Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil

Documentos relacionados
Política de Gerenciamento de Risco de Crédito Outubro 2015

Estrutura de Gerenciamento de Risco De Crédito

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE CRÉDITO COMPETÊNCIA DEZEMBRO/2015

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL Resolução 3.988/2011. Área Responsável: Risco de Crédito e Capital Gerência de Capital

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE GERENCIAMENTO DE CAPITAL

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Crédito -

Política de Estrutura. de Gerenciamento de Capital

Código: MSFC-P-004 Versão: 05 Emissão: 10/2011 Última Atualização em: 02/2016

Estrutura de Gerenciamento de Capital

GERENCIAMENTO DE CAPITAL

POLÍTICA DE RISCO DE CRÉDITO

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) Ano 2016

Em sua estrutura de gerenciamento de risco, o Banco Ford atende aos requerimentos da Resolução 3.988/2012, com:

COOPERATIVAS DE CRÉDITO RURAL COM INTERAÇÃO SOLIDÁRIA SISTEMA CRESOL SICOPER

Política Institucional de Responsabilidade Socioambiental Mercantil do Brasil

RELATÓRIO DE ESTRUTURA DE GESTÃO DE RISCOS

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCOS BANCO ABN AMRO S.A. Setembro de 2013

RELATÓRIO DA ESTRUTURA DO GERENCIAMENTO RISCO OPERACIONAL

DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E DE CAPITAL

ITAÚ UNIBANCO HOLDING S.A.

Risco de Liquidez. Um Investimentos S/A CTVM. Fev/2010 Atualização Set/ 13 Atualização Fev/14. Resolução nº 4090/12

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

Dezembro/2014. Limite Operacional Acordo de Basiléia

Política de Gerenciamento de Capital Outubro Elaboração: Risco Aprovação: COMEX Classificação do Documento: Público

Relatório de Gestão de Risco. Relatório de Gestão de Riscos

POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

GESTÃO DE CAPITAL 1. OBJETIVO

POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO GESTÃO DE RISCOS E PRE

POLÍTICA DE RISCO DE CRÉDITO, DE CONCENTRAÇÃO E DE CONTRAPARTE DOS FUNDOS E CARTEIRAS GERIDOS PELO SICREDI

Política Estrutura de Gerenciamento de Capital Abril 2016

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco Operacional -

BM&FBOVESPA. Política de Controles Internos. Diretoria de Controles Internos, Compliance e Risco Corporativo. Última Revisão: março de 2013.

Estruturas de Gerenciamento de Riscos e Comitê Regulatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório da Estrutura de Gerenciamento Centralizado de Riscos e de Capital do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob)

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS E CONTROLES INTERNOS - ORIGINAL ASSET MANAGEMENT

Gerenciamento de Riscos

POLÍTICA DE COMPLIANCE E CONTROLES INTERNOS

Estrutura de Gerenciamento de Risco de Mercado

POLÍTICA DE RISCO DE LIQUIDEZ

POLÍTICA DE RISCO OPERACIONAL

Estrutura de Gerenciamento de Risco de Capital

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Política de Gestão de Riscos Junho 2016

GERENCIAMENTO RISCO DE CRÉDITO

Estrutura de Gerenciamento do Risco Operacional

RISCO DE CRÉDITO Estrutura Organizacional Gerenciamento de Riscos Banco Fidis S.A.

Política institucional de gerenciamento de riscos de mercado e de liquidez

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

POLÍTICA DE GERENCIAMENTO

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCO 1º SEMESTRE 2016 TURISCAM CORRETORA DE CÂMBIO LTDA

CB.POL a. 1 / 7

Riscos e Controles Internos

ARTESIA GESTÃO DE RECURSOS S.A. POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS

CIRCULAR Nº 3.640, DE 4 DE MARÇO DE 2013

GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Liquidez -

Morgan Stanley Administradora de Carteiras S.A. Estrutura de Gestão de Risco Política

MANUAIS DE CONTROLES INTERNOS COOPERICSSON DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO DOS FUNCIONÁRIOS DA ERICSSON

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS SCANIA BANCO S.A.

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO OPERACIONAL

Política de Gerenciamento de Riscos. Angá Administração de Recursos

RIV-02 Data da publicação: 02/jun/2017

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Pilar III

JJ Mois Année. Gerenciamento de Risco de Crédito

Relatório de. Gerenciamento de Riscos. Pilar III. Junho, 2015.

MANUAL DE CONTROLES INTERNOS ASPECTOS GERAIS

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE MERCADO

POLÍTICA DE CONTROLES INTERNOS

Norma de Gestão de Risco

BONSUCESSO ASSET ADMINISTRADORA DE RECURSOS LTDA

Política de Gestão de Riscos Operacionais. 14 de fevereiro

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS Pilar III

MANUAL DE RISCO OPERACIONAL TERRA NOVA GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE NEGOCIOS LTDA.

A BAF aplica as seguintes metodologias para a gestão suas atividades:

MANUAL DO GERENCIAMENTO DE RISCO OPERACIONAL

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Relatório de Gerenciamento de Riscos

Banco Industrial do Brasil S.A. Gerenciamento de Riscos de Capital

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

BONSUCESSO ASSET ADMINISTRADORA DE RECURSOS LTDA

BM&FBOVESPA. Política de Gestão de Riscos Corporativos. Diretoria de Controles Internos, Compliance e Risco Corporativo. Última Revisão: março de 2013

Relatório Anual Gerenciamento de Risco Operacional

Composição do Comitê Gestor de Riscos. Estrutura.

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS CORPORATIVOS

40º Encontro Nacional de Contadores para IFDs - ENACON

CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO GESTÃO DE RISCOS PORTO ALEGRE-RS

Descrição da Estrutura de Gerenciamento Risco de Mercado -

Políticas Corporativas

RELATÓRIO DE GERENCIAMENTO DE RISCOS PILAR 3 DISCIPLINA DE MERCADO

Transcrição:

Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil versão 8.0 Belo Horizonte Maio - 2017

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO... 3 2 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO... 5 2.1 ABRANGÊNCIA DA ATUAÇÃO... 5 2.1.1 EMPRESAS FINANCEIRAS...6 2.1.2 EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS...6 2.1.3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES...6 2.1.4 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OU DIRETORIA...7 2.1.5 COMITÊ DIRETIVO (PRESIDENTE, VICE-PRESIDENTES E VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO) OU DIRETORIA...8 2.1.6 COMITÊ EXECUTIVO (VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO E DIRETORES EXECUTIVOS) OU DIRETORIA...9 2.1.7 DIRETORIA DE COMPLIANCE, PLD E RISCOS... 10 2.1.8 DIRETORIA EXECUTIVA DE CRÉDITO E GESTÃO DE CRÉDITO... 12 2.1.9 COMITÊS DE CRÉDITO E GESTÃO DE CRÉDITO... 14 2.1.10 ÁREAS RESPONSÁVEIS PELO BACK OFFICE E DEMAIS ÁREAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE CONCESSÃO E GGESTÃO DE CRÉDITO... 15 3 APURAÇÃO DO REQUERIMENTO DE CAPITAL PARA RISCO DE CRÉDITO... 18 4 IDENTIFICAÇÃO PRÉVIA DE RISCOS... 20 5 FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO... 20 5.1 BASES DE DADOS CORPORATIVAS... 20 5.1.1 CENTRAL DE RISCO MERCANTIL DO BRASIL CRB... 20 5.1.2 DADOS GERENCIAIS DO ATIVO DAT... 21 5.1.3 DATA WAREHOUSE DE ATIVOS WAT... 21 5.1.4 DEMONSTRATIVO DE LIMITES OPERACIONAIS DLO... 21 5.1.5 CONTABILIDADE ANALÍTICA E BALANCETE CAB... 21 5.1.6 INTEGRIDADE DA INFORMAÇÃO... 22 5.2 METODOLOGIAS DE MENSURAÇÃO E AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO... 22 1

5.2.1 INDICADOR DE DEFAULT... 22 5.2.2 BACK TESTING DO MODELO DE PROVISIONAMENTO... 23 5.2.3 STRESS TESTING... 24 5.3 PROVISÃO PARA PERDA INCORRIDA IFRS... 25 6 LIMITES OPERACIONAIS... 26 6.1 DEMONSTRATIVO DE LIMITES OPERACIONAIS DLO... 26 6.2 LIMITES REGULATÓRIOS RISCO TOMADOR... 26 7 CESSÃO DE CRÉDITO RETENÇÃO DE RISCOS... 28 8 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E ACULTURAMENTO... 28 9 PERIODICIDADE DE ATUALIZAÇÃO... 29 10 CONCLUSÃO... 29 2

1 INTRODUÇÃO Com o objetivo de dar continuidade ao aprimoramento e à padronização da estrutura prudencial que rege as instituições financeiras, o Comitê de Basiléia finalizou, em 2011, uma nova versão do Acordo de Capital, conhecido como Basiléia III. Essa atual convenção mantém os três pilares introduzidos pelo seu predecessor, quais sejam: Exigências de Capital Mínimo, Processo de Revisão de Supervisão e Disciplina de Mercado; e adiciona medidas que visam aumentar a qualidade e a quantidade de capital das instituições financeiras, bem como garantir a solidez e resiliência do Sistema Financeiro Internacional face às crises bancárias enfrentadas no início deste século. No Brasil, em março de 2013, o Banco Central do Brasil (BACEN) definiu através de quatro resoluções e quinze circulares a forma com que o acordo internacional será aplicado. A principal mudança, trazida em relação à legislação até então vigente, está na composição do capital da instituição. O Patrimônio de Referência PR terá em seu Nível I uma parcela denominada Capital Adicional (Conservação e Contracíclico), que consiste no buffer do acordo, ou seja, um percentual adicional de capital que as instituições deverão manter, deliberado pelo órgão regulador de acordo com a conjuntura dos sistemas financeiros nacional e internacional. O Novo Acordo representa um grande avanço no gerenciamento dos riscos inerentes à atividade financeira, sendo de grande valia para o acompanhamento da solidez do negócio e do mercado financeiro. No MERCANTIL DO BRASIL, o Risco de Crédito é gerenciado por Políticas, Processos, Procedimentos e Sistemas condizentes com a natureza das suas operações e com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos. Sendo assim, a estrutura implementada é proporcional à dimensão da exposição ao risco da instituição, permitindo embasar decisões com grande agilidade e adequado grau de confiança. De acordo com o artigo 2º da Resolução CMN nº 3.721/09, a definição de Risco de Crédito compreende: 3

I - o Risco de Crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos; II - o Risco País, entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do país, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde localizado o tomador ou contraparte, e o Risco de Transferência entendido como a possibilidade de ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos; III - a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações, compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante; IV - a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito. Em atendimento ao cronograma estabelecido pela Resolução CMN nº 3.721/09, esse documento apresenta a Política de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL, revisada em maio de 2017 pelos Comitês Executivo e Diretivo e pelo Conselho de Administração. A Diretoria de Compliance, PLD e Riscos é responsável pelo Gerenciamento do Risco de Crédito nas Empresas MERCANTIL DO BRASIL, uma vez que as Instituições integrantes deste conglomerado optaram pela constituição de estrutura única de Gerenciamento do Risco de Crédito. Cabe destacar que, a diretora responsável pelo gerenciamento de Risco de Crédito não desempenha funções relacionadas à administração de recursos de terceiros e individualmente à realização de operações sujeitas ao Risco de Crédito. 4

2 ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO Em conformidade com o artigo primeiro da Resolução CMN nº 3.721/09, a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL é compatível com a natureza das suas operações, com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, e proporcional à dimensão da exposição ao Risco de Crédito das empresas do Conglomerado. Esta Estrutura está centralizada no BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A., considerando que a gestão centralizada resulta em maior agilidade e assertividade na tomada de decisões. 2.1 ABRANGÊNCIA DA ATUAÇÃO A Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL permite a identificação, a mensuração, o controle e a mitigação do Risco de Crédito associado a cada Instituição individualmente e ao Conglomerado Prudencial, conforme o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF). Alinhado ao conceito que é apresentado na documentação do Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission COSO, entende-se por: Identificar a identificação e classificação, entre riscos e oportunidades, dos eventos internos e externos que influenciam o Risco de Crédito; Mensurar a administração dos riscos baseada na análise das probabilidades de ocorrência e dos impactos dos mesmos; Controlar o estabelecimento e a implementação de políticas e procedimentos para assegurar que as respostas aos riscos sejam executadas com eficácia; Mitigar a realização da mitigação através de atividades gerenciais contínuas, de avaliações independentes ou de ambas as formas. 5

Atualmente, o Conglomerado Prudencial contempla as seguintes Empresas: 2.1.1 EMPRESAS FINANCEIRAS BMB - BANCO MERCANTIL DO BRASIL S.A. (País e Exterior) BMI - BANCO MERCANTIL DE INVESTIMENTOS S.A. MBC - MERCANTIL DO BRASIL CORRETORA S.A. CÂMBIO, TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS MBD - MERCANTIL DO BRASIL DISTRIBUIDORA S.A. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS MBF - MERCANTIL DO BRASIL FINANCEIRA S.A. CRÉDITO, FINANCIAMENTOS E INVESTIMENTOS MBL - MERCANTIL DO BRASIL LEASING S.A. ARREDAMENTO MERCANTIL 2.1.2 EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS MACS - MERCANTIL ADMINISTRAÇÃO E CORRETAGEM DE SEGUROS S.A. MBI - MERCANTIL DO BRASIL IMOBILIÁRIA S.A. MBACSPP - MERCANTIL DO BRASIL ADMINISTRADORA E CORRETORA DE SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA S.A. SANSA - SERVIÇOS E NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S.A. COSEFI - COMPANHIA ESTIPULANTE DE SEGUROS MBEI - MERCANTIL DO BRASIL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A. 2.1.3 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES As atribuições e responsabilidades da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL estão distribuídas nos seguintes níveis hierárquicos: Conselho de Administração, Comitês Diretivo e Executivo, Diretoria de Compliance, PLD e Riscos, Diretoria Executiva de Crédito e Gestão de Crédito e todas as demais áreas envolvidas no Processo de Concessão e Gestão de Crédito. 6

2.1.4 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO OU DIRETORIA Aprovar a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL, fixando as atribuições e responsabilidades relacionadas ao Gerenciamento do Risco de Crédito para os Comitês Diretivo e Executivo, e para a Diretoria responsável pelo Risco de Crédito; Aprovar a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL, estabelecendo a estratégia e as diretrizes para manutenção da exposição ao Risco de Crédito em níveis considerados adequados para a instituição; Aprovar a revisão da Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL, no mínimo anualmente, a fim de determinar sua compatibilidade com os objetivos do Banco e com as condições de mercado; Assegurar-se de que a Estrutura Remuneratória adotada não incentive comportamentos incompatíveis com um nível de risco considerado prudente nas Políticas e Estratégias de longo prazo adotadas pela Instituição; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas, no mínimo anualmente, em relatório de acesso público contendo a descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito. 7

2.1.5 COMITÊ DIRETIVO (Presidente, Vice-Presidentes e Vice-Presidente Executivo) OU DIRETORIA Analisar e aprovar a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Analisar e aprovar a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Analisar e aprovar a revisão da Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Fixar as alçadas decisórias relacionadas à Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Garantir que os objetivos de controle do Risco de Crédito, a tolerância a riscos e os limites estabelecidos estejam sendo considerados em todo o MERCANTIL DO BRASIL; Acompanhar o processo de aculturamento do Risco de Crédito, para que o tema seja difundido de forma ampla e completa entre todos os funcionários envolvidos no Processo de Concessão e Gestão de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Verificar o nível de aderência dos procedimentos de identificação, avaliação, mensuração e mitigação do Risco de Crédito, conforme Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Manifestar-se sobre as informações de Risco de Crédito em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados; Ter ciência do Processo de Alocação de Capital decorrente da atividade de crédito; Assegurar-se de que a Estrutura Remuneratória adotada, não incentive comportamentos incompatíveis com um nível de risco considerado prudente nas Políticas e Estratégias de longo prazo adotadas pela Instituição; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas, no mínimo anualmente, em relatório de acesso público contendo a descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito. 8

2.1.6 COMITÊ EXECUTIVO (Vice-Presidente Executivo e Diretores Executivos) OU DIRETORIA Analisar e aprovar a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Analisar e aprovar a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Analisar e aprovar a revisão da Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Patrocinar e apoiar a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito, objetivando o envolvimento de todo o MERCANTIL DO BRASIL, necessário para o cumprimento da Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL estabelecida e a manutenção das boas práticas; Acompanhar o processo de aculturamento do Risco de Crédito de forma ampla e completa entre todos os funcionários envolvidos no Processo de Concessão e Gestão de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Garantir que os objetivos de controle do Risco de Crédito, a tolerância a riscos e os limites estabelecidos estejam sendo considerados em todo o MERCANTIL DO BRASIL; Aprovar Processos, Procedimentos e Sistemas adequados para o Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Acompanhar pró-ativamente o Risco de Crédito por meio do recebimento periódico de informações que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos do Risco de Crédito em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados para assegurar a eficácia na rentabilização do Capital Alocado; Ter ciência do Processo de Alocação de Capital decorrente da atividade de crédito; Assegurar-se de que a Estrutura Remuneratória adotada, não incentive comportamentos incompatíveis com um nível de risco considerado prudente nas Políticas e Estratégias de longo prazo adotadas pela Instituição; Responsabilizar-se pelas informações divulgadas, no mínimo anualmente, em relatório de acesso público contendo a descrição da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito. 9

2.1.7 DIRETORIA DE COMPLIANCE, PLD E RISCOS Propor a Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL e avaliar permanentemente que esta esteja contemplando as melhores práticas de Governança Corporativa e as regras de segregação de funções; Propor a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL e compreender as estratégias de negócios MERCANTIL DO BRASIL, seus riscos potenciais relacionados ao nível aceitável de tolerância ao Risco de Crédito; Propor a revisão, no mínimo anualmente, da Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Divulgar e cumprir a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito, com funções específicas, responsabilidades claramente definidas e instrumentos apropriados que possibilitem a identificação, a mensuração, o controle e a mitigação do Risco de Crédito; Garantir que todos os Processos de Crédito tenham seus riscos identificados, avaliados, monitorados e controlados pela Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Assegurar que o aculturamento do Risco de Crédito seja difundido de forma ampla e completa entre todos os funcionários envolvidos no Processo Concessão e Gestão de Crédito; Avaliar e mensurar o Gerenciamento do Risco de Crédito por meio do recebimento periódico de informações que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos do Risco de Crédito em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados, para assegurar a eficácia na rentabilização do Capital Alocado, reportando as informações relevantes aos Comitês Executivo e Diretivo e ao Conselho de Administração; Acompanhar o Processo de Alocação de Capital decorrente da atividade de crédito, avaliando, quando necessário, a adequação do nível de Capital, bem como assegurar o provisionamento compatível com o Risco de Crédito assumido pela Instituição. 10

2.1.7.1 UNIDADE RESPONSÁVEL PELO GERENCIAMENTO: GERÊNCIA DE RISCOS DE CRÉDITO E SOCIOAMBIENTAL Identificar, mensurar, controlar e mitigar a exposição ao risco de crédito no âmbito de portfolio; Disponibilizar, à alta administração, informações relacionadas à Carteira de Crédito que possam expor o MERCANTIL DO BRASIL a perdas de crédito e seu impacto resultante; assim como suprir, tempestivamente, com informações precisas, seguras e relevantes sobre os riscos potenciais de crédito; Avaliar as perspectivas macroeconômicas, as mudanças do mercado e dos produtos, os efeitos de concentração setorial e geográfica, entre outros; Realizar testes de estresse da Carteira de Crédito, de forma a subsidiar a revisão das Políticas e Limites Operacionais; Elaborar índices de probabilidade de default: matriz de migração de riscos por cliente e operação, calcular índices de default e de perda associados ao Risco de Crédito, bem como de Recuperação de créditos, e realizar Back Testing para comparação com as perdas efetivamente observadas; Acompanhar a implementação dos Processos, Procedimentos, Sistemas, Metodologias e Modelos adequados ao Gerenciamento do Risco de Crédito, em conformidade com os dispositivos legais aplicáveis; Documentar, divulgar e disponibilizar as Metodologias, os Modelos e as Ferramentas que proporcionem a efetividade no Gerenciamento do Risco de Crédito, em conformidade com as melhores práticas; Interagir com as demais áreas de crédito do MERCANTIL DO BRASIL e com o mercado, no sentido de obter subsídios que possam contribuir para a melhoria da qualidade da Carteira de Crédito, da segurança, da rentabilidade e da liquidez das operações; Avaliar a correlação da rentabilidade versus risco da carteira de crédito; Avaliar adequadamente a retenção de riscos em operações de venda ou de transferência de ativos financeiros; Avaliar do ponto de vista de Risco de Crédito a implantação de novos produtos e modalidades; 11

Responder aos questionamentos do Órgão Supervisor e das Auditorias Interna e Externa quanto ao cumprimento às exigências regulatórias definidas pela Resolução CMN nº 3.721/09; Elaboração dos Demonstrativos de Limites Operacionais (DLO) 2061. 2.1.8 DIRETORIA EXECUTIVA DE CRÉDITO E GESTÃO DE CRÉDITO Propor a Política Institucional de Concessão de Crédito MERCANTIL DO BRASIL e compreender as estratégias de negócios MERCANTIL DO BRASIL, seus riscos potenciais relacionados ao nível aceitável de tolerância ao Risco de Crédito; Propor a revisão da Política Institucional de Concessão de Crédito MERCANTIL DO BRASIL, no mínimo anualmente; Divulgar e cumprir a Política Institucional de Concessão de Crédito, com funções específicas, responsabilidades claramente definidas e instrumentos apropriados que possibilitem a identificação, a mensuração, o controle e a mitigação do Risco de Crédito; Garantir que todos os Processos de Crédito tenham seus riscos identificados, avaliados, monitorados e controlados pela Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Estabelecer critérios e procedimentos claramente definidos e documentados, acessíveis aos envolvidos no Processo de Concessão e Gestão de Crédito: Para coleta e documentação das informações necessárias para a completa compreensão do Risco de Crédito envolvido na classificação de risco de crédito de clientes; Para coleta e documentação das informações necessárias para a completa compreensão do Risco de Crédito envolvido na análise de propostas de negócios, no estabelecimento de limites de crédito e na classificação das operações de crédito de clientes; Para acompanhamento das operações de crédito após sua realização, identificando indícios de deterioração da qualidade das operações para atuação preventiva e/ou corretiva na Carteira de Crédito, visando garantir sua qualidade e o efetivo recebimento dos valores emprestados a clientes, no seu vencimento; 12

Para recuperação das operações de crédito através da repactuação, adoção de medidas administrativas ou adoção de medidas judiciais, visando à mitigação de risco e redução dos níveis de inadimplência; Para análise prévia e acompanhamento das garantias quanto à suficiência e liquidez; Para tratamento das exceções aos limites estabelecidos na realização, repactuação ou recuperação de operações de crédito; Assegurar que o aculturamento do Risco de Crédito seja difundido de forma ampla e completa entre todos os funcionários envolvidos no Processo de Concessão e Gestão de Crédito; Acompanhar a implementação dos Processos, Procedimentos, Sistemas, Metodologias e Modelos adequados à Concessão e Gestão do Crédito, em conformidade com os dispositivos legais aplicáveis: Adotar Sistemas, Rotinas e Procedimentos para identificar, mensurar, controlar e mitigar a exposição ao Risco de Crédito, tanto em nível individual quanto em nível agregado de operações com características semelhantes, os quais devem abranger, no mínimo, as fontes relevantes de Risco de Crédito, a identificação do tomador ou contraparte, a concentração do risco e a forma de agregação das operações; Validar de forma adequada Sistemas, Modelos e Procedimentos internos utilizados para a concessão e gestão de crédito, com objetivo de mitigar os riscos de crédito e operacionais envolvidos na atividade de crédito; Mensurar adequadamente o Risco de Crédito de contraparte advindo de instrumentos financeiros derivativos e demais instrumentos financeiros complexos; Avaliar e mensurar o Risco de Crédito Tomador por meio do recebimento periódico de informações que sinalizem aspectos qualitativos e quantitativos do Risco de Crédito em relação aos riscos identificados, oportunidades e retornos esperados, para assegurar a eficácia na rentabilização do Capital Alocado, reportando as informações relevantes aos Comitês Executivo e Diretivo e ao Conselho de Administração; Implementar metodologias de análise de Risco de Crédito de clientes dentro das melhores práticas do mercado, visando obter a melhoria da qualidade da Carteira de Crédito; Assegurar o provisionamento compatível com o Risco de Crédito assumido pela Instituição. Avaliar do ponto de vista de Risco de Crédito a implantação de novos produtos e modalidades; 13

Atender aos órgãos internos e externos de fiscalização, controle, e outros que necessitem de informações relativas à análise, concessão e gestão das operações de crédito. Assegurar o cumprimento das Políticas e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Crédito, dos Clientes em Gestão de Crédito, nos aspectos relativos à classificação das operações e à análise das propostas de negócios de operações de repactuação ou recuperação de crédito; Promover a interação com as áreas envolvidas direta e indiretamente no Processo de Crédito MERCANTIL DO BRASIL para garantir a aplicação eficiente das Metodologias, Modelos e Ferramentas adotados para a Gestão do Crédito; Disponibilizar à Diretoria responsável pelo Risco de Crédito, informações relacionadas às operações que possam expor o MERCANTIL DO BRASIL a perdas de crédito, seu impacto resultante e a possibilidade de recuperação; assim como suprir, tempestivamente, com informações precisas, rápidas, seguras e relevantes sobre os riscos potenciais de crédito. 2.1.9 COMITÊS DE CRÉDITO E GESTÃO DE CRÉDITO 2.1.9.1 COMITÊS DE CRÉDITO Decisão das propostas de operações de crédito dentro de sua alçada; Remeter ao Comitê Superior de Crédito as propostas daquele Comitê. 2.1.9.2 COMITÊS DE GESTÃO DE CRÉDITO Decisão das propostas de operações de clientes em gestão de crédito dentro de sua alçada; Remeter ao Comitê de Crédito as propostas daquele Comitê. 2.1.9.3 COMITÊ SUPERIOR DE CRÉDITO Decisão das propostas de operações de crédito dentro de sua alçada. 14

2.1.10 ÁREAS RESPONSÁVEIS PELO BACK OFFICE E DEMAIS ÁREAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO DE CONCESSÃO E GGESTÃO DE CRÉDITO 2.1.10.1 BACK OFFICE A execução dos Processos de Formalização das operações no MERCANTIL DO BRASIL é realizada de forma descentralizada pelas áreas administrativas de agência, ao passo que a liberação dos recursos ao cliente é centralizada, após a conferência da formalística através da área responsável pelo Processamento de Ativos. Os responsáveis pela formalização, assim como todas as áreas envolvidas no Processo de Crédito, devem atuar seguindo orientações gerais e previamente estabelecidas através de atos normativos do MERCANTIL DO BRASIL, de forma a: Cumprir a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL; Difundir a importância do Gerenciamento do Risco de Crédito na sua área, atuando como agente de aculturamento por meio da disseminação de responsabilidades e comprometimentos; Executar as atividades específicas de cada área para o Gerenciamento do Risco de Crédito, possibilitando a integração das unidades responsáveis pelo Gerenciamento do Risco de Crédito, de acordo com a estrutura hierárquica: Assegurar a existência de informações abrangentes, adequadas, confiáveis, oportunas e acessíveis sobre o Risco de Crédito; Analisar sistematicamente os processos com o objetivo de identificar riscos existentes ou potenciais e propor planos de ação de mitigação; Formalizar a conformidade de novos produtos, serviços e sistemas sob o enfoque do Risco de Crédito; Garantir a aderência de forma e conteúdo da operação aos seus instrumentos constitutivos de aprovação, contratação e de garantias associadas. 15

2.1.10.2 ÁREA DE SUPORTE A integração das atividades consideradas complementares ao Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL constitui-se numa mobilização de esforços para que os objetivos sejam alcançados, trabalhados concomitantemente às atividades das demais áreas e permitindo o aprimoramento contínuo. Compliance: Atuar conjuntamente com os gestores do negócio, buscando a conformidade com normas e a efetividade dos controles internos. Através do monitoramento qualitativo dos processos, da realização de ações de melhoria e da adequação dos controles às atividades. Controladoria: Validar o cálculo da alocação de Capital referente à parcela de crédito RWACPAD, de mercado RWAMPAD e Rban e do Patrimônio de Referência PR, além de acompanhar os eventos de perdas e especificidade para Risco de Crédito. Tecnologia: Responsabilizar-se pela implementação e manutenção de softwares e de hardwares da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito. 2.1.10.3 ÁREA DE VALIDAÇÃO A Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL está sujeita à efetiva e abrangente verificação da Auditoria Interna, cuja atuação é apartada dessa estrutura. Cabe à Auditoria Interna verificar se as práticas de Gestão do Risco de Crédito estão sendo conduzidas em conformidade com a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL. Neste sentido, a Auditoria Interna poderá aconselhar ou até mesmo contestar e apoiar decisões relacionadas ao Gerenciamento do Risco de Crédito, de forma independente e segregada da responsabilidade que é atribuída aos respectivos órgãos e comitês da Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito. 16

As áreas responsáveis devem realizar revisões regulares com o objetivo de avaliar o ambiente de controle, testar a eficácia dos procedimentos implementados e assegurar que as atividades do MERCANTIL DO BRASIL estejam sendo conduzidas em conformidade com a Política Institucional de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL. 17

3 APURAÇÃO DO REQUERIMENTO DE CAPITAL PARA RISCO DE CRÉDITO Um dos objetivos na elaboração do documento Convergência Internacional de Mensuração e Padrões de Capital: Uma Estrutura Revisada, conhecido como Basiléia II, foi a aproximação entre Capital Regulamentar, que as normas impõem, e Capital Econômico, que os Bancos entendem como necessário. O Acordo de Basiléia II foi consolidado sobre 3 Pilares com o intuito de aprimorar o cálculo de Capital Mínimo requerido e propiciar maior segurança e confiabilidade no Sistema Financeiro: Pilar 1: Exigências de Capital Mínimo; Pilar 2: Processo de Revisão de Supervisão; Pilar 3: Disciplina de Mercado. Conforme definido em Basiléia II, o Pilar I propõe três métodos com diferentes graus de sofisticação e sensibilidade ao risco para calcular o Capital necessário para fazer frente ao Risco de Crédito: (1) Método Padronizado; (2) Método Baseado em Classificações Internas IRB Básico; (3) Método Baseado em Classificações Internas IRB Avançado. O Método Padronizado consiste na ponderação dos ativos da Instituição com base na classificação da contraparte, das garantias e dos mitigadores de Risco de Crédito. Este método foi regulamentado pela Resolução CMN nº 3.490/07 e pela Circular BACEN nº 3.360/07, sendo estas alteradas pela Resolução CMN nº 4.193/13 e pela Circular BACEN nº 3.644/13, respectivamente. 18

O Método baseado em Classificações Internas IRB, Circular BACEN 3.648/13, consiste no cálculo do Capital a ser alocado para o Risco de Crédito, que deve levar em consideração parâmetros como a Probabilidade de Default PD, ou seja, Probabilidade de Descumprimento, associada a cada tomador, as Perdas dado o Default LGD, o Prazo Efetivo de Vencimento M e a Estimativa de Exposição no Momento do Default EAD. Esse método proposto pelo acordo de Basiléia II é subdividido em duas opções: IRB Básico a Instituição é responsável pela estimativa da Probabilidade de Default PD, sendo a Exposição no Momento do Default EAD, o Prazo Efetivo de Vencimento M e as Perdas dado o Default LGD fornecidas pelo Supervisor. IRB Avançado todas as estimativas são calculadas com base em metodologias desenvolvidas pela própria Instituição. O método implementado no MERCANTIL DO BRASIL, a partir de 1º de julho de 2008, foi o Método Padronizado. 19

4 IDENTIFICAÇÃO PRÉVIA DE RISCOS Para identificação de novos riscos, todas as modalidades de operações sujeitas ao Risco de Crédito são avaliadas previamente pelo Crédito e pela Gestão de Risco de Crédito para análise do risco envolvido e definição de possíveis controles a serem adotados. 5 FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DO RISCO DE CRÉDITO 5.1 BASES DE DADOS CORPORATIVAS As Bases de Dados Corporativas utilizadas pela Gestão de Risco de Crédito na análise da Carteira de Crédito e na elaboração das informações são: Central de Risco Bacen CRB, Dados Gerenciais do Ativo DAT, Data Warehouse de Ativos WAT, Demonstrativo de Limites Operacionais DLO e Contabilidade Analítica e Balancete CAB. 5.1.1 CENTRAL DE RISCO MERCANTIL DO BRASIL CRB O sistema Central de Risco Mercantil do Brasil CRB consolida mensalmente as informações provenientes dos sistemas de origem referentes aos diversos tipos de operações MERCANTIL DO BRASIL, que são necessárias para a realização do cálculo da Provisão para Risco de Crédito e para atender as exigências dos Órgãos Regulatórios através do Sistema de Informações de Crédito SCR. 20

5.1.2 DADOS GERENCIAIS DO ATIVO DAT O sistema Dados Gerenciais do Ativo DAT é responsável pelo processamento e consolidação das informações dos sistemas de origem MERCANTIL DO BRASIL permitindo, dentre outras funções, a consulta on-line das Operações de Ativo, o batimento e a crítica das Movimentações Financeiras. 5.1.3 DATA WAREHOUSE DE ATIVOS WAT O Data Warehouse de Ativos WAT é a Base de Dados utilizada com o objetivo de prover uma base histórica de Operações de Ativo com foco nas informações de Provisão para Risco de Crédito. Além disso, promove a unificação e padronização dos conceitos relativos ao Risco de Crédito em várias dimensões de análise. A Base de Dados utilizada na elaboração das análises é armazenada, em meio eletrônico, pelo período mínimo de cinco anos. 5.1.4 DEMONSTRATIVO DE LIMITES OPERACIONAIS DLO O sistema Demonstrativo de Limites Operacionais DLO foi construído para consolidar as informações necessárias para a elaboração dos documentos DLO 2061, remetidos mensalmente ao BACEN. Ele reúne os dados de diversos sistemas de origem e calcula o Patrimônio de Referência Exigido, conforme o Método Padronizado definido pela Resolução CMN nº 4.193/13 e pela Circular BACEN nº 3.644/13. 5.1.5 CONTABILIDADE ANALÍTICA E BALANCETE CAB O sistema Contabilidade Analítica e Balancete CAB é a fonte de dados utilizada para validação mensal das informações geradas pelo sistema DLO. 21

5.1.6 INTEGRIDADE DA INFORMAÇÃO Com o intuito de garantir a qualidade das informações recebidas das diversas Bases de Dados Corporativas, as principais Áreas envolvidas com o Gerenciamento do Risco de Crédito realizam a verificação da integridade dos dados diariamente e também a cada fechamento mensal. 5.2 METODOLOGIAS DE MENSURAÇÃO E AVALIAÇÃO DO RISCO DE CRÉDITO 5.2.1 INDICADOR DE DEFAULT Apura o Default ou descumprimento pelo Tomador ou Contraparte, em conformidade com o Comunicado BACEN nº 18.365/09. Este indicador é definido como a ocorrência de pelo menos um dos eventos a seguir: I - o Tomador ou Contraparte não irá honrar integralmente ao menos uma obrigação sem que a Instituição Financeira recorra a ações tais como a execução de garantias prestadas; II ao menos uma obrigação do Tomador ou Contraparte perante a Instituição Financeira está em atraso há mais de 180 dias, para as exposições relativas a financiamentos habitacionais, ou há mais de 90 dias, para as demais exposições. 22

5.2.2 BACK TESTING DO MODELO DE PROVISIONAMENTO O Back Testing do Modelo de Provisionamento testa a validade e robustez dos modelos utilizados para apuração do Risco de Crédito. O procedimento de Back Testing visa comparar as oscilações efetivamente ocorridas na Carteira de Crédito, em um determinado período, com as oscilações previstas nos Modelos de Provisionamento. São realizados dois tipos distintos de análise de Back Testing do Modelo de Provisionamento: Back Testing do Estoque da Provisão O objetivo desta análise é avaliar a adequação do Provisionamento, utilizando o percentual de Cobertura, que é a capacidade do estoque de Provisão para Risco de Crédito em um determinado mês cobrir as Perdas Efetivas nos 12 meses seguintes; Matriz de Migração de Rating Essa análise evidencia as movimentações ocorridas nas classificações de risco de crédito dos devedores com dívidas superiores a R$50 mil, possibilitando analisar a variação no nível de risco das operações no período de doze meses e avaliar a consistência das classificações das operações de crédito do MB e, consequentemente, seu respectivo modelo interno de risco. A partir dos resultados obtidos é possível realizar os ajustes necessários para aperfeiçoar os níveis de classificação de Risco de Crédito da Operação. 23

5.2.3 STRESS TESTING O Teste de Estresse pode ser descrito como a realização de simulações de condições extremas visando identificar e gerenciar situações que podem causar perdas extraordinárias. Tem como objetivo quantificar os impactos sobre a Carteira de Crédito, partindo de Cenários Macroeconômicos propostos. Para tanto, calcula-se o efeito do aumento de Provisão para Risco de Crédito sobre o Patrimônio de Referência Exigido PRE e sobre o Patrimônio de Referência PR e, consequentemente, apura-se o impacto sobre o Índice de Basiléia através da Análise de Sensibilidade. Os resultados gerados pelo Teste de Estresse deverão ser analisados para identificação de possíveis riscos e avaliação da necessidade de providências ou acionamento de Planos de Contingência para tratar o Risco de Crédito. Dentre as ações consideradas para tratar o Risco de Crédito identificado destacam-se: Revisar a Política de Concessão de Crédito; Contingenciar Linhas de Negócios; Modificar a Carteira de Crédito de modo a diminuir o impacto de um evento específico por meio de redução de exposição ou diversificação entre ativos; Reestruturar o mix de Produtos para atingir maior diversificação; Desenvolver um Plano de Contingência caso um cenário específico venha a ocorrer; Alocar Capital suficiente para absorver as perdas potenciais. 24

5.3 PROVISÃO PARA PERDA INCORRIDA IFRS As normas internacionais de contabilidade (International Accounting Standard IAS) conhecidas como normas IFRS (International Financial Reporting Standard), ou Padrões Internacionais de Relatórios Financeiros, são um conjunto de Pronunciamentos de Contabilidade publicados e revisados pelo IASB (International Accounting Standars Board). No Brasil, as Instituições Financeiras continuam a apresentar e elaborar suas Demonstrações Contábeis individuais com base no COSIF Plano Contábil para Instituições Financeiras, mas as demonstrações consolidadas são no padrão do IFRS. No que se refere à Provisão para Risco de Crédito, a diferença entre os dois modelos é que pela Resolução CMN nº 2682/99 em vigor, as provisões são realizadas com base nas Perdas Esperadas e pelo IFRS devem ser realizadas pelas Perdas Incorridas, conforme Resolução CMN nº 3.786/09. As regras gerais para o Provisionamento de Risco de Crédito são definidas pelo IAS 39 Financial Instruments: Recognition and Measurement (Reconhecimento e Mensuração). Para aplicação da norma, a Carteira de Crédito do MERCANTIL DO BRASIL foi segregada em dois grupos, sendo o primeiro representado por Operações de Fiança, Operações de Crédito Rural e de Operações com Instituições Financeiras. O segundo grupo é representado pelas demais Operações e Clientes, segregados pelos Itens Relevantes, Itens Repactuados e Itens Massificados. 25

6 LIMITES OPERACIONAIS 6.1 DEMONSTRATIVO DE LIMITES OPERACIONAIS DLO O Demonstrativo de Limites Operacionais DLO tem o objetivo de restringir o percentual de alavancagem que a Instituição pode operar, ou seja, ele obriga que o Patrimônio de Referência PR do MERCANTIL DO BRASIL seja capaz de cobrir, pelo menos, uma parcela pré-estabelecida do volume de créditos concedidos com recursos de terceiros. O MERCANTIL DO BRASIL segue as regras instituídas pelo Órgão Supervisor para a apuração do limite mínimo de Alocação de Capital que é determinado pela Resolução CMN nº 4.193/13. 6.2 LIMITES REGULATÓRIOS RISCO TOMADOR Os Limites Operacionais aplicados ao nível de Clientes são estabelecidos para impedir que haja concentração excessiva do volume de concessões em um único Cliente, ou Grupo Econômico, em relação à Carteira de Crédito da Instituição. A principal finalidade de restringir a exposição individual é evitar que mudanças nas condições de um número pequeno de Clientes influenciem significativamente na solvência MERCANTIL DO BRASIL. Para que os limites operacionais estabelecidos sejam atendidos, o MERCANTIL DO BRASIL conta com Alertas e Travas automáticas acionados quando um percentual específico de concentração é atingido. Limite Máximo de Exposição Individual ou de Grupo Econômico: é o Somatório das Operações de Crédito, de Arrendamento Mercantil, de Prestação de Garantias e de Créditos decorrentes de Operações com Derivativos. Quando a Exposição Individual atingir o Limite de 1% do Patrimônio de Referência PR do mês M-2, ou a Exposição de Grupo Econômico atingir 5% do Patrimônio de Referência PR do mês M-2, será gerado um Alerta para o Crédito. Caso esta Exposição Individual ou de Grupo Econômico atinja o Limite de 25% do Patrimônio de Referência PR 26

do mês M-2, será gerado um Impedimento para a concessão de crédito, conforme prevê a Resolução CMN nº 2.844/01, art. 1º, alterada pela Resolução CMN nº 4.379/14. Limite Máximo da Soma das Exposições Concentradas - Individual ou de Grupo Econômico: é o Somatório das Exposições por Clientes, Individual ou Grupo Econômico, ou por Entidade Emitente de Títulos ou Valores Mobiliários que representem 10% ou mais do Patrimônio de Referência PR do mês M-2. Quando a Soma destas Exposições Concentradas atingir 500% do Patrimônio de Referência PR do mês M-2, será gerado um Alerta para o Crédito, de forma a prevenir, em tempo hábil, que esta soma ultrapasse o Limite Máximo de 600% do Patrimônio de Referência PR do mês M-2. Caso a Soma destas Exposições Concentradas atinja 600% do Patrimônio de Referência PR do mês M-2, será gerado um Impedimento para a concessão de crédito, conforme prevê a Resolução CMN nº 2.844/01, art. 1º, alterada pela Resolução CMN nº 4.379/14. 27

7 CESSÃO DE CRÉDITO RETENÇÃO DE RISCOS A cessão de Direitos Creditórios bancários conforme autorizada e prevista na Resolução CMN n.º 2.836/01, artigo 1º, pode ser entendida como um instrumento financeiro, operacional e legal, que faculta a uma Instituição Financeira cedente, proprietária de direitos creditórios, a captação de recursos mediante a alienação dos direitos à outra Instituição Financeira cessionária. Neste contexto é um instrumento utilizado pelas Instituições Financeiras, para captar recursos, gerar rendas e ajustar o enquadramento perante o Índice de Solvabilidade de Basiléia, sujeito, em conformidade com a Resolução CMN nº 3.721/09, artigo 4, item VIII, à avaliação adequada quanto à retenção de riscos em operações de venda ou transferências de ativos financeiros. 8 QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E ACULTURAMENTO O MERCANTIL DO BRASIL mantém em sua Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito, bem como de Intermediação de Títulos e Valores Imobiliários e Derivativos, quantidade suficiente de profissionais tecnicamente qualificados. O MERCANTIL DO BRASIL também possui boas práticas relacionadas a Políticas de Remuneração aplicáveis a Administradores e Funcionários que exercem funções com impacto material sobre a exposição aos riscos assumidos pelo Mercantil do Brasil. Promove o desenvolvimento de Políticas de Remuneração compatíveis com a Estratégia Global de Gestão de Riscos, formuladas de modo a não incentivar comportamentos capazes de elevar a exposição aos riscos acima dos níveis considerados prudentes no curto, médio e longo prazos. 28

9 PERIODICIDADE DE ATUALIZAÇÃO A qualquer momento, mas com periodicidade mínima anual, poderá ser revisto o teor deste documento, devendo ser submetido aos Comitês Executivo e Diretivo e ao Conselho de Administração do MERCANTIL DO BRASIL. 10 CONCLUSÃO A Política de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL permite a identificação, mensuração e controle da variação dos diversos cenários de exposição a Risco de Crédito a que o MERCANTIL DO BRASIL está sujeito, bem como a mitigação deste risco, refletindo o ambiente de negócios, o comportamento da concorrência e os compromissos com os resultados que o MERCANTIL DO BRASIL tem para com Clientes, Acionistas, Funcionários e a Sociedade. A Política de Gerenciamento do Risco de Crédito MERCANTIL DO BRASIL entra em vigor a partir da aprovação pelos Comitês Executivo e Diretivo e pelo Conselho de Administração do MERCANTIL DO BRASIL, ficando à disposição dos Órgãos de Fiscalização internos e externos. 29