entrega: Avaliador por: Conceito: