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Transcrição:

CAMPINAS JUNHO 2017 A GOVERNANÇA DE TERRAS NO BRASIL Richard Torsiano CATASTRO Y GOBERNANZA RESPONSABLE DEL TERRITORIO Richard Torsiano lo de la Presentación Presentation Title

B R A S I L

A governança responsável da terra é um elemento crucial para determinar se as pessoas, as comunidades e outros grupos conseguem conquistar os direitos e os deveres conexos que lhes permitem utilizar e controlar a terra e os recursos pesqueiros e florestais, de acordo com as formas pelas quais conseguem acesso a esses deveres e direitos. Muitos problemas relacionados à posse surgem como consequência de uma governança fraca, e as tentativas de abordar os problemas fundiários são afetadas pela qualidade da governança. Uma governança fraca tem efeitos adversos na estabilidade social, na utilização sustentável do meio ambiente, nos investimentos e no crescimento econômico. (Prefácio DVGT)

Governança da TERRA DÉBIL RESPONSÁVEL Descontrole sobre a ocupação do território Gera insegurança jurídica aos proprietários Marginaliza os mais pobres Conduz a abusos de poder e a corrupção Afeta o crescimento econômico ao ignorar a informalidade das ocupações Coloca em risco a sustentabilidade ambiental Leva a conflitos Gera a pobreza, insegurança alimentar e a fome Cadastro eficiente e integrado aos registros Leis e normas consistentes garantindo segurança jurídica Garante que o acesso aos recursos naturais sejam mais equilibrados Protege os cidadãos da perda de suas terras Fortalece a transparencia e as tomadas de decisões são mais participativas Ajuda a assegurar que as disputas fundiárias se resolvam antes de chegar aos conflitos

5 PRINCÍPIOS GERAIS DVGT DAR RECONHECIMENTO E RESPEITAR a todos os titulares legítimos e seus direitos à terra SALVAGUARDAR os direitos legítimos à terra PROMOVER e FACILITAR a garantia dos direitos legítimos à terra PROPORCIONAR acesso à justiça PREVENIR as disputas relacionadas com a terra, os conflitos violentos e a corrupção 5

10 PRINCÍPIOS de APLICAÇÃO DVGT Dignidade humana Consulta e participação Sem discriminação Estado de direito Equidade e justiça Transparencia Igualdade de gênero Prestação de Contas Enfoque holístico e sustentável Melhora continua 6

Governança de Terras no Brasil até meados de 2006 Em 2006 o país detinha conhecimento de 22% do território Não havia nenhum ambiente de publicação das poucas informações territoriais Rede Geodésica Precária Cadastro de terras frágil suscetível à fraudes, corrupção e totalmente desintegrado Inexistência de uma Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais Reduzidos fóruns de participação social Após a Colonização da Amazônia estagnou-se a regularização de posseiros na região. A ocupação continuou Em 1994 AGU abre a compra de terras por PJ Brasileira de capital estrangeiro Em 2004 o recém criado PPCDAM e INPE identificam aumento significativo de desmatamento na Amazônia Até ano de 2003 a política de regularização de Terras Quilombolas carecia de regulamento (ADCT 68) A lei 10267/2001 cria o CNIR e a certificação do georreferencianento mas não se efetiva

Avanços na Governança de Terras em 10 anos 2006/2016 Início efetivo de aplicação do II Plano Nacional de Reforma Agrária Programa Territórios da Cidadania 2008 (objetivos promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável com participação social) Criação da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária no Incra 2006 Efetivação da Regularização de Terras Quilombolas com base no Dec. 4887/2003. Primeiros decretos 2009. Uso da lei 4132/62 para desapropriação e normatização no Incra Normatização do processo de certificação do georreferenciamento, automatização do processo com a criação do SIGEF 2012 Portaria conjunta INCRA/RFB/2011 institui grupo de trabalho para implantação do CNIR Vinculação dos Cadastros SNCR/CAFIR 2015 Criação do Acervo Fundiário Digital do Incra (i3geo) com acesso público de todas informações de 65% do territorio - 2012

Avanços na Governança de Terras em 10 anos 2006/2016 Criação da INDE - 2008 (Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais) A INDE nasce com o propósito de catalogar, integrar e harmonizar dados geoespaciais existentes nas instituições do governo brasileiro Assentamentos especiais sustentáveis na Amazônia (PDS/PAE/PAF,etc...) Programa Terra Legal 2009 Programa de Regularização Fundiária fora da Amazônia 2007 Criação do Grupo Intergovernamental de Governança Fundiária coordenado pelo Incra - 2014 Criação do PNGATI Dec. 7747/12: Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas Portaria 10 MDA/INCRA: Enfrentamento desmatamento na amazônia/cancelamento CCIR Decreto 6321/2007: Dispõe sobre ações relativas à prevenção, monitoramento e controle de desmatamento no Bioma Amazônia,

Avanços na Governança de Terras em 10 anos 2006/2016 Resolução 3545/2008/BACEN: exigência de documentação comprobatória de regularidade ambiental e outras condicionantes, para fins de financiamento agropecuário no Bioma Amazônia Implantação da primeira fase do PPCDAM: Programa de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Parecer 01/2010 da AGU: Equiparação de empresa brasileira cuja maioria do capital social esteja nas mãos de estrangeiros não-residentes ou de pessoas jurídicas estrangeiras não autorizadas a funcionar no Brasil a empresas estrangeiras. Dispositivo de Consulta da Convenção 169/OIT CAR: Cadastro Ambiental Rural-2012 Fortalecimento PAA/PNAE DVGT: Diretrizes Voluntárias para Governança Responsável da Terra 2012 CMSA

Resultados

Rede Nacional de Cadastro

Cadastro Nacional Imóveis Rurais

4º do artigo 2º da Lei 10.267/2001 Integrarão o CNIR as bases próprias de informações produzidas e gerenciadas pelas instituições participantes, constituídas por dados específicos de seus interesses, que poderão por elas ser compartilhados, respeitadas as normas regulamentadoras de cada entidade."

Certificação de Georreferenciamento

A Rede INCRA de Bases Comunitárias (RIBaC) Rede INCRA de Bases Comunitárias (RIBaC) foi concebida em 1999 para atender a demanda dos profissionais que executam Ogeorreferenciamentode imóveis rurais e buscam uma referência geodésica cadastral como apoio às suas atividades de campo. Atualmente a RIBAC é composta por 102 estações homologadas pelo IBGE Com isso a rede geodésica brasileira passa a ser a maior da América Latinae uma das maiores do Mundo. Instaladas (102) Instalação em 2015 (6) Aquisições 2015/16 (20) Estação em correção (1)

Automatização do Processo

A certificação automatizada O Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF) automatizou o processo de certificação garantindo: Agilidade, transparência, segurança e simultaneidade na certificação; Integração de dados fundiários de outros órgãos públicos para validação do georreferenciamento; Integração com os cartórios de registro de imóveis;

Resultados alcançados Desde 2004, o INCRA certificou o georreferenciamento 300 mil parcelas totalizando mais de 270 milhões de hectares. A área georreferenciada e certificada com precisão posicional de 50cm, é superior a soma dos territórios de países como: Alemanha, Espanha, Itália, Noruega e Suécia

O Acervo Fundiário Digital

Glebas Públicas Federias na Amazônia Legal 1.438 Glebas Fedeais com 125 milhões de ha

Unidades de Conservação Federais 1.481 Unidades de Conservação com 135 milhões de ha

Terras Indígenas 588 Terras Indígenas 116 milhões de ha

Assentamentos de Reforma Agrária 7.810 Assentamentos 76 milhões de ha

Territórios Quilombolas Delimitados 306 Territórios Quilombolas 2,3 milhões de ha

Informações Geográficas de Mineração 203.210 Locais 214 Milhões de Ha

Terras Estaduais na Amazônia Legal 124 Glebas Estaduais com 67, 6 milhões de ha

Regularização Fundiária INCRA/MDA 326.948 parcelas regularizadas 27,6 milhões de ha

Imóveis Certificados Privados 300 mil parcelas/imóveis 230 milhões de ha

Registro de Acampamentos de famílias Sem Terra 963 Acampamentos 129 mil famílias

O Acervo fundiário Digital do INCRA é um visualizador que permite a sociedade o acesso às bases georreferenciadas da Autarquia. Atualmente, o INCRA disponibiliza para visualização e download mais de 329,5 milhões de hectares entre assentamentos, territórios quilombolas, convênios de regularização fundiária e imóveis certificados. Aliada às informações de entidades parceiras como Funai e ICMBio essa área alcança 628,4 milhões de hectares. Desconsiderando as sobreposições o Acervo conta com cerca de 59% do território nacional. Para Acessar o Acervo Fundiário: http://acervofundiario.incra.gov.br

Responsabilidade Ambiental

65 mil famílias vivem em 20,9 milhões de hectares nas Unidades de Conservação de Uso Sustentável Federais; 1.726 Unidades de Conservação reconhecidas, representando 11,7% do território brasileiro; Criação de projetos especiais RESEX, PAE, PAF atendendo 138,3 mil famílias e 13,8 milhões de hectares Mais de 500 mil famílias assentadas na Reforma Agrária

Integração e Parcerias

Integração Até o momento, o INCRA possui acordos de cooperação com 14 órgãos de governo e cerca de 2.630 municípios.

Controle na aquisição de imóveis rurais por estrangeiros Permissões, limites e vedações (Lei 5.709/71 e Parecer AGU 01/2010)

A debilidade na governança de terras no Brasil

Várias Instituições operam no fundiário Brasileiro de forma desordenada sem um plano de inteligência territorial que oriente. Não há um espaço de participação Interministerial para discutir o estado atual de ocupação do território nacional e os tipos de afetações que virão no futuro para evitar conflitos e insegurança jurídica Ainda existem vários cadastros de terras sem garantia de integração com CNIR, inclusive o CAR. No Brasil não há Lei de Cadastro Urbano e em geral não existem Cadastros Urbanos eficientes A política tributária para imóveis rurais (ITR) carece de revisão e atualização O BRASIL CARECE DE UMA INSTITUIÇÃO QUE ASSUMA A INTEGRAÇÃO E GESTÃO DAS INFORMAÇÕES TERRITORIAIS A aprovação de Leis e Normas recentes geraram conflitos e demonstraram necessidade de participação social na construção de regras sobre o uso e ocupação do território Necessário pacificar os entendimentos sobre direitos territoriais no país. Indígenas e Quilombolas tem direitos constitucionais. Direito de propriedade também é constitucional, no entanto o país não aumentará seu tamanho para acolher toda demanda territorial existente. A aprovação de leis de afetação do território desconectadas de um projeto Nacional que apresente qual é a estratégia de desenvolvimento sustentável e quais iniciativas de pacificação para possíveis conflitos territoriais é temerário.

Algumas conseqüências da debilidade na governança de Terras

Três homens armados invadiram o Hospital Geral de Parauapebas, sudoeste do Pará, e assassinaram a tiros o militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Waldomiro Costa Pereira.

No dia 19 de abril um grupo de homens encapuzados invadiu barracos onde estavam as vítimas e atiraram contra os trabalhadores. Aproximadamente 100 famílias moram nessa área. Eles foram torturados e mortos em um suposto conflito por terra, segundo a polícia.

Um grupo de pistoleiros ligados a fazendeiros atacou índios da etnia gamela por causa de disputa territorial na cidade de Viana, a 214 quilômetros de São Luís (MA). Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), pelo menos 13 indígenas ficaram feridos, sendo que um teve as mãos golpeadas com facão. A entidade informou que o gamela Aldeli Ribeiro levou dois tiros na coluna e teve as mãos decepadas.

Os cinco primeiros meses de 2017 já registram 37 mortos no campo. É o início de ano mais violento do século, segundo dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra). As dez mortes durante a operação policial em Pau D'Arco, no sudeste Pará.

Por Renato Santana, do Cimi O que não foi possível de ser retirado da aldeia pelos indígenas Kariri Xocó de Paulo Afonso, sertão baiano, os tratores demoliram. A maloca de reza da aldeia foi a primeira estrutura a ser destruída. Para impedir que os indígenas retornassem, tudo foi incendiado incluindo as plantações, em parte cultivada pelas crianças. Enquanto a aldeia queimava, os 170 indígenas rumaram para uma escola desativada há cinco anos, ladeada pelo pátio de terra batida de uma Igreja, do outro lado da BR-423. Sem luz e água, passaram a madrugada amontoados sobre sacolas, malas e trouxas de roupas.

O Brasil teve 37 assassinatos em conflitos por terra entre janeiro e maio deste ano, de acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), recorde registrado desde 2008. No mesmo período de 2016, 30 pessoas foram mortas em áreas indígenas, quilombolas ou em territórios em disputa com lideranças sem-terra e fazendeiros.

Alterações legislativas em curso

Com a aprovação da MP 759, teremos condições de dar resposta mais rápida a demandas como titulação e regularização fundiária, oferecendo maior segurança jurídica a quem hoje produz. Assim podemos eliminar um dos principais focos geradores de conflito, a posse da terra. O produtor, por exemplo, terá acesso a linhas de crédito mais robustas. Tivemos ainda o cuidado de criar mecanismos que evitem a reconcentração de terras. O Incra foi protagonista na elaboração da Medida Provisória, dando subsídios para a elaboração da proposta e apresentando sugestões que embasaram a montagem do texto encaminhado ao Congresso Nacional. Leonardo Góes, Presidente do INCRA

A Medida Provisória 759/2016 define novas regras para a regularização de imóveis de quem ocupa terreno da União ou particular. Será possível regularizar a ocupação urbana e com isso fortalecer a microeconomia. Quando se tem uma terra regularizada é possível dá-la em garantia e aumentar a produção. Senador Romero Jucá Relator da MP 759

Os sucessivos cortes no orçamento ameaçam a política de regularização de terras quilombolas. Em sete anos, o orçamento do Incra apresentou uma queda de 94%. Para 2017, o órgão dispõe de apenas R$ 4 milhões para encaminhar mais de 1.600 processos de titulação. Em 2010, eram 64 milhões. Este é o menor orçamento para a titulação de terras quilombolas desde 2003, ano em que o órgão reassumiu a responsabilidade por encaminhar a regularização das áreas.

... a proposta do governo promove profundas alterações em uma série de leis que resguardam políticas públicas ao direito de acesso à terra e à cidade, afirma Sergio Sauer, professor do programa de pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural da Universidade de Brasília (UnB). O objetivo é atender ao mercado de terras e à expansão dos negócios, especialmente a expansão das fronteiras agrícolas a partir do modelo hegemônico de desenvolvimento agropecuário, resultando em mais concentração fundiária, exclusão e expropriação da população pobre do campo, interpreta o professor.

Medida Provisória facilita a mercantilização do território nacional e vai acabar com a reforma agrária. Somada à venda de terras a estrangeiros, é um desastre.

Projeto de Lei 4059/12, que modifica regras para a aquisição de imóveis rurais por estrangeiros no País. Paulo Cézar Brandão do Ministério da Defesa disse que essa falta de restrição representa uma ameaça à soberania nacional. Em síntese, esse dispositivo retira do Estado a prerrogativa de monitoramento e controle sobre aquisições indiretas de terras por estrangeiros, disse Brandão.

Trinta e sete mortos em conflitos fundiários apenas no período entre janeiro de 2015 e setembro de 2016. Os dados comprovam que o governo federal não foi capaz de implementar uma política de desenvolvimento sustentável e, muito menos, uma política de regularização fundiária que respeite os direitos humanos das populações do campo. As notícias de invasões de grandes extensões de áreas públicas e de terras indígenas transformaram-se em rotina. Marco Antônio Delfino, procurador da República no Mato Grosso do Sul, e Juliana de Paula Batista, advogada do ISA

CPI INCRA Funai

O relator da CPI da Funai e do Incra na Câmara, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), apresentou quarta-feira 03/05/2017 o relatório com quase 3,4 mil páginas no qual sugere o indiciamento de mais de cem pessoas, além de propor a criação de um órgão para substituir a Funai. Os cinco deputados federais na presidência, vice-presidência e relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) são investigados em inquéritos ou são réus em ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF).

Obrigado! Richard Martins Torsiano richard.m.torsiano@gmail.com 55 61 9 9666 3998