APOIO TÉCNICO AO PROJETO FÁBRICA DE OPORTUNIDADES

Documentos relacionados
APOIO TÉCNICO AO PROJETO FÁBRICA DE OPORTUNIDADES

ATIVIDADES DE ATUALIZAÇÃO EM ALIMENTOS OFICINA DE MICROBIOLOGIA

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DO MEL COMERCIALIZADO NA REGIÃO CELEIRO 1 QUALITY ASSESSMENT OF COMMERCIALIZED HONEY IN THE CELEIRO REGION

FÁBRICA DE OPORTUNIDADES - "OFICINA SOBRE PROCESSOS PARA CONSERVAÇÃO DE FRUTAS - PRODUÇÃO DE GELEIA DE KIWI

Contagem Padrão em Placas. Profa. Leila Larisa Medeiros Marques

Instrução normativa 62/2003: Contagem de coliformes pela técnica do NMP e em placas

NUTRICIUM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA FICHA DE ESPECIFICAÇÃO SUSTEMIL SOY

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

Microbilogia de Alimentos I - Curso de Engenharia de Alimentos Profª Valéria Ribeiro Maitan

Avaliação de parâmetros de qualidade de doce em massa e das matérias primas utilizadas na formulação

NUTRICIUM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA FICHA DE ESPECIFICAÇÃO. BemVital Espessare

PALAVRAS-CHAVE Ensino Médio. Engenharia de Alimentos. Geleia. Novos Talentos.

Disciplina: Controle de Qualidade Série: 2ª Turmas: L/N/M/O. Curso: Técnico em Agroindústria. Professora: Roberta M. D.

MICRO-ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

ANÁLISE COMPARATIVA DA POPULAÇÃO VIÁVEL DE BACTÉRIAS LÁTICAS E QUALIDADE HIGIÊNICA INDICATIVA DE TRÊS MARCAS DE LEITES FERMENTADOS

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO CHÁ VERDE COM LARANJA E GENGIBRE

5 Aula Prática Exame do Microcultivo de levedura. Plaqueameno de Açúcar. Ensaio de Óxido-Redução com Resazurina

Avaliação da qualidade microbiológica do leite pasteurizado tipo C produzido na região de Araguaína-TO

Meios de cultura bacteriano

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DE BISCOITOS TIPO COOKIE SABOR CHOCOLATE COM DIFERENTES TEORES DE FARINHA DE UVA

Teste Simplificado para Detecção de Coliformes Totais

NUTRICIUM INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA FICHA DE ESPECIFICAÇÃO. BemVital MultiFibras

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM POLPAS DE FRUTA CONGELADA

1. DESCRIÇÃO DO PRODUTO Molho Italian: Produto líquido a base de óleo vegetal e suco de limão, com sabor característico de especiarias e queijo.

1. DESCRIÇÃO DO PRODUTO Molho em forma de emulsão, à base de queijo e especiarias, utilizados para preparar e ou agregar sabor ou aroma às saladas.

Enliten (Ingredion/EUA)

QUANTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS EM AMOSTRAS DE QUEIJOS COLONIAIS PRODUZIDOS PELA AGOINDUSTRIA FAMILIAR DA REGIÃO DE TEUTÔNIA - RIO GRANDE DO SUL - BRASIL

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MILHOS BRANCO E AMARELO PARA PRODUÇÃO DE RAÇÃO ANIMAL

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 17, DE 19 DE JUNHO DE 2013

DIZERES DE ROTULAGEM

AVALIAÇÃO HIGIÊNICO-SANITÁRIA EM AMOSTRAS INDICATIVAS DE QUALIDADE DE MORANGOS COMERCIALIZADOS EM TRÊS CIDADES DO MEIO OESTE CATARINENSE

Introdução. Graduando do Curso de Nutrição FACISA/UNIVIÇOSA. 3

ELABORAÇÃO DE BEBIDA LÁCTEA ACIDIFICADA

MEIOS DE CULTURA TIPOS DE MEIOS DE CULTURA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA EM LABORATÓRIO: CONTAGEM DE BACTÉRIAS TOTAIS E PESQUISA DE COLIFORMES, COLIFORMES FECAIS E ESCHERICHIA COLI EM ALIMENTOS

ELABORAÇÃO DE MOUSSE PARA RECHEIO DE BOMBOM DE CHOCOLATE A PARTIR DA MANGA (MANGIFERA INDICA L.)

PRÓMIX 300g SABOR LIMÃO Refresco em pó

CONDIÇÕES MICROBIOLÓGICAS DE ALFACES COMERCIALIZADAS EM FEIRAS-LIVRES DA CIDADE DE MARINGÁ-PR.

MOLHO BARBECUE JUNIOR

17/05/2014 POLPAS DE FRUTAS POLPAS DE FRUTAS

NORMAS TÉCNICAS REDEBLH-BR PARA BANCOS DE LEITE HUMANO:

PROJETO PRÁTICAS DE ANÁLISE DE ALIMENTOS: CONSOLIDANDO O SABER FAZER PARA O ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE

BIOCENTER Microbiológica Ltda. Rua Reims, 570 Casa Verde São Paulo/SP CEP: Telefone: (11) / FAX: (11)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 26, DE 12 DE JUNHO DE 2007 (*)

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES HIGIÊNICO-SANITÁRIAS DE UMA LANCHONETE UNIVERSITÁRIA NA CIDADE DE PELOTAS, RS.

Redução de sódio, açúcar e gordura na indústria. Desafios e tendências

VIDA DE PRATELEIRA DE PERA 'WILLIAMS' DESIDRATADA

MONITORAMENTO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DOS SUCOS DE FRUTA COMERCIALIZADOS EM UM CAMPUS UNIVERSITÁRIO NA CIDADE DE TERESINA-PI

TÍTULO: ACEITAÇÃO DE NOVOS REFRESCOS EM PÓ NOS SABORES UVA E LARANJA CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: CIÊNCIAS AGRÁRIAS

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

PROCEDIMENTO DE OPERAÇÃO PADRÃO - POP

FRUTAS E HORTALIÇAS EM CONSERVA

17 Processamento e Produtos

BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA HIGIÊNICO-SANITÁRIA 1

6PIV026 - Inspeção de Leite e Derivados LEITE UHT. Profa. Dra. Vanerli Beloti LIPOA UEL

kcal = 3284 kj g g 41

Contagem de coliformes totais e coliformes termotolerantes em alimentos. Prof a Leila Larisa Medeiros Marques

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE QUEIJO MINAS FRESCAL PRODUZIDOS POR PEQUENOS PRODUTORES RURAIS DO MUNICIPIO DE GUARAPUAVA E REGIÃO

PALAVRAS-CHAVE Ensino Técnico. Engenharia de Alimentos.

1. DESCRIÇÃO DO PRODUTO Molho emulsionado, óleo em água, com polpa de tomate, páprica e especiarias.

27/06/2011. Detalhes do Produto: FRUTA EM CALDA. Fruta em Calda: Classificação:

TÍTULO: DESENVOLVIMENTO DA POPULAÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS EM PATÊ DE PEITO DE PERU SABOR DEFUMADO DURANTE 45 DIAS DE ARMAZENAMENTO

I CICLO DE MINICURSOS DE INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA PROCESSAMENTO DE CHOCOLATE E MARSHMALLOW

PREMIAH! Açaí e Gelados da Amazôniah!

TÍTULO: APLICAÇÃO DE TÉCNICAS DE MICROBIOLOGIA PREDITIVA EM PATÊ DE PEITO DE PERU PARA BACTÉRIAS LÁTICAS

MANUAL DO ESTAGIÁRIO PARA ANÁLISES DE ALIMENTOS

ESTÁGIOS CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO PROFISSIONALIZANTE PROJETO SORBET DE JUÇARA

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE CHICÓRIA IN NATURA E MINIMAMENTE PROCESSADA

III CICLO DE MINICURSOS DE INTEGRAÇÃO UNIVERSIDADE-ESCOLA: MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS CONTAGEM DE BACTÉRIAS LACTICAS NO LEITE FERMENTADO

POTENCIAL ANTIBIÓTICO DE EXTRATO AQUOSO DE CASCAS DE CAJUEIRO SOBRE BACTÉRIAS DO GRUPO COLIFORMES PARA TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Aula Prática. - Preparo de meio de cultivo. - Influência da temperatura no crescimento de microrganismos

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO GABINETE DO MINISTRO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 23, DE 30 DE AGOSTO DE 2012

XI Encontro de Iniciação à Docência

BEBIDAS LÁCTEAS NÃO FERMENTADAS ADICIONADAS DE POLPA DE ABACATE: ANÁLISE DO PERFIL DE TEXTURA

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA EM BATATA PALITO PRÉ FRITA E CONGELADA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

UTILIZAÇÃO DE OZÔNIO COMO SANITIZANTE DE FRUTAS: EFEITO SOB AS ANTOCIANINAS TOTAIS DA AMORA-PRETA

CULTIVO, NUTRIÇÃO E MEIOS DE CULTURA UTILIZADOS NO CRESCIMENTO DE MICRORGANISMOS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO CALDO DE CANA EM FEIRAS LIVRES DO ESTADO DE RONDÔNIA

Base destinada para a preparação do meio para a diferenciação e identificação de bactérias coliformes baseadas na fermentação da lactose.

André Fioravante Guerra NMP/g ou ml de Coliformes a 35 e 45 C Valença, 1ª Edição, p. Disponível em:

Art. 3º Para efeito desta Instrução Normativa, as águas de coco são classificadas em:

FLUXOGRAMA DE PRODUÇÃO DE ALIMENTOS: n s u m o. A b a t e d o u r. n s u m i d. Alterações da Microbiota. Alteração da Qualidade Microbiológica

Controle de qualidade na produção leiteira: Análises Microbiológicas

Ficha Técnica de Produtos BLEND WHEY

MUVINLAX macrogol bicarbonato de sódio + cloreto de sódio + cloreto de potássio

MUVINLAX (macrogol bicarbonato de sódio + cloreto de sódio + cloreto de potássio) Libbs Farmacêutica Ltda.

Grupo: Andressa, Carla e Thalita. Sequência lógica de aplicação do sistemas de APPCC

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA CARNE BOVINA COMERCIALIZADA IN NATURA EM SUPERMERCADOS DO MUNICÍPIO DE ARAPONGAS-PR

Alves, E.N.; Henriques, L.S.V.; Azevedo, H.S.; Pinto, J.C.C.; Henry, F.C.

Curso de rotulagem geral de alimentos embalados. - 4º módulo -

REGULAMENTO TÉCNICO DE IDENTIDADE E QUALIDADE DE SORO DE LEITE 1. Alcance

Análise Técnica. Segurança Microbiológica de Molhos Comercializados em Embalagens Tipo Sache: Avaliação de um Abridor de Embalagens

Pesquisa de microrganismos indicadores de condições higiênico sanitárias em água de coco

Qualidade da Água dos Furos de Captação da FEUP

AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE BISCOITOS E EMPANADOS PROCESSADOS COM E SEM GLÚTEN A PARTIR DE FILÉ DE CARPA HÚNGARA (CYPRINUS CARPIO)

A QUÍMICA PRESENTE NAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS

QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE POLPA DE FRUTAS COMERCIALIZADAS NA CIDADE DE CAMPINA GRANDE, PB

Transcrição:

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( X ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA APOIO TÉCNICO AO PROJETO FÁBRICA DE OPORTUNIDADES FERREIRA, Camila 1 CHIQUETTO, Nelci Catarina 2 FAGUNDES, Nataly 3 AMÁBILI, Bruna 4 RESUMO Este trabalho é uma parceria da Universidade Estadual de Ponta Grossa com o Centro Evangélico Social e Educacional Semear (CESES) de Porto Amazonas. Os dirigentes do centro solicitaram apoio técnico para a UEPG na elaboração de formulações de geleia diet e na verificação da qualidade microbiológica dos produtos. As geleias foram preparadas a partir de polpas de frutas (ameixa, pêssego e kiwi), goma xantana, pectina comercial, sorbato de potássio, adoçante de mesa em pó e cloreto de cálcio. Foram feitas dez formulações, variando-se a concentração dos componentes adoçantes e de pectina até a obtenção de uma geleia com características sensoriais adequadas. A concentração de pectina variou de 0,1 % até 2,12 %; a goma xantana de 0,11 % até 1,104 %, o adoçante em pó de 1,08% até 10%. As análises microbiológicas foram feitas de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001 para verificação da presença de bolores, leveduras e coliformes no alimento. As amostras foram diluídas e foi feito plaqueamento superficial com meio de cultura de ágar batata dextrose. As placas foram incubadas e foi analisado o aparecimento de colônias típicas de bolores e leveduras. Para o teste de coliformes foi utilizada a técnica do método do Número Mais Provável. Todas as amostras estavam de acordo com os padrões estabelecidos pela legislação e foram consideradas seguras. PALAVRAS CHAVE Geleia diet. Qualidade microbiológica de geléia. Alimento seguro. 1 Acadêmica de engenharia de alimentos, camii_ferreira@hotmail.com 2 Doutora, professor adjunto, nelcichic@yahoo.com.br 3 Acadêmica de engenharia de alimentos, nataly_fagundes@yahoo.com.br 4 Acadêmica de engenharia de alimentos, bruna-amabili@hotmail.com

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Introdução O Projeto Apoio técnico ao projeto Fábrica de Oportunidades, é uma parceria com o Centro Evangélico Social e Educacional Semear (CESES) de Porto Amazonas, e tem como objetivos a geração de renda, oportunidade de trabalho, e educação para qualificação profissional. Foram identificadas as alternativas de solução prioritárias em termos de necessidades e definiu-se a estratégia de trabalho de apoio técnico aos processos de produção de geleias diet. O objetivo do projeto é elaborar novas formulações de geleias, adequação de rotulagem e embalagem dos produtos visando à produção de alimentos seguros e padronizados o que facilita a sua inclusão no mercado formal. A legislação brasileira define geléia como o produto obtido pela cocção de frutas inteiras ou em pedaços, polpa ou suco de frutas, com açúcar e água, sendo concentrada até adquirir consistência gelatinosa, não devendo ultrapassar 10 minutos em seu tempo de cocção para haver preservação dos aromas (BRASIL, 1978). Os principais constituintes de uma geleia são: frutas ou suco de frutas, açúcar, ácido e pectina. Segundo CRUESS (1973), uma geleia perfeita seria aquela com aspecto brilhante e cor atraente, e que quando retirada da embalagem deve conservar a forma sem escorrer. A geleia não deve ser açucarada ou pegajosa. De acordo com a ANVISA, o termo diet pode ser usado em dois tipos de alimentos: 1. Nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio); 2. Nos alimentos para dietas com ingestão controlada de alimentos (para controle de peso ou de açúcares). A aplicação do tratamento térmico em alimentos implica na redução da carga microbiana e na destruição de bactérias patogênicas. A intensidade desse tratamento térmico depende do ph, da composição e das características físicas do alimento e é resultado da combinação do controle de tempo e temperatura adequados (REES e BETTISON, 1994). O tratamento térmico utilizado na produção de geleias é o cozimento por fervura, e as características mais importantes desse tipo de tratamento são a natureza do meio de transferência de calor, temperatura e a duração do cozimento (BARUFFALDI, 1998). O meio de transferência de calor no caso do preparo de geleias é a água e a temperatura da superfície é de 100º C. Para uma grande parte dos alimentos o tratamento térmico atua em combinação com a redução da atividade de água o que implica na maior conservação do alimento (REES e BETTISON, 1994). No processo de produção de geleias, a redução de atividade de água é feita por concentração do alimento. Essa concentração corresponde à eliminação da umidade do alimento pelo fornecimento de calor ao produto (BARUFFALDI, 1998). O processo de concentração do produto tem vantagens como obtenção de produtos com características sensoriais agradáveis, redução da carga microbiana e maior período de vida útil do produto (EVANGELISTA, 1994). A definição de alimento seguro é aquele alimento que não oferece perigos à saúde e à integridade do consumidor. A importância de oferecer um alimento seguro está diretamente ligada à saúde de quem irá consumir o produto. As toxinfecções alimentares decorrem de vários fatores e seu grau de gravidade varia de acordo com o tipo do microrganismo e quantidade ingeridos, da multiplicação no organismo de quem o consumiu, da quantidade da toxina produzida pelo microrganismo e da sensibilidade do hospedeiro. Objetivos Desenvolver formulações de geleias diet e verificar a qualidade microbiológica dos produtos. Metodologia As geleias foram preparadas a partir de polpas de frutas (ameixa, pêssego e kiwi). Para a preparação das polpas, as frutas foram inicialmente higienizadas, descascadas, e trituradas congeladas até o momento do uso.

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 As geleias foram elaboradas nos laboratórios do CIPP do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Para a elaboração da geleia foi utilizado como estabilizante a Carboximetil celulose e Goma Xantana, pectina comercial (GENU Pectin tipo LM 102-AS) de baixa metoxilação, sorbato de potássio, adoçante de mesa em pó (composição: maltodextrina; edulcorantes artificiais, ciclamato de sódio, e sacarina sódica; edulcorantes naturais glicosídeos de steviol; antiumectante dióxido de silício Lowçucar), adoçante natural de mesa em pó (maltodextrina, edulcorantes artificiais, ciclamato de sódio e sacarina sódica - Stevine) e cloreto de cálcio. Variou-se a concentração dos componentes adoçantes e de pectina até a obtenção de uma geleia com características sensoriais adequadas. A concentração de pectina variou de 0,1 % até 2,12 %; a goma xantana de 0,11 % até 1,104 %, o adoçante em pó de 1,08% até 10%. A formulação com melhor aceitação foi 92,4% de polpa; 0,17% de sorbato de potássio; 0,36% de cloreto de cálcio; 1,15% de adoçante em pó natural; 4,6% de adoçante em pó; 1,2% de pectina; 0,12% de goma xantana. Primeiramente se adicionou a polpa de fruta e esta foi levada para o cozimento, e como a polpa estava congelada se fez a homogeinização antes da adição dos demais componentes. Quando a polpa já estava descongelada se adicionou a goma xantana. Após 5 minutos de cozimento o sorbato de potássio foi adicionado. A pectina foi dissolvida em água quente (mínimo de água possível para dissolver) juntamente com os adoçantes em pó, e estes foram adicionados depois de 7 minutos do tempo inicial. No tempo de 8 minutos o cloreto de cálcio foi adicionado totalizando 10 minutos de cozimento. Testes microbiológicos Os testes foram feitos seguindo-se a resolução da ANVISA RDC nº 12de 2 de janeiro de 2001. A resolução determina um limite de 10 4 unidades formadoras de colônias (UFC) por grama de produto para bolores e leveduras, e de 5 UFC por grama de produto para coliformes. Para a análise microbiológica, 25g de cada geleia foram colocados em 5 placas de petri previamente esterilizadas, foram armazenadas à temperatura ambiente e analisadas após 3, 7, 15 e 30 dias. Bolores e leveduras O meio de cultura utilizado para as análises foi o de batata dextrose (HIMEDIA) conforme as instruções do fabricante (39 g de meio para 1000 ml de água destilada). O meio de cultura foi acidificado com ácido tartárico da seguinte forma: o meio foi preparado, autoclavado e resfriado até uma de temperatura 44º C. Foi pipetado 0,5 ml de ácido tartárico 10% em cada placa de petri e depois o meio foi despejado (cerca de 25ml) na placa e homogeneizado com movimentos de 8. Para as análises, 25g de amostra foram diluídos em 225 ml de água peptonada 0,1% previamente preparada (1 g de peptona bacteriológica para 1000 ml de água destilada) e esterelizada. Foram feitas 4 diluições da amostra. Foi utilizado o método de plaqueamento de superfície. Foram pipetados 0,5 ml de cada diluição que foram transferidos para placas de Petri contendo o meio de cultura. As placas foram incubadas a temperatura média de 22ºC de 4 a 6 dias. Depois se verificou se houve o aparecimento de colônias típicas de bolores e leveduras. Coliformes totais e fecais A análise para coliformes totais e fecais foi feita utilizando o método do Número Mais Provável. Para o teste presuntivo foi utilizado o Caldo Lauril Sulfato Triptose (LST) conforme as instruções do fabricante (HIMEDIA 35,6g para cada 1000 ml de água destilada). O caldo foi colocado em tubos de ensaio (7 ml) com tubos de Durhan. A amostra foi diluída, e foi tranferido 1 ml de cada diluição para os tubos com Caldo LST. Os tubos foram incubados à 35ºC por 48 horas. Como no teste presuntivo não se verificou nenhum tubo positivo (tubos com produção de gás), indica que a amostra está livre de coliformes. Resultados

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Segundo a resolução ANVISA RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001, o número máximo de unidades formadoras de colônias permitida de bolores e leveduras para a geleia é de 10 4 UFC/g e produto. Não foi verificado o aparecimento de colônias típicas suficientes para que o a amostra de geleia fosse considerada como imprópria para o consumo, mesmo depois de 30 dias armazenamento em temperatura ambiente. O teste presuntivo da análise de coliformes indicou que a amostra estava de acordo com os parâmetros da legislação brasileira. Conclusões O trabalho foi satisfatório, pois alcançou o objetivo esperado. A geleia produzida pode ser considerada como um alimento seguro para o consumo. Foi possível determinar uma formulação de geleia que fosse adequada sensorialmente e esta formulação será repassada aos produtores. Com o projeto foi possível obter um grande aprendizado sobre o processamento de geleia e também sobre as análises microbiológicas do alimento. O trabalho também proporcionou uma experiência com relação às exigências da legislação brasileira sobre o produto bem como, e também um maior conhecimento sobre técnicas laboratoriais.

11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Referencias BARUFFALDI, Renato. Fundamentos de tecnologia de alimentos. 1º Edição. São Paulo. Editora Atheneu, 1998. CRUESS, Willian. Produtos Industriais de Frutas e Hortaliças. 1º Edição. São Paulo. Editora Edgard Blucher, 1973. EVANGELISTA, José. Tecnologia de Alimentos. 2º Edição. São Paulo. Editora Atheneu, 1994. REES, J. A. G. BETTISON, J. Procesado Térmico y Envasado de los Alimentos. 1º Edição. Zaragoza. Editora Acribia, 1994. Resolução ANVISA RDC nº 12 de 2 de janeiro de 2001. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/a47bab8047458b909541d53fbc4c6735/rdc_12_2001.p df?mod=ajperes Acesso em: Abril de 2013