IRPJ- TEORIA E PRÁTICA

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Transcrição:

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Profa. Cléber Barros AULA 52 27/09/2017 Direito TRIBUTÁRIO IRPJ parte 2 IRPJ- TEORIA E PRÁTICA Os regimes tributários da PJ são: Lucro real (são as empresas que mais pagam impostos neste regime tributário) Lucro presumido Lucro arbitrado Simples Nacional ATT: Planejamento tributário é personalizado. LUCRO REAL REGIMES TRIBUTÁRIOS Na tributação com base no lucro real, o imposto de renda incide sobre o resultado (lucro), efetivamente apurado pela pessoa jurídica, segundo sua escrituração contábil, atuando como um lucro líquido do período base ajustado pelas adições, exclusões ou compensações previstas ou autorizadas pela legislação. À opção do contribuinte, a adoção pelo Lucro Real pode ser mediante estimativa (recolhimento mensal) ou por trimestre. Normalmente somente as grandes empresas estão no Lucro Real. Lucro real é o lucro apurado, ou seja, o lucro contábil, onde há uma grande complexidade. PESSOAS JURÍDICAS OBRIGADAS AO LUCRO REAL A partir de 1999 estão obrigadas à apuração do lucro real, e, portanto, não podem optar pelo Lucro Presumido, as pessoas jurídicas (Lei 9.718/98, art. 14): I cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior a 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses - Lei 12.814/2013. II cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,

sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior IV que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do artigo 2 da Lei 9.430/1996; VI que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). O inciso I estabelece o valor do Lucro Real: Se a empresa tiver no Lucro Presumido e estourar o faturamento de 78 milhões/ano ou 6,5 milhões mensais, obrigatoriamente terá sua migração para o Lucro Real, isto ocorre para evitar fraude. O inciso II estabelece as empresas que obrigatoriamente devem estar no Lucro Real, todas ligadas ao ramo financeiro. O inciso III ganhos oriundos do exterior, também deve ter o Lucro Real como regime tributário. É muito importante analisar os incisos deste artigo 14 da Lei para saber se está dentro das condições de inclusões ou exclusões do regime. LUCRO REAL TRIMESTRAL A maioria das empresas brasileiras tem fraco movimento comercial nos meses de janeiro e fevereiro de cada ano. Isto provoca distorções tributárias, que devem ser levadas em conta na hora de optar pelas modalidades oferecidas pelo Regulamento do Imposto de Renda. Na opção pelo Lucro Real Trimestral, há limitações específicas e a empresa pode acabar pagando mais IR e CSLL, conforme veremos a seguir. Isto porque, se 1º trimestre do ano da opção houver prejuízo fiscal, o mesmo só poderá ser compensado em até 30% do Lucro Real dos trimestres seguintes. Na forma de estimativa mensal (utilizando-se balancetes de suspensão), paga-se menor imposto.

ATT: Temos 04 trimestres no ano, desta forma a cada trimestre é apurado os impostos devidos conforme o faturamento do trimestre. Existe um teto muito pequeno (30%) que poderá ser compensado para os trimestres seguintes. O Lucro Real com estimativa mensal é menor o pagamento dos impostos. LUCRO REAL ANUAL No lucro real anual por estimativa, a empresa pode recolher os tributos mensalmente calculados com base no faturamento, de acordo com percentuais sobre as atividades, aplicando-se a alíquota do IRPJ e da CSLL, de forma semelhante ao Lucro Presumido. Nesta opção, a vantagem é a possibilidade de levantar balanços ou balancetes mensais, reduzindo ou suspendendo-se o valor do recolhimento, caso o lucro real apurado for efetivamente menor que a base presumida. No final do ano, a empresa levanta o balanço anual e apura o lucro real no exercício, ajustando o valor dos tributos ao seu resultado real. Exemplo: 1a Opção: Lucro Real Trimestral: Prejuízo Fiscal no 1º trimestre/20xx: R$ 500.000,00 Lucro Real no 2º trimestre/20xx: R$ 100.000,00 Prejuízo compensável 30% de R$ 100.000,00 = R$ 30.000,00 Lucro Real após a compensação de prejuízo do 1º trimestre = R$ 70.000,00 IRPJ e CSLL a pagar: R$ 70.000,00 x 15% IRPJ + 9% CSLL + (R$ 70.000,00 R$ 60.000,00) x 10% Adicional IRPJ = R$ 17.800,00 A compensação só pode ser em 30% do lucro obtido, sendo que 70 mil será a base de cálculo, sendo que a alíquota de 15% de IRPJ é feita somente até 60 mil, neste caso ultrapassou 10 mil. 2a Opção: Lucro Real Anual (com balancetes de suspensão mensais): Se a empresa optasse pelo Lucro Real Anual, poderia levantar balancetes mensais, suspendendo o IRPJ e a CSL. Neste caso, o prejuízo em 30.06.20X1 seria de: R$ 500.000,00 (de 01.01.20X1 a 31.03.20X1) menos R$ 100.000,00 (de 01.04.20X1 a 30.06.20X1) = R$ 400.000,00 de prejuízo. IRPJ e CSLL a pagar: ZERO.

Nota-se que o Lucro Real Anual nesta situação é mais vantajoso que a apuração trimestral, pois, poderá utilizar o prejuízo nos próximos meses até zerar o prejuízo. LEVANTAMENTO DE BALANCETES DE SUSPENSÃO Medida imprescindível para o acompanhamento do planejamento fiscal do IRPJ e CSL devidos por estimativa, é realizar, mensalmente, a comparação dos referidos recolhimentos com aqueles efetivamente gerados pelos resultados da empresa. Obviamente, sempre escolher a opção que resultar menor valor a recolher. Exemplo: Recolhimentos do IRPJ e CSL de janeiro a maio/20x1: IRPJ: R$ 213.000; CSLL R$ 97.000. Valor do IRPJ e CSLL devidos pelo Lucro Real no balancete de junho/20x1: IRPJ R$ 192.000; CSLL R$ 89.000. Conclusão: em julho/20x1 (base da estimativa: junho/20x1) a empresa poderá SUSPENDER o recolhimento por estimativa, tanto do IRPJ quanto da CSLL, por já haver recolhido, no ano, valor superior ao devido em balancete levantado no período, conforme regras fiscais. LUCRO PRESUMIDO É uma forma de tributação onde se usa como base de cálculo do imposto um percentual sobre a receita bruta. Compreende receita bruta o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta alheia. PESSOAS JURÍDICAS AUTORIZADAS A OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja inferior a 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais), ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, e que não esteja sujeita à obrigatoriedade pelo lucro real, poderá optar pelo lucro presumido - Lei 12.814/2013. COMPARATIVO OMPARATIVO ENTRE O LUCRO REAL E O LUCRO PRESUMIDO Lucro Presumido Para cálculo do IRPJ, será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas: O valor resultante é a aplicação dos percentuais abaixo conforme atividade:

I- 8% na venda de mercadorias e produtos; II- 1,6% na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural; III- 16% na prestação de serviços de transporte, exceto de cargas; IV- 8% na prestação de serviços de transporte de cargas, serviços hospitalares; V- 32% na prestação de demais serviços, exceto a de serviços hospitalares; VI- 16% na prestação de serviços em geral das pessoas jurídicas com receita bruta anual de até R$ 120.000; VII- 8% na venda de imóveis das empresas com esse objeto social". Lucro Presumido II - os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo inciso anterior, auferidos no mesmo período; III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável. Após a determinação do lucro presumido (base de cálculo), aplica-se a alíquota de 15% para obter o IRPJ devido. Estarão sujeitas ao adicional de IRPJ, as empresas em que o Lucro Presumido trimestral ultrapasse a R$ 60.000,00. Essas empresas deverão pagar um adicional de 10% sobre o que exceder a R$ 60.000,00 no trimestre. Para cálculo da CSLL, será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas: I - As pessoas jurídicas que tiverem receita bruta proveniente do exercício de mais de uma atividade, a base de cálculo da CSLL serão apuradas mediante aplicação do percentual de 32% sobre a receita bruta da atividade enquadrada no inciso III, do art. 15 da Lei no 9.249 /95 e de 12% sobre a receita bruta das demais atividades. II - ganhos de capital (lucros) obtidos na alienação de bens do ativo permanente e de aplicações em ouro não caracterizado como ativo financeiro; III - os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda variável; Após a determinação do lucro presumido (base de cálculo), aplica-se à alíquota de 9% para obter a CSLL devida. São obrigadas ao recolhimento do PIS a uma alíquota de 0,65% da Receita Bruta e COFINS a uma alíquota de 3% da Receita Bruta. Lucro Real X Lucro Presumido Vamos imaginar uma empresa com faturamento de vendas de mercadorias no valor de R$ 50.000,00 e 50.000,00 de vendas de serviços, custo de mercadorias no valor de 40.000,00, custo dos serviços 10.000,00 e despesas dedutíveis no valor de 20.000,00 observe abaixo como fica a tributação no Lucro Real e no Lucro Presumido: Lucro Real PIS/COFINS Sobre o Faturamento de 50.000,00 de venda de mercadorias e 50.000,00 sobre venda de serviços, seremos tributados em R$ 1.650,00 de PIS (100.000,00 x 1,65%) e R$ 7.600,00 de COFINS (100.000,00 x 7,60%). Lucro Real IRPJ/CSLL Para calcular o IRPJ devemos chegar ao valor do lucro para aplicarmos o percentual de 15% de IRPJ e CSLL de 9%.

Receita de Vendas - Impostos diretos - Custos - Despesas = Lucro 100.000,00-1.650,00-7.600,00-50.000,00-20.000,00 = 20.750,00 IRPJ = 20.750,00 x 15% = 3.112,50 CSLL = 20.750,00 x 9% = 1.867,50 O IRPJ adicional deve se verificar se ultrapassa o limite de 20.000,00 ao mês ou 60.000,00 no trimestre e o que exceder este valor deve ser aplicado à alíquota de 10%. IRPJ Adicional = 20.750,00-20.000,00 = 750,00 x 10% = 75,00 Lucro Presumido: PIS/COFINS Sobre o Faturamento de 50.000,00 de venda de mercadorias e 50.000,00 sobre venda de serviços, seremos tributados em R$ 650,00 de PIS (100.000,00 x 0,65%) e R$ 3.000,00 de COFINS (100.000,00 x 3,00%). IRPJ/CSLL No caso do Lucro presumido devem ser utilizadas as alíquotas de lucro presumido por atividade, conforme demonstramos acima: Venda de mercadorias = 50.000,00 x 8% = 4.000,00 x 15% = 600,00 Venda de serviços = 50.000,00 x 32% = 16.000,00 x 15% = 2.400,00 Total de IRPJ = 3.000,00 Venda de mercadorias = 50.000,00 x 12% = 6.000,00 x 9% = 540,00 Venda de serviços = 50.000,00 x 32% = 16.000,00 x 9% = 1.440,00 Total de CSLL = 1.980,00 O planejamento tributário é uma estratégia legal para a empresa estar no regime tributário mais adequado.

Com a criação das oito empresas, configurou uma simulação, sendo desconsiderado todo o negócio jurídico realizado com as 08 empresas e a tributação foi pelo lucro real com multa, veja o voto abaixo:

LUCRO ARBITRADO O lucro arbitrado será a base de cálculo do IRPJ em casos excepcionais, quando não for possível apurar adequadamente o imposto com base no lucro real ou presumido. Exemplo 1: descumprimento das obrigações acessórias pelo contribuinte que deveria ser tributado com base no lucro real. Tais obrigações incluem a manutenção de escrituração contábil de acordo com a legislação comercial e fiscal; a não elaboração ou não apresentação das demonstrações exigidas, entre outras. Exemplo 2: existência de fraude ou vícios comprometedores da idoneidade da apuração. Exemplo 3: quando haja opção indevida do contribuinte pelo lucro presumido como empresa de factoring (art. 192 do Regulamento do IR).

ABRANGÊNCIA DO REGIME Tributos Abrangidos (Artigo 13 LC 123/2006 e Artigo 5 Resolução CGSN 94/2011) O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, exceto o IPI pago na importação; III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, exceto a paga na importação; V - Contribuição para o PIS/Pasep, exceto o pago na importação; VI - Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, composta de: a) cota patronal; b) SAT; c) contribuições aos segurados contribuintes individuais; d) contribuição devida pela pessoa que tomou serviço de cooperativa prestado por cooperado, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do 1º e no 2º do art. 17 desta Lei Complementar. OPÇÃO PELO REGIME SIMPLIFICADO Art.16 A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário. Regra geral, a opção deverá ser realizada até o último dia útil do mês de janeiro, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. Ou seja, a opção formalizada até 31 de janeiro de 2017, produzirá efeitos desde 1º de janeiro de 2017.

QUANDO OPTAR? A opção pelo pagamento do IRPJ e CSLL com base no lucro presumido ou no lucro real é feita com o pagamento da DARF da 1ª parcela do IRPJ Trimestral (lucro presumido) / mensal ou trimestral (lucro real) e é válida para todo ano calendário, não podendo ser mais alterada em qualquer mês do ano. A opção pelo Simples Nacional dar-se-á por meio da internet, sendo irretratável para todo o ano-calendário. Regra geral, a opção deverá ser realizada até o último dia útil do mês de janeiro, produzindo efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. Ou seja, a opção formalizada até 31 de janeiro de 2017, produzirá efeitos desde 1º de janeiro de 2017. BONS ESTUDOS!!! MONITORIA: CRISTINA CASARES