ANO XXV ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 40/2014

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Transcrição:

ANO XXV - 2014-1ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2014 BOLETIM INFORMARE Nº 40/2014 ASSUNTOS TRABALHISTAS LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO OBRIGATORIEDADE...Pág.1198 SIPAT - SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO - OBRIGATORIEDADE E CONSIDERAÇÕES...Pág.1202

ASSUNTOS TRABALHISTAS Sumario 1. Introdução 2. Livro De Inspeção Do Trabalho 2.1 Especificações Do Livro 2.1.1 - Termos De Abertura E Encerramento 2.2 - Autenticarão O Livro De Inspeção Do Trabalho Desnecessária 3. Obrigatoriedade 3.1 - Mais De Um Estabelecimento, Filial Ou Sucursal 4. Não Estão Obrigadas 5. Penalidades 6. Agentes Encarregados Da Inspeção 1. INTRODUÇÃO LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO Obrigatoriedade O empregador tem algumas obrigações em relação à fiscalização do trabalho, e nesta matéria será tratada sobre uma delas que é o livro de inspeção do trabalho, com suas considerações e obrigatoriedade. As legislações que dispõe sobre o livro de inspeção do trabalho é a Portaria nº 3.158 de 18 de maio de 1971 e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 2. LIVRO DE INSPEÇÃO DO TRABALHO Considerando que os 1º e 2º do art. 628, da Consolidação das Leis do Trabalho, com a redação dada pelo Decreto-lei n 229, de 28 de fevereiro de 1967, prevêem a existência de um livro denominado "Inspeção do Trabalho", para o registro das inspeções efetuadas. (Portaria nº 3.158 de 18 de maio de 1971). Nesse livro, registrará o agente da inspeção sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora do início e término da mesma, bem como o resultado da inspeção nele consignando, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas, com os respectivos prazos para seu atendimento, e, ainda, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional ( 2º, do artigo 628, da CLT). 2.1 Especificações do Livro Segue abaixo as especificações do livro de inspeção do trabalho (Artigo 1º, da Portaria nº 3.158/1971): a) o livro deverá ser encadernado, em cor escura, tamanho 22 x 33 cms; b) conterá o livro 100 (cem) folhas numeradas tipograficamente, em papel branco acetinado, encorpado e pautado, conforme modelo nº 1, que acompanha esta Portaria; c) as folhas 1 (um) e 100 (cem), conterão, respectivamente, os termos de abertura e encerramento, efetuados pela empresa ou empregador, conforme modelo números 2 e 3. (Ver item 7 desta matéria). 2.1.1 - Termos de Abertura e Encerramento Conforme a alínea c do subitem 2.1 o livro de inspeção do trabalho tem que ter termos de abertura e de encerramento, conforme os modelos 2 e 3 da Portaria nº 3.158/1971 (Verificar também o item 7 desta matéria). 2.2 - Autenticarão o Livro de Inspeção do Trabalho Desnecessária Os Agentes da Inspeção do Trabalho relacionados nas alíneas "a" a "d", do inciso II, do art. 2º do Decreto n.º 55.841, de 15 de março de 1965, quando de sua visita ao estabelecimento empregador, autenticarão o Livro de Inspeção do Trabalho que ainda não tiver sido autenticado, sendo desnecessária a autenticação pela unidade regional do Ministério do Trabalho. (Artigo 2º, da Portaria n 3.158/1971). 3. OBRIGATORIEDADE De acordo com o artigo 628, 1º da CLT as empresas estão obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do Trabalho". TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1198

Art. 628-1º - da CLT. Ficam as empresas obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do Trabalho", cujo modelo será aprovado por portaria Ministerial. 3.1 - Mais de um Estabelecimento, Filial ou Sucursal As empresas ou empregadores que mantiverem mais de um estabelecimento, filial ou sucursal, deverão possuir tantos livros "Inspeção do Trabalho" quantos forem seus estabelecimentos. (Artigo 3º, da Portaria nº 3.158/1971). 4. NÃO ESTÃO OBRIGADAS As microempresas e as empresas de pequeno porte são dispensadas de possuir o livro de Inspeção do Trabalho, conforme estabelece o artigo 51, da LC n 123/2006. 5. PENALIDADES O não cumprimento referente a esta matéria, conforme o artigo 5º, da Portaria n 3.158/1971 configurará infração dos artigos 628 e 630, da Consolidação das Leis do Trabalho, conforme o responsável, sujeitando-se este às penalidades previstas nos -- 3, do artigo 628 e 6º do artigo 630, do referido diploma legal. Art. 628 - Salvo o disposto nos arts. 627 e 627-A a toda verificação em que Auditor Fiscal do Trabalho concluir pela existência de violação de preceito legal deve corresponder, sob pena de responsabilidade administrativa, a lavratura do auto de infração. 1º - Ficam as empresas obrigadas a possuir o livro intitulado "Inspeção do Trabalho", cujo modelo será aprovado por portaria Ministerial. 2º - Nesse livro, registrará o agente da inspeção sua visita ao estabelecimento, declarando a data e a hora do início e término da mesma, bem como o resultado da inspeção nele consignando, se for o caso, todas as irregularidades verificadas e as exigências feitas, com os respectivos prazos para seu atendimento, e, ainda, de modo legível, os elementos de sua identificação funcional. 3º - Comprovada a má-fé do agente da inspeção, quanto à omissão ou lançamento de qualquer elemento no livro, responderá ele por falta grave no cumprimento do dever, ficando passível, desde logo, da pena de suspensão até 30 (trinta) dias, instaurando-se, obrigatoriamente, em caso de reincidência, inquérito administrativo. 4º - A lavratura de autos contra empresas fictícias e de endereços inexistentes, assim como a apresentação de falsos relatórios, constituem falta grave, punível na forma do 3º. Art. 630 - Nenhum agente da inspeção poderá exercer as atribuições do seu cargo sem exibir a carteira de identidade fiscal, devidamente autenticada, fornecida pela autoridade competente. 1º - É proibida a outorgada de identidade fiscal a quem não esteja autorizado, em razão do cargo ou função, a exercer ou praticar, no âmbito da legislação trabalhista, atos de fiscalização. 2º - A credencial a que se refere este artigo deverá ser devolvida para inutilização, sob as penas da lei, em casos de provimento em outro cargo público, exoneração ou demissão, bem como nos de licenciamento por prazo superior a 60 (sessenta) dias e de suspensão do exercício do cargo. 3º - O agente da inspeção terá livre acesso a todas as dependências dos estabelecimentos sujeitos ao regime da legislação, sendo as empresas, por seus dirigentes, ou prepostos, obrigadas a prestar-lhe os esclarecimentos necessários ao desempenho de suas atribuições legais e a exibir-lhe, quando exigidos, quaisquer documentos que digam respeito ao fiel cumprimento das normas de proteção ao trabalho. 4º - Os documentos sujeitos à inspeção deverão permanecer, sob as penas da lei, nos locais de trabalho, somente se admitindo, por exceção, a critério da autoridade competente, sejam os mesmos apresentados em dia hora previamente fixados pelo agente da inspeção. 5º - No território do exercício de sua função, o agente da inspeção gozará de passe livre nas empresas de transportes, públicas ou privadas, mediante a apresentação da carteira de identidade fiscal. 6º - A inobservância do disposto nos 3º, 4º e 5º configurará resistência ou embaraço à fiscalização e justificará a lavratura do respectivo auto de infração, cominada a multa de valor igual a meio (1/2) salário mínimo TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1199

regional até 5 (cinco) vezes esse salário, levando-se em conta, além das circunstâncias atenuantes ou agravantes, a situação econômico-financeira do infrator e os meios a seu alcance para cumprir a lei. 7º - Para o efeito do disposto no 5º, a autoridade competente divulgará, em janeiro e julho de cada ano, a relação dos agentes da inspeção titulares da carteira de identidade fiscal. 8º - As autoridades policiais, quando solicitadas, deverão prestar aos agentes da inspeção a assistência de que necessitarem para o fiel cumprimento de suas atribuições legais. 6. AGENTES ENCARREGADOS DA INSPEÇÃO Os agentes encarregados da inspeção das normas de proteção ao trabalho obedecerão às instruções constantes do anexo I, na ocasião da inspeção efetuada. (Artigo 4º, da Portaria nº 3.158/1971). ANEXO 1 Instruções, a que se refere o art. 4º, da Portaria Ministerial nº.3.158 de.18 de maio de 1971. 1) O Termo do Registro da Inspeção do Trabalho deverá ser lavrado pelo Agente da Inspeção do Trabalho que proceder à visita. Quando for mais de um Agente a fazê-la, um deles se encarregará da lavratura do Termo, assinando-o ambos. 2) Nesse Termo deverão ficar consignadas todas as irregularidades encontradas no estabelecimento visitado, relacionando-as nos itens, que se contêm no corpo do mesmo. 3) Revogado.pela Portaria n.º 3.006, de 7 de janeiro de 1982 (DO. 12-1-1982) 4) Lavrado o auto, procederá o Agente à entrega de sua primeira via à repartição competente, dentro do prazo de 48 horas; 5) Quando da visita procedida não for encontrada qualquer irregularidade, o agente riscará no corpo do Termo todas as linhas em branco. 6) Quando forem apreendidos materiais e substâncias utilizadas, lavrará o Agente o competente Termo de Apreensão na forma do modelo nº 4. 7) Os casos omissos serão dirimidos pelo Delegado Regional do Trabalho, com recurso para o Diretor-Geral do Departamento Nacional do Trabalho. 7. MODELOS MODELO Nº 1 TERMO DE REGISTRO DE INSPEÇÃO Data:.../.../.../ Hora do início:... Término... Nome do Agente da Inspeção do trabalho:... Matrícula:... Cargo ou função:... Documentos exigidos:... 1 - Livro ou Fichas de Registro de Empregados ( ) 2 - Comprovante da Contribuição Sindical (Patronal) - Ano ( ) 3 - Comprovante da Contribuição Sindical (Empregados) - Ano ( ) 4 - Relação de Empregados que recolheram a contribuição Sindical ( ) 5 - Relação de Empregados (Lei de 2/3) - Ano ( ) TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1200

6 - Cadastro Permanente de Admissão e Dispensas ( ) 7 - Relação de Empregados Menores - Ano ( ) 8 - Acordo para Prorrogação da Duração do Trabalho ( ) 9 - Acordo para Compensação da Duração do Trabalho ( ) 10 - Escala de revezamento ( ) 11 - Ficha ou Papeleta de Horário de Serviço Externo ( ) 12 - Recibo de férias - Ano ( ) 13 - Folhas de Pagamento - ( ) 14 - Atestados Médicos de Admissão dos Empregados ( ) 15 - Convênio da Aprendizagem com o SENAI ou SENAC ( ) 16 - E mais:...( )...( )...( ) Prazos concedidos:... Irregularidades encontradas :... Autos de Infração lavrados... Orientação dada:... N de empregados em atividade:... Maiores:... Menores:... Mulheres:... Agente da Inspeção do Trabalho MODELO N 2 LIVRO DA INSPEÇÃO DO TRABALHO Termo de Abertura Contém o presente livro 100 folhas, numeradas tipograficamente de 1 à 100 e servirá para Registro da Inspeção do Trabalho, na conformidade, do - 1, art. 628 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452. de 1º de maio de 1943 e alterada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 e alterada pelo Decreto-lei nº 229, de 28 de fevereiro de 1967. Este livro destina-se ao estabelecimento da... sito na rua... nº... Matrícula no INPS nº... C.G.C. nº..., e está devidamente autenticado em todas as suas folhas, para os efeitos legais. Data Empregador: D.O.U. 24/05/71 MODELO Nº 3 TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1201

LIVRO DA INSPEÇÃO DO TRABALHO TERMO DE ENCERRAMENTO Este livro, preenchidas as suas 100 folhas fica nesta data encerrado. Data: Empregador ou preposto MODELO Nº 4 TERMO DE APREENSÃO As... horas e... minutos do dia... de... de 19..., eu, abaixo-assinado, legalmente Investido nas funções de Agente da Inspeção do Trabalho, com exercício... fiscalizando... situado... nº... C.G.C. n... Matrícula no INPS nº... apreendi, com base na alínea c do art. 8º do Regulamento da Inspeção do Trabalho, aprovado pelo Decreto nº 55.841, de 15 de março de 1965, para analise, as amostras de materiais e substâncias utilizadas, a seguir discriminadas..., tendo, consequentemente, lavrado o Presente termo, em duas vias, entregando a segunda ao interessado, mediante recibo passado na primeira delas, a fim de remetê-la à autoridade competente. Fundamentos legais: Citados no texto. Sumário SIPAT - SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO Obrigatoriedade e Considerações 1. Introdução 2. CIPA 3. SESMT 4. SIPAT - Semana Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho 4.1 Conceito 4.2 - Obrigatoriedade 4.3 Objetivo 5. Temas Que Podem Ser Abordados Na SIPAT 6. Segurança E Medicina Do Trabalho 6.1 - Higiene Do Trabalho 6.2 Ergonomia 6.3 - Obrigações E Responsabilidade Do Empregador 6.4 - Obrigações Do Empregado 7. Investimentos Da Empresa Na Segurança Do Trabalho 8. Análise Preventiva De Riscos 9. Identificação E Avaliação Dos Riscos 10. Monitoramento Da Exposição Dos Trabalhadores Aos Agentes De Riscos 11. Fiscalização E Penalidades 1. INTRODUÇÃO De acordo com a Legislação Trabalhista, as empresas devem criar uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, conforme determinação da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1976, regida pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, e regulamentada pela NR-5 (Norma Regulamentadora) do Ministério do Trabalho. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT (NR 1). As empresas que estão obrigadas a constituir CIPA devem realizar anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), pois é uma campanha obrigatória realizada pela CIPA, a cada gestão, TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1202

desenvolvendo palestras com temas voltados para segurança e saúde do trabalhador, e a sua realização pode ser em qualquer mês no ano. A função da semana da SIPAT é desenvolver palestras com assuntos direcionados à grande importância na conservação e proteção da segurança, da saúde e da integridade física dos trabalhadores. 2. CIPA A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores têm como finalidade prevenir acidentes do trabalho, das doenças decorrentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. A CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes é um instrumento que os trabalhadores têm para prevenir os acidentes do trabalho, as doenças decorrentes do trabalho e das condições do ambiente do trabalho, e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança (NR 5). A CIPA é a comissão constituída por representantes do empregador e dos empregados, que, juntamente com o SESMT - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho, regulamentado pela NR-4, deverá desenvolver ações para precaver acidentes e doenças, com a finalidade de preservar a saúde dos trabalhadores, tendo como obrigação promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT. Conforme a CLT, artigo 163 será obrigatória a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou locais de obra nelas especificadas. A CIPA tem por atribuição identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de risco, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho). A CIPA terá por atribuição entre outras, promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho SIPAT. Observação: Matéria completa sobre a CIPA, se encontra no Boletim INFORMARE n 28/2014, em assuntos trabalhistas. 3. SESMT O SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), regulamentado pela Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1978, Norma Regulamentadora 4 (NR-4), e pelo artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT tem como objetivo promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. Art. 162 da CLT. As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) Parágrafo único - As normas a que se refere este artigo estabelecerão: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) a) classificação das empresas segundo o número de empregados e a natureza do risco de suas atividades; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) b) o numero mínimo de profissionais especializados exigido de cada empresa, segundo o grupo em que se classifique, na forma da alínea anterior; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) c) a qualificação exigida para os profissionais em questão e o seu regime de trabalho; (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977) d) as demais características e atribuições dos serviços especializados em segurança e em medicina do trabalho, nas empresas. (Incluída pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). 4. SIPAT - SEMANA INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO 4.1 Conceito TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1203

SIPAT - Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é uma semana voltada à prevenção de acidentes do trabalho e também de doenças ocupacionais, na qual a empresa proporciona aos seus trabalhadores períodos de informações a respeito de prevenção e conscientização quanto à segurança e acidentes no trabalho. 4.2 - Obrigatoriedade As empresas que estão obrigadas a constituir CIPA devem realizar anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), pois é uma campanha obrigatória realizada pela CIPA, a cada gestão, desenvolvendo palestras com temas voltados para segurança e saúde do trabalhador, e a sua realização pode ser em qualquer mês no ano. Ressalta-se que SIPAT é um programa obrigatório, previsto na Legislação Trabalhista. Conforme a Norma Regulamentadora (NR-5), em seu item 5.16, alíneas o e p, a CIPA terá por atribuição: promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT, e participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS. 4.3 Objetivo A semana da SIPAT tem como objetivo principal transmitir informações importantes para a saúde do trabalhador, como também integrar e conscientizá-los a respeito da importância de conservar e proteger a sua saúde e a sua integridade física, referente aos fatores de risco do ambiente de trabalho. E os objetivos que o empregador deva alcançar com a realização da semana da SIPAT precisam ser previstos conforme a realidade de cada empresa. Durante a semana são ministradas palestras, cursos e seminários, como também outras atividades, sempre por profissionais capacitados, tornando o ato da prevenção de acidentes de trabalho componente da jornada diária, pois o objetivo é orientar e conscientizar os empregados sobre a importância da prevenção de acidentes e doenças no ambiente do trabalho e fazer com que eles resgatem valores esquecidos pelo corre-corre do dia-a-dia, ou seja, que pratiquem segurança. Os assuntos abordados durante a semana da SIPAT são relacionados com a saúde e segurança do trabalho, buscando a efetiva participação dos trabalhadores e também envolvendo os diretores, gerentes e familiares, que poderão ser conforme os temas citados no item 5 (Temas Que Podem Ser Abordados Na SIPAT) desta matéria. 5. TEMAS QUE PODEM SER ABORDADOS NA SIPAT As palestras referentes à semana da SIPAT podem ser realizadas com temas variados, e conforme a realidade de cada empresa. Segue abaixo alguns temas: a) SIPAT (conceito, objetivos, outros); b) Atos Inseguros; c) Prevenção de Acidentes; d) Princípios Básicos de Segurança; e) Condições Inseguras no ambiente de trabalho; f) Segurança no Trabalho; g) Princípios de Combate a Incêndio; h) O significado de Mapa de Riscos; i) AIDS; j) Doenças Sexualmente Transmissíveis; k) Noções Básicas de Primeiros Socorros; l) O significado de Toxicologia; TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1204

m) Ergonomia no ambiente de trabalho; n) Stress; o) Saúde Mental Psicologia do Trabalho; p) Alcoolismo; q) Tabagismo; r) Drogas; s) Alimentação Saudável; t) Entre outros. 6. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO Segurança no trabalho são todas as medidas e formas de proceder que visem à eliminação dos riscos de acidentes. E, para ser eficaz, a Segurança devem agir sobre homens, máquinas e instalações, levando em consideração todos os pormenores relativos às atividades humanas. Segurança do trabalho é um conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e também a proteção da integridade e da capacidade de trabalho do próprio trabalhador. As Normas Regulamentadoras - NR, relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT (NR 1). NR 1, item 1.3. A Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional. NR 1, item 1.3.1 Compete, ainda, à Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho SSST conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho. A segurança do trabalho estuda várias disciplinas, tais como: a) Introdução à Segurança; b) Higiene e Medicina do Trabalho; c) Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações; d) Comunicação e Treinamento; e) Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias; f) Proteção do Meio Ambiente; g) Ergonomia e Iluminação; h) Proteção contra Incêndios; i) Explosões e Gerência de Riscos; j) Assédio moral no ambiente de trabalho, seus reflexos na saúde do trabalhador e de como a vítima pode se defender; k) Entre outros. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1205

Observação: Matéria sobre Segurança e Medicina do Trabalho, se encontra no Boletim INFORMARE n 18/2014, em assuntos trabalhistas. 6.1 - Higiene do Trabalho A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando à redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A higiene no trabalho consiste em combater as doenças profissionais. A Higiene do Trabalho é um componente da medicina do trabalho, limitada às medidas preventivas, enquanto que a medicina do trabalho compreende as providências curativas. A Norma Regulamentadora 24 (NR 24) dispõe sobre as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. Doença ocupacional é aquela que brota em consequência da atividade laborativa exercida por um determinado indivíduo. As doenças ocupacionais consideram-se acidentes de trabalho, para fins previdenciários e de responsabilidade patronal. É o gênero que possui duas espécies: as doenças profissionais e as doenças do trabalho. 6.2 Ergonomia Ergonomia é a disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre seres humanos e outros elementos de um sistema, e também é a profissão que aplica teoria, princípios, dados e métodos para projetar a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho geral de um sistema. Os ergonomistas contribuem para o projeto e avaliação de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torná-los compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas. A Norma Regulamentadora 17 (NR 17) tem em vista estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho (NR 17, item 17.1.1). Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido na NR 17, que será nesta matéria (NR 17, item 17.1.2). Observação: Matéria sobre ergonomia, se encontra no Boletim INFORMARE nº 43/2013, em assuntos trabalhistas. 6.3 - Obrigações e Responsabilidade do Empregador A Consolidação das Leis do Trabalho CLT, artigo 157 e as Normas Regulamentadoras, estabelecem que a empresa tem o dever de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho, pois reduzem a probabilidade de ocorrer os acidentes de trabalho e também as doenças ocupacionais. Art. 157, CLT - Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. As empresas têm por obrigação cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho, instruindo os empregados, através de ordens de serviço, ressaltando as precauções a serem tomadas no sentido de evitar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, adotando as medidas determinadas pelo órgão regional competente e também de facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Como também permitir TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1206

que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. E determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. (NR 1, item 1.7, conforme abaixo, alíneas a a e ). Cabe ao empregador, além das obrigações já citadas, informar aos trabalhadores: a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; Obs.: Com a alteração dada pela Portaria n.º 84, de 04/03/09, todos os incisos (I, II, III, IV, V e VI) desta alínea foram revogados. c) informar aos trabalhadores: I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa; III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho. d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho; e) determinar procedimentos que devem ser adotado. 6.4 - Obrigações do Empregado Os empregados têm por obrigação observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais e também colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos legais envolvendo segurança e medicina do trabalho. Conforme estabelece o artigo 158 da CLT cabe aos empregados: I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Cabe ao empregado, conforme a NR 1, item 1.8, também: a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; b) usar o EPI fornecido pelo empregador; c) submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR; d) colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras NR. Importante: Vale ressaltar, que o não-cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente (NR 1, item 1.9). TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1207

A segurança no trabalho é um dos temas importantes que devem estar presentes em todas as discussões nas comissões de trabalho e Norma Regulamentadora. A NR 28 trata sobre a fiscalização e penalidades. 7. INVESTIMENTOS DA EMPRESA NA SEGURANÇA DO TRABALHO A empresa deve investir na segurança dos seus trabalhadores e o trabalhador deve participar. Com essa integração propiciam aos seus empregados senso crítico de enxergarem os problemas antes que eles aconteçam, evitando perdas de vidas, mutilações, incapacidades para o trabalho, afastamentos. E as empresas que investirem mais em prevenção e protegem a saúde do seu trabalhador consegue obter índices mais baixos, ou até mesmo anular a ocorrência de acidentes ou doenças ocupacionais. O investimento em segurança do trabalho pode significar uma economia considerável para as empresas, referente ao pagamento da contribuição previdenciária, isso se dá através da verificação do FAP (Fator Acidentário de Prevenção). FAP (Fator Acidentário de Prevenção) é um multiplicador de alíquota RAT/SAT, que irá permitir que, por setor de atividade econômica, as empresas que melhor preservarem a saúde e a segurança de seus trabalhadores tenham descontos na referida alíquota de contribuição (Resolução MPS/CNPS nº 1.308/2009). O objetivo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do trabalhador, estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade. Observação: Matéria sobre FAP, vide Boletim INFORMARE nº 48/2013, em assuntos previdenciários. 8. ANÁLISE PREVENTIVA DE RISCOS Análise preventiva de risco, é o estudo realizado na empresa de forma geral, para poder identificar os riscos e perigos expostos a cada tarefa realizada, no ambiente de trabalho, a utilização de equipamentos, entre outras atividades. Essa análise preventiva é a base para se obter um sistema de segurança do trabalho de forma eficaz. E esta análise tem por finalidade determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase operacional e saná-los para que os mesmos não aconteçam. E o objetivo da análise de riscos é minimizar, controlar e eliminar os riscos e perigos, oferecendo melhores ótimas condições de trabalho, e com isso reduzindo as ocorrências de acidentes. E também poderá responder a algumas questões relativas ao ambiente de trabalho, como, por exemplo: a) O que pode acontecer de errado? b) Com que frequência pode acontecer? c) Quais são os efeitos e as consequências? d) Precisamos reduzir os riscos, e de que modo isto pode ser feito? 9. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS RISCOS Detectados os possíveis agentes nocivos à saúde do trabalhador e ao ambiente de trabalho, cronogramas de atividades são apresentados, voltados ao planejamento das ações corretivas. Com essa prevenção ativa, através de cronograma, podem-se incluir algumas etapas: a) antecipação e reconhecimento e metas de avaliação e controle; b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; e) monitoramento da exposição aos riscos, tendo como base o Laudo de riscos ambientais; f) registro e divulgação dos dados. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1208

10. MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES AOS AGENTES DE RISCOS Para o monitoramento da exposição dos trabalhadores aos agentes de riscos (ambientais, físicos, químicos e biológicos) e também das medidas de controle, deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, visando à introdução ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário (NR-9). NR 9, item 9.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. NR 9, item 9.1.2. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Observação: Matéria a respeito do PPRA, verificar no Boletim INFORMARE n 32/2014, em assuntos trabalhistas. 11. FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES Conforme o artigo 156 da CLT compete especialmente às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição: a) promover a fiscalização do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho; b) adotar as medidas que se tornem exigíveis, em virtude das disposições deste Capítulo, determinando as obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se façam necessárias; c) impor as penalidades cabíveis por descumprimento das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art. 201 (CLT). As empresas que não exercem com as suas obrigações com relação às normas de segurança e medicina do trabalho, estão sujeitas a pesadas multas, ao serem fiscalizadas pelos Agentes de Inspeção do Trabalho (NR-28): a) Segurança e Medicina no Trabalho, no mínimo de 630,4745 UFIR e máximo de 6.304,7452 UFIR, sendo o valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício, simulação (Artigos 154 ao 201 da CLT); b) Medicina do Trabalho, no mínimo de 378,2847 UFIR e máximo de 3.782,8472 UFIR, sendo o valor máximo na reincidência, embaraço, resistência, artifício, simulação (Artigos 154 ao 201 da CLT). NR 1, item 1.10. As dúvidas suscitadas e os casos omissos verificados na execução das Normas Regulamentadoras NR, serão decididos pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho SSMT. Também a NR 28 trata sobre a fiscalização e penalidades; Disciplinar a fiscalização das disposições legais e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador, sendo efetuada e obedecendo ao disposto nos Decretos nºs 55.841, de 15.03.1965, e 97.955, de 26.07.1989, no Título VII da CLT, e no 3º do art. 6º da Lei nº 7.855, de 24.10.1989, e nesta Norma Regulamentadora (NR-28). Fundamentos Legais: Os citados no texto. TRABALHO E PREVIDÊNCIA - OUTUBRO - 40/2014 1209