CPV O Cursinho que Mais Aprova na GV FGV Economia a Fase /Dezembro/015 MATEMÁTICA 01. Mauro iniciou um programa de perda de peso quando estava pesando 90 kg. A programação previa a perda de 1,6 kg na primeira semana, 1,5 kg na segunda, 1,4 kg na terceira, 1,3 kg na quarta, e assim sucessivamente até que a perda semanal de peso se estabilizasse em 0 kg, ocasião em que ele iniciaria o controle de manutenção do peso atingido. Sabe-se que o programa realizado por Mauro foi plenamente cumprido. a) Considere o período que vai do início do regime até o final da última semana em que Mauro perdeu algum peso e calcule a média mensal de perda de peso desse período. Para isso, admita meses com 4 semanas. b) Sendo P o peso de Mauro em quilogramas e n o número de semanas completas decorridas a partir do instante em que Mauro iniciou o programa de perda de peso, determine P em função de n, com n inteiro positivo. a) Sequências das perdas: (1,6; 1,5; 1,4;..., 0) P.A. de razão 0,1 0 1,6 + (n 1). ( 0,1) Portanto, n 17 S 17 (1,6 + 0)17 A média mensal das perdas,6 (soma de todas as perdas) x S 17 17 4,6 17 4 3, Portanto a media mensal é de 3, Kg. b) Sendo: P (Peso de Mauro), n (número de semanas) e S n (soma das perdas) Temos: P 90 S n, S n [1,6 + a n ]n Então: S n Portanto, P 90 e a n 1,6 + (n 1). ( 0,1) 1,7 0,1n [1,6 + 1,7 0,1n] n (3,3 0,1n) n (3,3 0,1n) n 0,05n 1,65n + 90 CPV FGVECODEZ015_F 1
CPV o Cursinho que Mais Aprova na GV 0. Um cubo possui aresta de medida 1 metro. Três vértices desse cubo são sorteados ao acaso para que, com eles, seja formado um triângulo. a) Calcule a probabilidade de que o triângulo formado seja retângulo. b) Admita que o triângulo formado após o sorteio tenha sido escaleno de vértices A, B e C, com AB sendo o menor dos seus lados. Calcule a área do triângulo ABC e, em seguida, calcule a medida dos segmentos determinados sobre AB quando esse lado do triângulo é intersectado pela bissetriz do ângulo oposto a ele. Vocabulário: Triângulo escaleno: triângulo com três lados de medidas diferentes. Bissetriz de um ângulo: semirreta que divide o ângulo ao meio. a) Se considerarmos que teremos 4 triângulos retângulos em cada face, teremos 4 triângulos nas 6 faces. Se considerarmos o triângulo formado por uma aresta, diagonal da face e a diagonal do cubo, teremosmais 4 triângulos retângulos. Como o número de triângulos possíveis é P 4 + 4 8 ( 3 ) 48 56 8 ( 3 ) 56, portanto a Probabilidadeque o triângulo sorteado seja retângulo é b) Temos no cubo de aresta1 que a diagonal BC e a diagonal do cubo é AC 3. A área do triângulo retângulo ABC da figura é dada por AB. BC A 1. m A bissetriz do vértice C determina sobre o lado AB um ponto S tal que AS SB AC BC 3 (teorema das bissetrizes) Logo, AS k 3 e SB k como AB 1 k 3 + k temos: 1 Que k 3 + 3 então AS 3 m e SB 6 m CPV FGVECODEZ015_F
CPV o Cursinho que Mais Aprova na GV 3 03. A tabela mostra a série de um indicador econômico de um país, em bilhões de US$, nos 1 meses de 0. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 1 4 0 3 18 17 16 17 16 18 a) Calcule a média, a(s) moda(s), a mediana e a maior taxa mensal de crescimento (em porcentagem) dessa série. b) Sabe-se que, em janeiro de 014, esse indicador econômico atingiu um valor positivo para o qual a nova série (de janeiro de 0 até janeiro de 014) passou a ter mediana de 18 bilhões de US$, e um número inteiro de bilhões de US$ como média mensal. Calcule o desvio médio (DM) dessa nova série. Dado: Desvio Médio n å x i x i 1, sendo x a média aritmética. n a) Colocando os dados em ordem crescente, temos: 16, 16, 17, 17, 18, 18, 0, 1,,, 3, 4 A média será 16 + 16 + 17 + 17 + 18 + 18 + 0 + 1 + + + 3 + 4 1 19,5. A moda será representada por quatro deles, 16, 17 18 e uma vez que cada um deles tem maior frequência e igual a. A mediana de uma amostra com um número par de termos é calculada pela média aritmética dos termos centrais. Assim mediana será 18 + 0 19. A maior taxa de crescimento entre Março e Abril, sendo ela, 3 0 0 15%. b) Consideremos i, o indicador econômico de janeiro de 014. Temos a nova média: x 34 + i Como x é um número inteiro, (34 + i) deverá ser múltiplo de. Se a mediana passou para 18, o indicador econômico de janeiro de 014 é menor ou igual a 18. Assim, o indicador econômico de janeiro de 014 será. A média, portanto, será Assim, DM 34 + 19. 16 19 +. 17 19 + 3. 18 19 + 0 19 + 1 19 +. 19 + 3 19 + 4 19 DM 6 + 4 + 3 + 1 + + 6 + 4 + 5 31 FGVECODEZ015_F CPV
4 CPV o Cursinho que Mais Aprova na GV 04. A lei de Benford, também chamada de lei do primeiro dígito, sugere que, em vários conjuntos de dados numéricos, a ocorrência dos algarismos de 1 a 9 no início dos números (da esquerda para a direita em cada número) do conjunto de dados não é igualmente provável. A lei se verifica em diversos conjuntos de dados reais como, por exemplo, o conjunto das populações dos diversos municípios de um país, o conjunto dos dados numéricos contidos nas contas de energia elétrica da população de um município, o conjunto dos comprimentos dos rios de um país etc. Quando a lei de Benford se aplica aos dados analisados, a probabilidade P(n) de que o algarismo n seja o primeiro algarismo em um dado numérico qualquer do conjunto de dados será P (n) log ( n + 1 n ). Por exemplo, se a lei se aplica, a probabilidade de que o algarismo 1 (n 1) seja o primeiro (da esquerda para a direita) em um número sorteado ao acaso do conjunto de dados é igual a log, ou seja, aproximadamente 30%, já que log 0,30. Admita que os dados numéricos indicados na tabela 1 tenham sido retirados da declaração de imposto de renda de um contribuinte. Também admita que a Receita Federal tenha a expectativa de que tais dados obedeçam, ainda que aproximadamente, à lei de Benford. Tabela 1 156 341 51 4 1444 788 409 333 46 1981 589 503 176 5477 9 579 1987 719 6 817 456 886 144 470 1 34 345 433 19 343 a) Complete a tabela na página de resolução e resposta, registrando a frequência do primeiro dígito (da esquerda para a direita) dos dados da tabela 1 para os casos em que n, n 3 e n 4. Registre também a frequência relativa desses algarismos (ver exemplo para o caso em que n 1). n 1 3 4 Frequência de n 9 Frequência relativa de n 9 30 3 10 b) Admita que uma declaração de imposto de renda vai para a malha fina (análise mais detalhada da Receita Federal) se a diferença, em módulo, entre a frequência relativa do primeiro dígito, em porcentagem, e a probabilidade dada pelo modelo da lei de Benford, também em porcentagem, seja maior do que quatro pontos percentuais para algum n. Argumente, com dados numéricos, se a declaração analisada na tabela 1 deverá ou não ir para a malha fina. Adote nos cálculos log 0,30 e log 3 0,48. a) n 1 3 4 Frequência de n 9 5 4 5 Frequência relativa de n b) P() log( + 1 ) log 3 log 0,18 18% 3 10 30% 1 6 16,7% 15,3% 1 6 16,7% P(3) log( 3 + 1 3 ) log 4 log 3. log log 3 0,1 1% P(4) log( 4 + 1 4 ) log 5 log 4 (log 10 log ). log 0,1 10% E portanto esta declaração deverá ir para malha fina pois 16,7% 10% > 4%. CPV FGVECODEZ015_F
CPV o Cursinho que Mais Aprova na GV 5 COMENTÁRIO DO CPV A prova de Matemática da a fase do Processo Seletivo da (Dez-0415) manteve suas características tradicionais com questões trabalhosas e com bom nível de dificuldade. Na questão 1, o candidato poderia ter ficado indeciso entre 16 e 17 semanas para o cálculo da média, mas acreditamos que o bom senso da Banca Examinadora deverá prevalecer para os dois valores. Apesar disso, enunciados claros e bem elaborados deverão privilegiar os candidatos mais focados e preparados, permitindo uma seleção satisfatória dos melhores candidatos. FGVECODEZ015_F CPV